AULAS DE HIPERTERMIA

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HIPERTERMIA
INTRODUÇÃO
• Temperatura corporal pode variar 10 graus para
menos e 5 graus para mais.
• Lesões têm sido relatadas em esportes de longa
duração.
• Estes eventos podem ser evitados com a
compreensão dos mecanismos termorregulatórios.
• Cabem estes procedimentos aos organizadores de
eventos e equipes técnicas desportivas
CONTROLE DO EQUILÍBRIO
TÉRMICO
• Através do controle do metabolismo
• Calafrios aumentam o metabolismo em 3 –
5 vezes
• No exercício, a TM pode aumentar até 20
Kcal/min
– 1o C a cada 5 – 7 min
INFLUÊNCIA DO
HIPOTÁLAMO
• Atua como termostato, respondendo
– Sinais de receptores na pele
• Receptores periféricos especialmente para o frio
• Receptores profundos para o calor
– Estimulação direta pela temperatura sanguínea
• Especialmente para o calor
– Promove
•
•
•
•
Ajustes cardiovasculares – de 250 ml / min a 0.
Atividade muscular – Até –30o C
Produção hormonal – Catecolaminas e tiroxina
Atividade das glândulas sudoríparas
TEMPERATURA MÉDIA
• T pele =(0,1*Tb)+(0,6* Tt)+(0,2*Tp)+(0,1*Tc)
• Tpele= (0,1*32)+(0,6*33)+(0,2*32,5)+(0,1*31,5)
– Tpele = 32,7o C
• Temperatura central
– Temperatura retal quem melhor representa temperatura sanguínea
• Temperatura média
– Tmédia = (0,4*32,7) + (0,6*37)
• T média = 35,3oC
GASTO CALÓRICO
• Calor específico dos tecidos corporais
– 0,83
• GC = 0,83 * (P*Tmédia)
PC= 50 Kg
Tmédia= 35,3oC
GC = 0,83*(50*35,3) = 1465 Kcal
TRANSFERÊNCIA FISICA DE
CALOR
• Condução
• Convecção
– Ambos importantes na
temperatura ambiente
– Na água é 26 x mais potente
– 10 a 20% do calor
• Radiação
– Primeiro meio – 60%
– Raios infravermelhos
• Evaporação
– Primeiro meio no exercício
– 20 no repouso e 80 no
exerce
– 580 Kcal = 1 litro de suor
AJUSTES TÉRMICOS
• AJUSTE CARDIOVASCULAR
– Sangue atua como transferidor de calor
– Vasodilatação dos vasos da pele concorre com
sangue que deveria ser levado ao músculo ativo
– Menor retorno venoso diminui VE
– Diminuição do volume plasmático antecipa a
fadiga.
– Acelera metabolismo glicolítico
UMIDADE RELATIVA DO AR
• Ambiente úmido reduz o gradiente térmico.
• Somente o calor que é evaporado indica
trocas térmicas
• No ambiente úmido, menor evaporação
aumenta atividade das glândulas
sudoríparas para entregar calor
PERDA DE ÁGUA
• Ocorre nos compartimentos intra e
extracelular
• Suor é hipotônico
– Aumenta osmolalidade do plasma
• Pode chegar a 3 litros/hora
• Exercício continuado torna termorregulação
progressivamente mais difícil
– O fluxo sanguíneo vai aos músculos
• 5% de desidratação provoca aquecimento
–
–
–
–
Diminui 30% o VE
Diminui PA
Diminui fluxo para a pele
Diminui produção de suor
PERDA DE DESEMPENHO
• 1 litro de suor = 8 bpm e 1 l/min
• 1,9% de perda hídrica
– 22% na endurance
– 10% no VO2 max
• 4,3% de perda hídrica
– 48% na endurance
– 22% do VO2max
HIPERTERMIA
`CÃIMBRAS
• Membros superiores, inferiores ou
abdomem.
• Ocorre mais no sujeito sem aclimatação.
• Perdas eletrolíticas são a causa
• Acontece sem a temperatura corporal estar
elevada
– Ingesta de sais nos dias anteriores é profilático.
EXAUSTAO HÍDRICA
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•
•
•
Transpiração reduzida
Língua e boca secas
Temperatura cutânea e central elevadas
Fraqueza
Perca de coordenação
Urina concentrada – alaranjada
Pode acontecer no sujeito aclimatizado.
EXAUSTÃO DE SAIS
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•
•
Cefaléia
Vertigens
Fadiga Náuseas
Vômito
Diarréia
Câimbras
Pode levar de 3 a 5 dias para se manifestar
Pode ocorrer no indivíduo aclimatizado.
SÍNCOPE
• Fraqueza generalizada
• Hipotensão
• Prenúncios
–
–
–
–
Visão embotada
Temperatura central elevada
Menor coordenação dos movimentos
Lassidão
• Ocorre mais em sujeitos sem aclimatação
INTERMAÇÃO
• Sudorese muito diminuída
• Temperatura cutânea e central elevadas,
ultrapassando 40oC.
• Flacidez muscular
• Movimento involuntário dos membros
• Taquicardia
• Convulsão
• Coma ( alucinação).
• Morte
• Pode ocorrer em qualquer indivíduo
• Pode gerar dano hipotalâmico
ATENDIMENTO
•
•
•
•
•
•
Repouso
Retirada do vestuário excessivo
Ambiente mais frio e ventilado
Tanque de água fria (12oC) / compressa de gelo
Reposição hidroeletrolítica
Baixando temperatura para 38,9oC, cobrir o
indivíduo.
• Nunca deixar o atleta sozinho.
PREVENÇÃO
• Condicionamento físico
– Maior tolerância
• Aclimatação
– Exercício aumenta capacidade de transpiração e reduz
perda de sais.
– Temperaturas centrais são semelhantes.
• Temperatura ambiental
• Vestimentas
– Expor a pele
– Preferir algodão, evitar os impermeáveis
– Molhar a vestimenta
PREVENÇÃO
• ESTIMATIVA DO ESTRESSE TÉRMICO
– Temperatura de bulbo seco
• Temperatura do ar na sombra
– Temperatura de globo
• Calor radiante – luz solar direta
– Temperatura de bulbo úmido
• Avalia unidade relativa do ar
EQUAÇÃO
• IBUTG = 0,7Tbu+0,2Tg+0,1Tbs
–
–
–
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–
23 – 28
Alto risco
18 – 23
Risco moderado
< 18
Risco baixo
<10
Possibilidade de hipotermia
WB-GT= 0,1DBT +0,7WBT+0,2GT
DBT= Bulbo seco
WBT= Bulbo úmido
GT = Temperatura de globo
HIDRATAÇÃO
• Manter o volume plasmático
• Aprimora o fluxo sanguíneo para a pele,
independentemente do volume plasmático
• Ingestão de água não diminui o desempenho, antes
pelo contrário.
• Normalmente reposição de água pela vontade é de
apenas 50%.
• Hiperidratação é protetora.
– 400 – 600 ml 20 min antes
• Estômago esvazia 1 l / h
• Pesagem pré e pós fornecem informação
REPOSIÇÃO DE
ELETRÓLITOS
• Não precisa ser tão imediata quanto a água
• Suor é hipotônico – 140 x 50 mmol/l
• Perda de Na são controladas pelos rins
– Sistema renina-angiostensina-aldosterona
• Água pura diminui rapidamente a osmolalidade – mecanismo da
sede é enganado – e estimula produção urinária.
• Perda é de 2,3 a 3,4 g/litro de suor – 8 g a mais que o sal
dietético.
• 1/3 de colher de chá para 1 l de água.
• Perda de K é mínima
• 1 copo de suco de laranja ou tomate repõe sais de 3 litros de
suor
POSIÇÃO DO ACMS
• Dieta balanceada e ingesta de líquidos
adequada nas 24 horas anteriores.
• 500 ml de água 2 horas ante
• Durante o exercício, não esperar a sede
• Temperatura entre 15 – 22oC.
• Bom que sejam aromatizados
• Disponível em recipientes adequados 1a
quantidade.
POSIÇÃO DO ACMS
• Eletrólitos e CBO apenas após uma hora
– 30 – 60 g/hora de CBO
– Liquido com 4 – 8% de CBO
– Açúcares (glicose, sacarose) e amido
(maltodextrina).
– Sódio: 0,5 a 0,7 g / litro de água.
POSIÇÃO DO ACMS
• Má hidratação pós exercício indica desidratação
no início da próxima sessão.
• Durante o exercício se bebe menos água que o
necessário.
• Percepção de sede é um índice imperfeito.
• Não existe associação clara entre ingesta e
desconforto gástrico.
• É desejável manter 400-600 ml de líquido no
estômago,especialmente se com CBO.
– Pensar na variabilidade individual
• Exercício acima de 80% pode lentificar o
esvaziamento.
Posição do ACMS
• 150 a 350 ml a cada 15 – 20 min é bem
tolerado.
• CBO a mais que 10% produz movimento
inverso na luz intestinal por causa da alta
osmolalidade.
• Água pura pode produzir hiponatremia.