Visões do capitalismo: Durkheim, Marx e Weber

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Visões do capitalismo: Durkheim, Marx e Weber
Monitor: Pedro Ribeiro
18/06/2014
Visões do capitalismo: Durkheim, Marx e Weber
1. (UEL 2010) “Ao separar completamente o patrão e o empregado, a grande indústria modificou
as relações de trabalho e apartou os membros das famílias, antes que os interesses em conflito
conseguissem estabelecer um novo equilíbrio. Se a função da divisão do trabalho falha, a
anomia e o perigo da desintegração ameaça todo o corpo social e quando o indivíduo, absorvido
por sua tarefa se isola em sua atividade especial, já não percebe os colaboradores que
trabalham ao seu lado e na mesma obra, nem sequer tem ideia dessa obra comum”.
(DURKHEIM, E. A Divisão Social do Trabalho. Apud QUINTEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.;
OLIVEIRA, M. G. M. Toque de Clássicos. vol1. Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2007. p. 91.)
Assinale a alternativa que corretamente define a função moral da divisão do trabalho social
segundo E. Durkheim.
a) Ampliar a anomia social.
b) Estimular o conflito de classes.
c) Promover a consciência de classe.
d) Estreitar os laços de solidariedade social.
e) Reproduzir formas de alienação social.
2. (UEL 2007) Segundo Émile Durkheim “[...] constitui uma lei da história que a solidariedade
mecânica, a qual a princípio é quase única, perca terreno progressivamente e que a
solidariedade orgânica, pouco a pouco, se torne preponderante”. (Fonte: DURKHEIM, É. A
Divisão Social do Trabalho, In Os Pensadores. Tradução de Carlos A. B. de Moura. São Paulo:
Abril Cultural, 1977, p. 67).
Por esta lei, segundo o autor, nas sociedades simples, organizadas em hordas e clãs, prevalece
a solidariedade por semelhança, também chamada de solidariedade mecânica. Nas
organizações sociais mais complexas, prevalece a solidariedade orgânica, que é aquela que
resulta do aprofundamento da especialização profissional.
De acordo com a teoria de Durkheim, é correto afirmar que:
a) As sociedades tendem a evoluir da solidariedade orgânica para a solidariedade mecânica, em
função da multiplicação dos clãs.
b) Na situação em que prevalece a solidariedade mecânica, as sociedades não evoluem para a
solidariedade orgânica.
c) As sociedades tendem a evoluir da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica, em
função da intensificação da divisão do trabalho.
d) Na situação em que prevalece a divisão social do trabalho, as sociedades não desenvolvem
formas de solidariedade.
e) Na situação em que prevalecem clãs e hordas, as sociedades não desenvolvem formas de
solidariedade e, por isso, tendem a desaparecer progressivamente.
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3. (UFU/2004-adaptada) Com relação aos conceitos de solidariedade mecânica e solidariedade
orgânica, na obra de Émile Durkheim, assinale a alternativa correta.
a) A solidariedade orgânica é própria dos “organismos” sociais pós-capitalistas.
b) A solidariedade mecânica é a forma de coesão própria das sociedades pré-capitalistas.
c) A solidariedade orgânica define-se como aquela em que a coesão se dá pela diferenciação das
funções.
d) A solidariedade mecânica está assentada na semelhança de funções.
e) Todas as alternativas estão corretas.
4. (UFU - 2004) Leia o fragmento abaixo, de Karl Marx.
“Com o próprio funcionamento, o processo capitalista de produção reproduz, portanto, a
separação entre a força de trabalho e as condições de trabalho, perpetuando, assim, as
condições de exploração do trabalhador. Compele sempre o trabalhador a vender sua força de
trabalho para viver, e capacita sempre o capitalista a comprá-la..” (MARX, K. O capital, Livro I, O
processo de produção do Capital [Vol. II]. Trad. De Reginaldo Sant.Anna. 11.ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1987, p. 672).
De acordo com o filósofo alemão, a condição do trabalhador na economia capitalista clássica é
I . de realização plena da sua capacidade produtiva, alcançando a autonomia financeira e a
satisfação dos valores existenciais tão almejados pela humanidade, desde os primórdios da
história.
II . de alienação, pois os trabalhadores possuem apenas sua capacidade de trabalhar, que é
vendida ao capitalista em troca do salário, por isso, a produção não pertence ao trabalhador,
sendo-lhe estranha.
III . de superação da sua condição de ser natural para tornar-se ser social, liberto graças à divisão
do trabalho, que lhe permite o desenvolvimento completo de suas habilidades naturais na fábrica.
IV . de coisa, isto é, o trabalhador é reificado, tornando-se mercadoria, cujo preço é o salário, ao
passo que as coisas produzidas pelo trabalhador, na ótica capitalista, parecem dotadas de
existência própria.
Assinale a alternativa que apresenta as assertivas corretas.
a) II e IV
b) I e II
c) II e III
d) III e IV
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5. (UEL 2011) Observe a charge.
(Disponível
em:
<http://complexowill.blogspot.com/2010/08/precisamos-aprender-novosconceitos.html&gt;. Acesso em: 24 out. 2010.)
Com base na charge e nos conhecimentos sobre a teoria de Marx, é correto afirmar:
a) A produção mercantil e a apropriação privada são justas, tendo em vista que os patrões detêm
mais capital do que os trabalhadores assalariados.
b) Um dos elementos constitutivos da acumulação capitalista é a mais-valia, que consiste em
pagar ao trabalhador menos do que ele produziu em uma jornada de trabalho.
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c) A mercadoria, para poder existir, depende da existência do capitalismo e da substituição dos
valores de troca pelos valores de uso.
d) As relações sociais de exploração surgiram com o nascimento do capitalismo, cuja faceta
negativa está em pagar salários baixos aos trabalhadores.
e) Sob o capitalismo, os trabalhadores se transformaram em escravos, fato acentuado por ter se
tornado impossível, com a individualização do trabalho e dos salários, a consciência de classe
entre eles.
6. (UFU – 1998) A ideia de alienação, segundo Marx, refere-se
I- à identidade entre os produtores e seus produtos.
II- à separação entre o trabalhador e o produto de seu trabalho, devido à divisão social do
trabalho e à propriedade privada dos meios de produção.
III- à separação do Estado como um poder autônomo, imparcial, acima da coletividade e que a
domina.
IV- ao fato de o trabalhador não se reconhecer no produto da sua atividade.
a) I, III e IV estão corretas.
b) I, II e III estão corretas.
c) II, III e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
7. (Unimontes 2012) A perspectiva weberiana de estudos sociológicos fundamenta-se na
possibilidade de o cientista compreender a ação social do indivíduo, ou seja, em atores sociais
capazes de conduzir suas próprias ações, que têm motivações e sentidos. Para ele, a ação social
e suas diferentes motivações levam a quatro categorias ou tipologias. Assinale as colunas
correspondentes às características de cada uma.
1- Ação social racional em relação a fins
2- Ação social racional com relação a valores
3- Ação social tradicional
4- Ação social afetiva
( ) O agente tem motivações e inspirações imediatas como, por exemplo, de medo, de ódio ou
entusiasmo.
( ) São modos de condutas que obedecem a estímulos habituais, de modo que ocorrem e são
praticadas por vários agentes como um costume.
( ) O agente possui um comportamento fiel às suas convicções como, por exemplo, na política ou
no exercício da liberdade religiosa.
( ) O agente disporá de todos os meios necessários para atingir um fim preestabelecido como, por
exemplo, quando ele está praticando uma ação no mercado.
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A sequência correta é
a) 3, 2, 4, 1.
b) 2, 1, 4, 3.
c) 4, 1, 2, 3.
d) 4, 3, 2, 1.
8. (UFU – 2003) Max Weber, em sua obra Economia e Sociedade, propõe uma classificação
típico-ideal da ação social, de acordo com o sentido ou orientação dos atores. Considere os
exemplos de ação social citados abaixo:
I – o consumidor adquire um relógio motivado pela emoção que este lhe causa.
II – o empresário estabelece uma gratificação para os empregados mais produtivos.
III – o católico caminha noventa quilômetros para demonstrar sua fé.
IV – o(a) estudante escolhe o colégio X só porque ali estudaram seus pais e avós.
Marque a alternativa correta.
a) Os exemplos III e IV ilustram, respectivamente, a ação afetiva e a ação racional com relação a
fins.
b) Os exemplos I e III ilustram, respectivamente, a ação racional com relação a fins e a ação
tradicional.
c) Os exemplos II e IV ilustram, respectivamente, a ação afetiva e a ação racional com relação a
valores.
d) Os exemplos II e III ilustram, respectivamente, a ação racional com relação a fins e a ação
racional com relação a valores.
9. (Unioeste 2012) Para Max Weber a economia capitalista não é marcada pela irracionalidade e
pela “anarquia da produção”. Ao contrário de Karl Marx, que frisava a irracionalidade do
capitalismo, para Weber as instituições do capitalismo moderno podem ser consideradas como a
própria materialização da racionalidade. Segundo Weber, uma das características do capitalismo
moderno é a estrutura burocrática com instituições administradas racionalmente com funções
combinadas e especializadas. Para o sociólogo alemão, o controle burocrático é marcado pela
eficiência, precisão e racionalidade. Considerando a importância do tema da burocracia na obra
de Weber, é correto afirmar que
a) Marx Weber identifica a burocracia com a irracionalidade, com o processo de
despersonalização e com a rotina opressiva. A irracionalidade, nesse contexto, é vista como
favorável à liberdade pessoal.
b) segundo Weber, a ocupação de um cargo na estrutura burocrática é considerada uma atividade
com finalidade objetiva pessoal. Trata-se de uma ocupação que não exige senso de dever e
nenhum treinamento profissional.
c) na burocracia moderna os funcionários são altamente qualificados, treinados em suas áreas
específicas, enfim, pessoas que tem ou devem ter qualificações consideradas necessárias para
serem designadas para tais funções.
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d) para Weber, o elemento central da estrutura burocrática é a ausência da hierarquia funcional e
a obediência à ordem pessoal e subjetiva.
e) a burocratização do capitalismo moderno impede segundo Weber, a possibilidade de se
colocar em prática o princípio da especialização das funções administrativas.
10. O sociólogo alemão Max Weber é um dos mais importantes pensadores no debate a respeito
do surgimento da sociedade capitalista moderna. Explique com suas palavras porque, segundo
Weber, a Reforma Protestante teve papel fundamental na gênese e no desenvolvimento do
capitalismo.
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Gabarito
1. D
2. C
3. E
4. A
5. B
6. C
7. D
8. D
9. C
10. A Reforma Protestante teve papel fundamental no surgimento e desenvolvimento do
capitalismo, pois foi no interior dela que surgiram correntes cristãs que passaram a ver o sucesso
financeiro como sinal da benção divina e da salvação eterna. Esta crença foi essencial para que o
acúmulo do capital fosse visto como um dever moral a ser perseguido de forma racional e
disciplinada pelos indivíduos, o que, por sua vez, foi responsável pela construção da sociedade
capitalista moderna.
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