Transcript Recomendações para o manejo da tromboembolia pulmonar.
Danilo B. Pompermayer R1 Clínica Médica
Tromboembolismo venoso TVP TEP Alta prevalência em ambiente hospitalar Achado acidental Complicação de alta morbidez Morte súbita Diagnóstico não é clínico
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J Bras Pneumol. 2010;36(supl.1):S1-S68
Pela extensão Maciço Pelo menos duas artérias lobares obstruídas ou > 50% da perfusão Submaciço Pelo menos uma artéria segmentar e menor que duas artérias lobares ou < 50% da perfusão Está em desuso
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Ponto de vista funcional Alto riso Colapso circulatório Risco intermediário Sobrecarga coração direito Risco baixo Sem comprometimento das circulações pulmonar e sistêmica
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Incidência subestimada Quadro clínico multifacetado Casos não diagnosticados Prevalência no BR: 3,9 – 16,6% Aumento exponencial com a idade Mortalidade diminuindo Profilaxia, diagnóstico e tratamento Nos EUA: 50-100 mil mortes/ano
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RAZÃO DE RISCO >10
Fratura de quadril ou perna Cirurgia de prótese de quadril ou joelho Cirurgia de grande porte Politraumatismo Lesão de medula espinhal Emergências Clínicas: Abordagem prática. 4a ed. Capítulo 35
RAZÃO DE RISCO ENTRE 2 E 9
Trombofilia TVP/TEP prévio Gravidez/pós parto AVC com membro plégico Câncer ACHO Insuficiência cardíaca descompensada Acesso central Quimioterapia Emergências Clínicas: Abordagem prática. 4a ed. Capítulo 35
Repouso no leito < 3 dias
RAZÃO DE RISCO < 2
Imobilidade prolongada em viagens Idoso Obesidade Cirurgia laparoscópica Emergências Clínicas: Abordagem prática. 4a ed. Capítulo 35
Não há quadro clínico patognomônico Depende das condições prévias do pulmão Lembrar a possibilidade frente a: Sintomas torácicos agudos na presença de: TVP aguda TEV prévio Fatores de risco Pacientes criticamente enfermos ou com trauma
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Lembrar a possibilidade frente a: Taquiarritmias súbitas e inexplicáveis Arritmia crônica + dor pleurítica ou hemoptise Descompensação inexplicável de insuf. Cardíaca ou pneumopatia crônica PCR
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Para pensar: TVP proximal sintomática 50% apresentam TEP assintomática TEP confirmada 70% apresentam TVP silenciosa
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Taquipneia Dispneia Dor torácica pleurítica Crepitações Tosse Hemoptise Síncope
SINAIS E SINTOMAS
92% 84% 74% 58% 53% 30% 13%
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CRITÉRIO
Sinais objetivos de TVP (edema, dor à palpação) Taquicardia (FC > 100 bpm) Imobilização ≥ 3 dias consecutivos (exceto idas ao banheiro) ou cirurgia nas últimas 4 semanas
PONTUAÇÃO
3,0 1,5 1,5
CRITÉRIO
TVP ou TEP prévias (com diagnóstico objetivo) Hemoptise Neoplasia maligna (ativa ou término do tratamento < 6 meses) Diagnóstico alternativo menos provável que TEP
PONTUAÇÃO
1,5 1,0 1,0 3,0
Probabilidade clínica: Baixa: < 2,0 pontos Média: Entre 2,0 e 6,0 pontos Alta: > 6,0 pontos
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IAM Aneurisma de aorta torácica Tamponamento cardíaco Pneumotórax / pneumomediastino ICC descompensada Asma aguda Pneumonia Tb pleuropulmonar Exacerbação de DPOC
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Radiografia de tórax Não conclusivo Atelectasias, elevação da cúpula diafragmática e derrame pleural ECG Excluir outra causa Ecocardiograma Excluir outra causa
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D-Dímero Pode estar elevado em: Trombose Pós operatório Gestação /Puerpério Câncer Insuf. Renal Sepse Alta sensibilidade Baixa especificidade
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D-Dímero Recomenda-se: Deve ser usado somente após avaliação da probabilidade clínica Não deve ser usado se alta probabilidade Teste negativo exclui TEP em pacientes com baixa ou média probabilidade clínica
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Cintilografia VPN=97% se normal VPP=92-99% se alta probabilidade “Um exame de cintilografia pulmonar normal é suficiente para afastar o diagnóstico de TEP.” “Um exame de cintilografia pulmonar normal é suficiente para afastar o diagnóstico de TEP.”
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Angio TC VPN=97% se baixa probabilidade VPP=96% se alta probabilidade
VPN=VPP=92% se média probabilidade
“Um exame de angio-TC negativo para TEP em pacientes com baixa probabilidade clínica para TEP é suficiente para afastar esse diagnóstico.” “Um exame de TC positivo para TEP em um paciente com alta probabilidade clínica é suficiente para confirmar esse diagnóstico.”
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Anticoagulação na fase aguda Heparina não fracionada Bolus 80 U/kg EV Bomba infusão 18 U/kg/h Coagulograma 6/6 horas – manter TTPA entre 46-70 seg Heparina baixo peso molecular (HBPM) Enoxaparina 1,5mg/kg SC 1x/dia Dalteparina 200 U.kg SC 1x/dia Nadroparina 171 U/kg SC 1x/dia Tinzaparina 175 U/kg SC 1x/dia Emergências Clínicas: Abordagem prática. 4a ed. Capítulo 35
Anticoagulação na fase aguda Fondaparinux Se < 50kg: 5mg SC 1x/dia Se 50-100kg: 7,5mg SC 1x/dia Se > 100kg: 10mg SC 1x/dia Varfarina 5-10mg/dia por 3 dias Seguido de controle de RNI – manter entre 2-3 Emergências Clínicas: Abordagem prática. 4a ed. Capítulo 35
AJUSTE DA HEPARINA NAO FRACIONADA TTPA (relação com controle)
< 35seg (< 1,2) 35-45seg (entre 1,2 e 1,5) 46-70seg (entre 1,5 e 2,3)
Mudança na prescrição
Bolus 80 U/kg Aumentar infusão em 4U/kg/h Bolus 40 U/kg Aumentar infusão em 2U/kg/h Nenhuma alteração 71-90seg (entre 2,3 e 3,0) >90seg (> 3) Reduzir infusão em 2U/kg/h Parar infusão por 1 hora Após,reduzir infusão em 3U/kg/h Emergências Clínicas: Abordagem prática. 4a ed. Capítulo 35
Sangramento ativo Doença ulcerosa péptica ativa Defeitos conhecidos na coagulação (RNI basal > 1,2 ou TTPa > 1,3 vs. controle) Trombocitopenia (< 50.000/mm3) ou disfunção plaquetária AVC hemorrágico recente Paciente com dificuldade de adesão ao tratamento (por motivos clínicos e/ou sociais) História de quedas (3 dentro do último ano ou recorrente lesão por queda)
Hipertensão arterial sistêmica não controlada (> 180/110 mmHg) Cirurgia maior ou politraumatismo nos últimos 3 meses Cirurgia maior ou procedimento invasivo planejado Endocardite bacteriana Doença intracerebral ativa (por ex., metástase cerebral confirmada) Anemia grave ou de causa não explicada Tumores ulcerados (de qualquer tipo)
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Estreptoquinase 1.500.000 U EV em 2 horas Filtro de veia cava Contra indicação à anticoagulação TEP de repetição em doentes adequadamente anticoagulados Complicações graves por anticoagulação Emergências Clínicas: Abordagem prática. 4a ed. Capítulo 35
Anticoagulação longa duração Antagonistas vit. K Cumarínicos (Marevan, Marcoumar) Meta de RNI = 2,5
CONTEXTO
Primeiro episódio de TEV associado a fatores de risco transitórios Primeiro episódio de TEV não provocada Segundo episódio de TEV não provocada TEV associada a câncer 3 meses
DURAÇÃO
Pelo menos 3 meses A longo prazo A longo prazo ou enquanto câncer ativo
CONTEXTO
Pacientes clínicos Cirurgia geral Cirurgia ginecológica Cirurgia urológica maior Neurocirurgia AVC Artroplastia de joelho/quadril Politraumatismo Pacientes críticos Lesão medula espinhal
PREVALÊNCIA TVP (%)
10-20 15-40 15-40 15-40 15-40 20-50 40-60 40-80 10-80 60-80
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Heparina não fracionada 5000 UI SC 8/8 - 12/12 horas Redução 70% incidência Enoxaparina 20-40mg/dia
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Profilaxia é muito importante Pode simular várias doenças – lembrar dela Avaliação de probabilidade clínica D-Dímero não é diagnóstico Lembrar sempre o tempo de tratamento de longa duração