Cirurgia segura e a inovação em saúde

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Transcript Cirurgia segura e a inovação em saúde

Cirurgia segura e a
inovação em saúde
Ana Carolina Binacett
Leticia Frees Gatto
Ana Carolina Monteiro
Introdução
• Anualmente são realizadas aproximadamente de 187 a 281 milhões de
cirurgias segundo dados de 56 países (OMS);
• 7 milhões de pacientes sofrem complicações decorrentes a
procedimentos cirúrgicos anualmente, sendo que 1 milhão vai a óbito
(OMS);
• Em 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente elenca cinco
passos: higienização das mãos, procedimentos clínicos e cirúrgicos,
segurança do paciente e de hemoderivados, administração segura de
injetáveis e imunobiológicos e segurança da água, saneamento básico e
manejo de resíduos (OMS);
• O objetivo é melhorar a segurança da assistência cirúrgica mundial
através da padronização de processos com padrões de segurança que
envolva o pré, o trans e o pós operatório;
Detalhamento
• Inicialmente foi feita discussão em grupo para entendimento do
processo de cirurgia segura e as etapas que o envolvem. Posteriormente
foi escolhido um hospital referência para a construção do processo de
cirurgia segura.
• Foi realizado levantamento das etapas do processo de cirurgia segura
segundo manual da Anvisa e os riscos que estão envolvidos baseados em
um Hospital de Cardiologia.
• Foram contempladas as três fases do processo cirúrgico
• -Pré operatório: termo de consentimento, consulta pré anestésica e
preparo para cirurgia (pele, tricotomia, consulta pré operatória de
enfermagem)
• -Trans operatório: iremos abordar time out, lateralidade e
posicionamento cirúrgico;
• -Pós operatório: cuidados individualizados na prevenção de
sangramento e extubação precoce.
Detalhamento
• Para cada fase foram desenhados os fluxos utilizando o programa Bizagi
e linguagem BPMN – Business Process Management Notation.
• Após a construção dos fluxos foram elencados os indicadores de
mensuração dos resultados esperados que são: indicador de número de
visitas pré anestésicas, número de termos de consentimento aplicados,
número de infecções de sítio cirúrgico, número de cirurgias realizadas ao
mês, número de reoperações;
Fluxos e processos
• Macroprocesso tendo como referência um Hospital de
Cardiologia: No próximo slide temos a entrada e saída do
nosso paciente e todas as áreas por onde ele pode transitar.
Em vermelho temos as áreas consideradas críticas dentro da
instituição e que são de maior rentabilidade;
• O mapa ainda ilustra os processos gerenciais e de apoio;
PROCESSOS GERENCIAIS
CCIH
Qualidade
E
N
T
R
A
D
A
S
Recebíveis
Tecnologia da
Informação
Educação e
Desenvolvimento
Gestão de
Pessoas
Obras
Hotelaria
Diretoria Técnica
Colegiado
Gestão
Comercial
Financeiro
Controladoria
Suprimento
PROCESSOS FINALÍSTICOS / ESTRATÉGICOS
MACROPROCESSO
Clínica Cardiológica
Consultório
Hemodinâmica
Centro
Diagnóstico
Unidade
Coronariana
UTI
Medicina
Nuclear
Tomografia
Centro
Cirúrgico
Emergência
Manutenção
Predial
Engenharia
Clínica
DEJUR
Marketing e
SAC
S
A
Í
D
A
S
PROCESSOS DE APOIO
Farmácia
Patrimônio
Nutrição
Farmácia
SAME
CME
Higiene e
Limpeza
Banco de
Sangue
Segurança e
Transporte
CDI
Lavanderia
Fluxos e processos
• Para iniciar o desenho dos fluxos e processos, precisamos entender o
processo de cirurgia segura e elencar todos os riscos potenciais:
Fornecedor
Perigo/risco
Protocolos/barreiras
Laboratório,
, Recursos
Humanos,
Suprimentos,
Farmácia,
CCIH,
Hemoterapia
UTI, unidade de
internação,
centro de
diagnósticos,
Setor de
agendamento,
Capacitação de pessoas
Descrição de cargos, programa de capacitação
Qualidade dos registros
Política de registro seguro
Avaliação pré anestésica
Protocolo de cirurgia segura – pré
Preparo pré operatório
Protocolo de cirurgia segura – pré
Assist durante anestesia
Protocolo de cirurgia segura – trans
Termo de consentimento informado
Protocolo de cirurgia segura – pré
Antibiótico profilático
Protocolo de cirurgia segura – trans
Reserva de sangue
Protocolo de cirurgia segura – pré
Transporte do paciente
Politica de transporte seguro
Descarte de resíduos
PGRSS
Lesão de pele
Protocolo de prevenção de lesões
Cirurgia incorreta
Protocolo de lateralidade
Fluxos e processos
Lavagem das mãos
Protocolo de higienização das mãos
Equipamentos
Cronograma de manutenção preventiva
Uso de hemoderivados
Serviço de apoio hemoterápico
Assistência individualizada
Equipe multidisciplinar
Equipe cirurgica
Protocolo de cirurgia segura – time in
Fluxos e processos
Plano de implementação
• O primeiro passo para implantar uma inovação é
identificar dentro do hospital, quem seriam os pioneiros,
no caso a equipe envolvida diretamente com o projeto, e
os utilizadores precoces.
• Esses grupos já adotam as práticas do processo e serão
agentes essenciais para difundi-las aos demais.
• Em seguida, identificar os retardatários, pois é preciso dar
atenção especial a eles, já que geralmente eles criam
barreiras para a implementação de mudanças.
Plano de implementação
• Formar um parceria com os utilizadores precoces e apresentar para todos os
envolvidos no processo o motivo da existência das etapas e a importância de
cada uma delas, assim como o alinhamento destas com os objetivos do
hospital.
• Em seguida, será entregue o processo impresso para os participantes, assim
como os check-lists de tarefas a serem executadas.
• Serão reunidos grupos, que simularão o processo de cirurgia para tornar ais
claro o que deve ser feito, tirar dúvidas e corrigidos erros.
• Nomear acompanhantes do processo que serão responsáveis por cobrar a
equipe do cumprimento das atividades. É importante que essas pessoas sejam
parte da equipe de cirurgia e que não tenham barreiras quanto ao processo.
Conclusão
• O processo de cirurgia segura é um desafio para a segurança do paciente.
• A campanha mundial Cirurgias Seguras Salvam Vidas, é uma forte
recomendação de boas práticas e deverá ser participativa, multidisciplinar
com o objetivo de reduzir danos causados aos pacientes.
• Existem barreiras que dificultam a implementação deste processo, como a
cultura da organização, as rotinas estabelecidas, os recursos disponíveis,
o conhecimento e comunicação.
• O maior desafio é a cooperação entre os diversos profissionais que estão
envolvidos neste processo
• Os efeitos e resultados obtidos podem ser mensurados através dos
indicadores que nos mostram a quantidade e a qualidade da assistência
cirúrgica.