Aula 2 - Linguagem Dissertativa II

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Linguagem Dissertativa II
CASDVest 2014
Tema – FUVEST 2012
Texto 1
A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política, pois esta determina quais
são as demais ciências que devem ser estudadas na pólis. Nessa medida, a ciência política inclui a
finalidade das demais, e, então, essa finalidade deve ser o bem do homem.
Aristóteles. Adaptado.
Texto 3
FILHOS DA ÉPOCA
Somos filhos da época
e a época é política.
Todas as tuas, nossas, vossas coisas
diurnas e noturnas,
são coisas políticas.
Querendo ou não querendo,
teus genes têm um passado político,
tua pele, um matiz político,
teus olhos, um aspecto político.
O que você diz tem ressonância,
o que silencia tem um eco
de um jeito ou de outro, político.
(...)
Wislawa Szymborska, Poemas.
Texto 4
As instituições políticas (por exemplo, partidos
políticos, parlamentos, governos) vivem um
processo de abandono ou diminuição do seu papel
de criadoras de agenda de questões relevantes à
sociedade e, também, do seu papel de
propositoras de doutrinas. O que não significa que
se amplia a liberdade de opção individual. Significa
apenas que essas funções estão sendo
decididamente transferidas das instituições
políticas (isto é, eleitas e, em princípio,
controladas) para forças essencialmente não
políticas — primordialmente as do mercado
financeiro e do consumo. (...) Assim esvaziada, a
política perde interesse.
Zygmunt Bauman. Em busca da política. Adaptado.
Tema – FUVEST 2012
Os textos aqui reproduzidos falam de política, seja para enfatizar sua necessidade,
seja para indicar suas limitações e impasses no mundo atual. Reflita sobre esses
textos e redija uma dissertação em prosa, na qual você discuta as ideias neles
apresentadas, argumentando de modo a deixar claro o seu ponto de vista sobre o
tema Participação política: indispensável ou superada?
O fim das utopias pede engajamento
“O problema da sociedade é que ela parou de se questionar”,
diagnostica o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro
“Modernidade Líquida”. Pode-se, a partir do diagnóstico, fazer uma
analogia com a situação da questão política no mundo: dado o nível
de acomodação das pessoas, elas raramente questionam o modo
como a política é feita, a menos que este lhes seja danoso. Porém,
sendo o homem um ser político — criou a política quase que
naturalmente —, cabe a ele a responsabilidade pela mesma: é
indispensável sua participação nela.
A criação da política pelo indivíduo parte de teorias de cunho
contratualista, em que este se submete a alguém que detém o poder
para manter organizada a sociedade em que vive. Isso viabiliza a
acomodação, já que enquanto as atitudes daquele que detém o
poder convierem ao indivíduo, pode-se prescindir da participação
política. Desmembram-se ideologias e são mínimas quaisquer
reivindicações. Basta, contudo, que se altere algum privilégio político
do sujeito para que ele se mostre engajado e disposto a mudar a
ordem vigente, valendo-se do argumento de que a política deve se
basear em seus interesses — de maneira geral, a parte mais
ideológica do mesmo é o próprio bolso.
Tese
Incoerente
O fim das utopias pede engajamento
“O problema da sociedade é que ela parou de se questionar”,
diagnostica o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro
“Modernidade Líquida”. Pode-se, a partir do diagnóstico, fazer uma
analogia com a situação da questão política no mundo: dado o nível
de acomodação das pessoas, elas raramente questionam o modo
como a política é feita, a menos que este lhes seja danoso. Porém,
sendo o homem um ser político — criou a política quase que
naturalmente —, cabe a ele a responsabilidade pela mesma: é
indispensável sua participação nela.
A criação da política pelo indivíduo parte de teorias de cunho
contratualista, em que este se submete a alguém que detém o poder
para manter organizada a sociedade em que vive. Assim, nasce
também a acomodação: enquanto as atitudes daquele que detém o
poder convierem ao indivíduo, tem-se o pensamento errado de que
qualquer participação política é desnecessária. Desmembram-se
ideologias e são mínimas quaisquer reivindicações. Basta, contudo,
que se altere algum privilégio político do sujeito para que ele se
mostre engajado e disposto a mudar a ordem vigente, valendo-se do
argumento de que a política deve se basear em seus interesses — de
maneira geral, a parte mais ideológica do mesmo é o próprio bolso.
Tese
O fim das utopias pede engajamento
“O problema da sociedade é que ela parou de se questionar”,
diagnostica o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro
“Modernidade Líquida”. Pode-se, a partir do diagnóstico, fazer uma
analogia com a situação da questão política no mundo: dado o nível
de acomodação das pessoas, elas raramente questionam o modo
como a política é feita, a menos que este lhes seja danoso. Porém,
sendo o homem um ser político — criou a política quase que
naturalmente —, cabe a ele a responsabilidade pela mesma: é
indispensável sua participação nela.
A criação da política pelo indivíduo parte de teorias de cunho
contratualista, em que este se submete a alguém que detém o poder
para manter organizada a sociedade em que vive. Assim, nasce
também a acomodação: enquanto as atitudes daquele que detém o
poder convierem ao indivíduo, tem-se o pensamento errado de que
qualquer participação política é desnecessária. Desmembram-se
ideologias e são mínimas quaisquer reivindicações. Basta, contudo,
que se altere algum privilégio político do sujeito para que ele se
mostre engajado e disposto a mudar a ordem vigente, valendo-se do
argumento de que a política deve se basear em seus interesses — de
maneira geral, a parte mais ideológica do mesmo é o próprio bolso.
Informal
O fim das utopias pede engajamento
“O problema da sociedade é que ela parou de se questionar”,
diagnostica o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro
“Modernidade Líquida”. Pode-se, a partir do diagnóstico, fazer uma
analogia com a situação da questão política no mundo: dado o nível
de acomodação das pessoas, elas raramente questionam o modo
como a política é feita, a menos que este lhes seja danoso. Porém,
sendo o homem um ser político — criou a política quase que
naturalmente —, cabe a ele a responsabilidade pela mesma: é
indispensável sua participação nela.
A criação da política pelo indivíduo parte de teorias de cunho
contratualista, em que este se submete a alguém que detém o poder
para manter organizada a sociedade em que vive. Assim, nasce
também a acomodação: enquanto as atitudes daquele que detém o
poder convierem ao indivíduo, tem-se o pensamento errado de que
qualquer participação política é desnecessária. Desmembram-se
ideologias e são mínimas quaisquer reivindicações. Basta, contudo,
que se altere algum privilégio político do sujeito para que ele se
mostre engajado e disposto a mudar a ordem vigente, valendo-se do
argumento de que a política deve se basear em seus interesses — de
maneira geral, a parte mais ideológica do mesmo é o interesse
financeiro.
O fim das utopias pede engajamento
“O problema da sociedade é que ela parou de se questionar”,
diagnostica o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro
“Modernidade Líquida”. Pode-se, a partir do diagnóstico, fazer uma
analogia com a situação da questão política no mundo: dado o nível
de acomodação das pessoas, elas raramente questionam o modo
como a política é feita, a menos que este lhes seja danoso. Porém,
sendo o homem um ser político — criou a política quase que
naturalmente —, cabe a ele a responsabilidade pela mesma: é
indispensável sua participação nela.
A criação da política pelo indivíduo parte de teorias de cunho
contratualista, em que este se submete a alguém que detém o poder
para manter organizada a sociedade em que vive. Assim, nasce
também a acomodação: enquanto as atitudes daquele que detém o
poder convierem ao indivíduo, tem-se o pensamento errado de que
qualquer participação política é desnecessária. Desmembram-se
ideologias e são mínimas quaisquer reivindicações. Basta, contudo,
que se altere algum privilégio político do sujeito para que ele se
mostre engajado e disposto a mudar a ordem vigente, valendo-se do
argumento de que a política deve se basear em seus interesses — de
maneira geral, a parte mais ideológica do mesmo é o interesse
financeiro.
Confuso
O fim das utopias pede engajamento
“O problema da sociedade é que ela parou de se questionar”,
diagnostica o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro
“Modernidade Líquida”. Pode-se, a partir do diagnóstico, fazer uma
analogia com a situação da questão política no mundo: dado o nível
de acomodação das pessoas, elas raramente questionam o modo
como a política é feita, a menos que este lhes seja danoso. Porém,
sendo o homem um ser político — criou a política quase que
naturalmente —, cabe a ele a responsabilidade pela mesma: é
indispensável sua participação nela.
A criação da política pelo indivíduo parte de teorias de cunho
contratualista, em que este se submete a alguém que detém o poder
para manter organizada a sociedade em que vive. Assim, nasce
também a acomodação: enquanto as atitudes daquele que detém o
poder convierem ao indivíduo, tem-se o pensamento errado de que
qualquer participação política é desnecessária. Desmembram-se
ideologias e são mínimas quaisquer reivindicações. Basta, contudo,
que se altere algum privilégio político do sujeito para que ele se
mostre engajado e disposto a mudar a ordem vigente, valendo-se do
argumento de que a política deve se basear em seus interesses — de
maneira geral, as ideologias individuais estão sendo regidas pelo
interesse financeiro.
(...) Desmembram-se ideologias e são mínimas quaisquer
reivindicações. Basta, contudo, que se altere algum privilégio político
do sujeito para que ele se mostre engajado e disposto a mudar a
ordem vigente, valendo-se do argumento de que a política deve se
basear em seus interesses — de maneira geral, as ideologias
individuais estão sendo regidas pelo interesse financeiro.
Qualquer efeito sobre a economia tem repercussões diretas
sobre a política, o que foi bem observado no Brasil: com o fim do
“milagre brasileiro” da Era Médici, ocorreu a queda do regime
militar. Essa associação quase imediata decorre do deslocamento do
poder, na era pós-moderna em que o mundo se encontra, da esfera
pública para a privada. Grandes conglomerados financeiros orientam
decisões que afetam sociedades, ocupando o lugar do povo na
política, sendo que esta pertence a quem a criou, ou seja, aos
próprios indivíduos. Diante de o que Zygmunt Bauman chamou de
“fim das utopias”, em que os ideais iluministas não são mais viáveis
às sociedades, é o engajamento político que ordenará as ordens
mundiais que estão por vir, já que tudo o que tange o financeiro é
extremamente fluído e pode ruir a qualquer momento.
(...) Desmembram-se ideologias e são mínimas quaisquer
reinvindicações. Basta, contudo, que se altere algum privilégio
político do sujeito para que ele se mostre engajado e disposto a
mudar a ordem vigente, valendo-se do argumento de que a política
deve se basear em seus interesses — de maneira geral as ideologias
individuais estão sendo regidas pelo interesse financeiro.
Qualquer efeito sobre a economia tem repercussões diretas
sobre a política, o que foi bem observado no Brasil: com o fim do
“milagre brasileiro” da Era Médici, ocorreu a queda do regime
militar. Essa associação quase imediata decorre do deslocamento do
poder, na era pós-moderna em que o mundo se encontra, da esfera
pública para a privada. Grandes conglomerados financeiros orientam
decisões que afetam sociedades, ocupando o lugar do povo na
política, sendo que esta pertence a quem a criou, ou seja, aos
próprios indivíduos. Diante de o que Zygmunt Bauman chamou de
“fim das utopias”, em que os ideais iluministas não são mais viáveis
às sociedades, é o engajamento político que ordenará as origens
mundiais que estão por vir, já que tudo o que tange o financeiro é
extremamente fluído e pode ruir a qualquer momento.
Boa
Coesão
(...) Grandes conglomerados financeiros orientam decisões que
afetam sociedades, ocupando o lugar do povo na política, sendo que
esta pertence a quem a criou, ou seja, aos próprios indivíduos.
Diante de o que Zygmunt Bauman chamou de “fim das utopias”, em
que os ideais iluministas não são mais viáveis às sociedades, é o
engajamento político que ordenará as origens mundiais que estão
por vir, já que tudo o que tange o financeiro é extremamente fluído
e pode ruir a qualquer momento.
Em uma era pós-moderna, em que a economia volátil vem
subjugando a esfera política, a participação do indivíduo nesta é,
portanto, cada vez mais indispensável. Não só para a realização de
eventuais reivindicações, mas pela responsabilidade do cidadão
sobre aquilo que criou e para que a ordem seja mantida diante das
imposições do capital. Parafraseando Jean Jacques Rousseau, “o
povo é o único soberano” e o único capaz de controlar a fluída
sociedade em que vivemos.
Desnecessário
(...) Grandes conglomerados financeiros orientam decisões que
afetam sociedades, ocupando o lugar do povo na política, sendo que
esta pertence a quem a criou, ou seja, aos próprios indivíduos.
Diante de o que Zygmunt Bauman chamou de “fim das utopias”, em
que os ideais iluministas não são mais viáveis às sociedades, é o
engajamento político que ordenará as origens mundiais que estão
por vir, já que tudo o que tange o financeiro é extremamente fluído
e pode ruir a qualquer momento.
Em uma era pós-moderna, em que a economia volátil vem
subjugando a esfera política, a participação do indivíduo nesta é,
portanto, cada vez mais indispensável. Não só para a realização de
eventuais reivindicações, mas pela responsabilidade do cidadão
sobre aquilo que criou e para que a ordem seja mantida diante das
imposições do capital. Parafraseando Jean Jacques Rousseau, “o
povo é o único soberano” e o único capaz de controlar a fluída
sociedade em que vivemos.
(...) Grandes conglomerados financeiros orientam decisões que
afetam sociedades, ocupando o lugar do povo na política, sendo que
esta pertence a quem a criou, ou seja, aos próprios indivíduos.
Diante de o que Zygmunt Bauman chamou de “fim das utopias”, em
que os ideais iluministas não são mais viáveis às sociedades, é o
engajamento político que ordenará as origens mundiais que estão
por vir, já que tudo o que tange o financeiro é extremamente fluído
e pode ruir a qualquer momento.
Em uma era pós-moderna, em que a economia volátil vem
subjugando a esfera política, a participação do indivíduo nesta é,
portanto, indispensável. Não só para a realização de eventuais
reivindicações, mas pela responsabilidade do cidadão sobre aquilo
que criou e para que a ordem seja mantida diante das imposições do
capital. Parafraseando Jean Jacques Rousseau, “o povo é o único
soberano” e o único capaz de controlar a fluída sociedade em que
vivemos.
Importante