Encontro Litúrgico Tempo de Advento e Natal

Download Report

Transcript Encontro Litúrgico Tempo de Advento e Natal

Encontro Litúrgico
Tempo de Advento e Natal
Local: Asilo São Vicente
Data: 29.10.2011
Participantes:
Ademir Muraro
Karina Muraro
Leni Miranda
Maria Suzani
Reflexão
O que é o Tempo?
Como lidamos com o tempo?
Como sentimentos o tempo?
Que tempo na vida estamos?
Cantemos juntos essa canção...
Tempo é ...
Lento
para os que esperam
Rápido
para os que têm medo
Longo
para os que lamentam
Curto
para os que festejam
Eterno
para os que amam...
História de Moussa ...
Moussa Ag Assarid, um tuaregue,
vive no sul da França. Mas nasceu e
passou a maior parte da sua vida
sobre as areias do deserto do
Saara. De lá trouxe toda a sabedoria
dos "homens azuis", como os da
sua tribo são chamados, e a colocou
em seus livros
Quem são os tuaregues?
Tuaregue significa “abandonado”,
porque somos um velho povo
nômade do deserto, um povo
orgulhoso: nos chamam Senhores
do Deserto. Nossa etnia é a
amazigh (berbere), e nosso
alfabeto, o tifinagh.
A que ele se dedica?
Ao pastoreio de rebanhos de camelos,
cabras, cordeiros, vacas e asnos, num
reino feito de infinito e de silêncio.
O deserto é mesmo tão silencioso?
Quando se está sozinho naquele
silêncio, ouvem-se as batidas do próprio
coração. Não existe melhor lugar para
quem deseja encontrar a si mesmo.
Que recordações da sua infância no
deserto você conserva com maior
nitidez?
Acordo com o sol. Perto de mim estão
as cabras de meu pai. Elas nos dão leite
e carne, nós as conduzimos para onde
existe água e grama. Assim fizeram
meu bisavô, meu avô, meu pai e eu. No
mundo não havia nada além disso, e eu
era muito feliz assim.
Bem, isso não parece muito
estimulante.
Mas é, e muito. Aos 7 anos de idade, já
permitem que você se afaste do
acampamento e descubra o mundo
sozinho, e para isso lhe ensinam coisas
importantes: a cheirar o ar, a escutar e
ouvir, a aguçar a visão, a se orientar
pelo sol e pelas estrelas. E a se deixar
conduzir pelo camelo; se você se perde,
ele lhe conduzirá até onde existe água.
Esse é um conhecimento muito
valioso, não há dúvida.
Lá tudo é simples e profundo. Há poucas
coisas no deserto, e cada uma delas
possui grande valor.
Assim sendo, este mundo e aquele
são bem diferentes, não é mesmo?
Lá, cada pequena coisa proporciona
felicidade. Cada roçar é valioso.
Sentimos uma enorme alegria pelo
simples fato de nos tocarmos, de
estarmos juntos. Lá ninguém sonha com
chegar a ser, porque cada um já é.
O que mais o chocou ao chegar pela
primeira vez na Europa?
Ver a gente correr nos aeroportos. No
deserto, só corremos quando uma
tempestade de areia se aproxima. Fiquei
assustado, é claro.
Corriam para buscar suas bagagens.
Sim, devia ser isso. Também vi cartazes
mostrando moças nuas: “Por que essa
falta de respeito para com a mulher?”,
perguntei-me. Depois, no Hotel Íbis, vi
uma torneira pela primeira vez em minha
vida: vi a água correr e tive vontade de
chorar.
Que abundância, que desperdício, não
é mesmo?
Até então, todos os dias da minha vida
tinham sido dedicados à procura d’água.
Até hoje, quando vejo as fontes e os
chafarizes decorativos que existem aqui,
sinto uma dor imensa dentro de mim.
Por quê?
No começo dos anos 1990 houve uma
grande seca, os animais morreram, nós
adoecemos. Eu tinha uns 12 anos e minha
mãe morreu. Ela era tudo para mim.
Contava-me histórias e ensinou-me a
contá-las bem. Ensinou-me a ser eu
mesmo.
Na sua opinião, qual é a pior coisa
que existe aqui?
A insatisfação. Vocês têm tudo, mas
nada é suficiente. Vivem se queixando.
Na França, passam a vida se queixando.
Vocês se acorrentam por toda a vida a
um banco por conta de um empréstimo,
e existe essa ânsia de possuir, essa
correria, essa pressa. No deserto não há
engarrafamentos, sabe por quê? Porque
lá ninguém quer passar na frente de
ninguém!
Relate um momento de felicidade
intensa que você viveu no seu
distante deserto.
Esse momento se repete a cada dia,
duas horas antes do pôr do sol: o calor
diminui, o frio da noite ainda não
chegou, homens e animais retornam
lentamente ao acampamento e seus
perfis aparecem como recortes contra o
céu que se tinge de rosa, azul,
vermelho, amarelo, verde.
É fascinante. E então...
Esse é um momento mágico. Entramos
todos na tenda e fervemos a água para
o chá. Sentados, em silêncio, escutamos
o barulho da água que ferve. A calma
toma conta de nós. As batidas do
coração entram no mesmo compasso
dos gluglus da fervura.
Que paz...
Aqui, vocês têm o relógio; lá,
temos o tempo.
Hoje é escritor,
jornalista,
contador de
histórias e ator.
Ano Liturgico
O ano litúrgico tem 2 dimensões:
Celebrativa – memorial
Pedagógica: quem tem finalidade de formar
cristãos, que se comprometam com o
projeto de Jesus. (encaminhar)
O Ano Litúrgico “revela todo o mistério
de Cristo no decorrer do ano, desde a
encarnação e nascimento até à ascensão,
ao pentecostes e à expectativa da feliz
esperança da vinda do Senhor” (SC 102).
ENCARNAÇÃO
PAIXÃO
ASCENSÃO
ENVIO DO ESPÍRITO
VINDA GLORIOSA
Advento
O Advento (do latim Adventus: "chegada",
do verbo Advenire: "chegar a") é o
primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual
antecede o Natal. Para os cristãos, é um
tempo de preparação e alegria, de
expectativa, onde os fiéis, esperando o
Nascimento de Jesus Cristo, vivem o
arrependimento e promovem a
fraternidade e a Paz.
Advento
O tempo do Advento começa com as
primeiras vésperas do domingo que cai no
dia 30 de novembro ou no domingo que
lhe fica mais próximo, terminando
antes das primeiras vésperas do Natal do
Senhor.
Advento
Advento: 2 caracteristicas:
Ate 16 de dezembro volta-se o coração para a
expectativa da segunda vinda de Jesus;
Do dia 17 ao 24 de dezembro comemora-se a
primeira vinda do filho de Deus sobre os homens;
O tempo do Advento é o tempo litúrgico mais
próprio para veneração de Maria ( Paulo VI,
encíclica “Marialis cultos”)
Advento é um tempo de conversão e alegre
expectativa.
Ciclo do Natal
Podemos dividi-lo em três etapas:
. A primeira, de preparação, de
gestação - é o tempo do Advento.
. A segunda, de chegada, de realização,
é a festa do natal.
. A terceira, finalmente, de manifestação
é a festa da Epifania.
Celebrar o Natal é celebrar a
manifestação de Deus em nossa
humanidade; "O Verbo se fez carne e
habitou entre nós". È festejar a salvação
que entra definitivamente na história da
gente. È comemorar a Páscoa do Natal!
É festejar a chegada do dia da
libertação, há tanto tempo esperado!
Por isso em todo o ciclo do natal, do advento
ao batismo do Senhor,há este movimento de
correr ao encontro do Cristo que vem ao
nosso encontro,
porque como diz Jean Yves Leloup "não é o
nosso ego que ama,é o divino em nós que
nos faz capaz de amar".E será através de
gestos concretos que aprenderemos urna
qualidade de amor gratuito,
de pessoas "recriadas na luz da sua divindade",
como nos faz cantar o prefácio da Epifania.
O que é liturgia
Lit = povo, comunidade
Urgia = ação,obra, serviço
A liturgia é celebrada na vida tem que
sentir o tempo passar.
Liturgia é algo que sefaz, Deus é o liturgo
por excelência.
O mistério da liturgia e o mistério pascal.
Liturgia:é ação e obra da santíssima trindade
Deus Pai: Maior Liturgo,
Obra: criação (Ver Cic 1077-1083)
Deus Filho:
Obra: Salvação(ver CIC 1084-1090)
Deus Espírito Santo:
Obra Santificação (Ver CIC 1091-1109)
Qual é a nossa liturgia?
Celebramos:
Ação Memorial – passado que se faz presente,
Recordação – traz de novo ao coração,
Participação – tomar parte ( ver, ouvir, silenciar,
participa com a boca , olhos e ouvidos)
A liturgia é uma oração pessoal e comunitária,
Liturgia é fonte da espiritualidade, é a celebração do
mistério pascal de Cristo no tempo.
Liturgia no ritmo dos tempos:
Ritmo diário:alternando manhã e tarde, dia e
noite, luz e trevas de manhã Laudes celebra a
ressurreição e véspera noite celebra a morte
Ritmo semanal domingo: alternando trabalho
e descanso, ação e celebração.
Ritmo anual:alternando o ciclo das estações
e a sucessão dos anos comemora-se 2
grandes festas tempo Pascal e Tempo do Natal.
OBSERVAÇÕES
No advento não se canta o Glória.
A cor litúrgica do tempo do Advento é o roxo; para o
terceiro domingo (Gaudete) é permitido o uso da cor rosa.
Nunca coloca-se flores diante do altar, e as flores não
devem ofuscar o ambão.
Natal não é o aniversário de Jesus e sim o nascimento de
Cristo.
O altar é mais importante que o presépio
Nas leituras lembre-se que é Cristo que fala.
Tomar cuidado com os cânticos,
exemplo: em nome do pai, em nome do
filho, em nome do espírito santo...
A missa não é uma diversão religiosa!
Reflexão:
Qual é o futuro da eucaristia?
Exemplo do frei num dia exaustivo de
confissões...