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Exposição Ocupacional
ao Calor
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O calor
O calor é um agente presente em vários
ambientes de trabalho:
· em empresas como siderúrgicas, forjarias; e
· em atividades desenvolvidas a “céu aberto”,
como na construção civil.
O ser humano exposto a altas temperaturas
tem seu rendimento físico e mental diminuído.
Profissionais expostos ao calor
Ocupações expostas ao calor:
·
·
·
·
·
Padeiros.
Cozinheiros.
Fundidores de metais.
Fabricantes de vidros.
Mineiros.
Também em pessoas que realizam atividade física
em ambientes quentes e úmidos.
Exemplos: operários da construção civil, atletas,
militares.
Altas temperaturas podem provocar
Desidratação.
Insolação.
Fadiga física.
Câimbras.
Intermação
Problemas
cardiocirculatórios.
Efeitos à saúde
Em ambientes aquecidos, o organismo tende a
aumentar sua temperatura.
Para evitar hipertermia (aumento da temperatura)
ocorrem alguns mecanismos de defesa:
· Vasodilatação periférica: para permitir meios de
troca de calor entre o organismo e o ambiente.
· Ativação de glândulas sudoríparas: aumento do
suor (sudorese).
Caso a vasodilatação e sudorese não mantenham
a temperatura do corpo em torno de 37 ºC,
haverá outras consequências para o organismo
Desidratação
· Reduz o volume de sangue,
causando exaustão do calor.
Exaustão do calor
· Pode causar a queda de
pressão arterial.
Cãimbras
· Com o suor há perda de
água e sais minerais; esta
redução pode causar
câimbras.
Insolação e Intermação
Insolação
Estado patológico devido a exposição direta e
excessiva ao calor tendo como fonte a radiação
solar.
Intermação
Estado patológico devido basicamente, a
exposição por fontes artificiais.
A ação do calor sobre o indivíduo ocorre em
ambiente aquecido, fechado ou pouco arejado
durante um trabalho muscular intenso.
Intermação ou hipertermia
É a ocorrência mais grave na exposição
ocupacional ao calor.
Decorre da falha do mecanismo do organismo que
regula a temperatura interna.
A transpiração cessa e o organismo perde a
capacidade de liberar o excesso de calor.
A temperatura corporal aumenta para 41°C ou
mais.
Principais agentes causadores
Umidade
Quanto maior a umidade relativa do ar, mais
difícil será a evaporação cutânea.
Consequentemente, o corpo acumula maior
quantidade de calor.
Ventilação
Sem circulação constante do ar, o resfriamento
torna-se difícil, provocando o aumento da
temperatura corporal.
Exemplos: fornos, fundições, caldeiras, padarias.
Principais agentes causadores
Condições físicas
O excesso de trabalho aumenta a produção de
calor pelo organismo, enquanto a fadiga muscular
acumula substâncias tóxicas nos tecidos.
Alimentação excessiva
Em razão do processo de digestão ocorre um
aumento da temperatura corporal.
Vestuário
Roupas escuras e lã favorecem o acúmulo de
calor, com consequente elevação da temperatura
corporal.
Aumento da temperatura
O homem é homeotérmico:
mantém a temperatura ao redor
de 37°C.
Mas, com o trabalho muscular
há um aumento da temperatura
do corpo e o suor tem a função
de refrigerá-lo.
Aumento da temperatura
Nosso corpo tem milhões de Glândulas sudoríparas:
a maior parte nas axilas, palma das mãos, planta
dos pés e fronte.
A água, no suor evapora e ajuda a manter a
temperatura do corpo.
Mas, quando a umidade relativa do ar está alta,
essa evaporação fica dificultada.
Assim, casos de intermação ocorrem mais, em dias
com temperatura e umidade relativa do ar muito
altas.
Sinais e sintomas
Cefaléia.
Vômitos.
Insuficiência respiratória.
Desidratação.
Pele quente, avermelhada, seca e/ou com cianose.
A frequência cardíaca aumenta e rapidamente
pode chegar a 160/180 batimentos por minuto.
Frequência normal: 60 a 100 bpm.
Sinais e sintomas
Respiração Fraca.
Náuseas e tontura.
Desorientação e
confusão mental.
Perda da consciência
ou convulsões.
Sinais e sintomas
A temperatura corpórea (que deve ser medida no
reto), sobe rapidamente para 40°C a 41°C.
Provocando uma sensação de ‘estar queimando’.
Temperatura de 41°C é muito grave: somente um
grau mais elevado pode ser mortal.
A Intermação instala-se rapidamente e nem sempre
dá sinais de alerta ou os sintomas são identificados
de imediato.
Consequências
Se a Intermação não é tratada logo, pode levar a
insuficiência renal, pulmonar, cardíaca
complicações musculares e hemorragias.
A lesão permanente de órgãos internos pode
ocorrer rapidamente e até causar a morte.
Os idosos, alcoólatras e pessoas com doença
debilitante tendem a apresentar um prognóstico
pior.
Cuidados para minimizar
efeitos do calor
Em ambientes com radiação solar ou confinados
sem ventilação deve-se descansar alguns minutos
em locais mais ventilados e frescos.
Evitar bebida alcoólica nas noites que antecedem
um trabalho em locais quentes. O álcool aumenta
a necessidade de ingestão de água.
Ingerir pitadas de sal, sem excesso.
Evitar alimentação excessiva: a temperatura
corporal aumenta durante a digestão.
Cuidados para minimizar
efeitos do calor
Trabalhar com roupas limpas: roupas sujas são
menos ventiladas em função do suor e da sujeira.
Evitar roupas escuras, que favorecem o acúmulo
de calor.
Não ficar sem camisa sob sol intenso.
· As radiações ultravioletas provocam lesões na
pele, que podem causar câncer de pele.
A pele deve ser refrescada com água fria.
Não podemos confiar na nossa sensação de sede.
Portanto, é importante a ingestão de água mesmo
que não se tenha sede.
Primeiros socorros
Levar a vítima para um local arejado e fresco.
Deitá-la com o tronco ligeiramente elevado.
Afrouxar as roupas.
Aplicar compressas úmidas e frias sobre a cabeça.
Avaliar nível de: consciência, pulso e respiração.
Encaminhá-la ao hospital com urgência.
Observações: após uma intermação grave, o
repouso durante alguns dias é aconselhável e
temperatura corporal pode oscilar durante
semanas.
Anexo Nº3 da NR-15
Limites de Tolerância
para exposição ao Calor
Limites de tolerância para
exposição ao calor
1. A exposição ao calor deve ser avaliada através
do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo –
IBUTG, definido pelas equações:
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
· IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
· IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
Definições:
· tbn = temperatura de bulbo úmido natural.
· tg = temperatura de globo.
· tbs = temperatura de bulbo seco.
Limites de tolerância para
exposição ao calor
2. Aparelhos que devem ser usados nesta
avaliação:
· Termômetro de bulbo úmido natural.
· Termômetro de globo.
· Termômetro de mercúrio comum.
3. As medições devem ser efetuadas no mesmo
local onde permanece o trabalhador, na altura
da região do corpo mais atingida.
Limites de tolerância para
exposição ao calor
Limites de tolerância para exposição ao calor em
regime de trabalho intermitente com períodos de
descanso no próprio local de prestação de serviço.
1. Em função do índice obtido, o regime de
trabalho intermitente será definido no
Quadro Nº 1.
Limites de tolerância para
exposição ao calor
Trabalho intermitente
descanso no próprio local
Limites de tolerância para exposição ao calor em
regime de trabalho intermitente com períodos de
descanso no próprio local de prestação de serviço.
1. Em função do índice obtido, o regime de
trabalho intermitente será definido no
Quadro Nº 1.
Quadro Nº 1
Limites de tolerância para
exposição ao calor
Trabalho intermitente
descanso no próprio local
2. Os períodos de descanso serão considerados
tempo de serviço para todos os efeitos legais.
3. A determinação do tipo de atividade:
· Leve;
· Moderada; ou
· Pesada.
É feita consultando-se o Quadro N.º 3 (no final
deste trabalho).
Limites de tolerância
para exposição ao calor
Trabalho intermitente
descanso em outro local
Em regime de trabalho intermitente com período
de descanso em outro local (local de descanso).
1. Para os fins deste item, considera-se como local
de descanso ambiente termicamente mais ameno,
com o trabalhador em repouso ou exercendo
atividade leve.
2. Os limites de tolerância são dados segundo o
Quadro Nº 2.
Quadro Nº 2
M é a taxa de metabolismo - média ponderada
para uma hora, determinada pela seguinte
fórmula:
Sendo:
· Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho.
· Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se
permanece no local de trabalho.
· Md - taxa de metabolismo no local de descanso.
· Td - soma dos tempos, em minutos, em que se
permanece no local de descanso.
IBUTG é o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de
Globo - média ponderada para uma hora,
determinada pela fórmula:
Sendo:
· IBUTGt - valor do IBUTG no local de trabalho.
· IBUTGd - valor do IBUTG no local de descanso.
· Tt e Td - como anteriormente definidos.
· Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período
mais desfavorável do ciclo de trabalho, em que:
Tt + Td = 60 minutos corridos.
Limites de tolerância
para exposição ao calor
Trabalho intermitente
descanso em outro local
3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão
obtidas consultando-se o Quadro nº 3.
4. Os períodos de descanso serão considerados
tempo de serviço para todos os efeitos legais.
Quadro Nº 3
Taxas de Metabolismo por atividade
Quadro Nº 3
Taxas de Metabolismo por atividade
Quadro Nº 3
Taxas de Metabolismo por atividade
FIM
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