Nossa Senhora do Cabo Espichel

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APRESENTAÇÃO
Este trabalho de pesquisa, realizado por mim, com grande entusiasmo, em que fui responsável pelo texto e imagens, numa tentativa de
divulgar, de uma forma mais amena e objectiva – PPS –, a festa em
homenagem a Nossa Senhora do Cabo, que é, sem dúvida, a festa
mais bonita e sentida na Freguesia de Lousa, onde vivi muitos anos.
É uma festa que só se realiza de 26 em 26 anos, porquanto a devoção que irmana as 26 freguesias – no caso do Círio Saloio - faz com
que a imagem circule entre todas as comunidades de devotos, ficando confiada um ano em cada localidade da irmandade. É uma festa
em que todas as povoações visitadas se esmeram em receber, o melhor possível, a pequena imagem de Nossa Senhora do Cabo.
Por outro lado, tive conhecimento que no Brasil havia um português
de coração – José Carlos Abreu Teixeira – que formatava muitos
trabalhos sobre temas portugueses, sem qualquer interesse material,
podendo, assim, se obter um trabalho final luso-brasileiro.
Fernando Patronilo d’Araújo

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Nossa Senhora do Cabo Espichel
(Com Jesus ao colo e três anjinhos a seus pés)


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A adoração do Povo à Nossa Senhora do Cabo Espichel está
baseada em três lendas ou milagres:

1 – relaciona-se ao facto de no dia em que a Virgem deu à Luz o Menino
Deus, o Cabo Espichel ficou iluminado por um extraordinário clarão.
Viu-se uma enorme nuvem, cheia de resplendores como se fora o seu
declínio, que foi cair nas águas revoltas do oceano, onde se sumiu.


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CABO ESPICHEL


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2 – no ano de 1215 um barco
inglês teria naufragado junto ao
Cabo Espichel. Os tripulantes
imploraram a uma imagem da
Virgem que o padre Hildebrant
trazia e a tempestade foi
aplacada, e todos os tripulantes
foram salvos. Essa imagem,
teria sido de S. Gregório Magno
e teria vindo parar às mãos do
Pe. Hildebrant após cerca de
seis séculos.
A oficialização do culto cristão,
bem como a origem da Romaria
anual ao Cabo Espichel, deve-se
a um documento de D. Pedro I,
de Portugal, em 1357.


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CABO ESPICHEL


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3 – em 1410 um saloio
de Alcabideche e uma
velha da Caparica viram
em sonhos a imagem da
Virgem que lhes transmitiu que estava abandonada no Cabo Espichel.
Efectivamente, após a
sua deslocação ao Cabo
Espichel, Ela lá estava e
eles rezaram a seus pés.

Depois decidiram fazer uma ermidinha com arbustos, nomeadamente
com alecrim, colocando a pequena imagem no seu interior.
Sabe-se que em 1428 já estava construída a Ermida da Memória, no sítio
onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada pelos dois velhos.


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ERMIDA DA MEMÓRIA


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A afluência do Povo fiel a Nossa Senhora do Cabo Espichel era tanta,
junto às falésias, onde teria aparecido Nossa Senhora, que D. Pedro II,
entre 1701 e 1715, mandou construir HOSPEDARIAS para o alojamento
dos peregrinos e ampliar a IGREJA.
Tudo disposto em forma de U, com a igreja ao fundo e as hospedarias
nas partes laterais. No terreiro realizavam-se festejos de carácter
profano e religioso.


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HOSPEDARIAS PARA ALOJAMENTO DE PEREGRINOS
(AO FUNDO: IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CABO)


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Para orientar os navegantes, começou-se a acender no Cabo Espichel
uma luz rudimentar. Mais tarde, em 1428, construiu-se um farol.
Em 1790, foi erguido o actual FAROL que teve ao longo do tempo diversas
alterações. Inicialmente foi alimentado a azeite, em 1865 iniciou-se a incandescência pelo vapor de petróleo. Só em 1980 é que foi ligado à rede de
distribuição pública de energia eléctrica, funcionando com uma lâmpada de
1 000 W de halogéneos metálicos, tendo um alcance de 26 milhas.


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FAROL COM LÂMPADA DE 1000W DE HALOGÉNEOS METÁLICOS, TENDO
ALCANCE DE 26 MILHAS


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CASA DA ÁGUA

A afluência do Povo ao Santuário era enorme, pelo que, em 1770, foi
necessário construir um Aqueduto, com uma extensão de 2 kms.,
trazendo a água do lugar da Azóia, para a CASA DA ÁGUA, junto à qual
foram construídos um poço e dois tanques com bicas para as pessoas e
os animais que afluiam em grande número ao Cabo.


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CÍRIOS SALOIOS
(A ÁREA EM AMARELO INDICA A ZONA DE MAIOR INFLUÊNCIA)

As romarias realizadas nos santuários de culto mariano, eram conhecidas por
CÍRIOS. No que respeita ao Cabo Espichel, podemos considerar os Círios da
MARGEM SUL, que abragem: Caparica, Almada, Seixal, Arrentela, Palmela,
Azeitão, Sesimbra, Setúbal e Coina. E os CÍRIOS DOS SALOIOS que, inicialmente,
abrangiam 30 freguesias. No início do século XVIII desistiram 4, permanecendo as
restantes 26 que pertencem aos Concelhos de: Cascais, Sintra, Loures, Odivelas,
Oeiras, Lisboa e Mafra.


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CÍRIOS SALOIOS
(A ÁREA EM AMARELO INDICA A ZONA DE MAIOR INFLUÊNCIA)

D. João V, por gratidão e respeito, ofereceu uma linda
Berlinda que se encontra no Museu dos Coches de Lisboa.
D. João VI participou como juiz do Círio de Queluz,
realizando-se festejos com muita pompa e multidão.


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Fontes utilizadas
AGUIAR, J. Teixeira de et al. Onde a Terra Acaba - História dos Faróis
Portugueses. [S.l.]:Pandora; Edição Diário de Notícias, 2005. p. 148-153.
BOTELHO, J. Raposo. Nossa Senhora do Cabo - Resumo Histórico. [S.l.]:
Edição da Casa Avémaria, 1928. p. 6-7.
LEITÃO, Luísa Paula de Freitas. Origem do Culto A Nossa Senhora do
Cabo Espichel. Sintra: Festas de Nª Sª do Cabo Espichel, 2004. p.7-11.
SOUZA, Francisco. Aspectos Religiosos e Profanos das Festas Populares em Loures.
Loures: Museu Municipal, 1993. p. 28-45.

www.sesimbra.com/património/sns_cabo.html
www.sesimbra.com/p_natural/pdino.html
www.na-web.org/sesimbra/cultura/monumentos/convento.asp
www.mun-sesimbra.pt/turismo/Visitas/cabos.htm
Música: Ave Maria de Gounod (original). Interpretada por Nana Mouskouri.
Imagens: Fernando Patronilo d’Araújo.
Formatação: José Carlos Abreu Teixeira.


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