Biologia . Aula 03 Embriologia A embriologia é a parte da Biologia que estuda o desenvolvimento dos embriões animais.

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Transcript Biologia . Aula 03 Embriologia A embriologia é a parte da Biologia que estuda o desenvolvimento dos embriões animais.

Biologia . Aula 03
Embriologia
A embriologia é a parte da Biologia que estuda
o desenvolvimento dos embriões animais. Há
grandes variações, visto que os animais
invertebrados e vertebrados apresentam muitos
diferentes aspectos e níveis evolutivos.
Em Biologia, o desenvolvimento envolve diversos aspectos:
• multiplicação de células, através de mitoses sucessivas;
• crescimento, devido ao aumento do número de células e das
modificações volumétricas em cada uma delas;
• diferenciação ou especialização celular, com modificações no tamanho
e forma das células que compõem os tecidos.
Essas alterações é que tornam as células capazes de cumprir sua funções
biológicas.
TIPOS DE ÓVULOS
OLIGOLÉCITOS / ISOLÉCITOS / ALÉCITOS
São
aqueles
que
possuem
pequena
quantidade de vitelo (substância nutritiva
utilizada
pelo
embrião
durante
o
desenvolvimento) uniformemente distribuída
pelo citoplasma. São próprios das espécies
nas quais o embrião não obtém alimento do
ovo, mas do corpo materno ou do meio
ambiente.
Aparecem
em
espongiários,
celenterados, protocordados e mamíferos.
HETEROLÉCITOS / MEDIOLÉCITOS
Apresentam nítida polaridade, distinguindo-se o
pólo animal com pequena quantidade de vitelo,
e o pólo vegetativo com abundante quantidade
de vitelo, permitindo a nutrição do embrião
durante
algum
tempo.
Aparecem
em
platelmintos, moluscos, anelídeos e anfíbio.
TELOLÉCITOS / MEGALÉCITOS
Com grande quantidade de vitelo
ocupando quase todo o ovo, ficando o
citoplasma e o núcleo reduzidos a uma
pequena área, há a cicatrícula ou disco
germinativo, situado no pólo animal. Ocorre
em cefalópodes, peixes, répteis e aves.
CENTROLÉCITOS
O vitelo concentra-se no centro do
óvulo e separa-se em duas zonas de
protoplasma: uma central, contendo o
núcleo,
e
a
outra
periférica,
circundando o vitelo. São óvulos típicos
dos artrópodes.
SEGMENTAÇÃO ou CLIVAGEM
Corresponde à divisão do
zigoto em um certo número
de células denominadas de
blastômeros.
A segmentação termina com
a formação de uma figura
embrionária chamada de
blástula.
O
tipo
de
segmentação é determinada
pela quantidade de vitelo
existente no zigoto. Sendo
substância inerte, o vitelo,
quando
em
grande
quantidade, pode dificultar
ou
mesmo
impedir
a
segmentação total do zigoto.
HOLOBLÁSTICA / TOTAL
Ocorre em ovos oligolécito ou heterolécito, onde a pequena quantidade de vitelo
permite a segmentação completa do ovo. Distingui-se em tipos igual e desigual.
TOTAL IGUAL
É próprio dos oligolécitos, onde a distribuição uniforme de vitelo permite a divisão em blastômeros
de mesmo tamanho. Serve como exemplo a segmentação do ovo do anfioxo e do mamíferos.
TOTAL DESIGUAL
Ocorre em ovos heterolécitos e, devido à desigual distribuição do vitelo, produz blastômeros de
tamanhos diferentes. Serve como exemplo a segmentação do ovo dos anfíbios.
MEROBLÁSTICA / PARCIAL
Nos ovos com bastante vitelo, como no caso dos telolécitos e centrolécitos,
apenas o protoplasma se divide, de maneira que a segmentação do ovo é
apenas parcial. Distingue-se em dois tipos:
MEROBLÁSTICA
DISCOIDAL
É
típico
dos
ovos
telolécitos e atinge apenas
o disco germinativo. Pode
ser observada na evolução
do ovo das aves.
MEROBLÁSTICA
SUPERFICIAL
Ocorre em ovos centrolécitos
dos artrópodes.
FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
a) MÓRULA
Constitui a forma embrionária encontrada após sucessivas divisões
celulares. Caracteriza-se, fundamentalmente, pela forma esférica e por
apresentar-se maciça, isto é, formada inteiramente por células
embrionárias. Só ocorre no tipo de segmentação holoblástica igual.
b) BLÁSTULA
Caracteriza-se, de um modo geral, pela forma globosa e por apresentar
uma única camada de células (blastoderma), delimitando uma cavidade
completamente fechada (blastocele).
c) GASTRULAÇÃO
Processo de formação da gástrula. Caracteriza-se pela presença de duas
camas celulares; pode ocorrer por embolia - formação da gástrula por
invaginação de um dos pólos da blástula (como se vê o anfioxo) - ou por
epibolia - formação da gástrula nos vertebrados a partir do recurvamento
do disco embrionário.
d) NEURULAÇÃO
Fase do desenvolvimento embrionário dos animais ditos cordados,
imediatamente posterior à gástrula, durante o qual se forma o tubo neural.
É o estágio em que se intensifica a diferenciação celular.
e) ORGANOGÊNESE
Fase em que há formação dos órgãos do animal; estágio em que as células
que compõem os respectivos tecidos se apresentarão especializadas.
DETALHE DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
ESTRUTURA DO
ANFIOXO E SEU
DESENVOLVIMENTO
O ESTUDO DO
DESENVOLVIMENTO DO
ANFIOXO SERVE COMO
BASE PARA
VERIFICAÇÃO DAS
FASES DO
DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO DOS
CORDADOS.
EMBRIOLOGIA HUMANA - FECUNDAÇÃO
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
Os anexos embrionários são estruturas
derivadas dos folhetos germinativos e que,
com o desenvolvimento do embrião,
atrofiam-se ou são expelidos por ocasião do
nascimento. No entanto, são fundamentais
para a manutenção da integridade do
embrião, garantindo o seu desenvolvimento.
SACO VITELINO
É o anexo embrionário que armazena
substâncias nutritivas para o embrião.
Apresenta-se bem desenvolvida nos
peixes, nos répteis e nas aves; nos
mamíferos
é
muito
reduzido,
constituindo um órgão vestigial.
ÂMNIO e CÓRION
ALANTÓIDE
É um anexo que ocorre nos répteis,
nas aves e nos mamíferos. Nos répteis
e nas aves, promove a eliminação dos
excretas e a metabolização de parte do
cálcio presente na casca do ovo,
transferindo-o para a formação do
esqueleto desses animais. Além disso,
permite
as
trocas
de
gases
respiratórios entre o embrião e o meio
ambiente. Nos mamíferos, é reduzido e
encontra-se associado ao córion
(constituindo
o
alantocórion),
participando da formação da placenta.
O âmnio é uma membrana que envolve
o embrião dos répteis, aves e
mamíferos. Forma uma cavidade
preenchida pelo líquido amniótico, que
tem por função proteger o embrião
contra
choques
mecânicos
e
desidratação. O córion, ou serosa,
recobre o embrião e outros anexos.
Ocorre nos répteis, nas aves e nos
mamíferos,
contribuindo,
nestes
últimos, para a fixação do embrião na
parede uterina.
PLACENTA
É
o
anexo
exclusivo
dos
mamíferos, resultando da fusão do
alantocório com a mucosa uterina.
Tem por função nutrir o embrião,
promover a troca gasosas e
eliminar excretas. Além disso, tem
função hormonal, uma vez que
produz gonadotrofina coriônica e
progesterona,
hormônios
fundamentais para a gestação.
CORDÃO UMBILICAL
Anexo exclusivo dos mamíferos que
permita a comunicação entre o
embrião e a placenta. É um longo
cordão contendo grande quantidade
de vasos sangüíneos e é preenchido
por
um
material
gelatinoso
denominado “Gelatina de Wharton”.
1º MÊS
2º MÊS
4º MÊS
3º MÊS
6º MÊS
5ºMÊS
7º MÊS
8º MÊS
COMPARAÇÃO – TIPOS DE ANEXOS
EMBRIONÁRIOS EM CORDADOS
ANEXO
Saco Vitelínico
Âmnion
Córion
Alantóide
Placenta
Cordão Umbilical
Peixes
X
Anfíbios
X
Répteis
X
X
X
X
Aves
X
X
X
X
Mamíferos
X
X
X
X
X
X
DESTINO DOS FOLHETOS EMBRIONÁRIOS