A sacralidade dos Natais de outrora

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Transcript A sacralidade dos Natais de outrora

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A
sacralidade
dos
Natais
de
outrora
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Neste apagar de luzes do ano 2008
percebe-se, com pesar,
o quanto a graça própria ao Natal,
por misteriosos desígnios divinos,
diminuiu ainda mais
nos ambientes e nos corações.


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O contentamento semi-carnavalesco manifestado
em tantos ambientes religiosos
e a alegria comercial das vitrines,
não expressam o encanto
e a doçura da graça natalina,
que tantos de nós conheceram
há alguns anos...


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O vazio dos Natais de hoje
nos faz compreender
o valor incomensurável
da graça da sacralidade natalina.
Ela não desapareceu do mundo.
Ainda está de algum modo presente.
É preciso que retorne
com o esplendor e a força de outrora.


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O Site da Sacralidade
oferece aos seus leitores
esta meditação.
É mais propriamente uma
recordação do significado
da graça do Natal,
luz sobrenatural
que emanou
do Santo Presépio,
e que difundiu-se pelas almas,
pelos ambientes e costumes.


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Plinio Corrêa de Oliveira
descreveu, certa ocasião,
o ambiente natalino
que conheceu na São Paulo
da primeira metade
do século XX.
A seguir apresentaremos
as suas palavras.


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“Havia um traço marcante nos
antigos Natais que eu conheci.
“Havia no Natal uma
sacralidade...
que hoje não se tem mais idéia!


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“No meu tempo
de menino,
nos dois ou três dias
que precediam o Natal,
já um certo aroma da
atmosfera natalina
começava a envolver a
cidade.


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“No centro
velho da
cidade, havia
casas que
vendiam
brinquedos.

“Tinham na vitrine um presépio,
e um gramofone que tocava músicas:
eram as músicas de Natal...


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“Quando chegava a noite
de Natal, as famílias
todas começavam a ir em
grupo para a igreja,
devagarzinho...
Na noite, na paz, naquele
andar devagar...


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“Batem os sinos!
Dentro da igreja
começam a cantar os
cânticos de Natal.
É a missa que começa.
“Tinha-se a sensação
de uma graça
que vinha de uma altura,
mas de uma altura!..


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“Era uma graça
que enchia as
pessoas
de disposições de
espírito,
que parecem
incompatíveis, mas
que convivem
maravilhosamente.


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“De um lado, a
noção recolhida,
humilde
e enlevada,
do sublime.

“De outro lado,
a doçura de quem
recebe
uma misericórdia
sem limites.


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“Era uma coisa que é
preciso ter visto.
Os Natais, depois,
não tiveram mais isso.


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“Talvez de nada
na minha infância
eu tenha tantas saudades
quanto do aroma
dessa graça de Natal.”


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Glória a Deus
nas alturas,
e paz na terra

aos homens
de boa vontade!


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O
Site da Sacralidade
formula
aos amigos leitores
e diletos
correspondentes
os seus mais
calorosos votos!
Feliz Natal
e
Boas Festas!


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FIM