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ÉMILE DURKHEIM
A vida social unifica
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Émile DURKHEIM
O Autor
David Émile Durkheim nasceu em 15 de abril de
1858, na França, e morreu em 1917.
TESE
- Princípio sociológico fundado no social
A sociedade é a pré-condição (existência) do ser
humano: é na sociedade que o indivíduo é.
A vida social unifica, estrutura e gera significados
para a existência humana. Ele é determinista, dando
absoluto predomínio ao social tanto no plano causal
quanto no plano das ações.
acontecimento
Tudo o que nossos antepassados fizeram, o que nós fazemos e o
que as futuras gerações irão fazer.
Representações Coletivas
O social (o Estado institui determinadas
regras) cria representações coletivas, para que
se tornem atitudes comuns de uma determinada
coletividade em uma determinada época. Esta
representação
coletiva
independe
dos
indivíduos, pois o indivíduo não tem poder
criativo. O social que determina o indivíduo. É
como se cada indivíduo trouxesse em si a marca
do social e esta marca determinasse suas ações
- transmitidas de geração a geração.
Solidariedade - comunhão de ideias. É o
partilhar de um mesmo conjunto de regras.
Dois tipos de solidariedade,
-a mecânica ou por similitudes: o partilhar das regras é
feito de maneira coerciva – o indivíduo não tem a
liberdade de participação coletiva .
A evolução de uma sociedade faz com que ela
passe da solidariedade mecânica para
-orgânica ou devida à divisão do trabalho: em que o
partilhar das regras sociais é feito a partir da
diferenciação feita pela divisão do trabalho social. Mas
até em sociedades mais complexas ainda há espaço
para a solidariedade mecânica. É o caso do direito
penal: é um resíduo de solidariedade mecânica ainda
existente nas sociedades complexas.
Por exemplo, a criminalidade - é considerada
normal porque não há sociedade onde não ocorra um
crime e também tem uma função social, a função de
manter e gerar uma coesão social.
Ou seja, o Estado pode fortalecer a consciência
coletiva através da punição do criminoso, através da
qual mantem-se a vitalidade da consciência coletiva. A
pena impede um crescimento exagerado do crime, não
permitindo que ele se torne patológico.
A não-punição do crime pelo Estado, enfraquece a
consciência coletiva, os laços de solidariedade, gerando
um estado de anomia. Quando o patológico prevalece
sobre o normal, há uma desestruturação social.
Divisão do Trabalho e Funcionalismo
Pode ser: normal ou geral e anômica ou
patológica.
Normal é o que se repete de maneira igual, o que
funciona espontaneamente, gerando a solidariedade
necessária à evolução do social.
O patológico é aquilo que difere do normal. Para
Durkheim as coisas tendem à normalidade: até o
patológico caminha para a normalidade.
COESÃO SOCIAL
A crescente especialização do trabalho promovida
pela produção industrial moderna trouxe uma forma
superior de solidariedade, e não de conflito.
Na sociedade moderna, a coesão social seria
dada pela divisão crescente do trabalho.
Segundo Durkheim, toda a ebulição no final do
século XIX, resultante da relação entre capital e
trabalho, não passava de uma questão moral. O que
fez surgir tantos conflitos foi a falta de instituições e
normas integradoras (anomia) que permitissem que a
solidariedade dos diversos setores da sociedade,
nascida da divisão do trabalho, se expressasse e,
assim, pusesse fim aos conflitos.
Para Durkheim, se a divisão do trabalho não
produz solidariedade, é porque as relações entre os
diversos setores da sociedade não são regulamentadas
pelas instituições existentes.
Durkheim se propôs analisar como se dava
o funcionamento da sociedade de sua época –
O ESTADO detinha o poder de direcionar a
evolução da sociedade, a partir da instituição de
regras e normas para fortalecer e fazer
permanecer o estado de harmonia social.