Capítulo 6 -Proposições Pastorais
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Capítulo 6
PROPOSIÇÕES PASTORAIS
PROPOSIÇÕES PASTORAIS
Propostas e Pistas de Ação;
Perigo - tentação de uma postura pastoral que pretende contar
puramente com os esforços humanos:
“Há uma tentação que sempre insidia qualquer caminho
espiritual e também a ação pastoral: pensar que os resultados
dependem de nossa capacidade de agir e programar. É certo
que Deus nos pede uma real colaboração com sua graça, mas
ai de nós se esquecermos que, ‘sem Cristo nada podemos fazer’
(cf. Jo 15,5)” (EN 75)
É preciso recuperar o primado de Deus e o lugar do Espírito
Santo na ação evangelizadora.
6.1 – Comunidades da comunidade paroquial
A grande comunidade pode ser setorizada em grupos menores, visando os
vínculos humanos e sociais entre todos. Descentraliza-se seu atendimento e
favorece o aumento de líderes e ministros leigos, indo ao encontro dos afastados
(244)
A setorização é um meio, mas é preciso identificar e capacitar aqueles que irão
pastorear, animar e coordenar as pequenas comunidades, numa nova
organização, com uma estrutura mais simples, nestas pequenas comunidades.
(245)
Pequenas Comunidades = pequenos grupos de pessoas que se conhecem, que
partilham a vida, cuidam-se uns dos outros, como discípulos missionários de
Cristo. (246)
Formam-se a partir daqueles que já estão engajados na vida pastoral, numa
experiência mais comunitária do discipulado. (247)
Pode-se setorizar territorialmente ou por critério de adesão por afeto e interesses/
afinidades.
Desafios dos ambientes urbanos. (248 e 249)
Frequência – semanal, quinzenal ou mensal (observar o ritmo e situação das
pessoas!). (251)
Fundamento da comunidade – Palavra de Deus e
Eucaristia (Lectio Divina). (252)
Dar opção quanto a locais, horários e dias. Importante:
criar comunidades com pessoas que interagem para
viver melhor a fé cristã. (253)
Comunidades abertas a acolherem novas pessoas. A
partir de subsídios propostos, podem ser uma excelente
opção de itinerário para vivência da fé, ajudando no
engajamento dos mesmos na vida eclesial. (254)
Proposta de subsídio – seguir a metodologia da Leitura
Orante da Bíblia. (255)
Esse acolhimento visa superação do anonimato e
desenvolvimento do vínculo de pertença na vida de
comunidade. (256)
6.2 – Acolhida e vida fraterna
Comunidade é o lugar do perdão, apesar das possibilidades de tensões em seu
meio. (257)
Conversão pastoral depende também da revisão das relações existentes entre as
pessoas na comunidade. Ser verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. (258)
Deve-se fomentar nesses relacionamentos a alegria, o perdão, o amor mútuo, o
diálogo, a correção fraterna. A busca da superação dos conflitos é essencial para
que a comunidade consiga exercer sua missionariedade. Trata-se de recuperar
as relações interpessoais e de comunhão. (259 e 260)
A comunidade missionária é também acolhedora! Acolher melhor é tarefa
urgente... Maior zelo nas secretarias paroquiais – porta de entrada da
comunidade! (261 e 262)
Priorizar a escuta do outro! Acolher com carinho aqueles que nos procuram em
momento difíceis, acolhendo e aconselhando (preparar pessoas para isso, leigos
e/ou religiosos). Sacramento da Reconciliação. (263, 264 e 265)
Ter atitude misericordiosa diante da realidade de cada pessoa, sem obstáculos
doutrinais e morais, de imediato. Fazer da paróquia, uma casa de portas abertas,
promotora da cultura do encontro. Rever nossos horários... (266 e 267)
6.3 - Iniciação a Vida Cristã
Comunidade: Casa da iniciação cristã! Catequese deve
ser uma prioridade! (268)
Adotar a metodologia ou processo catecumenal,
conforme o RICA e Diretório Nacional de Catequese.
Conversão pastoral dos padres e catequistas. (269)
Catequese centrada na Palavra de Deus. (270)
6.4 – Leitura Orante da Palavra de Deus
Comunidade: Casa da Palavra! Familiarizar os paroquianos com a
Bíblia, através da experiência comunitária da Leitura Orante, sem
reducionismos intimistas, fundamentalismos e ideologias. (271)
Homilia centrada nas leituras da Bíblia, proclamada na celebração
e confrontada com a realidade. (272)
“Como são as nossas homilias? Estão próximas do exemplo de
Nosso Senhor, que ‘falava como quem tem autoridade’, ou são
meramente perceptivas, distantes, abstratas?” (Papa Francisco)
Celebração da Palavra de Deus como ocasião privilegiada de
encontro com o Senhor, principalmente nas comunidades onde
não há o Sacrifício Eucarístico nos dias festivos de preceito. (273)
6.5 – Liturgia e Espiritualidade
Desenvolvimento da dimensão participativa nas celebrações litúrgicas
– fruto do Concílio Vaticano II. Perigo: fala-se demais e reza-se
pouco! (274)
Evitar-se a separação entre culto e misericórdia, liturgia e ética,
celebração e serviço aos irmãos. (275)
Valorização do domingo enquanto dia do Senhor, através da
participação na Celebração Eucarística ou Celebração da Palavra, nas
comunidades que não tem oportunidade de participar da Eucaristia.
(276 e 277)
Matriz paroquial como centro de convergência dos momentos fortes
de espiritualidade da rede de comunidades. (278)
A verdadeira celebração e a oração exigem conversão, nos remetem a
solidariedade e nos ajudam a superar o cansaço da missão. Nada de
fugas intimistas da realidade! (279)
Valorização da religiosidade popular como lugar de encontro com
Cristo. (280)
6.6 – Caridade
As comunidades da paróquia precisam acolher a todos, especialmente os moralmente
perdidos e os socialmente excluídos. (281)
O amor ao próximo é um dever de toda comunidade cristã! Defender a vida desde a
sua concepção até o seu fim natural! (282)
Reconhece as muitas iniciativas já existentes na prática da caridade nas comunidades.
No modelo do Bom Samaritano, acolher com carinho os dependentes químicos,
migrantes, desempregados, dementes, moradores de rua, sem-terra, soropositivos,
doentes e idosos abandonados. (283)
Acolhida e caridade para com a situação dos divorciados, casais em segunda união,
homossexuais, solitários, deprimidos e doentes mentais. (284)
Presença da comunidade diante dos grandes desafios da humanidade: defesa da vida,
ecologia, ética na política, economia solidária e cultura da paz. (285)
Evitar a comercialização e consumo de álcool nos espaços da comunidade – iniciativa
difícil de ser aplicada, mas urgente. Buscar outras alternativas para a manutenção da
comunidade. (286)
6.7 – Conselhos, organização paroquial
e manutenção
Casa dos discípulos missionários: para seu bom funcionamento, é
necessário comunhão, participação e engajamento, para provisão de
recursos e para a administração paroquial. Compromisso de todo
cristão! (287)
Organização e conscientização do dízimo. (288)
Importância dos processos participativos na comunidade paroquial.
Funcionamento do Conselho de Pastoral Paroquial e do Conselho de
Assuntos Econômicos, com uma caminhada de comunhão entre os
mesmos. (290 e 291)
As reuniões e encontros visam sempre, em última estância, à salvação e
reconciliação de todos. (292)
Cuidado com a personalidade jurídica das paróquias. (293)
Fundo de solidariedade entre as paróquias da diocese. (294)
Unidade da comunidade paroquial com a vida diocesana. (295)
Projetos de paróquias-irmãs e Igrejas-irmãs. (296)
6.8 – Abertura ecumênica e diálogo
Desafio do pluralismo religioso: atitude de
respeito e acolhimento na convivência. (298)
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
(299)
Superação do espirito de divisão entre os
cristãos, principalmente no serviço à vida e na
defesa dos direitos humanos. (300)
Diálogo inter-religioso. (301)
6.9 – Nova Formação
A conversão da paróquia exige um novo estilo de formação.
Buscar novos métodos e processos que possam desencadear uma
conversão nas pessoas e uma mudança na comunidade. (302)
Revisão do processo formativo (ministros ordenados, seminaristas
e leigos). “É preciso ter coragem... (Papa Francisco)”. (303)
Conversão pastoral = presbíteros com uma nova mentalidade de
missão! (304)
Não bastam encontros com palestras que informam... É necessário
promover um processo metodológico capaz de envolver as pessoas
no saber, no fazer e no ser cristão. (305)
6.10 – Ministérios leigos
Pluralidade de ministério na Igreja. Os ministérios
laicos refletem a dignidade de todos os batizados e a
corresponsabilidade de todos os cristãos na
comunidade. (306)
Estimular a participação dos leigos e do florescimento
de seus ministério, sobretudo o da Palavra, com a
devida formação. (307 e 308)
6.11- Cuidado Vocacional
Paróquia: lugar do cuidado vocacional.
Organizar uma permanente animação da
pastoral vocacional, através de diversas
iniciativas. (309 e 310)
Importância do testemunho dos presbíteros.
(311)
6.12 – Comunicação na pastoral
Novas possibilidades de comunicação e novos tipos de
relacionamento através das mídias: forma diferenciada de
interação com os fiéis. Atualização da linguagem junto a
juventude atual. (312 e 313)
Reuniões pastorais: comunicação mais direta e objetiva. (314)
Experiência religiosa através dos meios midiáticos e virtuais: não
menosprezar; convocá-los para ajudarem a promover a
conversão pastoral e no estímulo do vínculo da pessoa a
comunidade paroquial. (315)
Desafio: desenvolver uma pastoral de conjunto que respeite a
pluralidade de opções, mas garanta a comunhão efetiva na
missão de renovar as paróquias. (316)
6.13 – Sair em Missão
Ir ao encontro dos que se afastaram da
comunidade. Ter um olhar mais acolhedor e
menos julgador perante os que buscam a Igreja
apenas no sacramento! (317 e 318)