Simulando a Internet
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Transcript Simulando a Internet
Carlos Alberto Kamienski ([email protected])
UFABC
Avaliação de Desempenho
Simulando a Internet
Média do índice de justiça
100
95
Fases
1
90
2
5
85
10
80
75
0
20
1
30
2
40
3
50
4
Carga (chamadas - x 1000)
60
5
6
Simular a Internet: dificuldades
Simular a Internet representa um desafio
Devido às suas características únicas é difícil obter uma
caracterização precisa
Internet global: pública + privada
Algumas conclusões obtidas há alguns anos não são mais válidas
Mudanças nos perfis dos usuários
Novos protocolos e aplicações
A Internet é um grande alvo móvel
2
Dimensões da Internet
A Internet é muito grande (qualquer aspecto)
Métricas para o tamanho da Internet:
Número de usuários, redes, computadores,
interconexões, tráfego, acessos a sites, mensagens de
correio eletrônico, etc.
Problemas:
Pouco representa muito
Escalabilidade
3
Dimensões da Internet
http://www.netsizer.com
4
Heterogeneidade
Sucesso da Internet: protocolo IP
Aceita praticamente qualquer rede subjacente
Utilização de muitas tecnologias diferentes
Ethernet, WLAN (Wi-Fi), WiMax
Linha discada, ADSL, RDSI, Modem a cabo
Modem celular, Blue Tooth, GPRS, 3G, 3.5G, 3.75G, 4G
ATM, Frame Relay, SDH, WDM
Dificuldade em compreender o funcionamento
Não existe uma topologia “típica” da Internet
Diversidade de enlaces: alguns Kbps até 10 Gbps (e além)
Protocolos e padrões de tráfego
5
Mudanças drásticas
Mudanças ocorrem de maneira rápida e imprevisível
Exemplo:
Crescimento súbito do tráfego de alguma aplicação
Depois de algum tempo, volta aos padrões antigos
Exemplos: compartilhamento P2P: filmes, músicas, programas
Possíveis fontes de mudanças imprevisíveis:
Estruturas de tarifação
Tecnologias de redes sem fio e dispositivos móveis
Cache de Web
6
Requisitos para pesquisa
Requisitos que pesquisadores necessitam nos
simuladores da Internet
Abstração
Emulação
Geração de cenários
Visualização
Possibilidade de expansão
Disponibilidade de protocolos e mecanismos
7
Abstração
Abstração: nível de detalhamento do modelo
Simulações de alto nível
Simulações detalhadas
Vários níveis abstração (ou granularidade) em um mesmo
simulador são úteis
Dúvida: nível de representação de componentes
Abstrair ou não abstrair:
Precisão nos resultados
Tempo de desenvolvimento do simulador e de simulação
Exemplos
Redes locais, protocolos de aplicação, roteamento dinâmico
8
Emulação
Interação de elementos da rede real com um ambiente de
simulação
Utilização em experimentação e simulação
Tipos:
Aplicação no simulador “conversa” com aplicação real
Simulador utilizado como uma “nuvem de rede”, uma WAN
Vários roteadores e enlaces com características distintas
Pode introduzir atrasos, descartes, congestionamentos, etc.
Mecanismos de escalonamento e encaminhamento
Pode ser usado para simular uma WAN em um testbed
Emuladores: Nist Net, ns
9
Geração de cenários
É difícil obter cenários representativos da Internet através de
configuração manual
Geração automática de:
Topologias
Padrões de tráfego
Eventos dinâmicos (falhas em enlaces)
Avaliação de robustez de protocolos é mais confiável com
geração automática
Por outro lado, cenários simples possibilitam entender melhor o
comportamento da rede
10
Topologias
Topologias de redes locais não representam a
Internet
Topologias típicas:
Provedores não revelam topologia
Interconexão de provedores é inferida a partir de
tabelas BGP
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Topologias - Interconexão
12
Topologias - geradores
Geradores ad-hoc:
GT-ITM e Tiers
Topologias em três níveis
Geradores baseados em medições
BRITE e Inet
Crescimento incremental e número de interconexões
13
Topologia – Exemplo Tiers
14
Modelos de tráfego
Geração de tráfego sintético (modelos)
Simular corretamente o tráfego real
Características dos pacotes gerados:
Tamanho, periodicidade, rajadas, etc.
Tráfego de dados: protocolo TCP
HTTP, FTP, SMTP, TELNET, POP, IMAP
90% do tráfego da Internet
Tráfego multimídia: UDP
Voz: CBR, On-Off
Vídeo: CBR e VBR (MPEG 1-2-4, H.261, H263)
Tráfego agregado
Auto-similar
15
Tráfego On-Off
16
Tráfego VBR
17
Tráfego FTP (TCP)
18
Dinâmica da rede
Dinâmica da rede significa que os nós podem
ficar fora do ar e retornar
Isso é muito comum na Internet, gerando
instabilidades de roteamento
Utilização:
Simulações com topologias complexas
Protocolos de roteamento
Testes de robustez à falha de enlaces
20
Visualização
Importante para compreender o cenário simulado
Inclui visualização da topologia e animação do
tráfego de pacotes, inclusive descartes
Recurso muito útil no ensino de redes de
computadores
Em pesquisa, geralmente somente os resultados
interessam
Simulador ns: possui animador nam
21
Visualização
22
Expansão e recursos
Possibilidade de expansão
O simulador deve permitir expansão com grande flexibilidade
Essencial para pesquisa
Disponibilidade de protocolos e mecanismos
Nem sempre o melhor simulador é o mais adequado para todos os
casos
Exemplo:
O ns-2 não possui todas as funcionalidades necessárias
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Configurações para a Internet
Topologias
Iniciar com topologias simples para obter melhor compreensão
(embora não representativas)
Rede com gargalo: topologia em halteres
Topologias complexas: usar gerador
Aplicações e protocolos
TCP: 90% do tráfego (da Internet)
HTTP: 65% do tráfego
FTP: mais fácil de controlar em simulações
UDP: simular aplicações multimídia
Voz, vídeo, RealPlayer, jogos
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Configurações para a Internet
Modelos de tráfego
Simuladores geralmente implementam modelos para FTP,
HTTP e TELNET
Número de chegadas de chamadas de voz
Poisson, com intervalo entre chegadas Exponencial
Duração das chamadas de voz:
Exponencial com média de 2 (ou 3) minutos
Tráfego de voz:
CBR: Taxa de acordo com o codificador (ex.: 80 Kbps para PCM,
incluindo os cabeçalhos IP/UDP/RTP)
On-Off: distribuição Exponencial ou Pareto dos períodos On (1,004 s)
e Off (1,587 s)
Tráfego de vídeo: modelos (complexos) para VBR
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Fluxos e agregações
Quantidades de fontes e destinos de dados
Fluxos individuais ou agregações
Quantidade de sistemas finais
Um para cada fonte
Várias fontes em um sistema final ou roteador
Depende da abstração utilizada
Ponto de origem ou destino
Rede local ou linha discada
Nem sempre precisam ser representados
Agregações:
Não são fontes individuais com taxas muito grandes
Têm modelagem diferente: Auto-similar
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Fluxos e agregações
27
Tamanho de pacotes
Compromisso:
Pacote maior: eficiência
Pacote menor: interatividade
Pacote IPv4: máximo de 64 KB
Pacotes jumbo: até 8 KB
Tamanho máximo real: 1500 bytes
FTP, HTTP e SMTP (1000 ou 1500 bytes)
Pacotes de voz: 200 bytes ou menos
Vídeo sob demanda: pacotes maiores
Tamanho comuns: 536, 576, 40, 44, 1500
28
Tempo de simulação
Regra empírica:
Iniciar com pouco tempo e ir dobrando até que não haja alteração
significativa nos resultados
Segurança: intervalo de confiança
Simulações típicas são executadas por alguns minutos (60 a
3600 segundos)
Tempo de relógio é menor em simulações simples e maior para
complexas
Segundos, minutos, horas, dias
Depende da topologia, quantidade de fontes, tempo de simulação e
quantidade de replicações
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Simuladores para a Internet
OPNET
Simulador comercial completo e caro
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
Network Simulator (ns)
Usado no meio acadêmico
É de graça
OMNeT++
Arcabouço para construir simuladores de rede
OverSim: simulador P2P baseado no OMNet++
30
Simulação – QoS na Internet
Exemplo de pesquisa sobre a Internet através de simulação com
o ns
Objetivo:
Comparar o desempenho de aplicações multimídia na Internet
usando o serviço de melhor esforço e as tecnologias IntServ e
DiffServ
Contexto
Qualidade de Serviço (QoS) na Internet
Problema
A Internet não oferece garantias de QoS
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Definições para QoS em Redes
O desempenho de uma rede relativo às
necessidades das aplicações
O conjunto de tecnologias que possibilita à rede
oferecer garantias de desempenho
Requisitos de QoS
São as exigências mínimas de uma aplicação sobre
métricas da rede
Vazão > 128kbps
Atraso < 150ms
Variação do atraso < 20ms
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Serviço de melhor esforço
Todos os usuários e aplicações recebem o
mesmo tratamento nos roteadores
Congestionamento: fila FIFO
Capacidade esgotada: descarte
Vantagens:
Simplicidade, robustez, escalabilidade
Uns dos motivos do sucesso da Internet
Problema:
Não permite aplicações que precisam de garantias
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Métricas de QoS
Atraso
Tempo do pacote “dentro da rede”
Entre transmissor e receptor (fim a fim)
Variação do atraso (jitter)
Medido entre pacotes consecutivos
Vazão (largura de banda )
Taxa de transmissão de dados (Mbps)
Confiabilidade
Perda de pacotes
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Propostas para QoS na Internet
IETF (Internet Engineering Task Force)
Responsável por padrões na Internet
IntServ (serviços integrados)
Reservas de recursos para cada fluxo
Procolo RSVP (Resource Reservation Protocol)
Problema: falta de escalabilidade
DiffServ (serviços diferenciados)
Baseado em Classes de Serviços
Agregação de fluxos
Provisionamento para cada classe (PHB)
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Topologia de simulação
Brasília
10 Mbps
8 ms
12 Mbps
10 Mbps
20 Mbps
5 ms
8 ms
Florianópolis
16 Mbps
10 ms
20 ms
São Paulo
Rio
18 Mbps
5 ms
Recife
20 Mbps
5 ms
Belo Horizonte
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Plano de simulação
Simplificação da RNP2, incluindo os PoPs:
PE, SC, RJ, SP, MG e DF
Avaliar tráfego entre Recife e Florianópolis
Métricas: vazão e atraso
Roteadores
Cada PoP representado por um roteador
PE ligado somente a RJ e SC ligado somente a SP
Enlaces
Situação da RNP2 em abril de 2002
Atraso: de acordo com distâncias físicas
37
Plano de simulação
Modelo de tráfego
Voz: principal
CBR a 64 Kbps e pacotes de 100 bytes
Motivo: facilidade de acompanhar a vazão
20 fontes entre SC-PE
10 fontes entre: SC-DF, SC-MG, DF-PE, MG-PE, RJ-SP
Dados: retaguarda
FTP com pacotes de 1500 bytes
Quantidade de fontes foi variada (fator)
Técnicas de QoS
Melhor esforço (BE)
IntServ (serviço de carga controlada)
DiffServ (PHB EF)
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Plano de simulação
Tempo de simulação
Experimentos com duração de 10 segundos
Tempos maiores não mostraram diferenças significativas
Período generoso para observas as métricas de interesse
Fontes CBR e FTP iniciam entre 0 e 1 segundo de simulação
Escolha aleatória com distribuição uniforme
Replicações
100 replicações para cada experimento
Fatores e níveis
Carga da rede: número de fontes FTP 0, 5 e 50
Tecnologias de QoS: BE, IS e DS
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Execução e coleta de resultados
Simulador ns, versão 2.1b8a
Funcionalidades da distribuição padrão
DiffServ: PHB EF com WRR do módulo CBQ
Troca do gerador de números aleatórios
Park-Miller: período de 231 – 2
Marsenne-Twister: período de 219937 – 1
Coleta de resultados
Vazão: componente LossMonitor
Amostras a cada 0,5 segundos e média do experimento
Atraso: componente PktStats
Atraso para cada pacote e média do experimento
40
Execução e coleta de resultados
Plataforma de simulação
CPU AMD Athlon de 1.3 GHz e 512 MB
Sistema operacional Linux
9 conjuntos de de 100 replicações de 10 segundos
Tempo de relógio: alguns minutos
41
Apresentação e análise
Resultados de 1 fonte CBR entre SC e PE
Motivo: representatividade e baixa complexidade
Estudo mais detalhado pode medir todas as fontes CBR e extrair
estatísticas
Resultados se referem à média das médias de cada uma das 100
replicações
Intervalo de confiança ao nível de 99,9%
42
Vazão - comparação
70
60
Vazão (Kbps)
50
40
30
melhor esforço
20
DiffServ
IntServ
10
0
0
5
50
Carga (número de fontes de retaguarda)
43
Vazão: melhor esforço (série)
100
Vazão (Kbps)
80
60
0
5
40
50
20
0
1
21
41
61
Tempo de simulação (segundos)
44
Atraso: comparação
90
melhor esforço
80
DiffServ
IntServ
Atraso (ms)
70
60
50
40
30
20
0.5
10
1.5
25
2.5
350
Carga (número de fontes de retaguarda)
3.5
45
Atraso: melhor esforço (série)
100
Atraso (ms)
80
0
60
5
50
40
20
0
1
21
41
61
Tempo de simulação (segundos)
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Carlos Alberto Kamienski ([email protected])
UFABC
Avaliação de Desempenho
Simulando a Internet
Média do índice de justiça
100
95
Fases
1
90
2
5
85
10
80
75
0
20
1
30
2
40
3
50
4
Carga (chamadas - x 1000)
60
5
6