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LIMNOLOGIA
EA
PISCICULTURA NO BRASIL
Ministério da Pesca e
Aquicultura
Profa. Dra. Ana Rosa da Rocha Araújo
Universidade Federal de Sergipe - UFS
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
ARISTÓTELES – (384-322 a.C.)
Livro “História dos
Animais”
TODAS AS ÁGUAS
CONTINENTAIS SÃO
IGUAIS ...
Animais:
Rios
Lagos
Pântanos
PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS AQUÁTICOS
DO PONTO DE VISTA ECOLÓGICO
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
DESCOBERTA DO
MICROSCÓPIO – Século XVII
Despertou o interesse
pelo mundo
microscópico
Viktor Hensen – 1887 – criou o termo Plâncton –
caracterizava os organismos microscópicos que flutuam
na água.
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
Saussure - 1779
Mediu pela primeira vez a
temperatura de lagos.
Agassis - 1850
Primeira tentativa de relacionar
os organismos aquáticos com os
fatores físicos e químicos.
Hoppe-Seyle - 1895
Atribuiu o déficit de oxigênio no
Lago à decomposição de materia
orgânica por microrganismos.
No final do século XIX, as pesquisas caracterizavam-se
pelo enfoque hidrobiológico e não ecológico.
GÊNESE E DEFINIÇÃO DE LIMNOLOGIA
Handbuch der Seenkunde (Manual da ciência dos
lagos) – 1901 - Forel
Fez uma descrição de
todas as observações, leis
e teorias que se referem
aos lagos em geral e a
denominou LIMNOLOGIA.
DEFINIÇÃO DE LIMNOLOGIA
LIMNÉ = gr. LAGO
LOGIA = ESTUDO
Estudo ecológico de todas as
massas
d`água
continentais,
independentemente
de
suas
origens,
dimensões
e
concentrações salinas (ESTEVES,
2011).
CONSOLIDAÇÃO DA LIMNOLOGIA COMO
CIÊNCIA – 1900 A 1950
PESQUISAS DE CARATER DESCRITIVO
Thienemann, 1913
Tipologia de lagos
Thienemann, 1925
Descrição de Biosistemas
Tansley, 1935
Descrição de Ecossistemas
A água é um recurso natural
reciclável e não renovável.
DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NA TERRA
A Crise da Água
O volume total de
água existente na
Terra seja de 1.386
milhões de km3.
CICLO DA ÁGUA NA BIOSFERA
TABELA - TIPOS DE ÁGUA E [SAIS]
Tipos de água
[Sais] por litro (gramas)
Doce
Abaixo de 0,5
Salobra
1,0 a 4,0
Salgada
Acima de 5,0
AMBIENTE AQUÁTICO CONTINENTAL
VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Variáveis Hidrobiológicas
Variáveis
Físicas
Luz
Temperatura
Turbidez
Variáveis
Microbiológicas
Clorofila a
Comunidades
Comunidade fitoplanctônica
Comunidade zooplanctônica
Comunidade bentônica
Coliformes termotolerantes
Cryptosporidium sp
Giardia sp
Resíduo Total
Variáveis Ecotoxicológicas
Ensaios Ecotoxicológicos
Ensaios de Genotoxicidade
Ensaio de toxicidade aguda com a bactéria luminescente – Vibrio fischeri
Ensaio de toxicidade aguda/cronica com o microcrustáceo Ceriodaphnia
dubia
Ensaio de toxicidade aguda/cronica com o anfipodo Hyalella azteca
VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Variáveis Químicas
Demanda Química de Oxigênio – DQO
Fenóis
Ferro Total
Fluoreto
Fósforo Total
Manganês
Mercúrio
Níquel
Óleos e Graxas
Ortofosfato Solúvel
Oxigênio Dissolvido – OD
Potássio
Potencial Hidrogeniônico – pH
Radioatividade a e b
Potencial de Formação de Trihalometanos
Sódio
Surfactantes
Zinco
Série de Nitrogênio – amônia, nitrato, nitrito e nitrogênio orgânico
VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Variáveis Químicas
Alumínio
Bário
Cádmio
Chumbo
Cloreto
Cobre
Condutividade
Cromo
DDT
Carbono Orgânico Dissolvido e Absorbância no Ultravioleta
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
ESTAMOS UTILIZANDO OS
AMBIENTES AQUÁTICOS PARA
PRODUZIR ALIMENTOS?
AQUICULTURA
A aquicultura é uma das principais “alternativas”
para o aumento da produção de alimentos
protéicos
?
AQUICULTURA
Crescimento da População mundial sugere a
necessidade do aumento na produção de alimentos.
AQUICULTURA
Produção de carnes e pescado: 2006/2015
(x mil toneladas)
Animal\Ano
2006
2015
%
Aves
83.820
103.235
23,16
Bovinos
65.922
77.834
18,06
Suínos
105.382
122.979
16,70
Ovelhas
12.015
14.093
17,29
Peixes
137.100
164.520
20,00
Peixes (Cons. Humano)
110.700
132.840
20,00
Colheita
(Adaptado de Roppa 2009)
Criação
19
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
Crescimento nos últimos 5 anos
Atividade
Pesca
Aquicultura
2006
92,4
41,9
2009
90,0
55,1
20
Crescimento
-2,67%
31,5%
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
Produção dos principais grupos cultivados
21
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
Mas o pescado tem importância
no comercio internacional de
produtos agropecuários?
22
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
23
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
Fluxo comercial entre continentes (importações em US$ milhões médias
de 2006-2008) (FAO, 2010)
Camarão
Tilápia
Carpas
Bacalhau
Pangasius
Camarão
Tilápia
Pargo
24
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
Bacalhau
Pangasius
Sardinha
25
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
Trutas
Salmão
Arenque
Salmão
Sardinha
Camarão
Tilápia
26
AQUICULTURA CENÁRIO MUNDIAL
Tilápia
Salmão
Sardinha
Camarão
Tilápia
27
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
PACU
PARGO
C. VANNAMEI
TAMBAQUI
BIJUPIRÁ
ALGAS
PIRACANJUBA
MATRINXÃ
PIRAPUTANGA
SURUBIM
ROBALO
MOLUCOS
TILÁPIA
FONTE: EMBRAPA 27 – 28/07 1999 Espécies Prioritárias
Destaque Aquabrasil, 2010 (Rede de pesquisadores em todo Br .
PIRARUCU
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
(MPA,
2010)
29
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
30
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
Principais Espécies Cultivadas no Brasil, 2003-2008
(Paiva & Paiva, 2010)
GRUPO DE
ESPÉCIES
2003 VOLUME
(1000 t)
%
TILÁPIA
64.857
CAMARÃO
CRESCIMENTO
2008 VOLUME
(1000 t)
%
23,73%
96.000
33,08%
2003/2008
48,02%
95.503
34,95%
65.000
22,40%
-31,94%
CARPA
50.400
18,44%
36.600
12,61%
-27,38%
TAMBAQUI
PACU
MEXILHÕES
TAMBACU
OUTROS
TOTAL
20.834
7,62%
10,54%
46,88%
9.244
8.608
7.116
16.706
273.268
3,38%
3,15%
2,60%
6,11%
100,00%
30.600
12.400
12.000
9.000
28.595
290.195
4,27%
4,14%
3,10%
9,85%
100,00%
34,14%
39,41%
26,48%
71,17%
6,19%
FONTE: FAO, 2010
31
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
32
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
Espécie
(1.000 t/ano)
Tilápia
(132)
Camarão
(76)
Tambaqui
(46)
Carpa
(45)
Mexilhão
(10)
Tambacu
(10)
Pacu
(8,9)
Piau
(3,5)
Ostra
(2,7)
Curimatã
(2,4)
Truta
(2,2)
33
Produção
das onze
principais
espécies
cultivadas
no Brasil
(MPA 2010)
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
Porque cultivamos
peixes exóticos se nossa
fauna é tão rica em
diversidade ?
34
AQUICULTURA CENÁRIO NACIONAL
Piscicultura
Piscicultura
Produção de
pescados
Aquicultura
Piscicultura
Continental
18%
Produção da Piscicultura Nacional e Crescimento Relativo
2007 a 2009
360,000
337.353 t
340,000
Toneladas
320,000
300,000
280,000
282. 008 t
260,000
240,000
220,000
200,000
2007
210.644 t
2008
2009
Figura. Crescimento relativo da produção nacional de
piscicultura em 2007-2009 (MPA, 2010)
PISCICULTURA CENÁRIO ESTADUAL
Produção pesqueira em Rondonia (t)
Pesca extrativa
Locais
Rondonia
Total
Marinha
7.054
Contin.
0,0
1.569
TAMBAQUI
4.382
CURIMATÃ
418
PIAUÇU
274
PIRAPITINGA
165
TILÁPIA
110
PACU
55
39
(IBAMA, 2007)
Aquicultura
Marinha
0,0
Contin.
5.485
QUEM CULTIVA
ORGANISMOS
AQUÁTICOS TEM QUE
CUIDAR DA ÁGUA.
QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA
• OBJETIVOS:
 Propiciar
as condições ambientais ideais
para o desenvolvimento dos peixes em
cultivo
 Minimizar
os impactos ambientais
 Maximizar
os lucros
QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA
Quais as necessidades dos peixes ?
 Segurança
 Bem
– ausência de predadores
ausência de competidores
estar – estado sanitário
conforto ambiental
 Alimentação
– energia para metabolismo
energia para crecimento
QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA
Quais as necessidades dos peixes ?
 Segurança
– ausência de predadores
ausência de competidores
CUIDADOS NO ABASTECIMENTO DOS VIVEIROS
QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA
Quais as necessidades dos peixes ?
Conforto ambiental – principais parâmetros
• Metabolismo - Temperatura e oxigênio
• Excreção – gás carbônico e amônia
TEMPERATURA - radiação
 Radiação no meio aquático
 Refletida
água
 Dispersa (turbidez)
Mede a capacidade do meio em dispersar a
radiação (bactérias, fitoplâncton, detritos
orgânicos e inorgânicos, compostos dissolvidos,
etc.)
 Absorvida:
Por moléculas de água, substâncias húmicas,
organismos clorofilados, detritos orgânicos e
inorgânicos.
TEMPERATURA - radiação
 Turbidez
 Tipo:
Fitoplâncton: desejável
Partículas do solo em suspensão: impede a
penetração de luz na água e o desenvolvimento do
fitoplâncton
 Fonte:
Excesso de argila em suspensão
Erosão das laterais dos viveiros
Pela própria atividade dos peixes
VANTAGENS DA TURBIDEZ
FITOPLÂNCTONICA
A turbidez proveniente do fitoplâncton
provem
oxigênio
dissolvido
e
alimentação para os peixes.
6CO2 + 6H2O + energia luminosa
 C6H12O6 + 6O2
TEMPERATURA - radiação
Radiação dispersa
 Avaliação da transparência: Disco de Secchi
Nível da água
40 cm
ZE (cm) = profundidade do disco de Secchi x 2,7
ZE (cm) = 40 x 2,7
ZE (cm) = 108 cm
No viveiro ocorre fotossíntese até
a profundidade de 1,08 m
TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA
Água fertilizada
Água
transparente
Clear
water
Turbid water
Turbidez mineral
Medindo a
transparência
da água
30 cm
Disco de Secchi
Monitoramento
diário
TEMPERATURA - radiação
 Radiação absorvida
Radiação incidente
Aumento da temperatura da superfície da água
Camadas de água com diferentes temperaturas
Camadas com diferentes densidades
ESTRATIFICAÇÃO TÉRMICA
TEMPERATURA - radiação
 Temperatura – peixes tropicais
< 20 oC
Causa stress
20 – 24 oC
24 - 28
o
C
Tolerância
Apetite máximo
28 – 30 oC
Tolerância
30 - 32 oC
Causa stress
> 32 oC
Mortalidade
RECOMENDAÇÕES: pesquisar níveis de tolerância
TEMPERATURA - radiação
 Sintomas de ocorrência de problemas com a
temperatura
 Perda de apetite:
Peixes param de comer de uma hora para outra
 Perda de equilíbrio
 Morte aguda
Rápida, afetando grande parte da população
TEMPERATURA - radiação
 Como manter a temperatura ideal?
 Profundidade do viveiro – 1,2 a 1,6 m
 Transparência da água 40 - 50 cm
TEMPERATURA - radiação
 Efeito da temperatura com a profundidade
 Viveiros rasos (0,3 – 0,6 m) – não ocorre
estratificação térmica
 Viveiros acima de 1 m – temperatura de
superfície e fundo pode variar de 2 a 4 oC
Profundidade
Temperatura
epilímnio
metalímnio
hipolímnio
TEMPERATURA - radiação
Exerce influência direta sobre o metabolismos dos peixes;
Monitoramento diário;
Exigência variável de acordo com a espécie e fase de
desenvolvimento;
Faixa de temperatura ideais para crescimento de diferentes
espécies de peixes.
Espécie
Temperatura Ideal (ºC)
Pacu
25-30
Tambaqui
26-28
Carpa comum
24-30
Carpa capim
24-27
Pintado
22-28
Matrinxã
28-30
QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA
Conforto ambiental – principais parâmetros
• Metabolismo - Temperatura e oxigênio
• Excreção – gás carbônico e amônia
OXIGÊNIO
 Consumo
 Respiração (vegetais e animais)
 Decomposição (oxidação da matéria orgânica
e de íons metálicos)
 Variação
 Diária
 Profundidade
OXIGÊNIO
 Variação diária
OD
Tempo
06:00
06:00
Profundidade
 Variação coma profundidade
OD
OXIGÊNIO
 Requerimento dos peixes
 Idade
 Estado alimentar
 Peso do peixes
 Espécie
< 1 mg/l
1 – 5 mg/l
Letal se exposto por poucas horas
Sobrevive mas reproduz mal e reduz o
crescimento se exposto continuamente
> 5 mg/l
Peixe reproduz e cresce bem
(40% de saturação)
OXIGÊNIO
Solubilidade do oxigênio em relação a temperatura
o
C
mg/l
o
C
mg/l
o
C
mg/l
o
C
mg/l
0
14,16
9
11,19
18
9,18
27
7,86
1
13,77
10
10,92
19
9,01
28
7,75
2
13,40
11
10,67
20
8,84
29
7,64
3
13,05
12
10,43
21
8,68
30
7,53
4
12,70
13
10,20
22
8,53
31
7,42
5
12,37
14
9,98
23
8,38
32
7,32
6
12,06
15
9,76
24
8,25
33
7,22
7
11,76
16
9,56
25
8,11
34
7,13
8
11,47
17
9,37
26
7,99
35
7,04
OXIGÊNIO
 Causas da diminuição de oxigênio
 Morte súbita do fitoplâncton:
 Altas taxas de decomposição
 Céu encoberto com dias sem vento
 Baixa taxa de fotossíntese
 Longo período de chuva
 havendo excesso de fitoplâncton baixa taxa de
fotossíntese e aumenta as taxas de respiração
 Superpopulação no viveiro
 altas taxas de respiração
OXIGÊNIO
 Sintomas de queda de oxigênio
 Peixes param de se alimentar
 Mudança na coloração da água
 verde escuro para marrom
 Peixe abrindo e fechando a boca (bebendo)
 Ficam na superfície, quando perturbados
afundam, mas logo voltam a superfície.
 Peixes concentrados próximos à entrada de água
 Morte dos peixes maiores
OXIGÊNIO
 Adaptação dos peixes à diminuição de oxigênio
 Aumenta a ventilação branquial: peixe bebendo
 Extensão dermal na maxila inferior: tambaqui e pacu
 Respiração facultativa: bagre africano
 Medidas emergenciais na diminuição de oxigênio
 uso de aeração de emergência
 Suspender alimentação e fertilização
 Renovação intensa da água
 Medidas profiláticas para evitar baixos níveis de OD
 Manter transparência da água acima de 40 cm
 Controlar níveis de arraçoamento
OXIGÊNIO
• A concentração de oxigênio na água em
sistemas de piscicultura é influenciada por:
–
–
–
–
–
Taxa de fotossíntese e respiração;
Taxa de renovação de água;
Concentração de matéria orgânica nos viveiros;
Temperatura e salinidade da água;
Biomassa estocada;
•
•
fase de desenvolvimento
espécie
QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA
Conforto ambiental – principais parâmetros
• Metabolismo - Temperatura e oxigênio
• Excreção – gás carbônico e amônia
CARBONO
 Fonte
 Orgânico: decomposição e produtos de excreção
dos animais e vegetais
 Inorgânico: atmosfera, respiração, decomposição,
chuva e água subterrânea
 Formas
 Gás carbônico: CO2
 Bicarbonatos: (HCO3) Carbonatos: (CO3)-2
CARBONO
 Reações do carbono
 Respiração – produção de CO2
CO2 + H2O
H2CO3
Causa acidez
H+ + (HCO3)-
 Fotossíntese – consumo de CO2
H+ + (CO3)-2
Causa alcalinidade
(HCO3)-
+ H2O
CO2 + H2O
+ (OH)-
(CO3)-2
+ H2O
CO2 + H2O
+ (OH)-
CARBONO
Causas do aumento da concentração de Co2
 Morte súbita de grandes quantidades de fitoplâncton
 Altas taxas de decomposição
 Céu encoberto com dias sem vento
 Baixa taxa de fotossíntese
 Longo período de chuva
 Havendo excesso de fitoplâncton - baixa a taxa de
fotossíntese e aumenta a taxa de respiração
 Superpopulação do viveiro
 Altas taxas de respiração
 Excesso de alimento
 Maior consumo pelos peixes e altas taxas de decomposição
CARBONO
Causas do aumento da concentração de CO2 - continuação
 Excesso de fertilizantes
 Aumento do fitoplâncton
 Excesso de macrófitas
 Altas taxas de fotossíntese
 Água de poços artesianos
 Normalmente são ricas em CO2
Sintomas do aumento de CO2
 Peixes nadando de lado ou próximo a superfície
 Sintomas parecidos aos ocasionados pela falta de oxigênio
 Geralmente morre peixes menores primeiro
 Ocorre a qualquer hora do dia
CARBONO
Concentrações de CO2
> 30 mg/l
Tóxico
< 20 mg/l
Ideal
RESUMO
Período
Foto./Resp.
Dia
Fotossíntese
Noite
Respiração
CO2
O2
pH
Diminui
Aumenta
Alcalino
Aumenta
Diminui
Acidez
CARBONO
pH–
Concentração de íons de H+ na água
0
Ácido – H+
7
Básico – OH-
14
 Fonte
 Gás carbônico
 Outros ácidos orgânicos e inorgânicos
 Água de chuva: pH 4 - 6
0-4
4 – 6,5
Letal
Aumento do estresse (baixo crescimento)
6,5 – 9,0 Faixa desejável (bom crescimento)
9,0 - 11
> 11
Aumento do estresse (baixo crescimento)
Letal
PRODUTIVIDADE AQUÁTICA
pH-
Ciclo diário
pH
9
4
06:00
12:00
06:00
Tempo
pH
pH- Efeito do pH sobre os organismos aquáticos
 Modifica a permeabilidade da membrana celular
 dificulta as trocas gasosas, absorção e transporte de O2
 Desnatura as proteínas e as enzimas
 Regulação osmótica
 perda de íons de cálcio e cloretos
 Aumento da pressão arterial
pH- Efeito da acidificação das águas sobre os peixes
 Redução da taxa de crescimento
 Má formação do esqueleto
 Alteração na reprodução
 Ovos e alevinos são afetados
pH
pH- Efeito do aumento do pH - alcalino
 Destroe as guelras e membrana celular
 pH da água > pH do sangue (7,0 – 7,2)
 Dificulta a excreção da amônia
pH
pH- Correção
 Corrigir a concentração de bases na água – (carbonato e
 Elevar o pH (ácido para neutro)
 Aplicação de calcário e cal
bicarbonato)
 Reduzir o pH (alcalino para neutro)
 Está associado a altas taxas de fotossíntese: reduzir
fitoplâncton ou macrófitas
 Aplicação de sulfato de alumínio e gesso agrícola
ALCALINIDADE
Alcalinidade
Concentração de bases na água (capacidade que o
sistema aquoso tem de neutralizar os ácidos)
 Formas:
 Hidroxila (OH) Bicarbonatos (HCO3) Carbonatos (CO3)2 Fonte:
CaCO3 + CO2 + H2O
CaMg(CO3)2 + 2 CO2 + 2H2O
Ca+2 + 2(HCO3)-
Ca+2 + Mg+2 + 4(HCO3)-
 Efeito:
 Impede que ocorra grandes e rápidas variações do pH
ALCALINIDADE
Concentrações desejáveis
< 20 mg/l
Risco de grandes variações de pH
(pouco fitoplâncton)
20 - 30 mg/l
Limite mínimo recomendável
30 – 250 mg/l
Ideal (variação do pH entre 6,5 – 9,0)
> 250 mg/l
Excesso
pH
O pH da água é influenciado por:
• Respiração e Fotossíntese
• Solo (pH, tipo, composição, etc)
• Calagem
Monitoramento semanal
DUREZA
Dureza
Teor de cálcio e magnésio que estão combinados a
carbonatos e bicarbonatos, que são fontes de
alcalinidade
 Formas:
 Bicarbonato de cálcio – Ca(HCO3)2
 Bicarbonato de magnésio – Mg(HCO3)2
 Bicarbonato de magnésio – Mg(HCO3)2
 Carbonato de cálcio – Ca(CO3)
 Carbonato de magnésio – Mg(CO3)
 Carbonato de cálcio e magnésio – CaMg(CO3)2
 Concentrações desejáveis:
 Acima de 20 mg/l
QUALIDADE DA ÁGUA PARA PISCICULTURA
Conforto ambiental – principais parâmetros
• Metabolismo - Temperatura e oxigênio
• Excreção – gás carbônico e amônia
AMÔNIA
 Concentrações desejáveis:
Amônia total= [NH3] + [NH4+]
 Íon amônio NH4+ .............. 1,5 – 2,0 mg/l
 Amônia NH3 ..................... < 0,1 mg/l
Percentual de amônia não ionizada em função da
temperatura e pH
pH
o
Temperatura da água em C
18
20
22
24
26
28
30
32
6,0
0,03
0,04
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,09
6,5
0,11
0,12
0,14
0,16
0,19
0,22
0,25
0,29
7,0
0,34
0,39
0,45
0,52
0,60
0,69
0,79
0,90
7,5
1,06
1,22
1,41
1,23
1,87
2,14
2,45
2,80
8,0
3,27
3,77
4,33
4,97
5,68
6,48
7,36
8,34
8,5
9,65
11,02
12,52
11,18
11,99
17,96
20,08
22,36
9,0
25,25
28,13
31,16
34,32
37,58
40,91
44,28
47,66
9,5
51,65
55,32
58,88
62,30
65,56
68,00
71,53
74,22
10,0
77,16
79,65
81,91
83,94
85,76
87,38
88,82
90,10
AMÔNIA
 Sintomas de toxidade de amônia
 Peixes nadando erraticamente
 Quando capturados, os peixes ficam “tremendo” mas
não conseguem saltar
 Correção da amônia
 Renovação da água
 Aeração da água
 Redução do pH
 Suspensão da fertilização dos viveiros
 Suspensão do fornecimento de ração
FITOPLÂNCTON
PAPEL DO FITOPLÂNCTON
6 CO2 +H2O
Luz
C6H12O6 + 6 O2
Nutrientes (N,P)
PERÍODO
CO2
O2
DIA
Consome Produz
NOITE
Produz
Consome
AMÔNIA
Consome
-
FOSFATO
Consome
-
COMPOSTOS NITROGENADOS
 Os compostos nitrogenados na água estão
presentes principalmente nas formas de NH3,
NH4+, NO3- e NO2-.
 Os compostos amoniacais estão presentes em
duas formas: NH3 e NH4+.
 As principais fontes de amônia no cultivo são:




Decomposição da matéria orgânica;
Fertilização dos viveiros;
Excreção nitrogenada dos peixes;
Renovação de água.
Frequência de monitoramento
 Diariamente: temperatura e oxigênio
dissolvido.
 Semanalmente:
pH,
amônia
total,
transparência.
 Mensalmente: alcalinidade e dureza total.
 Outros parâmetros:
• Nitrito: índices elevados de arraçoamento
e baixos níveis de OD, mesmo com
aeração.
Equipamentos utilizados para monitoramento
pHmetro
refratômetro
kits colorimétricos
oxímetro
Água de boa qualidade
é essencial para a
piscicultura!!!