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Plano Brasil Sem Miséria Desigualdades de Gênero, Raça e Geração
Ministério do Desenvolvimento Agrário Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais e Quilombolas Plano Brasil Sem Miséria Formação de Agentes de ATER- 2012
Desigualdades de Gênero e Pobreza
Desigualdades de Gênero e Pobreza
1.
Representação masculina na família perante o estado e a rede de prestação de atendimento; 2.
Divisão Sexual do Trabalho; 3. A sociedade concebe o trabalho das mulheres na agricultura familiar como ajuda e se concentram em atividades domésticas e de cuidados; 4. Quando o trabalho das mulheres gera renda monetária é escassa;
Desigualdade de Gênero e Pobreza
5. Os dados mais recentes da PNAD(Pesquisa Nacional por Amostra rendimentos de Domicílio) mostram que dos agrícolas alcançados pela unidade familiar em situação de extrema pobreza R$ 48,00 são apropriados pelos homens e R$ 3,00 pelas mulheres .
Desigualdade de Gênero e Pobreza
6. Pouco acesso à terra e aos recursos naturais.
7.
Preferência masculina na herança e menor acesso a recursos produtivos.
8. Maior jovens migração das Mulheres – principalmente as resultando: tendência à masculinização das atividades agrícolas; envelhecimento da população rural; aumento do nº de chefes de estabelecimento solteiros.
•
Desigualdade entre homens e mulheres e pobreza
As identidades dos homens e mulheres e o
papel social
que desempenham dependem,entre outros aspectos, da forma
como a sociedade se organiza para produzir e reproduzir
sua própria existência, do jeito como as
relações de poder
são exercidas, da
cultura
que se institui e do que esta sociedade pensa sobre si mesma.
Desigualdade entre homens e mulheres e pobreza
As formas de representação das diferenças entre homens e mulheres são, portanto, socialmente construídas não sendo naturais e podem ser mudadas porque são construídas e reconstruídas na prática social.
Violência
A violência contra as mulheres é uma das manifestações mais graves da desigualdade de gênero. Não existe uma única forma de violência contra as mulheres, mas existem diversas formas de agressão (violência física, moral, psicológica, patrimonial e sexual). A violência pode ocorrer dentro da família, nas relações de afeto, nos espaços públicos etc.
Desigualdades de Gênero e pobreza Os serviços de ATER desenvolvidos no PBSM têm por desafio:
a)promover a autonomia econômica das mulheres, partindo do reconhecimento, da identidade como agricultoras familiares e da garantia dos seus direitos econômicos e sociais; b)transformar atividades sustentáveis e buscando reconhecer o trabalho doméstico como base fundamental para o desenvolvimento, inclusive a divisão sexual do trabalho, estimulando econômico; c)combater todas as formas de as mulheres.
violência e discriminação contra
As equipes devem, em sua abordagem, incorporar alguns pressupostos:
• • • • A unidade familiar não é um espaço uniforme e homogêneo. As mulheres, em geral, são as principais responsáveis pelo cuidado dos integrantes da família.
A participação das mulheres: produção, consumo e comercialização.
As mulheres rurais são detentoras de conhecimentos locais.
As equipes devem, em sua abordagem, incorporar alguns pressupostos:
• • As ações e políticas afirmativas para as mulheres são fundamentais para a redução das desigualdades. A organização coletiva de mulheres é um importante instrumento de fortalecimento da sua autonomia. • As mulheres rurais vivenciam diferentes formas de violência, que nem sempre são visibilizadas.
Assim, orienta-se que a
metodologia de ATER utilizada para desenvolver as ações do PBSM, incorpore procedimentos pedagógicos e ferramentas participativas que fortaleçam a cidadania e a autonomia das mulheres rurais,
contribuindo assim, para a redução das desigualdades de gênero entre as famílias em condição de pobreza extrema .
Juventude Rural
Perfil da Juventude
A população rural no Brasil é cerca de 30 milhões de habitantes, ou seja, 15,65% do total da população; sendo que, destes, 8 milhões são jovens e encontram-se predominantemente na região Norte e Nordeste; (IBGE, 2010).
• A migração dos jovens rurais para a cidade.
• Pesquisas apontam que os maiores índices de migração no meio rural brasileiro ocorrem entre homens de 20 a 24 anos e entre mulheres de 15 a 19 anos.
Migração dos/das jovens rurais
Segundo o IBGE (2010),
a taxa de caiu de 1,31% por ano da êxodo rural no país década anterior, para 0,65%.
Mantendo-se esta tendência estima-se, para essa década, que
aproximadamente 81.000 jovens emigrarão para as cidades anualmente.
Ainda,
estima-se que 92 mil mulheres
cidade a cada ano. Dessas,
25 mil irão migrar
para a
serão mulheres jovens
(IBGE, 2010).
O que pensam os jovens?
Há a indicação de que os jovens que vivem no meio rural consideram as oportunidades de trabalho e construção de uma autonomia para a vida como pois, questões difíceis ou pouco viáveis, além de estarem inseridos em padrões culturais que operam com a lógica da continuidade da atividade agrícola, há também a relação disso com o tamanho da terra e a persistência da tutela aos padrões familiares.
Ferreira e Alves (2009) e OIT (2010)
Diversidade Étnica e Desigualdade Racial no Brasil
Diversidade Étnica e Desigualdade Racial no Brasil
É preciso considerar que a escravidão trouxe consequências gravíssimas de ordem econômica para a formação da sociedade brasileira, uma vez que os negros (pobres e marginalizados em sua maioria) hoje até não possuem as mesmas oportunidades, criando-se uma enorme distância entre as estratificações sociais.
Atualmente em Goiás cerca de 5,8% da população é negra e 53% parda, totalizando mais de 3 milhões de pessoas.
(Dados IBGE, 2009)
Diversidade Étnica e Desigualdade Racial no Brasil
O processo de conquista do como grave território brasileiro teve consequência, o extermínio físico e cultural de aproximadamente 6 milhões de indígenas, além da expropriação dos territórios.
Hoje a população aproximada é de 817 mil indígenas com 180 línguas.
Na região de Goiás encontramos ainda hoje, grupos como os Ava-Canoeiros, Tapuia e uma Karajá, com população de cerca de 2.800 indígenas.
Diversidade Étnica e Desigualdade Racial no Brasil
Lembramos que, toda e qualquer busque fazer uma discussão que reflexão sobre o tratamento dado a população negra e indígena é visto como desnecessário .
Negros e índios sempre foram vistos como inviabilizadores do “processo civilizatório” brasileiro.
Mudar este quadro é também nosso papel.