Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais (3,1
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Transcript Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais (3,1
Liga Acadêmica de Cirurgia Geral
Alunos: Bernardo Welkovic e Esaú Silva
Tumor:
Aumento localizado de volume e consistência dos
tecidos, provocado por doença benigna, maligna,
inflamatória ou mesmo decorrente de traumatismo.
Nódulos e Massas:
Na prática clínica, os tumores que acometem a região
do pescoço são chamados de nódulos ou massas e
não há definição clara que os diferencie. Geralmente,
costuma-se nomear nódulo o tumor bem delimitado,
com maior diâmetro de aproximadamente 3 cm ou
menos.
Avaliação:
Complexa
Baseia-se na história da doença atual e no exame
clínico detalhados.
O exame físico é de extrema importância, uma
vez que permite localizar o tumor no pescoço.
Ao ser feita a anamnese do paciente com massa
cervical, devem ser considerados os seguintes
tópicos:
Tempo de evolução
Localização (precisa, se possível)
Idade
Sinais e Sintomas associados
Hábitos de vida do paciente
História de trauma
Irradiação ou Cirurgia prévia
Exposição a Fatores Ambientais
O raciocínio para estabelecimento do
diagnóstico diferencial de determinado tumor
cervical parte do conhecimento da anatomia
topográfica da região, pela qual são definidos os
chamados triângulos ou regiões cervicais. Ao
conhecer as estruturas profundas
correspondentes aos triângulos, bem como as
principais doenças que podem acometê-las,
torna-se possível formular hipóteses
diagnósticas, que variam em ordem de
importância de acordo com a idade e os demais
dados da avaliação clínica do doente.
A faixa etária determina:
Natureza da massa (neoplásica, infecciosa,
traumática ou congênita)
A malignidade dos tumores: nos indivíduos até 40
anos, a maioria das massas têm caráter benigno,
em grande parte, congênitas ou infecciosas. A
partir dessa idade, as lesões malignas são mais
comuns.
Sistematizado:
Inspeção estática: localização, presença de
fístulas e outros nódulos aparentes
Inspeção dinâmica: movimentação à deglutição, à
protrusão da língua e à manobra de Valsalva
Sistematizado
Palpação estática:
▪
▪
▪
▪
▪
▪
▪
▪
▪
Número de lesões;
Tamanho
Consistência
Mobilidade
Limites com as estruturas vizinhas
Presença de sinais flogísticos
Frêmito
Pulso
Sopro
Palpação dinâmica: movimentação à deglutição, à
protrusão da língua e à manobra de Valsalva
Exames de imagem:
Permitem identificar o órgão cervical acometido,
dimensionar a lesão e estudar suas relações com
as estruturas vizinhas.
Exames hematológicos:
Também são importantes na avaliação de
discrasias ou na identificação sorológica de
agentes infecciosos.
Biópsia:
Caracterizar a lesão para planejar o tratamento.
Ultrassonografia
Útil em diferenciar massas sólidas de císticas
Principalmente para diferenciar massas que ocorrem em mesma topografia
Tomografia Computadorizada
Diferencia tumores sólidos de císticos
Estabelece a localização precisa da tumoração
Quando usada com contraste, fornece informações sobre a vascularização da
massa
Fornecem sinais de nódulos metastáticos: permitem caracterizar a lesão
Ressonância Nuclear Magnética:
Fornece praticamente as mesmas informações que a TC
Tumores vasculares são melhor delimitados na ressonância e esta técnica
pode até substituir a angiografia.
É o melhor exame diagnóstico para massas na base do crânio e massas
cervicais altas devido a artefatos causados pela respiração, deglutição e
pulsação arterial que distorcem a imagem na TC.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF)
Importante no diagnóstico diferencial dos nódulos da
tireóide
Confirmação de metástase.
Endoscopia e biópsia guiada
Especial foco para as áreas de drenagem linfática
Se encontrada lesão suspeita: biópsia
Se não encontrada lesão suspeita: “biópsia às cegas”
baseada no padrão de drenagem linfática.
Biópsia aberta
Contra-indicada devido à possibilidade de alterar a
disseminação de um eventual tumor maligno
Necessária em apenas 5% das massas cervicais.
Linfadenopatias inflamatórias e infecciosas;
Paciente pediátrico;
Infecções da cabeça e pescoço;
Angina de Ludwig
Doença de Kikuchi-Fujimoto
Infecções agudas que se manifestam com reação linfonodal
Toxoplasmose
Rubéola
Mononucleose
Citomegalovirose
Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids)
Doença da arranhadura do gato
Estreptococcia
Micobacteriose
Doenças malignas
Linfoproliferativas
▪ Sinais sistêmicos
▪ Aspecto dos linfonodos
Outras neoplasias
▪ Carcinoma epidermóide
▪ Tumores da glândula tireóide
Localização das
cadeias linfonodais
do pescoço
Lipomas
Lipoblastomas
Lipossarcomas
Sinais de alerta
Dor
Sinal de Tinel
Fraqueza
Parestesias
História familiar
Schwanomas
Neurofibromas
Doença de Von Recklinghausen
Rabdomioma
Forma extracardíaca (adulta e fetal)
Rabdomiossarcoma
Forma não parameníngea
Leiomioma
Leiomioma de origem vascular
Leiomioma cútis
Torcicolo congênito
Fibroma
Fibrossarcoma
Dermatofibrossarcoma protuberans
Sialadenite
Infeciosa
Não Infecciosa
Aguda
Crônica
Sialolitíase
Palpação do cálculo
Neoplasias malignas
Tumor de glândula
submandibular esquerda
Bócio
Tireoidites
Basedow-Graves
Neoplasias
Bócio com compressão de
via aérea.
Bócio
Tireoidites
Basedow-Graves
Neoplasias
Bócio mergulhante ao raio-x
que ainda mostra desvio de
traquéia.
Bócio
Tireoidites
Basedow-Graves
Neoplasias
Bócio mergulhante ao raio-x
que ainda mostra desvio de
traquéia.
Cisto do ducto tireoglosso
Idade de aparecimento
Sinais e sintomas
Distopia tireoidiana
Cisto tímico
Divertículo faringoesofágico (de
Laringocele
Zenker)
Divertículos faringoesofágicos
Teratomas
Cistos dermóides
Linfangioma
Hemangioma
Massas traumáticas
Tumores cutâneos
Cisto sebáceo
Pilomatrixoma
Stabenow E, Michaluart Junior P. Diagnóstico
diferencial dos tumores cervicais. Disponível
em:
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revi
soes/1916/diagnostico_diferencial_dos_tumores
_cervicais.htm
http://www.forl.org.br/pdf/seminarios/seminario
_14.pdf
http://lapac-pi.com.br/caso-do-mes,paciente70-anos-com-massa-em-regiao-cervical,28.html
http://www.fcm.unicamp.br/diretrizes/d_n_c/ma
ssa_%20cervical/massa_cervical_pag1.html