Transcript 1.3 Analogia

DROSERA ROTUNDIFOLIA
Regina Hitomi Okamura Romagnolo
SUMÁRIO
1 A substância do medicamento e os sintomas
1.1 O histórico, a origem e o preparo da substância do
medicamento
1.2 A dinâmica da substância – na sua essência e nas intoxicações
1.3 Analogia entre as características da substância e os sintomas
2
O Tema: transformação da qualidade em quantidade e
vice-versa
3
Antagonismos e contradições dos medicamentos
4
A dialética dos sintomas – Interconexões e
correspondências
5
A evolução em espiral : a dinâmica - CASOS CLÍNICOS
6
Referências
1 - A substância do medicamento e os sintomas
1.1 – O histórico, a origem e o preparo da substância do
medicamento
1.2 A dinâmica da substância – na sua essência e nas
intoxicações
1.3 Analogia entre as características da substância e
os sintomas
1.1 – A origem, o histórico e o preparo do medicamento
ORIGEM: Vegetal
A Drosera Rotundifolia é uma espécie de
planta carnívora
É encontrado em toda a Europa do Norte,
muito na Sibéria,
Japão e nova Guiné. em grandes partes do
Norte da América do Norte

SINONÍMIA:
Drósera,
Rorella Rosella,
Rossolis,
Erva orvalhada,
Orvalhada do Sol,
Orvalhinha Freatulina,
Adenopa,
Dismophyla,
Filicirna, Sondera.
HISTÓRICO

Idade Média: Peste Negra
Definhamento
Antigos: Afecções Cutâneas
Tosse Coqueluchoide
Tuberculoses
INDICAÇÕES E AÇÕES FARMACOLÓCIA:




Tosse irritativa, na bronquite, na faringite e
na asma;
Externamente nas inflamações
osteoarticulares, nas contraturas
musculares, nas mialgias e nas neuralgias;
Na Homeopatia na tosse espasmódica;
Naftoquinonas: propriedades antimicrobianas
in vivo, especialmente sobre bactérias Gram
positivas, Gram negativas, vírus da Influenza,
protozoários e fungos oportunistas (Vichkanova
S. et al. 1972).
PREPARAÇÃO:





Tintura mãe é preparada por maceração;
Em álcool a 90%;
Feita da planta inteira;
Colhida no mês de julho, início de sua
floração;
A partir desta, obtém por diluições
hahnemanianas sucessivas, as outras
dinamizações do remédio.
1.2 A dinâmica da substância
nas intoxicações
TOXICIDADE E CONTRA-INDICAÇÃO:


Princípio ativo – plumbagina: provoca
irritações cutâneas;
Recomenda-se não administrar formas
farmacêuticas desta planta durante a
gravidez;
1.2 Dinâmica da Substância


Uma das ervas medicinais
mais poderosas;
Seu habitat natural :
pântano,
lamaçais,
brejos,
terrenos recobertos de musgo,
turfa ( restos vegetais em variados graus
de decomposição).
1.2 Dinâmica da Substância

PRINCÍPIO ATIVO:

Naftoquinonas (0,25%): plumbagina,
hidroplumbagina, 7-metil-hidrojuglona;
Flavonóides: kempferol, quercetina, miricetina e
hiperosídeo;
Resina;
Taninos;
Ácidos Orgânicos: butírico, cítrico, fórmico, gálico,
málico e propiônico;
Carotenóides.





1.2 Dinâmica da Substância


Nome Drosera vem do grego Droseros que
significa “recoberta de orvalhos” fazendo alusão
às gotículas que a planta segrega;
É uma planta pequena, de aproximadamente cinco
centímetros, prostrada no chão, em pântanos, com
folhas dispostas em forma de roseta;

Folhas cobertas por pêlos que produzem
substâncias pegajosas, viscosas e erosiva;

Estas folhas são armadilhas para capturar
os insetos, matá-los e transformá-los em
nutrientes;
Flores:

Elas estão sobre um único caule,magro, careca e
que emana do centro da roseta foliar;
FLORES:

Apresentam em forma de cacho brancas
Flores


Ou cores derivado do vermelho
São produzidas no verão
AÇÃO GERAL DO MEDICAMENTO

Ação profunda sobre as vias respiratórias;
especialmente indicado na tuberculose

Principal remédio das crises de
coqueluche
Coceira, contração, espasmo, constrição e
sangramento
Agravação
ao deitar
ao beber
após meia noite
Ao chorar
Ao
ingerir
bebida
quente
Calor da cama
Cantando e rindo
calor
Ar frio
melhoria
caminhando
ar livre
movimento
Ao se levantar
Segurando partes dolorida
Ficar quieto
1.3 Analogias
•Planta sobrevive em terreno
ácido;
•Pobre em alguns nutrientes;
•Sempre preparada com
suas folhas abertas (bocas),
para capturar os insetos;
Como a planta, o
paciente tem uma fome
voraz
1.3 Analogias
•Como a planta, o paciente sempre tem fome;
• Está sempre comendo, mesmo sem apetite,o
que lhe confere um biotipo gordo como as
folhas largas e redondas da Drosera;
Obs.: também pode-se encontrar pacientes
drosera magros,mesmo consumindo bastante
calorias.
1.3 Analogias
Mecanismos de sedução para
atrair os insetos
O paciente tem planos
persistentes;
Obstinados para obter o que
desejam;
1.3 Analogias






A planta envolve e dilacera o
inseto;
Destruindo-o e interrompendo
seu ciclo respiratório;
O paciente apresenta dificuldade
respiratória ( asma);
Sufocação;
Na fase sifilítica, tem caráter
destrutivo;
Queixa-se de dor nos braços
como se a carne fosse arrancada
dos ossos.
1.3 Analogia

Planta seduz com sua armadilha,
enganando sua presa, que acredita que
irá saciar sua sede nas gotículas de
orvalho, e que na realidade é um muco
pegajoso;
O paciente está durante todo
dia,com humor preocupado e
ansioso, cheio de
desconfiança como se tivesse
que lidar apenas com gente
falsa
O paciente é
excessivamente
desconfiado e pode
sofrer de delírio de
perseguição
•A
1.3 Analogia

Secreção dos pêlos, é
viscoso, pegajoso, acre
e erosiva;

O paciente tem:
Sensação irritante;
Com coceira na
laringe;
Tosse espasmódica
violenta e seca;
Sufocação;
Salivação aquosa;
Odor ofensivo na
boca;
Esta mesma substância
juntamente com o
movimento dos tentáculos
(pêlos) da planta;
Segura e agarra fortemente
sua presa;
O paciente tem contrações
espasmódicas dos tendões
dos dedos, quando segura
alguma coisa, e só pode
distender a mão com
dificuldade;
1.3 Analogia
• A planta fica praticamente imóvel
no pântano;
• Seus únicos movimentos são dos
pêlos, após a captura do inseto e
absorção do mesmo;
•O paciente apresenta:
• Dor paralisante no quadril,
coxa e tornozelos;
•
•Todos os membros estão como
paralisados;
• Rigidez na nuca e rigidez dos
calcanhares.
1.3 Analogia

A planta vive em alagados;

O inseto mergulha no muco para ser
morto e digerido;

O paciente, na sífilis, tem
ansiedade como se estivesse sendo
impelido a pular na água,
suicidando-se por afogamento;
1.3 Analogia

Os insetos que voam em volta de suas
folhas carnívoras são prontamente
digeridos;

Os que sobrevoam as flores que estão no topo de suas
hastes bem longas são preservados:

O paciente tem ansiedade na solidão;

Deseja ter sempre alguém por perto, não suporta ficar
sem companheiros;
1.3 Analogia

Tempo chuvoso, a planta
quase não apresenta
suas gotículas de muco;

Parece abatida por falta
de sol, água e insetos ao
seu redor:
• O paciente apresenta:
• Indolência;
• Preguiça, sem inclinação
para os trabalhos manuais
e intelectuais;
•Apresenta mentalmente
ansiedade e angústia,
abatimento, inquietude e
tristeza
SINTOMAS ESTRANHOS OU
DISTINTOS
Tosse seca, dilacerante, profunda latida, rouca
espasmódica e atormentadora, acesso que
sucedem rapidamente, não dão tempo de
retornar a respiração;
Dores em todos os membros, como se a cama
fosse dura( arn., pyrogenium)

Cheio de desconfiança, cercado de pessoas
falsas;

Extremamente inquieto, triste.Imagina estar
sendo enganado por pessoas invejosa;

Calado e reservado, com ansiedade. Medo
em saber algo desagradável;

Ansiedade, inimigos o invejam e o
perseguem;

Ansiedade por volta das 19 ou 20 hs,
impelido a pular na água (suicídio por
afogamento);
Ansiedade e solidão,
deseja companhia;


Muito mal humorado;
Circunstancia sem importância
o deixa fora de si de raiva;

KEY-NOTES
Mental
 Desconfiado, imagina que esta sendo
enganado por pessoas malévolas (+);
 Ilusão que as pessoas o invejam e o
perseguem (+);
 Tendência ao suicídio por afogamento (+);
 Obstinado na execução de seus planos (+);
Geral







Coqueluche com febre (+);
Cócegas na laringe provocam tosse quando
deitado (+++);
Tosse na coqueluche durante a noite, às 2 horas
(+);
Incapacidade para tosse, melhora por pressão da
mão na boca do estômago (++); Durante a tosse
deve segurar com as mãos os hipocôndrios (+);
Tosse paroxística às 2 horas (+++);
Sensação de raspar as fauces excitando a tosse
(+++);
Tosse rouca a meia-noite (+);
Cabeça




Dor com sensação rasgante, lacerante, e
apoiar a cabeça sobre as mãos melhora (+);
Dor lancinante na fronte, movendo os olhos
(++);
Peso na cabeça, após calafrio (+);
Dor perfurante, escavante, contorciva na
fronte, escrevendo (+);
Nariz e olfato

Olfato aguçado sensível ao cheiro de azedo
(+);
Boca
•Inchaço na região do centro da língua,
pequeno e redondo (++);
•Secura na região do palato mole (+);
Laringe e traquéia

Constrição na laringe, caminhar melhora
(+++);

Sensação de pontada na laringe,
estendendo-se para a faringe (+);
Garganta Interna

Asfixia caminhando melhora (+);
Peito
Cantar
agrava (+);
Respiração

Respiração asmática, conversar agrava (++);
Expectoração
• Com epistaxe (+);
Alimentício
Sensível
ao cheiro de ácidos (+);
Extremidades

Cãibras na perna durante a tosse (+);

Dor no osso da coxa durante a noite, ao
esticar a perna melhora (+);

Dor no osso da coxa durante o sono (+);

Dor no joelho, ao esticar melhora (+);
3- Antagonismos e
Contradições

Dor de cabeça:
> ao caminhar
__
< ao caminhar

Dor abaixo das costela, quando tosse:
> ao ser tocado
__
< ao ser tocado

Cortadura no abdome:
Sem evacuação
__
Com evacuação
3- Antagonismos e
Contradições



Urina:
muito escassa
__
fluxo copioso
Calafrios febril:
com calor na face __
sem calor na face
Apetite:
voraz
ausente
__
Relações (MM Comparada)



Cuprum Metallicum: Tosse tem acessos repetidos
e prolongados de sufocação, com perda de
consciência. Após a tosse vem o vômito, >após
beber água fria.
Corallium Rubrum: Acessos de tosse muito
rápidos e muito violentos,com perda da consciência
e respiração. Agravação pela manhã.
Cina: Tosse seca, espasmódica, com convulsão,
em crianças com sintomas de verminoses.
Relações (MM Comparada)
Ipeca: Tosse espasmódica, violenta, sem
expectoração,seguida de náuseas e vômitos,
com angústia, ansiedade e sensação de frio.
 Hyosciamus: Tosse seca, espasmódica,
qdo deitado,> sentado.
 Stramonium: indicado p/ forma convulsiva
da coqueluche, acessos violentos da tosse,
com movimentos espasmódicos.

4Dialética dos sintomas
Interconexões e Correspondência
Drosera
(muco,pêlos,flor c/
haste,região pântano)

Irritação c/ coceira
na laringe; ardência
boca, língua,lábios
Irritável,irascível,
Inquietude mental

Tosse violenta
 Sufocação
 vômito
Ansiedade, tristeza,
Medo de estar só,
Suicídio por
afogamento
Contração,
 constrição
Dores paralisantes


Reservado, calado
Desconfiado,
Obstinado,inflexível
CRIANÇA DROSERA
Quer explicações
Convincente, o porquê
GORDINHA; Fome
insaciável;
medrosa
Planos para o futuro
Sonha c/ prosperidade
5- Dinâmica- Evolução em Espiral
2- O Tema: transformação da
qualidade em quantidade
e vice-versa
2- O Tema: transformação da qualidade em
quantidade







e vice-versa
Tuberculose
Tosse espasmódica
Dor paralisante nas extremidades
Desconfiança
Perseguição
Fome voraz
Obstinado
Bibliografia:
ARGENTA, M.B.- Matéria Médica Homeopática: sinais e sintomas
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ALLEN, H.C.- Sintomas chaves da matéria médica homeopática:
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BRUNINI, CARLOS, A criança de ...61 Remédios Homeopáticos,
São Paulo, ed. Mythos, 1 edição 1993.
BRUNINI e SAMPAIO - Matéria Médica Homeopática,vol., VI, IBEHE,
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LATHOUD, J.A.Matéria Médica Homeopática, Robe Editorial 2002.
HAHNEMANN, S. – Matéria Médica Pura.
TYLER, M.L. Retratos de Medicamentos Homeopáticos. São Paulo,
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VIJNOVSKY, B. – Tratado de Matéria Médica. Ed. Organon 2003.
INTERNET: http:// pt.wikipedia.org/wiki/drosera_rotundifolia
http://ervaseinsulos.blogspot.com/2009/03/drosera.html.
www.Karnivoras.com/articles
.