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Houve uma época em que o homem primitivo não
sabia escrever. Para registrar o que via e, talvez, para
comunicar-se, ele fazia desenhos nas paredes das
cavernas que habitava.
Inicialmente, reproduzia as coisas que observava ao
seu redor, como os animais e a natureza. Depois criou
símbolos, em geral pequenos sinais ou figuras, com
os quais procurou expressar idéias, emoções, registrar
seu cotidiano, fatos que consideravam importantes.
O homem pré-histórico marcou na rocha seres
humanos, animais, plantas, elementos do seu mundo,
expressando de uma forma intensa as suas vivências.
As culturas da antiguidade como a Egípcia e
Grega, deixaram marcas da sua história
registradas sob a forma de imagens desenhadas
que nos oferecem meios para a compreensão do
seu pensamento história e sabedoria.
Fragmento do livro dos mortos de Tebas - Egito, C/ 1000 AC
Cada cultura possui saberes, códigos e valores
próprios e, portanto condiciona os sistemas de
comunicação. O desenho de cada período
histórico é condicionado por aquilo que em
determinado momento histórico é considerado
verdadeiro e digno de importância.
Quase sempre um registo desenhado parte de
uma experiência de observação da realidade.
Refletindo sobre o que vê, o homem regista o que
compreende da realidade e o que julga ser digno
de interesse.
É a representação de formas sobre uma
superfície, por meio de linhas, pontos e
manchas, com objetivo lúdico, artístico,
científico ou técnico.
O desenho é uma das formas mais diretas de
comunicação e uma das primeiras formas de
expressão desenvolvidas pelo ser humano.
Toda criança desenha naturalmente, antes de
aprender a escrever.
Desenhar é muito útil. Usamos o desenho para contar
histórias, registrar idéias, fazer mapas, entre outras
coisas. Quando desenhamos damos vida à imaginação,
criamos um mundo novo, expressamos nossos
sentimentos e nos divertimos!
Cada pessoa tem uma maneira especial de desenhar.
Alguns têm mão firme e usam uma linha forte e única.
Outros vão aos poucos descobrindo os caminhos,
traçando linhas fracas e imprecisas, até encontrar uma
forma final.
O desenho é, enfim, uma linguagem. Todas as pessoas
sabem desenhar. É só ser espontâneo, não ter medo.
Solte-se, experimente o prazer de ver o lápis correr livre
sobre a folha e vá aos poucos descobrindo para onde
quer ir. E lembre-se; não existem desenhos certo ou
errado. Além disso, quanto mais você praticar, mais se
sentirá a vontade para criar novos desenhos.
Os desenhos são úteis para muitas coisas;
desenhamos em diversas ocasiões e com
diferentes finalidades. Podemos desenhar
para mostrar graficamente algo que queremos
realizar, para conhecer melhor a realidade,
para guardar ou transmitir informação, ou
simplesmente com uma forma de expressão
artística.
Em algumas ocasiões,
desenhamos
para
registrar no papel ou
em outra superfície as
formas básicas de
algo que queremos
realizar ou um quadro
que queremos pintar.
Quando queremos representar seres e objetos, em
geral os observamos atentamente, para captar
suas formas e compreender sua estrutura.
Além disso, precisamos encontrar um modo de
registrar graficamente tudo o que analisamos.
Para fazer uma pintura ou uma escultura, às vezes
é necessário realizar rascunhos e estudos a partir
da natureza, de objetos ou de pessoas, que
utilizamos com modelo.
O desenho também é uma forma de expressão
artística independente, que tem sua própria
linguagem, seus próprios materiais e sua
história.
O desenho possui uma especial, particular em sua forma
de comunicar uma idéia, uma imagem, um signo, através
de determinados suportes: papel, cartolina, lousa, muros,
chão, areia, madeira, pano, utilizando determinados
instrumentos: lápis, cera, carvão, giz, pastel, canetas
hidrográficas, bico de pena, vareta, pontas de toda espécie.
O lápis é a principal ferramenta de desenho, com ele
podemos representar qualquer tema da realidade. Apesar
de ser o mais humilde de todos os materiais encontrados
para o desenvolvimento das artes plásticas. Oferece uma
ampla gama de recursos. Além dele, precisamos apenas de
uma folha de papel para criar qualquer representação
artística. Trata-se, sem dúvida, do elemento mais criativo,
mais simples e completo que existe. Seu grande poder
reside na possibilidade de fazer desde um traço limpo e
fino, até o mais sutil dos esfumados.
O carvão é o mais antigo material de desenho
usado pelo homem. Obtido da combustão
controlada de pequenos ramos de uma árvore
ou arbusto, é sem dúvida o mais antigo
material de desenho usado pelo homem.
Desenho de observação:
Consiste na observação de
um objeto, ou figura de
animais, vegetais ou figura
humana, natureza morta ou
paisagens, a fim de passar
para o papel o que foi
observado.
O desenho de memória consiste em
memorizarmos algo, e depois sejamos capaz
de recriá-lo, sem precisar estarmos em sua
presença.
O desenho falado consiste em reproduzir
fielmente o que está sendo narrado, ou seja, o
desenhista tenta buscar ao máximo de
perfeição ao conteúdo narrado
O desenho de imaginação consiste em
reproduzirmos uma determinada situação,
apenas
usando
a
nossa
capacidade
imaginativa.
O ato de desenhar exige poder de decisão. O
desenho é a revelação. Ao desenhar nos
apropriamos do objeto desenhado, revelando-o.
O desenho responde a toda forma de estagnação
criativa.
Seja no significado mágico que o desenho
assumiu para o homem das cavernas, seja no
desenvolvimento do desenho para a construção
de maquinários no início da era industrial, seja
na sua aplicação mais elaborada para o desenho
industrial e a arquitetura, seja na função de
comunicação que o desenho exerce na ilustração,
na história em quadrinhos, o desenho reclama a
sua autonomia e sua capacidade de abrangência
com meio de comunicação, expressão e
conhecimento.
http://pointdaarte.webnode.com.br/news/his
toria-do-desenho