Transcript 6ª AULA
1. Research
perspective
1. Local do
estudo e
acesso
2. Type and
subtype of
the research
3. The context
of the study
4. The
participants
in the study
5. The methods
and
instruments
used to
collect data
6. Data analysis
2. Instrumentos
METODOLOGIA
3. Amostra
4. Recolha de
dados
5. Redução dos
dados e
codificação
(Software
usado)
6. Análise de
dados (Testes
usados)
Bento, Novembro de
2011
OBJECTIVOS
• SABER DIFERENCIAR OS PARADIGAMS DA
INVESTIGAÇÃO
• ENUMERAR E CARACTERIZAR OS TIPOS
DE INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA
• ENUMERAR E CARACTERIZAR OS TIPOS
DE INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA
• ENUNCIAR E DEFINIR OS MÉTODOS DE
INVESTIGAÇÃO
QUESTÕES
• V
•
•
•
1.
2.
•
F – Existem apenas duas perspectivas de investigação:
QUANTitativa e QUALitativa.
V F - Desenho de investigação refere-se à estrutura geral ou plano
de investigação de um estudo.
V F - Por método de investigação entende-se as técnicas e práticas
utilizadas para recolher, processar e analisar os dados (Bowling,
1998).
DAS SEGUINTES QUESTÕES QUAIS SÃO AS VERDADEIRAS?
Há vários tipos de investigação: experimental, quaseexperimental,
causal-comparativo,
correlação,
descritivo,
avaliativo, estudo de caso, etnográfico, investigação-acção.
Métodos: testes, escalas, entrevistas, observações, questionários,
documentos
QUESTÕES
Faça corresponder as afirmações da direita com as da esquerda
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Qualitativa
Quantitativa
Qualitativa
Quantitativa
Qualitativo
Quantitativo
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Descrição e explicação
Compreensão e interpretação
Estudos bem definidos e parciais
Estudos «holísticos»
Estudo experimental
Estudo etnográfico
Das seguintes afirmações quais são as verdadeiras?
1. Nos estudos de carácter qualitativo encontramos os seguintes conceitos:
variável, controlo, validade, fidelidade, hipótese e significância estatística.
2. Nos estudos de cariz quantitativo notamos os seguintes conceitos:
naturalista, estudo de campo, estudo de caso, contexto, situacional,
construtivismo, significado e realidades múltiplas.
3. Validade – Medir o que se pretende medir e não outro aspecto diferente
ou parecido.
4. Fidelidade – Resultados semelhantes obtidos por diferentes avaliadores
DESENHO DE INVESTIGAÇÃO
Desenho de investigação refere-se à
estrutura geral ou plano de investigação
de um estudo, como seja se o estudo é
experimental ou descritivo e qual o tipo de
população. Definido o desenho, torna-se
necessário especificar o método de estudo
e de recolha de dados. Por método de
investigação entende-se as técnicas e
práticas utilizadas para recolher, processar
e analisar os dados (Bowling, 1998)
“When you can measure what you are spkeaking
about and express it in numbers, you know
something about it. And when you cannot
measure it, when you cannot express it in
numbers, your knowledge is of a meager and
unsatisfactory kind. It may be the beginning of
knowledge, but you have scarcely in your
thought advanced to the stage of science.”
W. Thomson (Lord Kevin) (1894). Popular lectures and
addresses by Sir William Thomson, 1891-1894. New York: Macmillan.
Many years before Kelvin, Pythagoras stated more
succinctly, “Mathematics is the way to understand
the universe…Number is the measure of all
things”
METODOLOGIA
QUANTITATIVA
• Descrição e explicação
• Estudos bem definidos e
parciais
• Verificação de teorias e
•
•
hipóteses
Generalização e
abstracção
Procura de objectividade;
distinção entre factos e
julgamentos de valores
QUALITATIVA
• Compreensão e interpretação
• Estudos «holísticos»
• Menor focalização teórica
e «voos» mais livres
• Concentrar-se na «teoria»
local, por vezes com
generalização
• Distinção entre factos e
valores menos clara;
reconhecimento da
subjectividade
METODOLOGIA
QUANTITATIVA
• Abordagem racional, verbal e
•
•
•
•
•
lógica do objecto de pesquisa
Processamento quantitativo de
dados
Distância entre o investigador
e o obejcto da investigação
Distinção entre experiência
pessoal e Ciência
O investigador tenta ser
emocionalmente neutro,
mantendo uma clara distinção
entre sentimentos e razão
O objecto de pesquisa é
externo ao investigador
QUALITATTIVA
• O conhecimento tácito é
•
•
•
•
considerado importante, mas
considera-se que nem sempre pode
ser articulado em palavras
Dados mais importantes são
qualitativos
Distância e envolvimento do
investigador com o objecto de
estudo
O investigador admite a influência
mútua da experiência pessoal e da
ciência e usa a sua personalidade
como instrumento
Usa os sentimentos e a razão nas
suas acções
• O investigador parcialmente cria o seu
objecto de estudo, por exemplo, dando
significado a um documento ou processo
OPOSTOS NA INVESTIGAÇÃO
QUALITATIVO
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Subjectivo
Realidade dinâmica
Qualitativo
Processo
Observação naturalista
Observação não controlada
Perspectiva interna
Não generalizável
Holista
Fenomenologia
QUANTITATIVO
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Objectivo
Realidade estável
Quantitativo
Produto
Medição controlada
Medição intrusiva
Perspectiva externa
Generalizável
Particularista
Positivismo lógico
COMENTE
1. “Toda a investigação tem em última
análise uma base qualitativa”.
- Donald Campbel
2. “Não há tal coisa chamada dados
qualitativos. Tudo é ou Zero (0) ou
Um (1).”
- Fred Kerlinger
METODOLOGIA
• Caminho para…
Conjunto de
abordagens utilizadas
para recolher dados a
utilizar como base para
a inferência da
interpretação
INVESTIGAÇÃO
• Procura de Solução
para um Problema…
Pesquisa sistemática,
controlada, empírica e
crítica dos fenómenos
guiados por teorias e
hipótese acerca das
presumíveis relações
entre esses fenómenos.
(Kerlinger, 1980)
A diferença que geralmente se
estabelece entre os conceitos
descrever
e
explicar
pode,
aproximadamente, indicar como a
pesquisa descritiva se distingue da
experimental.
Descrever é narrar o que acontece.
Explicar é dizer por que acontece.
Assim, a pesquisa descritiva está
interessada
em
descobrir
e
observar fenómenos, procurando
descrevê-los,
classificá-los
e
interpretá-los.
A pesquisa experimental pretende
dizer de que modo ou por que
causas o fenómeno é produzido.
(Rudio, p. 57)
METODOLOGIA
1. Perspectiva de investigação:
quantitativa, qualitativa ou mista.
2. Tipo de investigação: experimental,
quase-experimental, causal-comparativo,
correlação, descritivo, avaliativo, estudo
de caso, etnográfico, investigação-acção.
3. Métodos: testes, escalas, entrevistas,
observações, questionários, documentos
The research design is a specific plan for studying the research
problem
Após uma ideia clara do problema de
investigação e uma boa base da revisão
da literatura, o próximo passo é fazer uma
escolha preliminar da metodologia. Devem
distinguir-se três conceitos relacionados:
• Perspectivas de investigação
• Tipos de investigação
• Métodos de investigação
PERSPECTIVA QUANTITATIVA E
QUALITATIVA
A perspectiva quantitativa deriva duma
epistemologia positivista a qual defende que há
uma realidade objectiva que pode ser expressa
numericamente.
Como consequência, a perspectiva quantitativa
enfatiza estudos que são experimentais por
natureza, enfatiza medidas, e procura relações.
Se num estudo são usados os seguintes termos
ou conceitos, foi provavelmente usada a
perspectiva quantitativa: variável, controlo,
validade, fidelidade, hipótese ou significância
estatística.
PALAVRAS-CHAVE DA INVESTIGAÇÃO
QUANTITATIVA EM EDUCAÇÃO
• Amostra
• Amostra representativa
• Variável (dependentes, independentes)
• Estatística descritiva, inferência estatística
• Curva normal, métodos de normalização
• Definição constitutiva
• Definição formal na qual um termo é
definido usando outros termos
• Definição operacional
Por outro lado, a perspectiva qualitativa enfatiza
uma visão fenomenológica, na qual a realidade
está inerente à percepção dos indivíduos.
Estudos derivados desta perspectiva são focados
em significados e compreensão, tendo lugar em
situações naturais (McMillan, 1996).
Se um estudo usa termos ou conceitos como os
seguintes, provavelmente foi usada uma
perspectiva qualitativa: naturalista, estudo de
campo, estudo de caso, contexto, situacional,
construtivismo,
significado
ou
realidades
múltiplas.
Essas duas perspectivas podem ser combinadas.
CARACTERÍSTICAS DA
INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA
• A fonte directa dos dados é o ambiente natural
•
•
•
•
constituindo o investigador o instrumento
principal
Investigação descritiva
Os investigadores interessam-se mais pelos
processos do que pelos resultados ou produtos
Os dados tendem a ser analisados de forma
indutiva
O significado é de importância vital
(Bogdan e Biklen, 1999, p. 47)
Patton (1990) explica que as técnicas qualitativas
permitem que o investigador estude um assunto em
profundidade. A abordagem do trabalho de campo sem
estar constrangido por categorias predeterminadas
contribui para o aprofundamento, abertura, e detalhe da
inquirição qualitativa.
As técnicas quantitativas, por outro lado
requerem o uso de medidas e de métodos
padronizados convertíveis em números, de tal
modo que não permitem a expressão da
variedade de perspectivas e experiências das
pessoas dado que as opções de resposta são
limitadas á partida.
TIPOS DE INVESTIGAÇÃO
De natureza quantitativa:
1) Investigação experimental:
usa métodos aplicadas nas ciências físicas e biológicas. Na
maior parte dos estudos experimentais são usados os
seguintes processos: é seleccionada uma amostra de sujeitos,
os sujeitos são distribuídos aleatoriamente ao grupo
experimental e ao grupo de controlo, e um tratamento é
administrado apenas ao grupo experimental. Os dois grupos
são então avaliados na base da variável dependente, a
consequência da variável independente. Esta última é a causa
da variável dependente. Exº: O investigador distribui
aleatoriamente 200 alunos do 4º ano por 10 turmas. Cinco
dessas turmas são seleccionadas aleatoriamente. É-lhes dado
um novo programa em resolução de conflitos; as outras cinco
turmas não recebem nenhum programa. Ao fim do ano
lectivo, ambos os grupos são testados com um instrumento
que avalia as suas atitudes e conhecimentos acerca da
resolução de conflitos. Técnicas estatísticas são usadas para
analisar os resultados.
2) Investigação quasi-experimental:
Segue os procedimentos da investigação experimental
sem o uso do grupo de controlo ou sem distribuição
aleatória, porque a distribuição aleatória ou o uso de
grupos de controlo nem sempre é possível nos meios
educacionais.
Num estudo quasi-experimental de resolução de
conflitos, o investigador não usaria a distribuição
aleatória mas poderia usar uma de várias estratégias
para compensar a ausência. O investigador pode, por
exemplo, administrar um pré-teste a todos os alunos,
dar o tratamento a metade dos alunos, administrar um
pós-teste, e usar um procedimento estatístico chamado
análise de co-variância para determinar se o tratamento
fez alguma diferença.
3) Investigação causal-comparativa:
Estudos causais-comparativos são desenhados
para determinar as possíveis causas de um
fenómeno. Algumas vezes, estes estudos são
chamados ex post facto porque as causas são
normalmente estudadas depois de terem tido
um efeito sobre outra variável. Vários estudos
dos efeitos de retenção de ano usam um
desenho causal comparativo, estudando os
efeitos de não passar pela comparação do
último desempenho daqueles que foram retidos
e daqueles que passaram.
A pesquisa ex-post facto
é
uma
investigação
sistemática e empírica na
qual o pesquisador não
tem controlo directo sobre
as
variáveis
independentes, porque já
ocorreram
suas
manifestações ou porque
são intrinsecamente não
manipuláveis.
(Kerlinger, p. 69)
IDENTIFICAR FACTORES CAUSAIS
O erro mais comum na leitura e interpretação de
investigações é o de assumir que foi identificado
um factor causal, quando de facto não o foi. A
maior parte das investigações no campo
educacional não permitem uma interpretação
em termos de causa-efeito, embora seja
extremamente tentador interpretá-los como se
fosse esse o caso. Esta é a armadilha mais grave
que espreita o estudioso imprudente.
O facto de duas variáveis estarem associadas
não significa que uma delas seja a causa da
outra.
SORRISO DOS PROFESSORES E
NOTAS DOS SEUS ALUNOS
Foi feita uma investigação para descobrir
se existia alguma relação entre a
quantidade de tempo que os professores
sorriam e o aproveitamento dos seus
alunos.
Harrington , G. M. (1995). Smiling as a
measure of teacher effectiveness. Journal
of Educational Research, 49, 715-717
4) Investigação correlacional:
Estudos correlacionais são desenhados para
analisar a relação entre duas ou mais variáveis,
ordinariamente através do uso de coeficientes
de correlação.
Você pode, por exemplo, estudar os estilos de
liderança dos gestores escolares e o moral dos
professores para determinar se há alguma
relação estatisticamente significativa entre esses
dois factores.
É preciso ter em atenção que a correlação não
significa causalidade. Estudos correlacionais
podem mostrar uma relação directa entre dois
factores mas não podem provar causa-efeito.
5) Investigação descritiva:
Como o termo indica, o propósito da
investigação
descritiva
é
descrever
um
fenómeno.
Embora
alguns
professores
desvalorizem estudos descritivos, eles podem ser
especialmente valiosos como uma das primeiras
fases num projecto de investigação. Estudos
descritivos apresentam frequências, médias e
percentagens.
Por exemplo, você pode estudar as atitudes dos
professores nas escolas públicas em relação às
escolas a tempo inteiro.
Você não tiraria conclusões acerca de relações;
só
apresentaria
frequências,
médias
e
percentagens.
6) Investigação Avaliativa
A investigação avaliativa faz julgamentos acerca
do mérito ou valor de programas educativos,
produtos e organizações. É normalmente feita
para ajudar os administradores a fazerem
decisões profissionais. Estudos avaliativos são
normalmente descritos como formativos ou
sumativos. Estudos formativos são feitos
enquanto um novo programa ou produto está
sendo desenvolvido; estudos sumativos são
feitos quando estão completos. Você podia fazer
a avaliação dum currículo novo, fazendo uma
avaliação formativa e sumativa.
De natureza qualitativa
Os seguintes tipos de investigação tendem a tomar uma
perspectiva qualitativa:
1) Estudo de caso:
Uma definição útil de estudo de caso é dada por Yin
(1989):
“um estudo de caso é uma pesquisa empírica que
investiga um fenómeno contemporâneo dentro do
seu contexto real; quando os limites entre fenómeno
e contexto não são evidentes; e no qual muitos
recursos ou evidência são usados” (p. 23).
Embora, como Yin e outros indicam, estudos de caso
frequentemente usam medidas qualitativas, tendem
mais frequentemente a tomar uma perspectiva
quantitativa, preocupada com explorar, descrever e
explicar um fenómeno.
Você pode fazer um estudo de caso duma escola a
tempo inteiro no seu primeiro ano de operação.
2) Investigação etnográfica:
A investigação etnográfica é um tipo
especial de estudo de caso. Distingue-se
de outros tipos de estudo de caso porque
usa teorias e métodos da antropologia
para estudar a cultura das escolas e das
salas de aula.
Por exemplo, você poderia fazer um
estudo etnográfico da cultura de uma
escola
para
os
surdos,
tentando
compreender os seus valores, normas de
comportamento, rituais e cerimónias.
3) Investigação-acção
A maior parte da investigação acção documenta
como um problema educacional foi identificado,
compreendido e resolvido pelos profissionais.
Segundo Elliot, 1991, p. 69, a investigação
acção é “um estudo de uma situação social com
o objectivo de melhorara qualidade da acção
desenvolvida no seu interior.”
Por exemplo, você poderia documentar como
você e os seus colegas resolveram o problema
do absentismo na sua escola.
4) Estudos biográficos/histórias de vida
A investigação centrada no estudo das vivências
e experiências individuas constitui o domínio das
narrativas biográficas e das histórias de vida.
Howard Becker refere que
“a história de vida pode ser particularmente útil para
nos fornecer uma visão do lado subjectivo de
processos institucionais muito estudados sobre os
quais pressupostos não verificados também são
feitos com frequência” (Becker, 1999, p. 108).
Há, claro, ouros métodos usados em investigação
educacional, tal como a investigação filosófica,
investigação histórica e investigação legal. Cada uma
destas tem as suas próprias características e usa
métodos especiais.
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
Métodos
de
investigação
significa técnicas
usadas para recolher os dados relativamente ao
problema de investigação. No geral, cinco
métodos são tipicamente usados na investigação
educacional.
1. Testes e medidas:
Testes são administrados e medidas são feitas
para determinar a extensão da mudança
2. Entrevistas:
Entrevistas são conduzidas com indivíduos ou
grupos para averiguar as suas percepções.
3. Observações:
Observações são feitas para determinar o
que está ocorrendo e o que os indivíduos
estão fazendo.
4. Questionários:
Questionários são administrados para
avaliar opiniões, percepções e atitudes.
5. Documentos:
Documentos são analisados para
estabelecer a prova
Como o quadro seguinte indica, os tipos de investigação expostos fazem mais uso de certos
métodos que outros, embora haja muita variação na relação dos tipos com os métodos.
Tipo / Método
Testes,
Medidas
Entrevistas
Observações
Questionários
Documentos
Experimental
P
A
A
Quasiexperimental
P
A
A
Causalcomparativo
P
A
A
Correlacional
P
A
A
Descritivo
A
A
Avaliativo
P
A
A
Etnográfico
A
P
Acção
A
P
A
Estudo de caso
A
P
A
P
A
A
A
A
A
Código: P = Primário (Método usado); A = Adicional (método que pode ser usado)
Relação de Tipos e Métodos
ESCOLHAS PRELIMINARES
Tendo feito uma escolha preliminar da perspectiva, tipo e
métodos, tenha em consideração o seguinte:
1.
A natureza do problema de investigação:
Este é provavelmente o facto mais importante de todos. De
facto, a identificação do problema e a escolha da metodologia
pode ser visto como um processo interactivo, cada um
influenciando o outro. Por exemplo, se você está preocupado
em identificar uma possível causa de relação entre pais lendo
aos filhos em casa e o interesse dos filhos em livros, o estudo
obviamente tem de ser de natureza causal-comparativo
2.
Conhecimentos de investigação:
Embora seja sempre possível desenvolver novas técnicas, você
descobrirá que desenvolvendo e conduzindo o estudo será
mais fácil se você dominar as técnicas requeridas. Se você não
compreender estatística avançada, você provavelmente não
deveria seguir com um estudo quasi-experimental
3. Tempo disponível:
No geral, estudos qualitativos levam mais tempo
que os quantitativos.
Estudos
etnográficos
são
especialmente
intensivos.
4. Acesso ao local de investigação:
No geral, os administradores escolares não dão
acesso a estudos experimentais porque os pais
são relutantes a que os seus filhos participem
em
qualquer
experimentação,
independentemente das promessas.
O DESENHO DA INVESTIGAÇÃO
Independentemente
do
tipo
de
investigação
usado,
você
deve
desenvolver um bom desenho de
investigação. Um desenho de investigação
é um plano específico para estudar um
problema de investigação. Os seguintes
elementos são normalmente empregues
em todos os desenhos de investigação:
1. A perspectiva de investigação
ou ambas)
(quantitativa, qualitativa
2. O tipo e subtipo de investigação
3.
4.
5.
6.
(exº: se usa um
estudo de caso deve também indicar o subtipo: etnográfico)
O contexto do estudo (onde e quando o estudo se
realiza)
Os participantes no estudo (Quem é envolvido no
estudo? (“o estudo centra-se em cinco professores do
Departamento de Inglês; todos concordaram em participar
no estudo)
Os métodos e os instrumentos usados na recolha dos
dados (Explicar como recolherá os dados – análise de
documentos ou consulta de arquivos, entrevistas, testes,
escalas, observações ou questionários). Indicar os
instrumentos que serão usados. (“Os dados serão
recolhidos através de observações e entrevistas. O
investigador fará observações semanais de todos os
professores e entrevistá-los-á em grupo”)
Análise de dados. Explique como organizará, reduzirá,
analisará e apresentará os dados recolhidos.
A definição dos instrumentos
de pesquisa deve estar
visceralmente adequada aos
objectivos do estudo já
delineados
aquando
da
escolha to tema, bem como
à(s) hipótese(s) levantada(s)
e perfeitamente sintonizada(s)
com o marco teórico. Nas
pesquisas
de
abordagem
qualitativa, dentre os mais
importantes instrumentos ou
técnicas de pesquisa que
ajudam a desvendar os
fenómenos
e
factos,
destacam-se:
observações,
histórias
de
vida,
questionários e entrevistas
semi-estruturada,
a
qual
facilita a comunicação quanto
à
obtenção
de
dados
qualitativos.
Bibliografia
McMillan, J.H. (1996). Educational research:
Fundamentals for the consumer (2nd ed.). New
York: HarperCollins.
Kirlinger, F. N. (1980). Metodologia da pesquisa
em ciências sociais: um tratamento conceptual.
São Paulo: EPU/Edusp.
Rudio,F. V. (1985). Introdução ao projecto de
pesquisa científica (9ª ed.). Petropolis: Vozes
Yin, R.K. (1989). Case study research: Design and
methods. Newbury Park, CA: Sage
CAPÍTULO DA METODOLOGIA
Este capítulo deve proporcionar uma
descrição detalhada sobre o modo como a
investigação foi realizada, permitindo a
sua réplica por outros, sem haver a
necessidade de consultar o autor. Este
capítulo é redigido no pretérito perfeito e
deve conter as seguintes alíneas:
Sujeitos. Deve estar indicado o universo
Capº da Metodologia
O universo dos sujeitos em questão, bem
como o processo de definição da amostra
que foi utilizada e a sua caracterização nas
variáveis pertinentes para a sua dimensão
e estratificação. Se for uma amostra
representativa, deve indicar o seu grau de
representatividade e como se minimizaram
os erros de amostragem.
Capº da Metodologia
Instrumentos: Esta alínea deve conter a descrição dos
instrumentos de recolha de dados que foram utilizados e
a respectiva justificação. Há que indicar, sempre que
possível, o grau de fiabilidade e validade dos
instrumentos.
Procedimentos:
Devem
ser
apresentados
os
procedimentos para recolher os dados, bem como os
constrangimentos e dificuldades encontrados, com
especial destaque para os que possam ter impacto nos
resultados. Importa indicar a data e os locais em que os
dados foram recolhidos.
Capº da Metodologia
Análise de dados. Devem ser indicadas as
técnicas, estatísticas ou outras, que foram
utilizadas para tratar os dados.