Disciplina: Aprendizagem da tradução e competência do tradutor: bases, polêmicas, pesquisa. Geocinara de Faria Ávila Profª.Drª.Heloísa Pezza Cintrão 07 de Maio de 2010 How do.

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Transcript Disciplina: Aprendizagem da tradução e competência do tradutor: bases, polêmicas, pesquisa. Geocinara de Faria Ávila Profª.Drª.Heloísa Pezza Cintrão 07 de Maio de 2010 How do.

Disciplina: Aprendizagem da tradução e competência do tradutor:
bases, polêmicas, pesquisa.
Geocinara de Faria Ávila
Profª.Drª.Heloísa Pezza Cintrão
07 de Maio de 2010
How do we know when a translation is
good?
- Como reconhecer uma boa tradução?
- Como saber quando uma tradução é
boa?
Juliane House is a professor of applied linguistics at Hamburg University. Her research focuses on
intercultural communication, cross-cultural pragmatics and discourse analysis, translation, and
English as a lingua franca. Her publications include A Model for Translation Quality Assessment;
Interlingual and Intercultural Communication (with S. Blum-Kulka), Let's Talk and Talk About It: A
Pedagogic Interactional Grammar of English (with W. Edmondson), Cross-Cultural Pragmatics (with
S. Blum-Kulka and G. Kasper), Misunderstanding in Social Life (with G. Kasper and S. Ross), and
English as a Lingua Franca: A Threat to Multilingualism?
1
SUMÁRIO

“How do you know when a translation is good?”
 É uma das mais importantes questões da tradução, e
para respondê-la é crucial considerar a teoria e a
crítica da tradução.
 A autora apresenta algumas abordagens teóricas para
uma análise linguística e avaliação da tradução.
 Primeiramente, ela faz um breve resumo de como as
traduções tem sido discutidas e avaliadas em suas
diferentes abordagens teóricas.
 Depois apresenta um modelo “funcional-pragmático”
para avaliação da tradução
 E, por último faz uma análise da tradução alemã de
um texto literário infantil em inglês para evidenciar as
suas hipóteses com base nos modelos apresentados.
2
How do we know when a translation is good?

As perguntas subjacentes que darão suporte a questão
central sobre a boa tradução

Qual a relação do texto fonte e a tradução?

Qual a relação entre as características do texto
fonte e da tradução, e como elas são percebidas
pelos agentes envolvidos na tradução (autor,
tradutor, leitores)

Considerando os dois pontos acima, como podemos
dizer quando uma tradução é uma tradução, e
quando um texto é resultado de várias operações
textuais (adaptações, recriação, por exemplo)
3
Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Anecdotal, Biographical and Neo-hermeneutic Views.
Abordagens anedóticas, biográficas e neo-hermenêutica

As avaliações são de caráter subjetivas e intuitivas envolvendo
tradutores profissionais, poetas, escritores, psicológos e filosófos.

Nesta abordagem, a compreensão e interpretação do original são
atos individuais e criativos que não podem ser generalizados ou
sistematizados.

A interpretação subjetiva do tradutor e decisões são baseadas em
suas experiências e conhecimentos intuitivos. Os textos não contém
significados estáveis, pois sofrem mudanças em qualquer momento
histórico.
Considerando esta relativização do “conteúdo” e “significado” , além
das questões previamente formuladas pela autora, ela afirma que
esta teoria não responde de modo satisfatório “quando uma tradução
é boa” .
Alguns estudiosos dentro desta abordagem teórica: Stolze 1992, Buhler 1998.
4
Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Response-oriented, Behavioral Approaches
Abordagens orientadas para resposta ou “equivalência de
resposta” – visão behaviorista.
 Ao contrário das abordagens intuitivas-subjetivas, os adeptos da
visão “equivalência de resposta”, ignoram as ações mentais do
tradutor como pertencente a algum princípio desconhecido “caixa
preta”. Basicamente, a preocupação é com as reações dos
receptores/leitores como meio de avaliar a qualidade da tradução,
adotando o critério behaviourista da “informatividade” e
“inteligibilidade” .

Para House, assumir que uma tradução devesse produzir
respostas equivalentes para seu original, deveria antes perguntar
imediatamente se é possível medir uma “resposta equivalente”,
somente com “informatividade” ou “inteligibilidade”. Se esses
fenômenos não possam ser empiricamente medidos, é inútil
postulá-los como critérios para avaliação da tradução.
5
Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Response-oriented, Behavioral Approaches
Abordagens orientadas para resposta ou “equivalência de
resposta” – visão behaviorista.

Portanto, baseado nas questões da autora, ela diz que esses
adeptos nada tem a dizer sobre a relação entre o original e o
texto traduzido, aliás o texto fonte é totalmente ignorado, nem
se a tradução é de fato uma tradução ou um outro produto
secundário derivado de texto original através de diferentes
operações textuais ( adaptação por exemplo)

Alguns estudiosos dentro desta abordagem teórica: Nida 1964; Nida
and Taber 1969; Carroll 1966;
6
Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Literature-oriented Approaches: Descriptive Translation Studies.
Abordagem orientada para Literatura: Estudos descritivo da
Tradução.

Os pesquisadores descritivistas nesta abordagem se baseiam na
suposição de que traduzir é uma atividade orientada por normas
culturais e históricas. O texto de origem é visto como subordinação
privilegiando na tradução a cultura de chegada. A tradução é avaliada
predominantemente em suas formas e funções dentro de um sistema
da literatura e cultura da língua alvo.

Para House, o problema básico nesta abordagem descritivista é
“como definir quando um texto é uma tradução e que critério a ser
usado para avaliar uma tradução.

Estudioso dentro desta abordagem teórica: Toury 1995
7
Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Functionalistic, “skopos” - related approaches
Abordagens funcionalistas ou de “escopos”

Dentro de uma teoria funcionalista ou de escopos da tradução,
Reiss and Vermeer mencionam que o “escopos” é uma proposta
de tradução de suma importância. É o modo como as normas da
cultura alvo são atendidos, é o critério mais importante para
avaliar a qualidade da tradução.

House questiona como que “Escopos” de um texto é realizado
linguisticamente, e mais crítico ainda, menciona que a
adequação da tradução por meio do “escopo” não é claro.
Teoria de “escopos” não é uma teoria adequada para lidar com a
questão da avaliação.
Escopos - é um termo utilizado para designar o propósito da tradução8


Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Post-modernist and deconstructionist Approaches.
Abordagens Pós-Modernista e desconstrucionista

Os teóricos desta abordagem tem tentado examinar de maneira
crítica as práticas de tradução de uma posição política e sóciofilosófico a fim de desmascarar a relação de poder na tradução.

O foco é levantar os interesses de poder individual ou em grupo
ao selecionar o texto a ser traduzido adotando estratégias
particulares de re-textualização. Mas, esta abordagem não
resolve a questão da avaliação na tradução, mesmo porque não
responde quando um texto é uma tradução e quando um texto
pertence a diferentes procedimentos textuais.
9
Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Linguistically-oriented approaches.
Abordagem Linguisticamente- orientada

As abordagens da Linguística-Textual considera de maneira
importantíssima a relação texto fonte e o texto traduzido , mas
fazem distinção de suas competências a fim de estabelecer
procedimentos detalhados e técnicas para análise e avaliação.

Recentemente, vários trabalhos orientados linguísticamente na
tradução , como Hatim and Mason (1990), Bell (1991), Baker
(1992), Doherty (1993), Fawcett (1997) e Gerzymisch-Arbogast
and Mudersbach (1998) tem trazido muitas contribuições para
avaliação da tradução. Embora não estejam preocupados
diretamente com a avaliação da qualidade na tradução, abrem
campo para o estudo da tradução para incluir questões
linguísticas como teoria dos atos de fala, pragmática,
sociololinguísstica, estilística e análise do discurso.
10
Avaliação da tradução
Diferentes perspectivas teóricas

Linguistically-oriented approaches.
Abordagem Linguisticamente- orientada

A tentativa de explicitar o elo entre o texto e contexto, e ao mesmo
tempo levar em conta a intervenção humana envolvida na
recepção do texto e operação da produção de uma abordagem
sistêmico funcional proporciona uma das bases úteis para análise
e avaliação dos textos de origem e chegada (Steiner 1998).
Tal abordagem tem sido adotada pela House para desenhar o
modelo de avaliação da qualidade na tradução (House 1977). Este
modelo foi revisado recentemente (House, 1997)
11
Um modelo funcional pragmático de avaliação da
tradução. A functional-pragmatic model of translation evaluation

House desenvolve um modelo funcional para tradução baseada na
teoria sistêmico-funcional de Halliday e também adapta ao modelo de
Crystal e Davy baseado no esquema de análise estilistica
constrastiva. O modelo revisado pela House fornece análise para
comparação do original e tradução em três diferentes níveis: níveis
da linguagem/texto, registro (Field, Mode e Tenor) e Gênero.
12
Um modelo funcional pragmático de avaliação da
tradução. A functional-pragmatic model of translation evaluation

House desenvolveu seu modelo de avaliação de traduções. O
primeiro é o de equivalência, considerado um critério fundamental
para determinar a qualidade da tradução. A equivalência nesta
abordagem é entendida não como conceito absoluto, ao contrário, é
relativa em vários aspectos: determinada pelas condições históricosociais e pelos vários fatores linguísticos e contextuais, entre eles:
língua de partida e chegada com suas estruturas específicas
constrastivas, extra-linguística resultando em diferentes
representações da realidade nas duas línguas, o original refletindo de
modo particular nos recursos linguístico e estilístico nas normas da
linguagem, as normas linguísticas do tradutor e a língua e cultura
alvo, características estruturais do original, as normas de expectativa
dos receptores da língua alvo, a interpretação e compreensão do
tradutor do original e sua “criatividade”, a teoria implícita e/ou
explícita do tradutor, interpretação do original pelo seu ator.
13
Um modelo funcional pragmático de avaliação da
tradução. A functional-pragmatic model of translation evaluation

A visão de equivalência simplesmente baseado somente em
semelhanças lexicais, sintáticas e formais tem sido criticadas por um
longo tempo. Além disso, definição puramente formal de equivalência
tem sido revelada como deficiente ,pois não explica o uso apropriado
no desempenho da comunicação. Por esta razão que a equivalência
pragmática e funcional tem sido aceita já que este modelo está
relacionado a preservação do “significado” nas duas diferentes
línguas e culturas. Três aspectos do “significado” são importantes
para tradução: o aspecto semântico, pragmático e o textual, a
tradução é vista como substituição da linguagem do texto de origem
por um equivalente semântico e pragmático na linguagem do texto
alvo. Como primeiro requisito para equivalência é se posicionar que a
tradução do texto tenha uma função equivalente do seu original.

14
Um modelo funcional pragmático de avaliação da
tradução. A functional-pragmatic model of translation evaluation


O termo “função” na visão pragmática de House não deve ser
confundida com função de linguagem. A função aqui é definida
simplesmente como “aplicação ou uso que o texto tem no contexto
específico de uma situação.
Assim, a autora sugere “dimensões situacionais” (Situational
dimensions) que destacam características do contexto situacional a
serem observadas durante o processo de constituição da crítica.
Para elaborar a categoria de “dimensões situacionais”, House utilizou
o modelo de Crystal e Davy (1969).
15
Um modelo funcional pragmático de avaliação da
tradução. A functional-pragmatic model of translation evaluation

A operação do modelo envolvia inicialmente uma análise do original
de acordo com o grupo de “dimensões situacionais” de correlatos
linguísticos estabelecidos. Esses correlatos linguísticos são os meios
pelo qual a função textual é concretizado.

“Para estabelecer a função de um texto é preciso caracterizar o seu
perfil textual. Para isso é preciso realizar uma análise detalhada de
cada texto, considerando a situação única a qual ele está ligado.
Quando a intenção é “estabelecer a equivalência funcional entre um
texto original e um texto traduzido, o texto original deve ser analisado
primeiro, de modo que a equivalência que porventura se busque para
o texto traduzido possa ser estabelecida com precisão”. Segundo
esse modelo, o perfil particular do texto original, é “a norma pela qual
a qualidade de uma tradução deve ser mensurada”.
16
O modelo revisado de avaliação da tradução.
The revised model of translation evaluation

No modelo revisado são usados os conceitos clássicos de
Halliday,
(field – conteúdo e natureza da atividade social), (tenor – relações
entre os participantes) e modo (mode – meio e canal da
comunicação). Juntos esses elementos determinam o registro da
linguagem e representam o contexto da situação.
17
O modelo revisado de avaliação da tradução.
The revised model of translation evaluation

Embora esta categoria “registro” (Field, Tenor, Mode) captura o
relacionamento entre texto e contexto, as descrições de registro são
basicamente limitados para capturar as características individuais na
superfície lingüística. Diferentes conceitos são necessários a fim de
caracterizar padrões e estruturas textuais mais profundas através do
“Genêro” (Gender) . Assim, o gênero é concebido como uma
categoria superior ao registro. Enquanto o registro captura a conexão
entre textos e “microtexto”, o Gênero conecta textos como o “macro
texto” da comunidade linguística e cultural. Registro e ^Genêro são
ambos sistemas semióticos concretizados pela linguagem.
Gênero é o plano de conteúdo do registro / registro é o plano da
expressão do genêro e é o plano de conteúdo da linguagem, e a
linguagem plano de expressão do registro. (Martin 1993)

Vejamos um esquema para avaliação, comparação e análise textual.
18

19
O modelo revisado de avaliação da tradução
The revised model of translation evaluation

House propõe um método de avaliação da qualidade da tradução
utilizando os conceitos de Lingüística Sistêmico Funcional de
Halliday. Ela defende que devemos comparar o texto original e sua
tradução em termos de gênero e os três domínios, registro, campo,
tenor, e modo Dentre desses três domínios do registro, temos três
meios para comparar o original e a sua tradução, léxico, sintático e
textual. Ela faz uma distinção entre tradução manifesta (overt) e
velada (covert).
20
Dois tipos de Tradução
Two types of translation

Overt t ranslation (tradução manifesta) – o original e sua tradução
devem ser equivalente no nível da Linguagem/Texto, Registro e
Gênero. Entende-se como as relações tradutórias que se fazem
notar. O trabalho do tradutor neste caso é importante e visível.

Covert translation (tradução velada) - ser equivalente no nível do
Gênero e Função do Texto Individual - A tarefa do tradutor é
revelar/desvendar o original e encobrir/ocultar a transformação do
original. Aqui, o tradutor é menos visível, senão totalmente ausente.
21
Dois tipos de Tradução
Two types of translation


“Na tradução manifesta o texto original é fortemente associado à
sua cultura, seja por estar ligado a um evento histórico exclusivo da
cultura fonte, seja por possuir um valor único como obra literária que
lhe garante um status dentro da cultura receptora e, algumas, vezes,
também em outras comunidades.
A tradução velada não é marcada como um texto traduzido,
podendo ser lido como um texto original. Nesses casos, o texto
original e sua tradução são produzidos para atender necessidades
similares das comunidades fonte e meta. A possibilidade dessa
“relação direta” entre o original e sua tradução existe porque na
tradução velada um texto traduzido é escrito para ser lido como
original. Assim, nesses tipo de tradução, o tradutor deve
simplesmente limitar-se a transpor o texto original para a língua-alvo
de modo que os leitores dessa tradução possam ter acesso ao texto
como se tivesse sido escrito originalmente em uma língua
estrangeira, mas sem deparar com as características próprias dessa
língua e cultura.
22
O conceito e função do “filtro cultural;
The concept and function of a “culture filter

Para análise comparativa do texto de origem e texto alvo a avaliação
da tradução velada (covert) é essencial para levar em conta o
conhecimento sobre a diferença cultural entre as comunidades da
língua alvo e de origem. Deve salientar que neste ponto que há
poucas pesquisas empíricas na área de análise pragmática
constrastiva para o par de língua específica . Na verdade, as
pesquisas nesta área parecem ser de grande expectativa nos
estudos da tradução para o próximo milênio
23
Diferença entre traduções e versões
Distinguishing between different types of translations and versions
Overt versions – são produzidos quando uma função especial é acrescentada no
texto traduzido.
Há dois diferentes casos de overt version (versão manifesta):
1. quando a “tradução” é realizada para alcançar um público específico. Ex.:
edições especiais para jovens, atividades específicas para determinado público.
2. quando a “tradução” é realizada para um fim específico. Exemplo, versão
interlingual ou “traduções lingüísticas”, resumes e abstracts, em que a
finalidade/objetivo expresso do “tradutor” (producer) da versão
é passar somente o essencial do original
(Obs.: vejam que aqui que tradutor foi subsituído pelo “producer”)
Covert versions – quando o tradutor com o objetivo de preservar a função do
texto fonte aplica o filtro cultural empreende mudanças na dimensão situacional.
House define como uma versão de tradução para funções especiais em que
há acréscimos.Se o texto preserva a função da fonte de texto e algumas
mudanças são feitas em conformidade com o sistema da língua-alvo, o texto é
chamado de 'tradução.
24
Diferença entre traduções e versões
Distinguishing between different types of translations and versions
Há casos em que a escolha overt-covert translation é subjetiva,
por exemplo as fábulas que podem ser vista como produto de
uma cultura particular.
O caso da Bíblia, por exemplo, se for tratado como uma coleta
de documentos histórico literários, neste caso aplica-se overt
translation, ou se for tratado como uma coleção de verdades
humanas diretamente relevantes a toda humanidade, neste
caso, aplica-se covert translation por parecer mais apropriado.
A tradução se distingue da versão pelos tipos de operações
textuais realizadas pelas condições específicas.
Filtro cultural baseado nas pesquisa empíricas aplicado nas
traduções é julgada mais como covert version.
25
26
27
28
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Field – Campo
É uma pequena estória para crianças de 2 a 06 anos de
uma família harmoniosa e afável de ursos : Mr. Bean,
Mrs.Bear e Baby Bear. A trama é simples, uma
experiência do dia a dia. Mr. Bean não consegue dormir,
ele fica perambulando pela casa. Quando finalmente
ele vai pra sua cama e cai no sono, o relógio logo
desperta, e ele acaba acordando. No entanto, tudo é
recompensado quando a Mrs. Bear lhe traz uma xícara
de um chá delicioso.
29
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Field – Campo
 Ítem Lexical
 Este ítem é provavelmente parte da competência das crianças
desenvolvida nas interações num ambiente “hic-et-nunc” (aqui e
agora) real, por exemplo, em suas casas e vizinhança: tired, go to
bed, fall asleep, sleep, snore, Baby Bear´s room, living-room, etc.

Ítem Sintático
 oração curta com estruturas simples no decorrer da estória.

Ítem Textual
 presença forte da coesão textual o que torna o texto de fácil
compreensão para crianças pequenas. A coesão é alcançada
através de uma série de procedimentos, a maioria pela ligação
icônica linkage) e dinâmica temática (theme dynamics)
30
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Field – Campo
 ligações




icônicas (iconic linkage)
similaridade das orações que proporciona o reconhecimento
das declarações e ações evidenciando os efeitos do drama.
2,3: Mr. Bear was tired. Mrs. Bear was tired; Baby Bear was
tired
6,10,13,16,21,27: Oh NO! I can´t stand THIS.
6,11,14,17,22,28: So he got up and went to sleep in Baby
Bear´s room (the living room, the kitchen, in the garden, in
the car). So he got up and went back into the house.
31
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Field – Campo
 Dinâmica temática (theme dynamics
 Movimento temático frequentemente organizado nas
sequências do movimento rima-tema para assegurar uma
nova ordem.

28-29 - So he got up and went back into the house / In the
house, Baby Bear was fast asleep, and Mrs. Bear had

Onomatopéias que também contribui para os efeitos do
drama: 9,12,15, etc
9 - to be an aeroplane: “NYAAOW! Went to Baby Bear,
“NYAAOW! “NYAAOW!
12- TICK-TOCK... Went the living-room clock...TICK-TOCK,
TICK-TOCK,
15-drip,drip...went the leaky kitchen tap.
32
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

TENOR (relação entre os participantes)
 Author´s Temporal – não marcado
 Geographical – contemporâneo
 Social Provenance : inglês britânico para
classe de padrão médio
33
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Tenor
 Author´s Personal (Emotional and Intellectual) Stance – Atitude
pessoal do autor (Emocional e Intelectual)
A autora visualiza os personagens que ela criou com senso de
humor, empatia e envolvimento, sem sentimentalismo. Os
personagens mantém suas dignidades sem serem
infantilizados.
 Item Lexical
 Os nomes dos personagens (Mr. And Mrs. Bear)
revelam modo neutro e imparcial na descrição, mas no
decorrer to texto apresentam os efeitos de humor
considerando que os personagens são “ursinhos de
pelúcia”.
 Ítem Sintático
 Repetição intensa dos sintagmas com efeito humorístico.
 34,35: Did you sleep well? – Not VERY well
34
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy
 Tenor
 Relação da Função Social
 Autor-leitor: simetria, relação íntima entre os
leitores/destinatários envolvidos – adultos (pais ou qualquer
outro que toma conta da criança), não apresenta
agressão/insulto na fala, não há evidência de uma leitura
ideológica, de motivação pedagógica e educacional.

Autor-personagens na estória: respeito pela individualidade
dos personagens revelado pelos títulos e termos genéricos
(Mrs.Bears), simpatia e empatia.

Entre os personagens: tolerância, simpatia, ironia e um bom
humor.
35
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy
 Tenor

Relação da Função Social


Item Lexical

Título e nomes (Mr.Mrs., Bear) no decorrer da estória
paraum efeito humorístico

Uso do tratamento “dear” para criar intimidade.
Item Sintático
 18: Contato direto com os leitores para criar uma relação
de envolvimento e intimidade “ Well you would not
believe what noises there are in the garden at night”
36
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Tenor
 Relação

da Função Social
Ítem Textual
 34-35: Presença de um movimento ritualizado “How-areyou” e na segunda parte (Not very well) em seguida um
ato de compreensão (never mind) para contrastar o
momento da estória infeliz e de desconforto de Mr. Bear
para um efeito de humor.

37 : um curto sintagma final para selar o ato de
promessa, fechando e “selando” também a relação de
conforto, intimidade e confidência.
37
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Tenor
 Atitude Social
 Estilo do nível informal: coloquial, estilo íntimo
caracterizando o tipo de conversa em família.

Ítem Sintático
 Simplicidade das orações, mais coordenação que
subordinação, simplicidade nos sintagmas, ausência de
pré e pós alteração.

Ítem Lexical
 Uso dos itens lexicais marcados de maneira informal e
familiaridade. Por exemplo, nas onomatopéias, DRIP,
MIAAOW, seguido do verbo informal “go” no passado
(“went”), e conjunção informal “So”.
38
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Modo


Meio : Complexo
“Escrito
para ser lido em voz alta como se não tivesse sido
escrito”, a idéia é criar uma ilusão de que a estória está sendo
inventada no momento da leitura.
 Segundo as dimensões de Biber características para
discurso (oral-escrito):
 produção com interação vs. produção informacional:
 referências explícitas vs. referências dependente do
contexto
 Informação abstrata vs. não-abstrata
 Assim, as gravuras do livro podem ser estabelecidas
como envolvimento, referências dependente do contexto
e não abstrato.
39
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Modo

Meio: Complexo



Item Sintático
 Freqüência de orações coordenadas curtas ligadas pelo
and; uso de conjunção so caracterizando linguagem oral.
Item Fonológico
 Presença frequente do acento tônico/tonicidade na
oralidade marcado na escrita em letras maiúsculas
(exemplo: BRBRBRBR quando o alarme do relógio
disparou)
Item Textual
 Uso amplo e repetitivo no texto a fim de propiciar fácil
compreensão aos leitores/ ouvintes.
40
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy

Modo

Participação

Complexo: monólogo embutido com diálogos a parte
 Item Lexical: Uso do well, uma marca/indicação
tipicamente usada no início de uma resposta num
diálogo (18)
 Item Sintático: Presença retórica, enunciado
dirigido ao leitor.
 Item Textual: Uso intenso do discurso direto para
aumentar o envolvimento do ouvinte/leitor na estória.
Este discurso direto inclui considerável “animação”
dos animais e objetos, tais como a torneira e o
relógio da sala que são representados pelos
barulhos proporcionando a interação com Mr.Bear.
41
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy
GÊNERO
O livro ilustrado para as crianças é designado para ler em
voz alta pelos adultos, muitas vezes usado como estória
de ninar.
O “propósito comunicativo” do livro é entreter as crianças,
confortar e tranquilizá-los, e talvez também educá-los. Na
tradução inglesa, o livro das crianças frequentemente
apresenta humor para socializar de forma suave os jovens
na vida familiar e no mundo. O Texto é ilustrativo. Tem sido
omitido no anexo já que não há palavras que precisam
torná-las explicitas. Na verdade a ilustração é a mesma do
original e da tradução alemã.
42
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy
DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO
A função do texto original consiste de um componente funcional
ideacional e interpessoal que pode ser resumido conforme segue:
• Embora o componente funcional ideacional não esteja marcado,
o texto implicitamente revela aos leitores alguns acontecimentos
e atividades sociais envolvendo os protagonistas descritos no
texto, em outras palavras, contam a estória! No entanto o
componente ideacional é menos importante que o interpessoal,
que é marcado em todas as dimensões usadas para análise do
texto.
43
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy
DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO
Quanto ao GÊNERO , o livro é escrito e é ilustrado para
crianças, determina que a função interpessoal é fundamental, com o
propósito de tranqüilizar e auxiliar, um senso de
pertences/propriedades e aumento de entendimento de como o
mundo funciona ao redor das crianças.
FIELD, também é marcado fortemente pelo componente
interpessoal: a descrição de uma vida típica em família, em que um
membro da família vivencia uma noite em claro, é apresentado de
forma bem humorada, sem más intenções, resignação, tornando a
estória divertida, interessante e de fácil compreensão.
44
ANÁLISE DO TEXTO ORIGINAL
Peace at Last – Jill Murphy
DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO
TENOR, a posição pessoal do autor assim como relação
social e atitude social evidencia no texto uma forte marca do
componente funcional interpessoal. O relacionamento entre ambos,
leitor e autor e entre (ficcional) os personagens são qualificados pelo
bom humor. O estilo informal também sustenta o componente
funcional interpessoal pela crescente intimidade e humor do texto .
MODE, o meio caracterizado como “ escrita para ser lido
como se não fosse escrito” marcado pelo envolvimento, situação
dependente e não abstrato, assim como muitos trechos do discurso
simulado (monólogo e diálogo) também fortalecido pela função
interpessoal por causa do efeito emotivo da integridade e imediações
espontâneas.
45
Comparação do texto original vs. tradução e análise
da qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
Como oposto do original, a tradução está longe de apresentar uma
família serena, amorosa, conforme apresentado no título Keine
Ruh für Vater Bar, diferente da estória.
A tradução transforma a atmosfera positiva do original em
“negativa”. A posição ideológica é expressada forçosamente de
maneira irônica e “engraçada”. A estória do original, inocente,
serena/pacífica é modificada por uma série de desastres. Esta
impressão é suportada pelos registros não correspondentes ao
Field (Campo), Tenor(Relação), Mode (Modo) e Gênero.
46
Comparação do texto original vs.
Comparison of original and translation and statement of quality
47
Comparação do texto original vs. tradução e análise da
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
FIELD (campo)
Textual Mismatches (não correspondência textual)
Perda de Coesão: o item lexical onomatopéico não é
representado/interpretado de forma coerente: (28/29): Um die Sonne
chien immer Heller vs (26) SHINE, SHINE went the Sun, presume-se
uma tentativa de corrigir o original em que Sun não faz ruídos e por
isto, presumidamente não foi apresentado no mesmo vein como
outros objetos da estória que faz barulho. Esta não correspondência
resulta na perda de humor, precisamente porque a ação do Sun é
omitida.
O uso coerente de um equivalente da conjunção so no texto não é
mantido na tradução: DORT wollte er schlafen no início do texto
(7,11,15,18)
(22): So he went off to sleep é apresentado (23): Er stand auf ging in
den Garten.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
FIELD (campo)
Não correspondência Sintática
O uso da onomatopéia em inglês é baseado padrão “normal”.
Exemplo: verbos lexicalizados (snore, drip, snuffle), na
“equivalência” do alemão frequentemente assemelha-se às
estórias em quadrinhos infantilizados pelas interjeições (schsch-sch-schnüff-schnüff).
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Comparação do texto original vs. tradução e análise da
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
TENOR
Posição pessoal do autor (Emocional e Intelectual)
Perda de humour, sentimentalização e infantilização dos
personagens na estória.
Não correspondência Lexical
Os personagens Mr.Bear, Mrs.Bear e Baby Bear são modificados nas
colocações sentimentais e infantilizadas alemã Vater Bar, Mutter
BAR, baby Bar.
Esta mudança também contribui para a perda de humor em conflito
com o que foi criado no inglês para os títulos Mr.Mrs., além do fato
de que nós estamos aqui lidando com o bichinho de pelúcia
funcionando também como brinquedo das crianças
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Comparação do texto original vs. tradução e análise da
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
TENOR
Não correspondente Sintático
As estruturas das orações estão bem mais simples
que a do original em inglês. Duas orações curtas
simples são emitidas mais longa do que uma oração
coordenada.:
(6/7); So he got up and went to sleep in Baby Bear´s
room vs. Er stand auf und ging ins Kinderzimmer.
DORT wollte er schlafen.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise da
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
TENOR
Relação do Papel Social
Entre autor e leitores, entre autor e os protagonistas, e entre os
protagonistas. Esses três papéis são claramente interdependentes, tal que
a relação entre o protagonista é a reflexão da avaliação do autor de seus
leitores e a visão do autor dos seus personagens. Essas relações são
modificadas quase que radicalmente na tradução alemã, o que prova a não
correspondência.
Não correspondente Textual
Na tradução alemã o cenário positivo da obra original é transformada em
negativa. Para começar, o título do original Peace at last é transformado
em Keine Ruh für Vater Bar, uma total contradição do título original.
No final da estória, a mãe é amável, carinhosa, amiga (never mind...a Nice
cup of tea) e a frase final and she did indica que ela trouxe o chá
conforme consolo selado “sealing”. Na tradução alemã, no entanto, a
oração Warte, ich bring dir das Frühstück ans Bett insinua que este ato é
parte de uma rotina diária.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise da
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
TENOR
Relação do Papel Social
Não correspondente Lexical
Estruturado pela manipulação do título e final, o corpo do texto contém um
padrão de negativização e problematização, não somente na relação entre
pai e filho apresentado de uma maneira negativa e problemática, mas
também a relação entre mãe e pai. De forma implícita as relações das
funções autoritárias são construídas na versão do tradutor. A primeira
sentença: The hour was late é traduzida de uma maneira que evoca a
diferença do relacionamento entre os pais e a criança: Es war
Schafenszeit, esta oração implica uma norma dos pais (quando está tarde
e escuro, as crianças devem ir prá cama), no original em inglês a
mensagem permanece neutra.
Baby Bear´s room virou das Kinderzimmer, um termo genérico, a sala
então não é individual, mas passa a pertencer a alguém na posição da
criança. A função do relacionamento entre criança e os pais são marcados
de maneira fixa e normativa.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise da
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
TENOR
Relação do Papel Social
Não correspondente Lexical
.../...Uso das expressões em alemão mein Lieber und meine Liebe
(29/30) ajuda a romper a harmonia de uma família feliz
representada no original em inglês. Apesar do deceptivo formal
equivalente entre my dear and mein(e) Liebe(r), essas sentenças
não são pragmaticamente equivalentes.
Sentença Macht nichts também não é quivalente a never mind. Na
verdade, Macht nichts é muito mais direto, menos gentil. O uso de
Macht nichts and warte dá um ar indiferente.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
MODE
Participation
No original (18) e (19) na tradução, a tentativa via retórica, para
diretamente envolver os participantes não é mantida na tradução. Em
vez disso, a tradução apresenta uma mensagem impessoal,
descontraído com início informal, regional tja.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
GÊNERO
Ainda que a tradução apresenta uma obra para crianças, o gênero não
mudou. Porém, a “estrutura” é muito diferente no texto: ambos, título e
o final tem um tom diferente: a obra inocente e humorística para ser
lido com prazer, diversão e alegria é transformada em uma obra
ideológica e pedagógica.
A análise mostra que parece ser padronizada as diferenças entre os
textos neste gênero em duas comunidades linguística e cultural. Nas
obras infantis alemãs parece ser uma tendência descrever um tipo de
função na relação entre crianças e adultos da mesma maneira como
foi mencionado acima, há mais sentimentalização e infantilização
assim como menos humor, maior necessidade de impor idéias
pedagógicas e ideológicas nas estórias contadas nos livros infantis
alemã.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
COMENTÁRIOS SOBRE A QUALIDADE
As análises do original e tradução revelou não correspondências com
as dimensões FIELD(Campo), MODE(modo) e em particular TENOR
(relação) com conseqüente modificação substancial do componente
funcional interpessoal da função do texto.
No FIELD, perda de coesão foi encontrado em vários casos.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
COMENTÁRIOS SOBRE A QUALIDADE
TENOR – a mudança mais incisiva foi na relação da função social
retratada no original e na tradução. O cenário positivo do original foi
transformado em negativo. Se retomarmos o que já foi dito
anteriormente sobre as relações, veremos que as diferenças se
devem ao fator cultural. Assim, a tradução alemã analisada pode ser
descrita como tradução velada(covert) em que o filtro cultural foi
aplicado. Por que será que o tradutor ou o editor não optou por uma
tradução manifesta (overt).? É uma triste verdade que os tradutores
de obras infantis parecem sentir particularmente permitidos a
produzir traduções veladas (covert) para fazer as modificações
quando lhes pareçam apropriadas, desta forma, impedindo as
crianças ao acesso a voz do original. Crianças na maioria das vezes
são totalmente subestimadas em suas capacidades de aprender e
imaginar.
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Comparação do texto original vs. tradução e análise
qualidade
Comparison of original and translation and statement of quality
COMENTÁRIO SOBRE A QUALIDADE
Há uma razão para esta tendência de adaptar textos
originais para cultura de chegada , o GÊNERO pode ser de
um lado recepção-orientada dogmática, ambiente
hermenêutico, que necessita, na opinião deste autor, ser
submetido pelo texto e contexto baseado nas análises
linguísticas.
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POSSIBILIDADES E IMPOSSIBILIDADES DA CRÍTICA
DA TRADUÇÃO. Possibilities and impossibilities of translation criticism
Algumas considerações:
 Na crítica da tradução é importante conscientizar sobre a
diferença de uma análise linguística e julgamento social. Há uma
diferença entre comparação, descrição e explanação das
diferenças estabelecidas na análise linguística e de julgamento.
“how good a translation”
A abordagem funcional-pragmática foca no texto, ou seja,
produtos dos processos de decisão humana.
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POSSIBILIDADES E IMPOSSIBILIDADES DA CRÍTICA
DA TRADUÇÃO. Possibilities and impossibilities of translation criticism
 Qualquer análise depende de uma série de fatores que
necessariamente entra num julgamento avaliativo social. Este tipo de
avaliação emana do processo comparativo analítico da critica da
tradução, ou seja, a análise lingüística fornece base para argumentar
um julgamento avaliativo.
 A escolha de uma tradução manifesta(overt) ou velada (covert) não
depende somente do tradutor ou do texto a ser traduzido, ou ainda de
uma interpretação subjetiva do texto, mas também as razões da
tradução, os leitores envolvidos, política de marketing e publicidade,
fatores que nada tem a ver com procedimentos linguísticos na
tradução, são fatores sociais.
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POSSIBILIDADES E IMPOSSIBILIDADES DA CRÍTICA
DA TRADUÇÃO. Possibilities and impossibilities of translation criticism
 No entanto, apesar de todas essas influências externas, a tradução
está no núcleo do fenômeno lingüístico-textual e pode ser
legitimamente descrito, analisado e avaliado.
 O interesse fundamental para crítica da tradução permanece na
análise lingüística textual e comparativa. Os fatores sociais é vista
como segundo plano.
A descrição e explanação lingüística não deve ser confundida com
afirmações avaliativas com bases nos fatores sociais, políticos, éticos
ou individuais.
A tradução é vista como operação linguística-textual.
 A crítica da tradução está preocupada na questão da qualidade na
tradução, embora seja um tema problemático considerando a
dificuldade para se chegar a um “julgamento final” que requer
objetividade científica, deve ser levado em conta que a crítica da
tradução é um campo que vale a pena.
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POSSIBILIDADES E IMPOSSIBILIDADES DA CRÍTICA
DA TRADUÇÃO. Possibilities and impossibilities of translation criticism
 Resumindo e concluindo, a crítica da tradução, como linguagem
tem dois componentes funcionais básicos, um ideacional e um
interpessoal que são levados a separar as duas fases :
Ideacional - refere-se análise linguistica, descrição e explanação
baseados nos conhecimentos e pesquisa.
Interpessoal – refere-se a julgamentos de valores, social,
interpessoal e questões éticas de relevância e gosto pessoal.
 Sem o primeiro, o segundo é inútil, em outras palavras, julgar é
fácil, explicar e entender é menos ainda. Em outras palavras,
sabemos quando uma tradução é boa, quando somos capazes de
explicitar as bases para nosso julgamento fixado em procedimentos
teoricamente estabelecidos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS






HOUSE, Juliane: How do you know when a translation is good. In:
STEINER, Erich; YALLOP, Colin(eds.) Exploring translation and
multilingual text production: beyond content. Berlin/New
York:Mouton de Gruyter, 2001.p.127-160
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0210370
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/07105581
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica_Sist%C3%AAmicoFuncional
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/15998.pdf?PHPSESSID=2010012610220293
http://www.interaula.com/portugues/ora..o.htm
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