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FUTURISMO
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(ITÁLIA, 1909)
FASCÍNIO PELA CIÊNCIA, A MECANIZAÇÃO E A VELOCIDADE
DISCURSO RADICAL DE NEGAÇÃO AO PASSADO E VALORIZAÇÃO
DO FUTURO.
VIA A RACIONALIDADE COMO SÍMBOLO DA EVOLUÇÃO
NEGAÇÃO AOS SENTIMENTOS E ÀS MULHERES
VISÃO DA GUERRA COMO NECESSÁRIA PARA A EVOLUÇÃO
HUMANA, PROMOTORA DA SELEÇÃO DE FORTES E FRACOS
NEGAÇÃO A TODAS AS ARTES ANTERIORES
USO DO BARULHISMO NAS APRESENTAÇÕES
INÍCIO ANÁRQUICO E POSTERIOR APOIO AO NAZI-FASCISMO
PRINCIPAIS NOMES: MARINETTI, BOCCIONI, GIACCOMO BALLA
Em 1924 Marinetti manifesta em
seu discurso apoio claro a
Mussolini e Hitler, pondo o
Futurismo como antecessor do
Fascismo. Os futuristas negavam
o socialismo e as idéias de Marx,
no
entanto
apresentava
propostas próximas estas, como
a luta por direitos trabalhistas,
incluindo direitos das mulheres
em relação à igualdade na
remuneração. Pontos defendidos
por esse grupo, como o
predomínio do mais forte,
encontrava paralelos nos filmes
da
propaganda
nazista.
Importantes
nomes
do
modernismo brasileiro tiveram
contato com Marinetti, como a
pintora Anita Malfatti e o escritor
Oswald
de
Andrade,
influenciando
intelectuais,
fazendo emergir o futurismo
paulistano.
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GIACOMO BALLA – VELOCIDADE NA MOTOCICLETA
Embora lembre a fragmentação cubista, a pintura futurista foi uma reação a
essa corrente, vista por eles como essencialmente estática e não condizente
com a realidade dos novos tempos, caracterizada pela ciência, a tecnologia, a
máquina e a velocidade. Observe como o artista busca registrar o movimento,
como uma câmara fotográfica, note que o dinamismo é traduzido por linhas
estruturais curvas e diagonais.
O fascínio pelo
desenvolviment
o pode ser visto
nesta
obra.
Observe como o
movimento da
luz chama sua
atenção.
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GACOMO BALLA – LUZ DA RUA
BOCCIONI
DINAMISMO DE UM JOGADOR DE FUTEBOL
ELASTICIDADE
Mente, estágio 1
MENTE, ESTÁGIO 2
• MENTE, ESTÁGIO 3
DINAMISMO DE HUMEM COM CHAPÉU
HORIZONTAL
DESENVOLVIMENTO DE UMA GARRAFA NO ESPAÇO
Os futuristas buscaram captar o movimento também por meio da
escultura, note que a mesma fragmentação da forma vista na pintura
está presente neste trabalho e também na seguinte.
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BOCCIONI – FORMAS ÚNICAS DE
CONTINUIDADE NO ESPAÇO
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MARCEL DUCHAMP – NU
DESCENDO A ESCADA
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Embora nunca tenha se
manifestado
como
futurista, Marcel Duchamp
e suas propostas caiu nas
graças dos artistas dessa
corrente,
principalmente
esta obra, na qual o artista
gera um ritmo intenso por
meio da repetição de
padrões geométricos na
imagem, fragmentando a
forma. A estática fica
somente no ambiente, na
escada, observe.
DADAÍSMO (SUÍÇA, 1916)
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REAÇÃO AO FUTURISMO E AO POSITIVISMO
POSIÇÃ ANÁRQUICA
NEGAÇÃO ÀS ARTES, RELIGIÕES, VALORES SOCIAIS,
POLÍTICOS, TENDO EM VISTA SUA INEFICIÊNCIA DIANTE
DAS AÇÕES HUMANAS E DA GUERRA;
NEGATIVISMO E NIILISMO
VIAM A IRRACIONALIDADE COMO PROMOTORA DAS
AÇÕES HUMANAS
CERTA TENDÊNCIA COMUNISTA
DESPREOCUPAÇÃO COM A RELAÇÃO ENTRE FORMA E
CONTEÚDO NAS OBRAS
IRONIA E SARCASMO; BARULHISMO
CRIAÇÃO DA FOTOMONTAGEM
Observe esta obra. Aqui
há duas leituras: a
primeira traz a visão do
artística
de
uma
sociedade
harmônica,
racional, porém fria como
uma máquina (o futuro?);
a segunda é uma ironia
ao Futurismo e seus
valores, sua negação aos
sentimentos.
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PICABIA – DESFILE AMOROSO
PICABIA – O MENINO CARBURADOR
MARCEL DUCHAMP
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Duchamp transitou por
várias correntes, entre
elas o Cubismo e o
Surrealismo, porém sua
grande expressão veio
com o Dadaismo. Nesta
obra “A Fonte”, ele
quebra com todos os
padrões existentes na
arte, a partir daqui
começa a valer sua
máxima “arte é tudo
aquilo que consideramos
arte”, que será repetida
mais tarde pelos artistas
conceituais.
• Precursor da arte conceitual e introduziu a
idéia de ready made, objetos industriais
reapresentados como obras de arte.
A noiva despida por
seus
celibatários,
1915-23
“arte é tudo aquilo que acreditamos ser arte”
Marcel Duchamp
BIGODES NA
MONALISA???
Aqui Duchamp ironizou os valores
da sociedade conservadora,
principalmente no tocante a arte,
na qual predominava o gosto pelo
clássico, a arte acadêmica. Para
ele a Monalisa não era arte, mas
passou a ser a partir de sua
intervenção.
SURREALISMO
PSICANÁLISE
Salvador Dali, Galatéia das esferas
A teoria
psicanalítica
aparece no
cenário
mundial com
Sigmund
Freud
(1856-1939),
médico
vienense
que se
especializou
no
tratamento
de doenças
do sistema
nervoso e
em
particular as
desordens
neuróticas.
Freud afirmou que nada
ocorre ao acaso e muito
menos os processos
mentais. Há uma causa
para cada pensamento,
para cada memória
revivida, sentimento ou
ação.
Segundo Freud, o
consciente é somente
uma pequena parte da
mente.
No inconsciente estão
elementos instintivos não
acessíveis à consciência.
Além disso, há também
material que foi excluído
da consciência,
censurado e reprimido.
Os surrealistas viam em Freud a liberdade individual, e em Marx a
liberdade coletiva, social, o que denuncia sua tendência política.
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Os comunistas não se
rebaixam a dissimular
suas opiniões e seus fins.
Proclamam abertamente
que seus objetivos só
podem ser alcançados
pela derrubada violenta de
toda a ordem social
existente. Que as classes
dominantes tremam à
idéia de uma revolução
comunista! Os proletários
nada têm a perder a não
ser suas algemas. Têm
um mundo a ganhar.
PROLETÁRIOS DE TODO
O MUNDO, UNI-VOS!
(MARX, Karl e ENGELS,
Friedrich, Manifesto do
Partido Comunista - 1848)
Economista, filósofo e socialista
alemão, Karl Marx nasceu em Trier
em 5 de Maio de 1818 e morreu em
Londres a 14 de Março de 1883
O surrealismo surgiu na França na
década de 1920. Este movimento foi
significativamente influenciado pelas
teses psicanalíticas de Sigmund Freud,
que mostram a importância do
inconsciente na criatividade do ser
humano, sendo também altamente
politizado, tendo grande ligação às
idéias de Marx. Buscava a liberdade
individual e social.
René Magritte, o terapeuta
OS ARTISTAS DA SEGUNDA
CORRENTE LIBERTAM A
MENTE E DÃO VAZÃO AO
INCONSCIENTE, SEM
NENHUM CONTROLE DA
RAZÃO. JOAN MIRÓ E MAX
ERNST REPRESENTAM
MUITO BEM ESTA
CORRENTE.
Max Ernst, the graminaceaous bicycle, 1921
AS TELAS SAEM COM FORMAS
CURVAS, LINHAS FLUIDAS E
COM MUITAS CORES. O
CARNAVAL DE ARLEQUIM E A
CANTORA MELANCÓLICA, SÃO
DUAS PINTURAS DE MIRÓ QUE
REPRESENTAM MUITO BEM
ESTA VERTENTE DO
SURREALISMO.
Joan Miró, carnaval do arlequim, 1924
INFLUÊNCIAS
As obras e a vida do Marquês de Sade despertaram a curiosidade
dos surrealistas, principalmente pelo caráter instintivo, selvagem e
animalesco presente nas fantasias e desejos narrados em seus
contos.
"A minha maneira de
pensar, você diz, não
pode ser aprovada. E
que me importa? Bem
idiota é aquele que
adota uma maneira
de pensar para os
outros! Não foi a
minha maneira de
pensar que provocou
a minha desgraça. Foi
a maneira de pensar
dos outros."
Donatien Alphonse François de Sade, o
Marquês de Sade, 1740-1814
SIMBOLISMO
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CRIATIVIDADE
IMAGINAÇÃO
FANTASIA
MISTICISMO
SONHOS
TEMAS
VARIADOS
AUGUSTO KLINT
REDON
FRANZ STUCKS
O Pecado
Stucks
Lúcifer
HENRY ROUSSEAU
A floresta - aqui Rousseau representa uma jovem sendo conduzida por uma
floresta, seguindo o som mágico de uma flauta tocada por um macaco. Tente
encontrar os outros animais na obra.
A ingenuidade de Rousseau
• Se o primitivismo encantou os artistas modernos por
sua simplificação das formas e o uso das cores puras,
a ingenuidade também teve seus lugar. Foi o Carro de
Rousseau, ex-agente alfandegário que, já velho
resolveu
tornar-se
artista,
acreditando
estar
desenvolvendo trabalhos semelhantes aos produzidos
por renascentistas, como Leonardo da Vinci e Miguel
Ângelo. Essa ingenuidade despertou o interesse de
Pablo Picasso, fazendo com este conduzisse Rousseau
a vários eventos, promovendo-o, ainda que muitas
vezes como brincadeira. Em um determinado momento
Rousseau disse a Picasso: ...Somos dois mestres da
pintura, eu clássico e o senhor moderno.” Veja as
imagens e note a fantasia, o sonho, a ausência de
realismo e realidade presentes, o que fascinou os
surrealistas, que viam na pureza de Rousseau
símbolos de seu inconsciente.
Leopardo Atacando um Cavalo
Tigre Atacando um Negro
A Guerra, 1894
Mulher exótica
Criança num
banco de
areia
Chagall
1887-1985
O pintor Marc
Chagall colheu
inspiração em duas
fontes imaginárias;
no folclore, na vida
diária dos judeus
de sua infância na
Rússia e na Bíblia.
Embora suas
fantasias
imaginativas
fossem
proclamadas
precursoras do
Surrealismo,
Chagall afirmava
que pintava
lembranças
verdadeiras e não
sonhos irracionais.
marc chagall,
paris através da janela
1913
SALVADOR DALI e a inconsistência da realidade
Esta obra, A Persistência da Memória, traz relógios derretendo numa
alusão à maneira como interpretamos o tempo. Aliás, tempo e
espaço têm o mesmo sentido para todos? A noção de realidade vem
do senso comum? E o inconsciente, não seria um mundo tão
verdadeiro quanto o que entendemos como real?
Aqui a
realidade é
questionada
novamente,
observe.
A imagem desaparece, 1938
•
DALI – O GRANDE MASTURBADOR
A sexualidade é representada pelas formas fálicas presentes. O
desejo está representado pelo leão, o instinto, enquanto a
repulsa tem seus símbolos nos insetos.
Em Faces da Guerra Dali traduz a sua visão pessimista em relação a
humanidade. Note os espermatozóides em forma de serpente prestes a
fecundar os olhos, a mente deste ser destituído de razão e sentimentos.
Observe a continuidade espacial e temporal obtida pelas formas.
Presságios de Guerra Civil (1947) é uma obra que prenuncia os horrores
provocados pelo General Franco, como o bombardeio a Guernica, no ano seguinte.
Magritte
a condição
humana
Aqui a condição
do que é real e
do que é ilusão
é novamente
trazida à tona
De Chirico
PINTURA
METAFÍSICA
•
Ruas vazias e
insólitas, cidades
que assombram.
A pintura
metafísica é uma
vertente surreal
que busca uma
interpretação do
mundo além do
que nos é dado
Melancolia e Mistério
de Uma Rua, 1914
JUAN MIRÓ
•
– surrealismo abstrato
Apesar das pesquisas, os
surrealistas não conseguiram
representar
visualmente
o
AUTOMATISMO PSÍQUICO,
uma
vez
que,
como
manifestação impulsiva do
inconsciente, perderia seu
sentido a partir do momento
em que a consciência guiasse
o pincel sobre a tela. Miró e
sua abstração foi que mais se
aproximou
da
proposta
automática.
O TACHISMO
foi uma corrente abstrata tida como uma
continuidade do Surrealismo. O termo significa MANCHA, e é essa
mancha, impulsiva, sem controle o mais próximo da proposta automática
de criação artística tão procurada pelos surrealistas.