ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA INFANTE D. HENRIQUE TECNOLOGIA MARÍTIMA Capítulo VI – Sistemas Auxiliares ENIDH – 2013/2014 Sistemas Auxiliares Sistemas auxiliares dos navios Dada a diversidade de tipos.

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ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 2

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 3

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 4

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 5

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 6

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 7

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 8

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 9

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 10

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 11

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 12

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 13

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 14

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 15

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 16

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 17

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 18

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 19

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 20

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 21

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 22

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 23

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 24

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 25

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 26

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 27

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 28

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 29

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 30

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 31

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 32

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 33

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 34

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 35

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 36

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 37

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 38

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 39

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 40

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 41

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 42

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

115


Slide 43

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 44

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 45

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 46

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 47

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 48

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 49

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 50

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 51

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 52

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 53

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 54

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 55

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 56

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 57

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

115


Slide 58

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 59

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 60

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 61

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 62

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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Slide 63

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 64

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 65

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 66

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 67

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 68

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 69

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 70

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 71

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 72

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 73

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 74

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 75

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 76

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 77

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 78

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 79

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

115


Slide 80

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 81

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 82

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 83

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 84

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 85

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 86

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 87

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 88

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 89

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 90

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 91

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 92

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 93

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 94

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 95

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 96

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 97

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 98

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 99

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 100

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 101

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 102

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 103

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 104

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

115


Slide 105

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 106

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 107

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 108

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 109

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 110

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 111

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 112

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
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Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 113

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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63

Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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81

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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115


Slide 114

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

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2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

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27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

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38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

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73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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77

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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83

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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84

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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85

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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86

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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87

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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88

Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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89

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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90

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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91

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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92

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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93

Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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94

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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95

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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96

Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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97

Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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98

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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99

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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100

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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101

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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103

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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104

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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105

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

106

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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107

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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108

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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109

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

110

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

111

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

112

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

113

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

114

TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

115


Slide 115

ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA
INFANTE D. HENRIQUE

TECNOLOGIA MARÍTIMA
Capítulo VI – Sistemas Auxiliares

ENIDH – 2013/2014

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares dos navios
Dada a diversidade de tipos de navios e
de instalações propulsoras, seria bastante
demorado efectuar o estudo de todos os
sistemas e equipamentos dos diversos
tipos de navios
Deste modo, só iremos apresentar os
sistemas que forem mais comuns à
generalidade dos navios mercantes

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

2

Sistemas Auxiliares
Principais sistemas auxiliares de uma
instalação de máquinas marítimas
Sistemas auxiliares da máquina principal
(água, óleo, combustível, etc...)
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Sistema de ar de arranque e de ar de
serviço geral
Sistema de ventilação e climatização
Sistema de produção de água destilada
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3

Sistemas Auxiliares
Sistemas auxiliares (continuação):
Sistema de produção de vapor
Sistema de água para os sanitários
Separador de óleos
Incinerador de resíduos
Sistema de baldeação e incêndio
Instalação frigorífica dos mantimentos
.....

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4

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
Nas instalações marítimas modernas,
procura-se que a água salgada efectue o
menor percurso possível no interior do
navio, de modo a evitar os problemas
provocados pela corrosão
O arrefecimento directo dos órgãos e
sistemas é efectuado através de água
doce (destilada) e tratada que circula em
circuito fechado

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5

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)

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6

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A água do mar é aspirada pelas bombas
de circulação de água do mar (05) através
de tomadas de fundo, passa pelos filtros
de fundo (sea chests)
Vai circular os refrigeradores de óleo de
lubrificação (07), refrigeradores de ar de
lavagem (09) e refrigeradores de água de
circulação das camisas, descarregando em
seguida para o mar
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7

Sistemas Auxiliares
Sistema de água do mar (sea water
system)
A aspiração da água do mar pode ser feita
pela tomada de fundo ou pela tomada
lateral situada no costado do navio,
dependendo das condições de calado do
navio
No caso da instalação representada na
figura seguinte, o percurso da água do
mar é ainda mais reduzido
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8

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada

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9

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 A água doce entra no motor pela sua parte
inferior e desloca-se no sentido ascendente,
para a zona mais quente do motor
 Estes sistemas possuem um tanque de
expansão (ou compensação) com uma
capacidade de 5 a 10% do volume de água
do circuito
 Não convém que o diferencial de temperatura entre a entrada e a saída seja superior a 6
– 12ºC, de modo a evitar tensões térmicas
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10

Sistemas Auxiliares
Sistema de água doce e salgada
 Este tanque tem como função compensar as
variações de volume devido às variações de
densidade (originadas pelas variações de
temperatura), e compensar eventuais fugas
que possam existir no circuito
 O controlo de temperatura á efectuado por
uma válvula termostática de três vias que faz
com que a água de circulação possa fazer
“by-pass” ao refrigerador, até ser atingida a
temperatura normal de circulação
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11

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores (Coolers)
 Os refrigeradores podem ser do tipo placas
(plate heat exchanger), ou do tipo feixe
tubular (shell and tube heat exchanger)
 Existem dois fluidos que permutam calor
entra eles, logo uma das partes do
permutador é circulado pelo fluido frio e a
outra pelo fluido quente

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12

Sistemas Auxiliares
Refrigeradores

Permutador de placas
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Permutador de feixe tubular
13

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
A figura seguinte apresenta o sistema de
óleo de lubrificação de um motor diesel
principal a 2 tempos lento. Este sistema é
composto por três circuitos básicos:
Circuito de lubrificação principal (veio de
manivelas e cruzeta)
Circuito de lubrificação do veio de
ressaltos
Circuito de lubrificação das camisas e
êmbolos
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14

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação

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15

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Lubrificação das chumaceiras do veio de
manivelas e da cruzeta:
O óleo é aspirado do tanque de serviço, cárter
(4), pelas bombas principais de óleo de
lubrificação (5)
Estas bombas são do tipo volumétrico,
normalmente do tipo de carretos, logo uma
obstrução do lado da descarga origina uma
rápida degradação
As válvulas de alívio (6) servem também para
ajuste da pressão do sistema
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16

Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das chumaceiras
do veio de ressaltos:
O óleo utilizado é normalmente o
mesmo que o óleo de lubrificação do
veio de manivelas, apesar de possuir
um tanque independente (13)
O enchimento deste tanque pode ser
feito através da válvula 19 representada na figura, que comunica os dois
sistemas
17

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Sistemas Auxiliares
Sistema de óleo de lubrificação
Circuito de lubrificação das camisas:
O óleo desce por gravidade do tanque de
serviço (2) para os lubrificadores automáticos
(3) que através de tubos de pequena secção,
injectam pequenas quantidades de óleo
através de pequenos orifícios situados em
diversos pontos da camisa
Os aros raspadores de óleo forçam este a
descer pelo interior da camisa, sendo drenado
para a zona do bucim da haste do êmbolo onde
é removido para um tanque de drenos, não
voltando a ser utilizado
18

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação
Os gases de evacuação saem do colector
de evacuação e libertam parte da sua
energia cinética na turbina de gases que
transmite movimento ao compressor de ar
O compressor de ar aspira o ar da casa da
máquina através de filtros e comprime-o
através de arrefecedores (arrefecedores
de ar de lavagem - intercoolers) para o
colector de admissão do motor
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19

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de sobrealimentação

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20

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (Fuel-oil syst.)
O combustível a bordo é armazenado em
tanques geralmente designados por
“duplos fundos” que, de acordo com as
mais recentes normas de construção não
podem servir de anteparas de colisão
O combustível pesado (HFO – Heavy Fuel
Oil) é armazenado à temperatura
ambiente e apenas é aquecido quando se
pretende trasfegar, dado que, para que a
bombagem possa ser efectuada, é
necessário baixar a sua viscosidade
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21

Sistemas Auxiliares
Sistema de combustível (fuel-óleo)
RESPIRADOUROS

DUPLO
FUNDO
VANTE

DUPLO
FUNDO
BOMBORDO

DUPLO
FUNDO
ESTIBORDO

DUPLO
FUNDO


SERPENTINAS DE
AQUECIMENTO DOS TANQUES

BOMBA
TRASFEGA

TANQUE
DESCARGAS
ACIDENTAIS

DO GERADOR
DE VAPOR

PARA TANQUES
DECANTAÇÃO HFO

PARA TANQUE
INSPECÇÃO

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22

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
Os tanques de decantação constituem a
primeira fase de tratamento do
combustível destinado à alimentação da
máquina principal
Nestes tanques, o combustível passa um
período de estágio de forma a que possa
dar-se a decantação (separação da água
que o combustível contém)
Esta operação é realizada a uma
temperatura relativamente elevada que é
função da qualidade do fuel (T=60ºC)
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23

Sistemas Auxiliares
Tanques de decantação
DA BOMBA DE TRASFEGA

RECIRCULAÇÃO
DA DEPURADORA DE HFO

TANQUE Nº 1
DECANTAÇÃO
HFO

TANQUE Nº 2
DECANTAÇÃO
HFO

P/ DEPURADORAS
HFO
DO GERADOR
DE VAPOR

P/ TQ.
DE OBSERVAÇÃO

P/ TQ.
DE DRENOS

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24

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível
 Depois da fase de decantação, o
combustível sofre outro tipo de
tratamento designado por depuração
 As depuradoras de HFO aspiram dos
tanques de decantação e enviam o
combustível depurado para os tanques
de serviço diário de fuel
 Na prática é comum a existência de duas
ou mais depuradoras a bordo (fuel, óleo
lubrificante)
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25

Sistemas Auxiliares
 Sistema de depuração de combustível

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26

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

27

Sistemas Auxiliares
Sistema de alimentação de combustível
Num circuito de alimentação de
combustível típico de um motor P.P., a
válvula (01) permite fazer a mudança de
fuel para diesel ou vice-versa
As bombas de alimentação (02)
comprimem o combustível para o tanque
de mistura através de um contador de
combustível ou caudalímetro
O tanque de mistura tem por função
uniformizar o combustível nas alturas de
mudança de HFO/Diesel ou Diesel/HFO
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28

Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque
O sistema de ar de arranque possui em
geral, duas garrafas de ar comprimido a 30
bar e dois compressores de ar de arranque
O sistema de ar de serviço geral, possui:
Garrafa de ar de serviço geral (7 bar)
Compressor de ar de serviço geral
O circuito de ar de serviço geral alimenta
os diversos circuitos de ar comprimido do
navio (casa da máquina, convés, etc..),
para utilização de uso corrente (pinturas,
limpezas, etc…)
29

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Sistemas Auxiliares
Sistema de ar de arranque/serviço geral

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30

Sistemas Auxiliares
Imagem de sistema de ar de arranque

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31

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica (Electric system)
Destinam-se a garantir a energia eléctrica
necessária ao funcionamento de todas as
máquinas eléctricas existentes a bordo,
bem como para fornecer energia para
aquecimento, iluminação, navegação, etc.
Os equipamentos de produção de energia
eléctrica, são constituídos por :
Mecânica (máquina motriz)
Eléctrica (gerador)
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32

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
A energia eléctrica dos navios é produzida
pelos geradores principais, que podem ser
dos seguintes tipos:
Diesel-Geradores
Turbo-Gerador (em navios com grande
produção de vapor – navios-tanque)
Gerador de veio acoplado ao Motor PP
Gerador diesel de Emergência
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33

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
 Os motores diesel-geradores de emergência,
têm como função, no caso de falha dos
geradores principais, alimentarem diversos
equipamentos essenciais, tais como:
Bombas de incêndio e de esgoto
Equipamentos de comunicações
Radar e sondas
Iluminação de emergência,
Sistemas de alarme, etc.
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34

Sistemas Auxiliares
Esquema eléctrico (simplificado)

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35

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
No esquema anterior, alguns motores
eléctricos são alimentados pelo quadro
eléctrico principal a 660 V, e outros através
do quadro eléctrico secundário a 440 V
Enquanto os geradores principais estão
situados na casa de máquinas, os
geradores de emergência estão situados
fora desta, em locais de fácil acesso
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36

Sistemas Auxiliares
Sistema de produção e distribuição de
energia eléctrica
Os geradores de emergência arrancam
automaticamente, para alimentar os
circuitos eléctricos essenciais, em caso de
falha de energia (“black-out”)
Os navios possuem ainda baterias de
emergência, sempre devidamente
carregadas, para alimentar os circuitos de
iluminação e energia essenciais e certos
equipamentos de comunicações
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37

Sistemas Auxiliares
Circuitos de um grupo Diesel-Gerador

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

38

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para manter uma atmosfera suportável em
termos de temperatura e qualidade de ar
que não prejudique a saúde humana e
permitir o normal desenvolvimento dos
processos de combustão, o navio deve
dispor de um sistema de ventilação
Este sistema deve ter capacidade
suficiente para de forma contínua insuflar
ar novo e extrair o ar viciado de certas
zonas do navio
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39

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de caldeiras: o ar é insuflado para
alimentar a combustão das caldeiras
principais e auxiliares
Tem como função evitar que a
temperatura ambiente atinja valores
insuportáveis para o pessoal de serviço na
casa das caldeiras (navios com propulsão
de turbinas a vapor)
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40

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casa de máquinas: o ar é insuflado para
alimentar a combustão dos motores diesel
principais e auxiliares, turbinas a gás e
caldeiras principais ou auxiliares
Objectivo: evitar que a temperatura
ambiente devida ao calor emanado pelas
máquinas em funcionamento atinja
valores insuportáveis para o pessoal de
serviço na casa das máquinas
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41

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Este sistema é constituído por ventiladores
e extractores accionados electricamente
Estão dotados das respectivas condutas e
dispositivos de comando, regulação e
encaminhamento dos fluxos de ar, para os
locais mais apropriados da casa de
máquinas
A consola de comando da máquina é um
local obrigatoriamente climatizado
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42

Sistemas Auxiliares
Consola de comando de máquinas
(Corvo)

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43

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Casario do navio: para garantir a
qualidade de vida dos passageiros e dos
tripulantes a bordo, é igualmente
necessário climatizar:
Camarotes dos passageiros e tripulantes
Salas de refeições
Espaços de lazer
Ponte de comando e outros espaços,
conforme as características do navio
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44

Sistemas Auxiliares
Sistemas de ventilação e climatização
Para o efeito, podem existir sistemas
centralizados e individuais de ar
condicionado, com capacidade para
arrefecer e aquecer o ambiente conforme o
que for requerido
Podem ainda existir outros sistemas de
refrigeração em navios que transportem
cargas que assim o exijam (Ex: navios de
transporte de cargas frigoríficas ou naviostanque do tipo LPG)

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45

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (Distiller)
Nos navios com propulsão a motor diesel,
é hoje prática habitual dispor de um
vaporizador/destilador em que a fonte de
energia para a vaporização da água
salgada é a água de refrigeração dos
cilindros do motor
Deve notar-se que a temperatura da água
à saída das cabeças do motor pode atingir
cerca de 75ºC a 80ºC
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46

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Os vaporizadores destiladores são
concebidos para obter um vácuo superior
a 90% na zona de evaporação de água
salgada
Isto permite que a água do mar entre em
ebulição a temperaturas da ordem dos
40ºC

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47

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador
Como a destilação ocorre a baixas
temperaturas, o condensado obtido não é
esterilizado
Deste modo, nunca se deve colocar o
vaporizador destilador em funcionamento,
quer nos portos, quer junto à costa, devido
ao perigo de contaminação que representa

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48

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
O sistema de produção de água doce, é
constituído por um vaporizador-destilador
de baixa pressão (vácuo), possuindo na
parte inferior um vaporizador e na parte
superior um condensador ambos de feixe
tubular
O vaporizador é circulado pela água de
circulação do motor principal (circuito de
água doce de alta temperatura) e o
condensador é circulado por água do mar
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49

Sistemas Auxiliares
Vaporizador-destilador
Uma bomba de grande capacidade, aspira
a água do mar e comprime-a a grande
pressão para os ejectores que funcionam
pelo efeito de “venturi”, e que
desempenham as seguintes funções:
Extrair o ar do sistema criando vácuo
Extrair a salmoura acumulada durante
a vaporização da água do mar
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50

Sistemas Auxiliares
Vaporizador/destilador (esquema)

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51

Sistemas Auxiliares
Vaporizador
/destilador

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52

Sistemas Auxiliares
Vaporizador destilador (Distiller)
A água de circulação dos motores
principais e auxiliares, bem como a água
de alimentação das caldeiras, é uma água
destilada ou desmineralizada e que sofre
uma série de tratamentos químicos
Desta forma, evitam-se ou reduzem-se os
efeitos corrosivos, incrustações e outros
contaminantes que reduzem a vida dos
equipamentos e diminuem os períodos
entre intervenções de manutenção
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53

Sistemas Auxiliares
Sistema de distribuição de água doce
A água doce potável (em geral,
embarcada em terra) é distribuída
conforme as necessidades de bordo
através de:
Circuito de água doce fria
Circuito de água doce quente, o qual
constitui, em regra, uma derivação do
primeiro
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54

Sistemas Auxiliares
Hidroforo de água doce
A água doce (fria e quente) é
normalmente enviada sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, para os
seguintes locais de consumo:
Cozinhas
Lavandarias
Alojamentos
Casas de banho
Bebedouros, etc.
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55

Sistemas Auxiliares
Imagens de hidroforos de água doce

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56

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para os sanitários
Destina-se em geral a fornecer água doce
ou salgada para o serviço de lavagem de
casas de banho
Quando a lavagem é efectuada por água
doce, este circuito está normalmente
englobado no sistema de alimentação de
água doce dos alojamentos

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57

Sistemas Auxiliares
Sistema de água para sanitários
Quando a lavagem dos sanitários era
efectuada através de água salgada,
utilizava-se a distribuição sob pressão de
almofada de ar de um hidroforo, em tudo
semelhante ao de água doce
O sistema de água salgada para sanitários
era utilizado nos navios antigos
Hoje em dia, não é utilizada água salgada
para os sanitários de bordo
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58

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
A legislação internacional que
regulamenta a poluição marítima
(IMO/MARPOL), exige o tratamento dos
esgotos de sanitários antes destes serem
descarregados para o mar
Em alternativa, os esgotos podem ser
armazenados em tanques próprios do
navio, que depois são descarregados para
terra quando este chegar a porto
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59

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Utilizam-se dois tipos de tratamento para
os esgotos:
Biológico: embora este processo permita
reduzir apreciavelmente a quantidade da
matéria sólida em suspensão, requer
tanques para tratamento de grande
volume, que em geral são difíceis de
instalar a bordo
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60

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água dos
sanitários (sewage treatment system)
Mecânico/químico: permite a utilização
de instalações de tratamento de muito
menor volume
Obtém-se boa redução dos sólidos em
suspensão
Não é afectado pela utilização de água
salgada
O processo é de fácil controlo
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61

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment system)
Assume particular importância nos
modernos navios de cruzeiro, devido às
enormes quantidades de águas residuais
que são produzidas diariamente a bordo
Utiliza-se geralmente um tratamento à
base de produtos químicos (hipoclorito de
sódio), insuflação de ar e diluição do
efluente através de água salgada
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62

Sistemas Auxiliares
Sistema de tratamento de água para
sanitários (sewage treatment tank)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de esgoto (Bilge system)
É constituído pelas respectivas bombas,
filtros, encanamentos e válvulas
Destina-se a esgotar a água e resíduos da
carga que se escoam para as cavernas dos
porões, bem como a água e os resíduos de
combustível e óleo lubrificante que se
escoam para as cavernas da casa de
máquinas,
Podem também esgotar, quando exista, a
casa das bombas e os “cofferdams”
(espaços vazios)
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64

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

As águas residuais das cavernas da casa
das máquinas, estão sempre em maior ou
menor grau, contaminadas por óleo
lubrificante e combustível
Assim, de acordo com o estipulado pela
Convenção internacional de prevenção da
poluição no mar (MARPOL), as águas
oleosas não podem ser descarregadas
directamente para o mar
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65

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

Assim, as bombas de esgoto aspiram as
águas oleosas das cavernas e
descarregam-nas para um equipamento
que efectua a separação de água e óleo
Este equipamento designa-se
vulgarmente por Separador de Esgotos
(“Oily Water Separator - OWS” ou “Bilge
Water Separator - BWS”)
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66

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O separador de óleos promove a
separação do óleo e do combustível da
água, mas apenas o misturado, não o
emulsionado
Permite obter os índices especificados
pela MARPOL para a água separada, que
são de 15 miligramas de óleo por litro de
água (15 ppm)
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67

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water

Separator)

O óleo e o combustível separados da
água, são depois enviados para o tanque
de resíduos ou tanque de borras (Sludge
tank)
Este tanque recebe também os resíduos
das depuradoras de combustível e do óleo
lubrificante
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68

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (Oily water Separ.)
A água separada já limpa, é enviada
directamente para o mar
Em alternativa, tal como sucede nos
portos em que é proibido efectuar
qualquer tipo de descarga para o mar, é
enviada para um tanque especial de
armazenamento enquanto o navio
permanecer no porto (slop-tank)
É posteriormente descarregada para o
mar em zonas em que tal seja permitido

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69

Sistemas Auxiliares
Esquema de um separador de óleos

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70

Sistemas Auxiliares
Imagem de um separador de óleos

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71

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

Separador de
óleos da que
utiliza uma
depuradora
(Alfa-Laval)

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72

Sistemas Auxiliares
Separador de óleos (com depuradora)

© Luis Filipe Baptista – ENIDH/DEM

73

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
Os resíduos de óleo lubrificante e
combustível armazenados no tanque de
borras (sludge tank) são descarregados
nos portos a fim de serem devidamente
tratados e eliminados
Em alternativa, quando tal for possível,
devem ser incinerados a bordo num
incinerador de resíduos (desde que o
navio disponha deste equipamento)
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74

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)
A quantidade de lixo proveniente da
cozinha, pode estimar-se para navios de
carga com uma tripulação de 20 a 25
elementos em 0,25 a 0,5 m3 por dia
Os resíduos de combustível produzidos
pela instalação, são cerca de 1% do
consumo diário de combustível
Atingem valores da ordem dos 380 Kg
para motores com potência de 10000 kW
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75

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos (Incinerator)

queimador
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Incinerador
76

Sistemas Auxiliares
Incinerador de resíduos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Utiliza-se para encher e esvaziar os
tanques de lastro dos navios
Estes tanques, quando necessário, podem
ser cheios com água do mar por meio do
sistema de lastro, a fim de, sob certas
condições de carga, poder melhorar a
estabilidade do navio
Utilizam-se com muita frequência nos
navios-tanque e porta-contentores
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78

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
O sistema de lastro é normalmente
dimensionado em função do tempo
requerido para efectuar o esgoto
completo dos respectivos tanques
A fixação desse tempo depende do
volume total de lastro e por conseguinte
varia consoante os casos
Em muitos casos, adopta-se o critério de
6 a 8 horas para efectuar a operação de
deslastragem
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79

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro (Ballast System)
Nos navios-tanque, quando o navio atraca,
descarrega o lastro limpo para o mar
durante a operação de carga do navio
(navio com tanques de lastro segregado)
Quando o navio estiver carregado, os
tanques de lastro devem estar esgotados
No caso dos navios porta-contentores, o
sistema de lastro destina-se a equilibrar o
navio em função da colocação das cargas
(contentores) no navio (Heel system)

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80

Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro
Quadro sinóptico do sistema de lastro do
navio Furnas (Automatic heel system)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de lastro em navios-tanque
Operações de lastro num navio-tanque

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82

Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
Visa satisfazer as necessidades dos
serviços de baldeação e extinção de
incêndios a bordo
Dispõe de bombas de baldeação e
incêndio, também designadas por bombas
de serviço geral
Estas bombas aspiram água do mar que é
enviada para os encanamentos de
distribuição situados nos diferentes
pavimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
A água de baldeação é utilizada na
lavagem do convés, das amarras, ferros e
respectivos escovéns, bem como das
cavernas da casa de máquinas
Os colectores de baldeação e incêndio
podem ser alimentados quer através da
bomba de baldeação, quer através da
bomba de incêndio utilizando
encanamentos apropriados para o efeito,
bem como as respectivas válvulas
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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio, são dimensionadas tendo em atenção o número de
agulhetas que podem alimentar em
simultâneo, bem como o alcance desejado
Devem ter uma pressão nas saídas mais
distantes da ordem dos 2 bar
Em geral, as instalações dispõem de duas
bombas de incêndio principais e de uma
de emergência, normalmente de menor
capacidade

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Sistemas Auxiliares
Sistema de baldeação e incêndio
As bombas de incêndio principais situamse normalmente na casa de máquinas e
são accionadas por motores eléctricos
A bomba de incêndio de emergência,
situa-se geralmente num espaço
independente adequado (Ex: à proa)
Destina-se a combater os incêndios que
deflagrem no navio, e dispõe para o efeito
de accionamento próprio, geralmente
através de motor diesel

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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
Destina-se a conservar os víveres
consumidos pela tripulação durante as
viagens
É normalmente constituída pelo
respectivo equipamento de produção de
frio e por três câmaras frigoríficas:
Conservação de carne
Conservação de peixe
Conservação de vegetais
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos
As câmaras de conservação de carne e de
peixe, são normalmente designadas por
câmaras fortes em virtude das suas
temperaturas serem negativas (da ordem
dos -20 ºC)
A câmara de conservação dos vegetais é
geralmente designada por câmara fraca,
devido ao facto de as suas temperaturas
serem positivas (da ordem dos +5 ºC)
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Sistemas Auxiliares
Instalação frigorífica de mantimentos

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
É constituído por todos os guinchos
normalmente envolvidos nas operações
de amarração do navio ao cais ou a outra
embarcação, nomeadamente:
Cabrestante: guincho de manobra de eixo
vertical, situado na popa do navio,
utilizado nas manobras de atracar e
desatracar para puxar os cabos de
amarração e também nas operações de
reboque de outras embarcações
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração: são de eixo
horizontal e servem para puxar os cabos
de amarração do navio aos cabeços do
cais, tanto na proa como na popa
Devido ao efeito das marés a tensão dos
cabos deve ser frequentemente ajustada,
para impedir a sua ruptura bem como
para impedir que o navio se afaste da
muralha
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guincho de amarracão (navio CORVO)

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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração
Guinchos de amarração automática: são
de eixo horizontal e servem para puxar e
manter os cabos de amarração do navio
aos cabeços do cais sob tensão
permanente compreendida entre valores
pré-estabelecidos
São normalmente accionados por
motores eléctricos, muito embora
também possam ser dotados de
accionamento electro-hidráulico
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Sistemas Auxiliares
Sistema de amarração

Guinchos de
amarração à
proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
É em regra constituído por dois conjuntos
de uma âncora e respectivo molinete que
a acciona, situados na proa do navio, a BB
e a EB.
Molinete: guincho de manobra de eixo
horizontal, situado na proa do navio, um
em cada bordo, utilizado para arriar e içar
os ferros de fundear, bem como em
alguns casos para puxar os cabos à proa
nas operações de atracar e desatracar o
navio
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear

molinete
da proa

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de fundear
Molinete da proa (Navio Corvo)

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Sistemas Auxiliares
Guinchos (turcos) das baleeiras

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
É constituído pelos meios do navio que
movimentam a carga geral sólida não a
granel durante as operações de carga e
descarga
Os navios de passageiros e os navios
tanque, dispõem de meios exíguos de
movimentação de carga (normalmente só
para os mantimentos do navio), quando
comparados com os meios de que em
regra dispõem os navios de carga geral
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Grua de mantimentos de navio

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de contentores que operam apenas em
portos devidamente equipados para movimentar
este tipo de unidades, não necessitam de
equipamentos para movimentação de carga
Porém, quando escalam portos sem capacidade
para movimentar contentores, têm de dispor de
meios próprios para tal efeito
Neste caso o mais habitual é terem instalados
um ou mais gruas para efectuar a
carga/descarga dos contentores
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Gruas de
carga/descarga
de um navio
portacontentores
(Açor B)
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102

Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Os navios de carga geral (contentorizada
e a granel), dispõem em regra de meios
próprios para movimentar pelo menos
parte da carga que transportam
São por isso equipados com diferentes
tipos de paus de carga ou com gruas

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
São constituídos por tubos de aço de
elevada resistência, para suportarem os
esforços inerentes à movimentação das
cargas dos navios
São içados, posicionados, suspensos e
arriados através de cabos, com
designações próprias
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral – paus de carga
Conforme a sua capacidade para
movimentar as cargas dividem-se em:
Paus de carga normais – movimentam as
cargas leves e médias (até 10 ton.)
Paus de carga reais – movimentam
apenas as cargas mais pesadas
(superiores a 10 toneladas)
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga geral
Navio
equipado
com grua
e paus de
carga

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
O carregamento dos navios-tanque que
transportam líquidos a granel, é
normalmente efectuado através dos
meios existentes nos terminais de carga
A descarga é efectuada por grupos de
bombas existentes a bordo, vulgarmente
designadas por bombas de carga
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Esquema de
encanamentos
de carga e
descarga de um
navio-tanque
petroleiro

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)

Encanamentos
principais no
convés
(deck
manifold)
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
As bombas de carga são geralmente
accionadas através de:
Motores Diesel
Motores hidráulicos
Turbinas a vapor
Motores eléctricos (em casos especiais,
desde que possuam protecção adequada
para evitar a ocorrência de explosões)
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Configuração
muito utilizada
em naviostanque de
média e grande
dimensão
(VLCC, ULCC)
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga líquida (navios-tanque)
Bombas de
carga –
5000 m3/h
(Casa das
Bombas)

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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)
Estes navios são hoje em dia integrados
no serviço de transporte porta a porta
A fim de aumentar a sua flexibilidade de
serviço, podem ser concebidos para
transportar simultaneamente veículos
ligeiros e pesados e também contentores
montados em veículos que entram e saem
dos navios pelos seus próprios meios,
através de rampas de acesso
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Sistemas Auxiliares
Equipamento de movimentação de
carga (navios Ro-Ro)

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TECNOLOGIA
MARÍTIMA
(ano lectivo 2012/2013)

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