Família Equilibrada - Turma de Psicopedagogia 2010

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Transcript Família Equilibrada - Turma de Psicopedagogia 2010

FAMÍLIA NA CONTEMPORANEIDADE: UMA
ANÁLISE CONCEITUAL
 A família contemporânea passa por mudanças em
muitas dimensões, especialmente nas relações
intergeracionais e de intimidade, caracterizadas
pela maior expressão dos afetos e busca de
autonomia dos seus membros, a embasar a
construção subjetiva individual.
2
...
 Mudanças em muitas dimensões, especialmente
nas relações intergeracionais e de intimidade:
Maior expressão dos afetos;
Busca de autonomia dos seus membros;
Construção subjetiva individual.
 A hipótese da mutação antropológica: definição
teórica da família, uma vez que articuladas os
processos subjetivos e grupais, devem ser
consideradas na formulação de intervenções
psicossociais e de políticas públicas.
3
...
 Para alguns, a família, como instituição, está
relacionada ao inevitável conservadorismo;
 Outros a consideram um recurso para a pessoa e
para a sociedade, por inserir o indivíduo em
processos fundamentais da constituição da
identidade.
 Papel central da família em processos humanos,
como a formação dos vínculos afetivos com os pais
(filiação), com irmãos (fraternidade), avós e tios,
cônjuges, etc., os quais possuem grande repercussão
para o desenvolvimento da personalidade.
4
...
mudanças e transições do ciclo de vida das
pessoas são processos relativos ao contexto
familiar
:
casamento,
maternidade,
paternidade, envelhecimento, assim como as
experiências do nascimento e da morte.
 Função suprafuncional da família...(a família
não pode ser reduzida a nenhuma de suas
funções).
 A abordagem relacional entende a família como
relação social com “referência simbólica e
intencional que conecta sujeitos sociais na
medida em que atualiza ou gera um vínculo
entre eles” (DONATI, 2008, p. 25).
5
MUDANÇAS FAMILIARES
 A família participa dos dinamismos próprios das
relações sociais e sofre as influências do contexto
político, econômico e cultural no qual está
imersa.
 Castells (2003) analisa a crise do patriarcado
“enfraquecimento de um modelo de família
baseado
no
estável
exercício
da
autoridade/domínio do homem adulto, seu chefe,
sobre a família inteira”
 “a crise do patriarcado, induzida pela interação
entre capitalismo informatizado e movimentos
sociais pela identidade feminista e sexual (busca
do bom desempenho)
6
...
 o ideal de igualdade é assimilado no quotidiano da
convivência familiar, dando origem a formas mais
democráticas e igualitárias de partilhar tarefas e
responsabilidades entre marido e mulher.
a
independência econômica dos cônjuges
configura
maior
autonomia
individual
(possibilidade de ruptura familiar)
7
...
 As mudanças atingem, simultaneamente, os
aspectos institucionais da realidade familiar bem
como as identidades pessoais e as relações mais
íntimas entre os membros da família
 Castells (2003) observa que “ao nível dos valores
sociais, a sexualidade torna-se uma necessidade
pessoal que não deve necessariamente ser
canalizada e institucionalizada para o interior da
família” (por prazer e não para geração)
 A possibilidade de gerar filhos sem o concurso da
relação sexual “abre horizontes inteiramente novos
à experimentação social” (p. 262).
8
...
 sexualidade sem a fecundidade, a sexualidade
sem o amor, a fecundidade sem a sexualidade
(MELINA, 1996)...
 a procriação separada do exercício da
sexualidade e do amor aproxima-se da
atividade produtiva, segundo a lógica do
mercado capitalista, incluindo a avaliação de
custos e benefícios
 o amor vivido como sentimento efêmero ou
paixão
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Família e Conflitos na Modernidade
 Segundo Bauman (2004) numa cultura ferozmente
individualista e consumista “a promessa de
aprender a amar é uma oferta falsa, enganosa, mas
que se deseja ardentemente que seja verdadeira”.
Para este autor, na era da modernidade liquida
(leia-se século XXI) os laços amorosos padecem de
uma estranha fragilidade – um amor líquido – que,
ao mesmo tempo estimula desejo de estreitar esses
laços e, concomitantemente, mantê-los frouxo.
 “Nem tudo aquilo que foi transmitido, pode ser re-
significado pelas novas gerações” (Vitale, 1995).
 “Vivemos numa sociedade mutante” (Perlin)
pág.: 59
10
...
 Segundo Vaitsman (1995) os modelos
antigos de casamento formado pelo
provedor financeiro e a mãe dona de casa,
unidos até que a “morte os separe” em uma
cerimônia legal e religiosa, ficou relegado
ao passado
 Dias (2000), diz que o casamento deixou de
ser uma proteção institucional para o
vinculo amoroso
 Há uma relação conflituosa entre a
família, o trabalho, o amor e a busca dos
objetivos.
pág.: 59
11
Reflexão
 Os
aspectos
“objetivos”
da
convivência
familiar
cedem
espaços a aspectos “subjetivos”, por
definição
mais
instáveis
e
flutuantes,
decorrentes
do
dinamismo
que
as
relações
familiares assumem no mundo
moderno.
12
Indícios das Profundas Mudanças na Concepção de
Família
 aumento das separações e dos divórcios, o
adiamento do casamento entre jovens, a redução
significativa da nupcialidade, o incremento do
número de famílias reconstituídas, das uniões de
fato, das famílias monoparentais e das chefiadas
por mulheres (PNAD, 2006).
 Famílias homoparentais...
 Cooper (1989), anunciava “a morte da família”.
13
...
 fatores externos à família redefinem valores e
critérios, modelos de comportamento de cada
membro
 A família moderna é constantemente desafiada
por limites imprecisos por aspirações de
consumo, devendo reconquistar, a cada dia, as
razões para conviver, a consciência do bem que
os membros da família têm em comum, dos bens
relacionais cujo valor perdura no tempo.
 (aspirações de cada membro)
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RELAÇÕES ENTRE GÊNEROS E ENTRE GERAÇÕES
 A família, afirma Donati (1998), é aquela relação
que nasce especificamente na base do casal
homem/mulher para regular suas interações e
trocas de modo não casual. É diferente o debate a
respeito de gênero quando é referido às relações
familiares ou quando é pensado fora da família.
 Nesta, “duas diversidades bio-psíquicas se
encontram, interagem, compensam-se e entram
em conflitos, ajudam-se e disputam entre si,
trocam muitas coisas, redefinem-se uma em
relação à outra, repartindo tarefas, negociando
espaços de liberdade e de recíproca prestação de
contas” (DONATI, 1998, p. 123).
15
...
 ...a definição de gênero resulta ter limites culturais
imprecisos, sendo passível de interpretações
subjetivas, que admitem um amplo espectro de
variação.
 A igualdade entre os sexos estende-se do quotidiano
familiar até o trabalho profissional e ao empenho
cultural e político com uma progressiva tendência a
não identificar nenhum trabalho como tipicamente
masculino ou exclusivamente feminino.
16
...
 Troca dos papéis tradicionais, porém com menor
proporção por parte dos homens.
 As relações entre pais e filhos ganham respeito e
flexibilidade, deixam os modelos centrados na
autoridade e na disciplina, enquanto são incorporados
os valores de diálogo, negociação, tolerância, no
horizonte de um amplo pluralismo ético e religioso
(KALOUSTIAN, 2005).
 número menor de filhos que o casal, planejamento
mais ou menos rigoroso... gratificação emocional e
afetiva dos pais em relação aos filhos (CAMPANINI,
1989).
17
...
 Verifica-se uma intensidade maior de dedicação e
de investimento de recursos, especialmente com
relação à saúde e à educação (portanto, menor
número de filhos)
 “Consenso” Planejamento sobre filhos -
gratificação emocional e afetiva dos pais em
relação aos filhos (CAMPANINI, 1989).
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...
 A família é um lugar de encontro entre diferentes
gerações ora prevalecendo a cooperação, ora o conflito.
 ... novas gerações divergem das anteriores quanto às
metas perseguidas, aos valores respeitados e aos critérios
para discernir o que vale ou o que deve ser descartável.
 As novas gerações experimentam, muitas vezes, uma
distância e uma estranheza com relação aos pais e à
geração mais velha.
 No quotidiano, prevalecem formas de acomodação
prática e o diálogo é substituído por negociações
pontuais (não segue uma regra rígida)
 Distanciamento entre gerações (laços frouxos)
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Opinião Pública
 Apesar do complexo conceito familiar hoje
existente e da aparente desvalorização dessa célula
familiar, a pesquisa datafolha de 2007 revelou que
98% dos entrevistados consideram a família
importante ou muito importante.
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Auto-poiético
 A família é um sistema auto-poiético, ou seja,
que é capaz de gerar-se e modificar-se
incorporando não apenas alterações do ciclo
vital de seus membros, que incluem
movimentos de entradas e saídas como
nascimento dos filhos, casamento dos
mesmos e saída da casa paterna, como
também é capaz de interagir com as mudanças
que o contexto mais amplo lhe imprimem.
21
...
 considerar família qualquer convivência sob o mesmo
teto, sem outras especificações além da existência de
algum tipo de afetividade que ligue as pessoas. Dados
IBGE, também é encontrado nos programas
governamentais que envolvem a família, bem como em
diversos estudos de caráter científico.
22
...
 Nunca a família foi considerada de maneira tão fluida, com
contornos tão indefinidos, sendo diluída a sua identidade a
ponto de poder desaparecer como grupo social. Esta
situação paradoxal segundo a qual ora a família é tudo, ora
é nada, documenta o profundo processo de mudança que
envolve a sociedade e revela a pluralidade de posturas, a
diversidade de valores e metas que se encontra em nossa
cultura. Por isso, os pesquisadores oscilam entre a
percepção da família como uma realidade residual,
destinada a desaparecer (COOPER, 1989) e a percepção de
que a família é a base de tudo (KALOUSTIAN, 2005).
23
Reflexão
 Em meio a turbulências culturais e sociais, a
família empenha-se em reorganizar aspectos da
sua realidade que o ambiente sócio-cultural vai
alterando. Reagindo aos condicionamentos
externos e, ao mesmo tempo, adaptando-se a eles,
a família encontra novas formas de estruturação
que, de alguma maneira, a reconstituem (DONATI
& SCABINI, 1995; DONATI, 1998).
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A FAMÍLIA COMO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO
 é possível uma única definição de família ou são
desejáveis mais definições para compreender a
pluralidade de situações?
 o que chamamos de vida familiar?
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Definição de Família!!!???...
 qualquer convivência sob o mesmo teto
 existência de algum vínculo afetivo que ligue as pessoas
 conjunto de pessoas que compartilham uma unidade
habitacional (IBGE; programas governamentais; estudos de
caráter científico)
 Irène Thèry (2006), socióloga, questiona: é possível uma
única definição de família ou são desejáveis mais definições
para compreender a pluralidade de situações? (controvérsia
de valores)
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TEORIA RELACIONAL DA SOCIEDADE DE PIERPAOLO
DONATI: CONTRIBUIÇÕES À FAMÍLIA
 A teoria relacional da sociedade e a abordagem
relacional da família explicitam, sistematizam e
aprofundam aspectos já presentes em obras de autores
latino-americanos atentos à realidade da família: desde
a preocupação com a superação do assistencialismo
estatal, até a valorização das relações familiares como
fonte de bens e de rede de solidariedade, desde a
percepção da família como recurso para a pessoa e para
a sociedade, até a relevância da família para a
constituição de ambientes de solidariedade nos
contextos sociais.
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Reflexão
 Quando a família não vive relações de reciprocidade
plenas e favorece o individualismo em lugar de
fortalecer a solidariedade social, quando não é
valorizada a cooperação entre os sexos e entre as
gerações, a coletividade deve fazer-se cargo de tarefas
que, em outras circunstâncias, as famílias assumiriam
para si, aumentando consideravelmente a despesa
pública. Além disso, o conflito e a violência na
convivência social podem crescer nesse ambiente.
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CONCEITO DE FAMÍLIA
 A família como unidade social, enfrenta uma série de
tarefas de desenvolvimento, diferindo a nível dos
parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes
universais
(MINUCHIN,1990)
 “A família, como sistema, possui uma função
psicossocial de proteger os seus membros e uma
função social de transmitir e favorecer a adaptação à
cultura existente.”
(Bassedas, 19..., p.33)
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Evolução da Família: três períodos
 Família tradicional – Servia acima de tudo para
assegurar a transmissão dos bens. Casamentos
arranjados pelos pais sem levar em conta a vida sexual e
afetiva do futuro casal. Uma ideia de mundo imutável e
inteiramente submetida a uma autoridade patriarcal.
Estruturação tríade: pai, mãe, filho.
 Família moderna – Fundada no amor romântico, ela
sanciona a reciprocidade dos sentimentos e os desejos
carnais por intermédio do casamento. Adequação das
mudanças, mais autonomia e independência.
30
...
 Família contemporânea – Duração relativa,
dois indivíduos em busca de relações íntimas
ou realização sexual. A transmissão da
autoridade vai se tornando então cada vez mais
problemática à medida que divórcios,
separações e recomposições conjugais
aumentam. Mudanças dos papeis tradicionais.
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Famílias em Funcionamento Complexo
 Gerações amontoadas no mesmo lar
 Filhos sem condições demoram sair de casa
 Filhos que retornam para casa dos pais com os seus
filhos
 Filhos que permanecem na posição de filhos,
mesmo sendo pais
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Modelos de família
 Famílias arranjadas (recompostas) – novas
constituições familiares a partir das separações;
 Família monoparental – Famílias dirigidas ou só
pelo pai ou só pela mãe
 Família solteira – Mães/adolescentes solteiras que
assumem seus filhos sem nunca ter havido o apoio
do pai.
 Família homoparental – O termo homoparental
(homoparentalité) foi criado na França em 1996
pela associação dos Pais e Futuros Pais Gays e
Lésbicas (AGLP). Pais homossexuais.
 Família comutaria – a educação dos filhos é de
responsabilidade de todos os membros; a exemplo
de determinadas tribos de indígenas
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Novos Arranjos Familiares
 A família nuclear clássica entra em crise para evocar
“arranjos familiares”, bem como variadas constelações
familiares.
 Observamos nas uniões que ocorrem após o primeiro
divórcio, e novos filhos são gerados, produzindo uma
rede de relações antes nunca vista.
 Família presente: Os pais ou um dos. Avós; Tios(as);
Irmãos; Casais Homossexuais (Homoparentalidade,
França em 1996); Família Adotiva; Instituições.
Obs:
 Segundo as leis, a parentalidade é soberana em relação
ao casamento.
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...
Segundo Christine Collange,
Estas novas configurações familiares são questionadas
se realmente devem ser consideradas famílias, mas
independente do questionamento é necessário
compreendê-las por seus valores, suas relações de
afeto, respeito, dependência, reciprocidade e
responsabilidade que exista, pois cada família é única
e... “família como a minha, família como a sua,
provavelmente não há duas iguais” (1994, p.65).
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Fatores Que Contribuíram Para a Formação das Novas Estruturas
Familiares
 Novos direitos da luta feminina. A presença mais
feminina mais forte na sociedade e na família.
Maternalização significativa.
 Separar do “feminino” e do “materno”; foi possível
discriminar “sexo” (biológico) e “gênero” (costumes
sociais).
 Os contraceptivos que deram o poder à mulher de
decidir pela maternidade ou não.
 A mulher começa a se afastar do papel de “mãe
amorosa” e rainha do lar, para um modelo sócioeconomicamente mais ativo.
 O homem começa a perder a postura machista dentro
de casa e no sexo.
36
...
 A mulher pede divórcio com filhos pequenos (maior
incidência)
 Voltam a estudar, trabalhar, viver; mesmo com filhos
pequenos.
 Decidem não casar, ou casar mais tarde
 Tem filhos mais tarde, ou resolve não tê-los.
 Novos ingredientes do mundo contemporâneo, deixaram a
vida familiar mais atribulada. Ter que corresponder a todas
exigências modernas, gera um desgaste físico, emocional,
sentimental, relacional, psicológico etc., bem maior.
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Responsabilidades da Família na Educação dos Seus Membros:
 Formação do caráter.
 Incentivo / Motivação.
 Pais ou responsáveis são espelhos para os filhos,
portanto há uma grande possibilidade das atitudes
comportamental deles, influenciarem diretamente
nas atitudes dos filhos, podendo fortalecer e
consolidar um bom caráter, ou comprometer a
construção do mesmo. Nesse caso tornar-se-á mais
árduo para outros segmentos sociais sistemáticos ou
assistemáticos,darem continuidade à missão de
educar o sujeito.
 Segundo Freud, os pais são o objeto facilitador na
compreensão e na aprendizagem do mundo.
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Perfis de Família
 FAMÍLIA PERMISSIVA
 FAMÍLIA AUTORITÁRIA
 FAMÍLIA EQUILIBRADA
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Família Permissiva
 Via de regra é muito tolerante. Tende a ser
liberal em excesso fazendo com que o sujeito
esqueça das normas e regras perdendo assim a
noção dos seus limites.
 Permissivo ao extremo, pode-se perder a
afetividade,
o
acompanhamento,
responsabilidade sentimental é substituída
pela responsabilidade material.
 O sujeito poderá ficar mais envolvido e exposto
à educação de outrem, totalmente vulnerável, e
sem a devida supervisão e orientação da família
(auto-educação)
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Família Autoritária
 A família autoritária tem suas raízes na maioria das
vezes
fincadas
na
educação
conservadora,
tradicionalista. Ser autoritário está mais próximo da
opressão, e bem distante da educação libertadora.
 Quando optamos pela postura autoritária, o resultado
racional poderá aparecer, porém muitas vezes o
individuo fica marcado negativamente para toda sua
vida.
 “Por medo o sujeito pode te obedecer, mas por respeito
ele pode salvar a sua vida”.
Ele pode aprender, pode se desenvolver.
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Família Equilibrada
 Na
família equilibrada, existe uma dose de
permissividade, assim como uma dose de autoridade. É
permissível e não liberal em excesso; tem autoridade,
porém, não é autoritária.
Quando existem doses, existe equilíbrio. E o que é
esse equilíbrio?
Equilíbrio é justamente considerar os pesos iguais
nos dois extremos da balança.
 A família equilibrada é dotada de muitas virtudes. Parece
utopia, mais é possível encontrar este modelo de família
que podemos classificar como uma orquestra em perfeita
harmonia.
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Virtudes da Família Equilibrada
 Atitude - Não deixar que um problema aconteça para
depois agir
 Discernimento
- Estabelecer a diferença. Saber
interpretar uma mudança de comportamento cotidiano do
sujeito.
 Sensibilidade - Sentimento, delicadeza.
 Afetividade - Afeto, amizade. Amor... Para ouvir e
entender
 Olhar Atento - Não é um olhar neurótico, confuso,
armado, mas um olhar sereno, tranquilo, confiante. Um
olhar pronto para orientar e reorientar quando necessário.
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...
 Respeito a Ideias e Opiniões - Podemos oprimir ou
libertar.
 Senso de Justiça - Saber julgar com coerência, julgar
corretamente a ações e reações de cada membro da
família.
 Educação - A família educada não manda, pede, por favor,
e sabe agradecer; sabe entrar e sair tem um tom
conciliador; tem uma expressão suave e não agressiva.
 Liderança - Estabelecer uma relação de liderança onde há
respeito a hierarquia, esse líder hierárquico por sua vez,
trabalha no sentido de manter um entendimento e
harmonia para que todos obtenham seus ganhos no
processo continuado da evolução familiar, humana,
pessoal, social, profissional, educacional etc...
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Orientação às Famílias nas Escolas
 Desenvolvimento não só cognitivo, mas, emocional
e social (família)
 Trabalhar a competência emocional
 presença dos pais na escola, para que tenham um
espaço para dividir e elaborar suas angústias e
frustrações
 Participar das transformações dos novos modelos
familiares e os seus conflitos, assim como orientar
recursos para a capacidade de resiliência.
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...
 orientação à família, com o objetivo de atuar num
enfoque mais preventivo
 Família como suporte na educação dos filhos
 Recursos materiais e emocionais no processo
educacional (objetivos e subjetivos)
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...
 Orientar família dentro do contexto educacional, significa
conduzi-la a uma reflexão/ação/reflexão sobre a
importância da participação ativa no processo de
desenvolvimento dos seus membros.
 Orientar é uma construção, e essa construção é um processo
lento, que exige um olhar dos valores e da subjetividade de
cada um.
 Para orientar é necessário conhecer as transformações que
estão ocorrendo no interior das famílias: família X sociedade;
família X Educação, Família X Economia, etc.
 Orientar família diante desse mundo mutante é antes de
tudo um grande desafio.
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Reflexões
O conceito de família tornou-se amplo, independente do
desejo
tradicionalista, religioso, do conservadorismo.
Independente do preconceito, dos estereótipos. Independente
dos desejos individuais.
O profissional que está direta ou indiretamente ligado a essa
área de atuação, terá o desafio e a responsabilidade de se
despir cada vez mais de todos esses rótulos, para desenvolver
um excelente trabalho.
A elaboração de novas ideias depende da libertação das
formas habituais de pensamento e expressão. A dificuldade
não está nas novas ideias, mas em escapar das velhas, que se
ramificam por todos os cantos da nossa mente.
J. M. Keynes
Professor: Rafael Santana Araújo
Psicopedagogo Clínico Institucional
Psicologia Conjugal e Familiar
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Abordagem:
 FAMÍLIA COMO SUPORTE NA EDUCAÇÃO
...a instituição familiar é o ponto forte de apoio.
...recursos valiosos para o seu desenvolvimento,
intelectual, social, emocional, pessoal.
 RECURSOS MATERIAIS e EMOCIONAIS NO
PROCESSO EDUCACIONAL
...Carinho, Afeto, Companheirismo, O olhar, A escuta,
O tocar, O saber falar, O sentir
...O esforço para apoiar com os recursos materiais
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REFLEXÃO FINAL
Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu a um
segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre como uma
onda no mar.
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