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SEDIMENTAÇÃO EM RIOS E RESERVATÓRIOS
Os processos responsáveis pela sedimentação são naturais e ocorrem através
do tempo geológico, sendo que as atividades antrópicas podem contribuir
para o seu aceleramento.
Difíceis de avaliar, pois abrangem complexas relações entre os processos de erosão
em vertente e fluvial e o transporte, a deposição e a compactação de sedimentos em
cursos d’água, lagos e reservatórios. Necessita entender a interação entre a erosão
(produção) e o transporte e a deposição de sedimentos (sedimentação e
assoreamento).
Ainda que estes processos possam ser de curta duração, devido, por exemplo, a obras
hidráulicas, o assoreamento é uma atividade permanente e cuja aplicação mais
difundida é na avaliação do assoreamento e na vida útil de um reservatório.
Ao contrário de outros países das Américas, que iniciaram levantamentos
sistemáticos de sedimentação há muito tempo como os Estados Unidos (desde
1851) e Argentina (desde 1915), no Brasil estes estudos começaram apenas a
partir de 1951.
Apesar do imenso potencial hidrográfico brasileiro conhecemos muito pouco
sobre os nossos rios, particularmente sobre os aspectos sedimentológicos. A
criação da Agência Nacional das Águas (ANA) está propiciando uma melhoria
nestes estudos sendo prevista a ampliação da rede sedimentométrica do país.
Os sedimentos que chegam aos cursos d’água possuem diferentes
granulometrias e diferentes processos de transporte.
As formas de transporte são discutidas separadamente, pois o
fenômeno não está compreendido de forma completa e interrelacionada.
Os sedimentos são separados em carga sólida de arrasto, carga
sólida saltante e carga sólida em suspensão.
Para a compreensão do fenômeno é preciso avaliar os sedimentos em
suspensão e os sedimentos de fundo. De uma maneira geral, os
sedimentos de carga correspondem à cerca de 5 a 10% dos
sedimentos totais.
Este valor tende a aumentar em bacias hidrográficas com grande
diversidade de relevo. Apesar da importância dos sedimentos de
fundo, as medições efetuadas pela ANA levam em consideração apenas
os sedimentos em suspensão.
(Subcommitee on Sedimentation, 1963 citado por Carvalho, 2008)
(Subcommitee on Sedimentation, 1963 citado por Carvalho, 2008)
(Schumm, 1978).
Sedimentação Fluvial no Cerrado
Áreas de solos expostos e sua relação com a rede de drenagem da
bacia hidrográfica do Rio Sucuriú, em Costa Rica (MS) (Catelani, 2011)
Erosão e Sedimentação no Cerrado
TRABALHOS DE CAMPO
Metodologia
Medição de perfis hidrodinâmicos por
vertical, utilizando perfilamento Doppler
Levantamentos
Parâmetros fluviométricos
Equipamentos
Medidor de vazão OTT Qliner móvel, baseado no
efeito Doppler para cursos d’água com
profundidade variando entre 35 cm e 10 m.
Sedimentos em suspensão
Método indireto/Pontual
integração vertical
por
Medidores USP-46 e USP-61 com profundidade de
amostragem que alcançam até poucas dezenas de
metros
Sedimentos de fundo
Método indireto/coleta de material para
análise granulométrica
Amostradores de penetração horizontal para
coleta de sedimentos coesivos e não-coesivos
Parâmetros
Determinação da concentração de
sedimentos em suspensão
ou
ANÁLISES LABORATORIAIS
Metodologia
Equipamentos
Método do tubo de retirada de fundo, Tubo de retirada de fundo e vidraria, disponíveis
que possibilita analisar também a em laboratórios de hidrossedimentologia ou
granulometria do sedimento
hidrologia
Análise
granulométrica
sedimentos em suspensão
dos
Método
do
peneiramento, conforme
metodologia proposta pela
ABNT
Conjunto de peneiras inox, densímetro, pipetas,
tubo de retirada de fundo e vidraria, disponíveis
em laboratórios de hidrossedimentologia ou
hidrologia
Análise
granulométrica
sedimentos de fundo
dos
Método
do
peneiramento e do tubo
de acumulação visual
Conjunto de peneiras inox e tubo de acumulação
visual e vidraria disponíveis em laboratório de
hidrossedimentologia ou de hidrologia
Determinação da fração orgânica e
mineral dos sedimentos em suspensão
Método
da
queima de amostras em
mufla a 550°C por 3 horas.
A diferença das massas
inicial e final corresponde
à fração orgânica, o
restante é mineral.
Mufla, balança analítica e vidraria, disponíveis em
laboratório de hidrossedimentologia ou de
hidrologia
Catelani, 2011
Pontos
1
2
Coordenadas (UTM) *
290674 / 7946643
276249 / 7947718
3
4
5
6
7
274940 / 7946845
275039 / 7947868
281405 / 7954689
281801 / 7956205
282828 / 7960402
8
299526 / 7965152
9
300846 / 7966155
10
11
12
13
14
15
16
281193 / 7959351
276262 / 7961105
274481 / 7960634
272825 / 7961687
272016 / 7966235
272819 / 7967906
270785 / 7969888
Descrição
Ponto de coleta imediatamente a jusante da voçoroca
Exutório do tributário da margem esquerda que contém a
voçoroca
Ponto mais a jusante do lago do reservatório
Zona de remanso na formação do lago
Tributário da margem esquerda
Tributário da margem esquerda
Sub-tributário na margem direita de um tributário da margem
esquerda
Sub-tributário na margem direita de um tributário da margem
esquerda
Sub-tributário na margem direita de um tributário da margem
esquerda
Exutório do maior tributário da margem esquerda
Tributário da margem direita
Exutório de um tributário da margem direita
Exutório de um tributário da margem direita
Exutório de um tributário da margem direita
Exutório de um tributário da margem esquerda
Cabeceira da bacia do alto Sucuriú
Precipitação
Região Sudeste
SON DJF MAM JJA
Tempo