Document 7584448
Download
Report
Transcript Document 7584448
Fabrício Pereira
Francine Ribeiro
Helene de Abreu
Fibrose Cística
Deficiência de Glutationa sintetase
Alcaptonúria
Fibrose Cística
• Doença genética autossômica recessiva;
• Crônica;
• Resulta em alterações nas secreções causando um distúrbio
funcional das glândulas exócrinas acometendo principalmente
os pulmões, pâncreas, intestinos, fígado, glândulas
sudoríparas e sistema reprodutor;
• Mais comum em caucasianos;
• Acomete células de vários órgãos.
• O gene foi mapeado em 1989.
Genética
O gene da FC localiza-se no braço longo do
cromossomo 7, no lócus q31, formado por 250Kb
de DNA, com 27 éxons e codifica um RNAm de
6,5Kb.
Esse gene codifica para uma proteína chamada de
reguladora da condutância transmembrana para
fibrose cística (CFRT)
A CFTR é também chamada de canal de cloro e é
essencial para o transporte de íons pela membrana
celular, estando envolvida na regulação do fluxo de
cloro, sódio e água.
Genética
Podem ocorrer mais de mil mutações nesse gene;
A mais conhecida é a deleção de três pares bases nitrogenadas
no éxon 10 do gene CFTR, acarreta perda do aminoácido
fenilalanina na posição 508 da molécula da proteína CFTR.
Conhecida como mutação ΔF508.
Os tipos de mutações podem ser agrupados e
m 6 classes:
1‐CFTR não é produzida;
2‐defeitos no processamento;
3‐regulação defeituosa;
4‐condutância defeituosa;
5‐produção parcialmente defeituosa
6‐regulação defeituosa de outros canais
•Classe 1‐3 de mutações são mais comuns
Fisiopatologia
As mutações no gene da fibrose cística,
provocam redução na excreção do cloro.
Com o aumento da eletronegatividade
intracelular, há maior fluxo de sódio para
preservar o equilíbrio eletroquímico e
secundariamente de água para a célula, por
ação osmótica.
Manifestações clínicas
Extremamente variadas;
Forma clássica:
Tosse
crônica;
Diarréia crônica;
Desnutrição;
Suor salgado;
Diagnóstico
O exame padrão é o teste do suor com dosagem de sódio e
cloro.
Diagnóstico Molecular- Baseia na análise das mutações, cuja
maioria é particular em populações específicas ou grupos
étnicos;
Terapia Gênica
Introdução de cópias simples do cDNA normal correspondente à
sequência codificadora do gene FC em células portadoras do
defeito FC;
Restaurando sua função normal de condutância do Cloro.
O gene pode ser liberado para um número suficiente de células in
vivo e a função normal da proteína será restabelecida, podendose prevenir as manifestações da doença ou amenizá-las.
Cópias de
cDNA
vetores
Célula
portadora
de defeito
função
normal da
proteína
Terapia Gênica
Muito indicada, mas ainda sob pesquisa;
Vetores virais e não virais estão sendo estudados;
Ainda não se chegou a um sistema de vetor ideal.
Métodos para detectar mutações
Muitas técnicas estão disponíveis para identificar na
sequência do gene da CFTR.
As metodologias podem ser:
genotipagem- técnicas que detectam variantes alélicas
conhecidas;
triagem- técnicas que procuram por qualquer alteração em
determinada região.
As técnicas de genotipagem para análise do gene CFTR
são:
análise de polimorfismo de comprimentos de fragmentos
de restrição (RFLP),
ensaio qualitativo de PCR em tempo real, entre outras.
• Entre o método de triagem pode ser destacado:
análise de dissociação em alta resolução (HRM)
• O sequenciamento pode ser usado para confirmar o
método de triagem ou ser usado diretamente para
identificar as mutações.
HRM
Análise de dissociação em alta resolução
Fluoróforo se intercala no DNA de dupla fita é
adicionado na PCR antes da amplificação.
Gera uma curva onde a fluorescência é coletada e
decresce conforme a desnaturação.
A identificação da alteração é através da
distorção que ocorre na curva quando
comparadas com amostras de controle.
A amostra que apresenta distorção deve
ser sequenciada para identificar a mutação
HRM
Não precisa de processamento entre a amplificação de
PCR;
Análise do produto apresentam vantagens para o
diagnóstico molecular;
risco de contaminações e tempo.
Proteção das células
contra danos
oxidativos.
Manutenção de grupos
sulfidrilas de
proteínas no estado
reduzido
envolvimento
no transporte
de
aminoácidos
Glutationa
Participação na
desintoxicação de
compostos estrangeiros
Co-fator para um
número de enzimas
Estudos genéticos revelaram que as mutações no gene GS
humanos que levam à deficiência de SG e sugerem a
perda completa da função é provavelmente letal ( Shi et
al 1996., ; Dahl et al 1997., )
A
frequência é baixissima sendo
aproximadamente 70 casos no mundo todo
registrados
Duas formas da doença
Moderada
Causada por uma deficiência GS limitada
aos eritrócitos, resultando em anemia
hemolítica crônica e icterícia neonatal.
Grave
GS
Glutamilcisteína
Glutamil ciclotransferase
Avaria de
inibição por
feedback -
5-oxiprolina + cisteína
5-oxiprolinase
Acumulo de oxiprolina em tecidos corporais Leva a 5 oxoprolinuria
e acidose metabólica
Muitos pacientes que sofrem da forma grave da doença são
mentalmente retardadas e alguns apresentam distúrbios da
função motora
Localização
Localizado no Cromossomo 20q11.2 e contém 12 éxons
Caracterização do Gene
O gene foi mapeado na região 20q11.2 através de FISH
(Hibridação in situ por fluorescência)
Doença autossômica recessiva
Constituído de 12 éxons
Duas regiões não traduzidas uma 3’ e uma 5’
Tem aproximadamente 23 Kb de tamanho
Caracterização do Gene
Para detecção de mutações foi utilizado PCR(Reação em
cadeia da polimerase) e sequenciamento das amostras.
Também
foram analisadas regiões flanqueadoras
(éxon/intron) através de sequenciamento
Caracterização do Gene
Para produção do cDNA foi usado RT-PCR com RNA
extraído de fibroblastos do Rim.
Devido as mutações promoverem a criação de sítios de
restrição para enzimas específicas, foi possível o uso de
RFLP.
Modelo de expressão
Foram utilizados dois modelos de expressão: a Levedura
S. pombe(Schizosaccharomyces Pombe) e a bactéria E.
coli para avaliação da atividade das enzimas mutantes.
Detecção das mutações
Detecção das mutações
Efeitos estruturais da mutação em pacientes com
deficiência da glutationa sintetase
Métodos
Clonagem da região 5’ flanquiadora do gene GSS de
humanos
Usando 5'-RACE (amplificação rápida de extremidades do
cDNA) análise, para determinar o sítio de iniciação
transcricional em células Chang (linhagem de células
humanas do fígado)
Métodos
Construção 5'- construção de deleções
Mutagênese proximal e distal sítios NFE2 no promotor
GSS humanos
Análise da construção de promotores em cultura de
células Chang
Análise Northern Blot
Métodos
EMSA (ensaio mudança mobilidade eletroforética)
CHIP (imunoprecipitação de cromatina) análise
Tratamento
Vitamina C
Vitamina E
Bicarbonato
100 mg/kg/dia
10mg/kg/dia
Correção da acidose
N-ACETILCISTEÍNA Neurotóxica
Etiologia.
Causada
pela falha na atuação
homogentistato-1,2 dioxigenase.
da
enzima
Causa um acúmulo de ácido homogentístico, o qual é
eliminado na urina, é oxidado no ar e deixa a urina
escurecida.
Tecidos conectivos ficam com uma cor azulada ou negra
devido ao acúmulo do metabólito.
Pigmentação característica
Gene HGD
Codifica
para a enzima homogentistato-1,2
dioxigenase, a qual participa do metabolismo de
aminoácidos como a fenilalanina e tirosina, a qual
atua principalmente no fígado e nos rins.
É constituído por 14 éxons.
Estudos moleculares
O gene foi clonado por Fernandez-Canon a partir da
sequência de um gene similar, hmgA, encontrado no
fungo Aspergillus nidulans .
O gene foi mapeado com o uso de PCR e de FISH
(Fluorescent In Situ Hibridization) na região 3q.13.33.
Mutações
Fernandez-Canon identificaram mutações de sentido
contrário relacionadas a casos da doença.
Gerhig estudou dois casos em que os pacientes possuíam
uma substituição A-G com subseqüente substituição de
uma glicina por uma arginina.
Os pacientes que são homozigóticos para a mutação
apresentavam a doença.
Outros dois pacientes possuíam uma inserção que
causava uma parada prematura da transcrição.
Pacientes com heterozigozidade não apresentavam
sintomas, comprovando a característica recessiva da
doença
Hot spots
Em 1999, Beltran de Bernabe, descobriu dois novos
polimorfismos e concluiu que as repetições de
nucleotídeos CCC são hot spots, visto que mutações
nestes pontos são encontrados em mais de 30 %
dos casos.
Rodriguez et al. (2000) ao estudarem mutações que
afetavam a conformação final da proteína se utilizaram
da bactéria E. coli como modelo de expressão.
Foram utilizados vetores plasmidiais para a
transformação da bactéria e o meio de cultivo
continha ampicilina e cloranfenicol, cujo objetivo
era de selecionar os microrganismos que
receberam o plasmídio.
Também foi feita uma analise de mutações no gene do
fungo Aspergillus nidulans.
Foi utilizado um meio contendo fenilalanina, a qual,
ao não ser metabolizada pelos organismos mutantes
permite a distinção das colônias.
As
colônias mutantes são distinguíveis pelos
pigmentos ocronômicos.
O DNA foi clonado por PCR (reação em cadeia da
polimerase).
O
produto da PCR foi analisado através do
sequenciamento direto.
As linhagens mutantes foram cruzadas com linhagens
normais, sendo que menos de dois por cento da
progênie tinha o fenótipo mutante.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito de forma clínica, através da análise
do paciente ou através de análises sanguíneas ou de urina
Existem empresas que fazem a análise molecular,
incluindo uma que faz análises pré-natal.
Referências
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/omim/607474
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8782815
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9069115
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9154114
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9529363
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10205262
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11001939
OBRIGADO