Peelings Físicos - Dermatologia HUEC
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Transcript Peelings Físicos - Dermatologia HUEC
PEELINGS FÍSICOS
R2 Fernanda Regina Lemos Bebber
MICRODERMOABRASÃO
COM CRISTAIS
Microdermoabrasão com Cristais
Técnica de esfoliamento não cirúrgico
Consiste na projeção sobre a pele de microcristais
de hidróxido de alumínio quimicamente inertes
Utiliza-se equipamente que permite a regulação
dos níveis de esfoliamento sob pressão assistida
Considerações sobre o método
Microcristais de várias origens (alumínio, corundum,
diamantes) são jateados sobre a pele com pressão
assistida e simultaneamente são aspirados
Remove-se impurezas obtidas da camada córnea,
espinhosa, granulosa e malpighiana
Depende do número das passagens sobre a área
tratada e a pressão utilizada
Considerações sobre o método
Técnica é ambulatorial, pouco dolorosa e de
rápida execução
Cada sessão dura cerca de 10 a 25 minutos,
dependendo da indicação
Não requer anestesia local ou sedação do paciente
Se preferência, utilizar anestesia tópica
Considerações sobre o método
O médico é capaz de controlar visualmente os
níveis do procedimento
Porém os pontos do impacto dos microcristais não
são uniformes
A abrasão provocada pode não se situar em nível
de profundidade idêntica
Considerações sobre o método
Pode ser utilizada na face, pescoço, colo, tronco,
membros superiores e inferiores
O número e a frequência das sessões variam de
acordo
Tipo
de dermatose
Região anatômica a ser tratada
Idade do paciente
Estado de saúde física e mental
Considerações sobre o método
Vantagens
Menor
risco de hipocromia residual total
Regeneração tecidual mais rápida
Desvantagens
Abrasão
menos regular
Abrasão menos profunda
Abrasão menos precisa
Considerações sobre o método
Divide-se o procedimento em três níveis de
profundidade
Não
ultrapassa-se o limite hemorrágico
Correlação entre os níveis de profundidade e a reação inflamatória
Níveis
Profundidade
Reação
Nível 1
Camada Córnea
Sem compressor
Movimentos normais
Eritema
Com duração de 4-6h
Nível 2
Epiderme
Com compressor
Movimentos rápidos
Eritema 24-36h
Edema discreto
Nível 3
Com compressor
Junção dermoepidérmica Movimentos lentos e repetitivos
Observa-se leve sangramento
Erosão e sangramento em
forma puntata
Crosta fina 3-5 dias
Eritema tardio 21-28 dias
Indicações
Fotoenvelhecimento
Todas as idades
Todos os fototipos
Cicatrizes superficiais inestéticas pós-acne
Alterações na pigmentação
Melasma
Melanoses solares
Hiperpigmentação pós-inflamatória
Rugas finas
Estrias superficiais
Efeito peeling – lunch time peeling
Indicações
Correlação entre as sessões de microdermoabrasão e suas indicações
Rugas faciais
8 a 10 sessões
Cicatrizes de acne
15 a 20 sessões
Alterações de pigmentação
5 a 7 sessões, associadas à terapia tópica
Clareamento da pele
5 a 7 sessões
Preparo p/ resurfacing a laser de CO2 e
Erbium
3 sessões
Preparo p/ face-lifting
2 sessões
Cicatrizes superficiais
5 a 7 sessões
Poros dilatados
5 a 7 sessões, associadas à terapia tópica
Cicatrizes atróficas
5 a 7 sessões, associadas à terapia tópica
Estrias superficiais
25 a 30 sessões, associadas à terapia tópica
Técnica do Procedimento
Paciente com pele lavada, limpa e seca, sem
maquiagem, hidratantes ou filtro protetor solar
Não se utiliza anestesia local ou tópica
Paciente deitado com olhos fechados
Médico deve utilizar proteção com óculos, máscara
e luvas de procedimento
Técnica do Procedimento
O operador trabalha com uma peça manual com
um orifício em usa extremidade, descartável e de
diâmetros variáveis
Os jatos de microcristais são expelidos em alta
pressão, bombardeando a pele ao mesmo tempo
em que a aspiração imediata recolhe os dedritos
Técnica do Procedimento
O sistema oferece possibilidade de regular os
níveis de esfoliamento
A abrasão produzida nos tecidos depende
Quantidade
de microcristais jateada
Pressão utilizada para a projeção e aspiração
Número de passagens sobre a área tratada
Os movimentos de vaivém podem ser lentos,
rápidos, retos ou circulares, de acordo com o
domínio e a necessidade de cada região
anatômica
Técnica do Procedimento
Terminado o procedimento, a região tratada é
limpa com gaze, retirando-se os resíduos dos
cristais
Aplicados, a seguir, água termal, soro fisiológico,
água destilada gelada, água boricada ou ácidos
nas unidades estéticas
Paciente é orientado a continuar o tratamento
prévio, sem necessidade de suspensão
Complicações
Quando bem empregada e por profissional
experiente, não acarreta complicações
significativas
Podem ocorrer
Erosão
com formação de crostas
Edema
Hipercromia
residual
Resultados
A melhor resposta é na face
Melhora
na aparência da pele
Melhora na elasticidade
Desaparecimento ou diminuição das cicatrizes e rugas
Depois de repetidas sessões, produz efeito
cumulativo
Estimulo
a neocolagênese
Promove renovação celular
Resultados
DERMOABRASÃO
CIRÚRGICA PROFUNDA
Dermoabrasão Cirúrgica Profunda
Técnica cirúrgica de abrasão
Consiste na remoção mecânica da epiderme e da
derme superficial da pele
Utiliza-se lixas abrasivas, manualmente controladas
Reconstruindo uma nova camada epidérmica e
dérmica superficial, a partir de anexos da derme
profunda
Seleção de Pacientes
Pacientes adultos, maiores de 18 anos
Ambos os sexos
Preferência fototipo entre I e IV
Psicologicamente estáveis
Sem doenças sistêmicas agravantes
Vida socioeconômica que possibilite a realização
de um método cirúrgico delicado
FOTODOCUMENTAR TODOS OS PACIENTES
Indicações
Seqüela de acne
Ceratoses actínicas e seborréicas
Melasma
Tatuagens
Rugas finas e de profundidade média
Estrias
Cicatrizes em geral
Sequelas de varíola
Indicações
Tricoepiteliomas
Leucodermias
Vitiligo
Poiquilodermia
Siringomas
Adenomas sebáceos
Rinofima
Contra-indicações
Acne em atividade
Cicatrizes extensas pós-queimadura
Radiodermite
Ptoses
Fototipo de pele V e VI
Diabéticos
Alérgicos a anestésicos
Cuidados no Período Pré-operatório
Exame dermatológico cuidados e preparo prévio
da pele
Fotoproteção
Fototipo
química e física
I e II:
Ácido
retinóico associado a hidroquinona
1x ao dia, por 2 a 4 semanas
Fototipo
Ácido
III e IV:
kójico, glicólico, alfa-hidroxiácidos, hidroquinona
1-2x ao dia, por 2 a 4 semanas
Cuidados no Período Pré-operatório
Avaliação cardiológica para avaliação do risco
cirúrgico
Exames laboratoriais
Estudo
hematológico
Coagulograma
Bioquímica
Cuidados no Período Pré-operatório
Profilaxia de herpes simples
Aciclovir
Iniciar
400 mg 3x ao dia
48 horas antes do procedimento
Manter
tratada
até a completa reepitelização da região
Técnica Cirúrgica
Proteção do médico com uso de máscaras e óculos
ou capacete facial é obrigatório
Procedimento deve ser realizado em centro
cirúrgico
Monitorização
do paciente
Decúbito dorsal
Elevação da cabeça a 45 graus
Limpeza da face com sabão anti-séptico e soro
fisiológico
Técnica Cirúrgica
Aplica-se sedação endovenosa e bloqueio dos
troncos nervosos com infiltração de solução
anestésica
Xilocaína
a 0,5%
Soro fisiológico
Adrenalina a 1:200.000
Dose máxima
Bupivocaína
é de 2-3mg/kg – maior tempo de ação
Lidocaína é de 7 mg/kg
Técnica Cirúrgica
Aplica-se sedação endovenosa e bloqueio dos
troncos nervosos com infiltração de solução
anestésica
Xilocaína
a 0,5%
Soro fisiológico
Adrenalina a 1:200.000
Dose máxima
Bupivocaína
é de 2-3mg/kg – maior tempo de ação
Lidocaína é de 7 mg/kg
Técnica Cirúrgica
A marcação das áreas estéticas e/ou das lesões é
feita com azul de metileno, para facilitar a
visualização
Utiliza-se o dermoabrasor com motor elétrico e
brocas com lixas de diferentes formatos, tamanhos
e revestimentos
A velocidade depende de cada situação clínica,
região anatômica e treinamento do cirurgião e
equipe auxiliar
Técnica Cirúrgica
Inicia-se a dermoabrasão com lixa cilíndrica,
robusta na extremidade distal, superficialmente,
sem provocar o degrau, lixando desde a periferia
Aprofunda-se segundo a necessidade de cada caso
Importante manter uma tensão uniforme na pele em
todos os pontos, evitando assim degraus e
irregularidades
Técnica Cirúrgica
Especial cuidado deve ser dado à região
peripalpebral
Dermoabrasor
deve ser mantido paralelamente à
superfície da pele e em movimentos constantes
Evitando
dispersões e calor por fricção que pode
causar seqüela do procedimento
Técnica Cirúrgica
A intensidade do sangramento é proporcional à
profundidade do procedimento
A profundidade recomendável da abrasão é ao
nível da derme superficial
Evita-se
a possibilidade de formação de cicatrizes
inestéticas
Após a dermoabrasão, irriga-se a área operada
com soro fisiológico gelado a 5-8°C, com suave
compressão durante 5 a 7 minutos
Técnica Cirúrgica
Pontos com sangramento intenso
SF
e adrenalina, diluídos a 1:80.000
Após, realiza-se inspeção visual com boa
iluminação
Observando
os níveis de profundidade e existência de
áreas com saliências e degraus
Associar um peeling de ATA 35% ou 40% nas
áreas que não foram abrasadas
Uniformizar
a pele
Técnica Cirúrgica
Finalizando o procedimento, a área abrasada é
coberta com gaze umedecida com SF gelado
Pode-se utilizar curativos oclusivos tipo Biofill
Durante o procedimento,
Cefalexina
1g EV ou similar, que prossegue com
intervalo de 8/8 horas
Dexametasona 8mg EV e 4mg EV ou VO 12 horas
após
Etapas e Cuidados no Pós-Operatório
Profilaxia antibacteriana
Cefalexina
500 mg 8/8 horas ou 12/12 horas
Analgesia e antitermia
Acetaminofen
500 mg 6/6 horas
Alimentação líquida e pastosa
Uso de escovas de dentes infantis ou cotonetes
Etapas e Cuidados no Pós-Operatório
Primeiras 24 horas
Formação
de crosta semitransparente
Acelerar o processo, com uso de secadores e
ventiladores
Após a formação da crosta
Vaselina
sólida ou líquida com freqüência
Não remover crostas
Limpeza constante
Se irritação: hidrocortisona creme 1%
Etapas e Cuidados no Pós-Operatório
Após 4 a 6 dias
Crosta
cai espontaneamente
Iniciar o uso de fotoprotetores
Livres
de ácido paraminobenzóico (PABA)
De preferências físicos, com dióxido de titânio e zinco
Etapas e Cuidados no Pós-Operatório
Na segunda semana
Hidratação
com água mineral
Se prurido: compressas com água e vinagre branco
A partir da terceira e quarta semanas
Fotoproteção
diária
Hidratação constante
Maquiagem autorizada
Acompanhamento mensal até o sexto mês
Exposição solar após 180 a 200 dias
Reinício do tratamento prévio
Resultados: O que acontece?
Nas primeiras 24 horas
Intensa
proliferação epitelial proveniente dos anexos
da pele
Nas primeiras semanas
Proliferação
fibroblástica leva ao aumento da
quantidade de colágeno sintetizado
Formação de uma rede subepidérmica
Fenômeno de retração da derme
Resultados: O que acontece?
Estrutura básica de pele não se altera
Espessura
da epiderme
Quantidade de pigmentação na junção
dermoepidérmica
Vascularização
Função dos anexos da pele
Compactação celular
Aproximação progressiva das camadas da
epiderme
Resultados: O que acontece?
Resultados: O que acontece?
Resultados: O que acontece?
Resultados: O que acontece?
Resultados: O que acontece?
Complicações
Eritema por 1 a 2 semanas
Milia
Hiperpigmentação residual
Infecção
Cicatrização hipertrófica
Rara
Viral > Fúngica > Bacteriana
Dermoabrasão em níveis profundos da derme
Infecções secundárias
Uso de isotretinoína oral há < 6 meses
Telangiectasias
Degraus lineares pelo uso de dermoabrasor
Complicações