Aula 3 alunos - Administração

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TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um
conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande
Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929.
Essas teorias criaram novas perspectivas para a administração, visto que
buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e
estudar a formação de grupos.
Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, e assim: de
forma muito mecânica.
Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o
trabalhador passou a ser visto como "homo socialis".
A partir de então que começa-se a pensar na participação dos
funcionários na tomada de decisões e na disponibilização das informações
acerca da empresa a qual eles trabalhavam.
O médico e sociólogo australiano Elton Mayo, fez testes na linha de
produção, na busca por variáveis que influenciassem, positiva ou
negativamente, na produção.
Mayo fez estudos sobre a influência da luminosidade, do trabalho em
grupo, da qualidade do ambiente e descreveu-as afirmando que o
cuidado com os aspectos sociais era favorável aos empresários.
Com as conclusões iniciais tomadas a partir da Experiência de Hawthorne, novas
variáveis são acrescentadas ao dicionário da administração:
•
•
•
•
•
•
A integração social e comportamento social dos empregados;
As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas de
recompensa e sanções não-materiais;
O estudo de grupos informais e da chamada organização informal;
O despertar para as relações humanas dentro das organizações;
A ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do comportamento das pessoas;
A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas;
Teoria Clássica
Trata a organização como uma Máquina
Enfatiza as tarefas ou a tecnologia
Inspirada em sistemas de engenharia
Autoridade Centralizada
Linhas claras de autoridade
Especialização e competência Técnica
Acentuada divisão do trabalho
Confiança nas regras e nos regulamentos
Clara separação entre linha e staff
Teoria da Relações
Trata a organização como um grupo de
Enfatiza as pessoas
Inspirada em sistemas de psicologia
Delegação plena de autoridade
Autonomia do empregado
Confiança e abertura
Enfase nas relações humanas entre as pessoas
Confiança nas pessoas
Dinâmica grupal e interpessoal
As principais críticas a essa escola é de que:

Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais.

Em alguns aspectos a experiência de Hawthorne foi insegura e artificial e
mesmo tendenciosa.

Alguns estudiosos acreditam que a origem esteja no fato de ser a teoria das
relações humanas um produto da ética e do princípio democrático então existente
nos Estados Unidos;

Oposição cerrada à teoria clássica - Tudo aquilo que esta preconizava, a
teoria das relações humanas negava;

Limitação no campo experimental e parcialidade nas conclusões
levaram gradualmente a teoria a um certo descrédito;

A concepção ingênua e romântica do operário - as pessoas que
seguiram demonstraram que nem sempre isto ocorreu;

A ênfase exagerada nos grupos informais colaboraram rapidamente
para que esta teoria fosse repensada;

O seu enfoque manipulativo e certamente demagogo não deixou de
ser descoberto e identificado pelos operários e seus sindicatos;

Ao receber tantas críticas, a Teoria das Relações Humanas precisou
de uma reestruturação que deu origem a Teoria Comportamental
TEORIA COMPORTAMENTAL
A Teoria Comportamental é a oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações
Humanas (ênfase nas pessoas) em relação à Teoria Clássica ( ênfase nas tarefas e
estrutura organizacional);
Representa um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, à qual faz críticas
severas, reformulando os seus conceitos e rejeitando as suas concepções ingénuas e
românticas;
Critica a Teoria Clássica, colocando-se como uma antítese à teoria da organização
formal, aos princípios da administração, ao conceito de autoridade formal e ao
mecanicismo dos autores clássicos;
Incorporou a Sociologia da Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa;
A Teoria Comportamental surge no final da década de 1940.
É também designada por Teoria Behaviorista (conduta/comportamento) da
Administração;
É a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições
normativas e prescritivas das teorias anteriores ( Clássica, Relações Humanas,
Burocracia) e a adoção de posições explicativas e descritivas;
Estuda o comportamento das pessoas e a sua motivação;
(Motivação é a tensão persistente que leva as pessoas a agir ou a fazer coisas de
forma positiva. O processo de motivação é a estimulação de um individuo a agir de
uma determinada forma para atingir determinado objetivo)
A Teoria comportamental trouxe novos conceitos de motivação, liderança,
comunicação, dinâmica de grupos, processo decisório, comportamento
organizacional e estilos administrativos que tornam a teoria administrativa mais
humana e amigável.
A preocupação com a estrutura transferiu-se para o processo e para a dinâmica
organizacional;
A Teoria Comportamental fundamenta-se no comportamento individual das
pessoas para explicar o comportamento organizacional.
Para esta teoria foi fundamental o contributo da:
•
•
•
•
Teoria dos Sistemas de Decisão Herbert Simon;
Teoria das Necessidades de Maslow;
Teoria dos dois fatores de Hertzberg;
Teoria X e Y de Mc Gregor;
A Teoria Comportamental concebe a organização como um sistema de decisões;
Neste sistema cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e
tomando decisões individuais a respeito de alternativas mais ou menos racionais de
comportamento;
-
Todas as decisões envolvem 6 elementos:
Decisor,
Objetivos,
Preferências,
Estratégia,
Situação,
Resultado.
O processo decisorial é complexo e depende tanto das características pessoais
do decisor quanto da situação em que está envolvido e da maneira como
percebe essa situação.
A rigor, o processo decisorial desenvolve-se em sete etapas:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Percepção da situação que envolve alguns problemas;
Análise e definição;
Definição dos objetivos;
Procura de alternativa de solução ou de curso de ação;
Avaliação e comparação dessa alternativas;
Escolha da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos;
Implementação da alternativa escolhida.
Ingenuidade, sugerindo que a liberdade fosse
complementada com mais responsabilidade.
A motivação dos trabalhadores surge segundo necessidades humanas, as quais
estão dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência.
Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirâmide estando:


na base da pirâmide as necessidades mais baixas (fisiológicas)
e no topo as necessidades mais elevadas ( auto - realização)
Auto - Realização
Necessidades
Secundárias
Estima (ego)
Sociais (amor)
Necessidade de segurança
Necessidades
Primarias
Necessidades Fisiológicas
Esta teoria pressupõe os seguintes aspectos:

A passagem para o nível superior só é alcançada quando o nível
inferior estiver satisfeito.

Nem todas as pessoas atingem o topo das necessidades.

Cada pessoa possui sempre mais que uma motivação.
A difícil articulação operacional para o gerenciamento das
necessidades básicas.
A impossibilidade da padronização do comportamento
humano.
Hertzberg estudou os resultados de desempenho do trabalhador.
Para tal dividiu
Fatores Higiénicos
(Extrínsecos)
Fatores Motivacionais
(Intrínsecos)
- Segurança
- Salário
- Benefícios colaterais
- Politica de companhia
- Responsabilidade
- Desafio e sucesso
- Satisfação no trabalho
- Reconhecimento
Os estudos de Hertizberg, a exemplo de Maslow, a quem suas
idéias vão totalmente ao encontro, também não obtiveram
comprovação, ainda que tenham sido de grande valia para o
desenvolvimento de técnicas para a administração
comportamental.
Mc Gregor compara dois estilos antagónicos de administração:
De um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, excessivamente mecanicista e
pragmática (teoria X).
E, de outro:
Um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento
humano (teoria Y).
A teoria X revela uma administração através de controles externos impostos ao
indivíduo;
A teoria Y propõe um estilo de administração participativo, baseando-se nos
valores humanos e sociais. Realça a iniciativa individual
Pressuposições da teoria x
Pressuposições da teoria y
As pessoas são preguiçosas e indolentes
As pessoas são esforçadas e gostam de ter o
que fazer
As pessoas evitam o trabalho
O trabalho é uma atividade tão natural
como brincar ou descansar
As pessoas evitam a responsabilidade, a fim
de se sentirem mais seguras
As pessoas procuram e aceitam
responsabilidades e desafios
As pessoas precisam ser controladas e
dirigidas
As pessoas podem ser automotivadas e
autodirigidas
As pessoas são ingénuas e sem iniciativa
As pessoas são criativas e competentes
1.
Maior eficiência organizacional;
2.
Tarefas específicas atribuídas a cada trabalhador;
3.
Maior facilidade de substituição dos operários devido à simplicidade das tarefas
executadas;
4.
Possibilita prever a produção.
1.
Baseia-se em convicções erróneas e incorretas sobre o comportamento humano;
2.
Reflete um estilo de administração duro, rígido e autocrático;
3.
As pessoas são visualizadas como meros recursos ou meios de produção;
4.
Ao indivíduo é-lhe aprisionada a sua criatividade;
5.
Existe um estreitamento da atividade profissional através da rotina de trabalho;
6.
Condiciona as pessoas a tarefas super especializadas;
7.
Desencorajam a iniciativa e a aceitação de responsabilidades;
8.
Desenvolvem a passividade e tiram todo o significado psicológico do trabalho;
9.
Impessoalidade no relacionamento humano.
1.
Baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos a respeito da
natureza humana;
2.
Propõe um estilo de administração francamente participativo, baseado nos
valores humanos e sociais;
3.
Realça a iniciativa individual;
4.
Liberdade para que as pessoas dirijam elas próprias as suas tarefas e para que
satisfaça as suas necessidades de auto-realização;
5.
Possibilidade de a pessoa realizar a sua própria auto-avaliação do desempenho.
1.
Alguns dos pressupostos da teoria y são irreais;
2.
Renovação de operários é mais difícil;
3.
Extremamente democrático, correndo o risco de se instituir uma anarquia
dentro da própria organização.

Ênfase nas pessoas;

Abordagem mais descritiva e menos prescritiva;

Profunda reformulação na filosofia administrativa;

Dimensões bipolares da Teoria Comportamental;

A relatividade das teorias de Motivação;

Influencia das ciências do comportamento sobre a administração;

A organização como um sistema de decisões;

Análise organizacional a partir do comportamento;

Visão tendenciosa.
Sejam quais forem as críticas, a Teoria Comportamental deu novos rumos e
dimensões à Teoria Geral da Administração, enriquecendo o seu conteúdo e a sua
abordagem.
Por essa razão, os seus conceitos são os mais populares de toda a teoria
administrativa.
Exercício:
O administrador como agente de mudanças
O administrador deve estar focalizado no futuro para poder preparar sua empresa para
enfrentar os novos desafios:
•
•
•
Novas tecnologias
Novas condições sociais e culturais
Novos produtos e serviços.
Além disso, o administrador deve :
•
•
•
•
•
Pensar globalmente (ver o mundo) e agir localmente (atuar na empresa)
Ter espírito empreendedor
Aceitar desafios
Assumir riscos
Possuir um senso de inconformismo sistemático
Somente assim, pode conduzir sua empresa para uma situação melhor.
O que você acha de tudo isso?
ABORDAGEM ESTRUTURALISTA
DA
ADMINISTRAÇÃO
OS DESDOBRAMENTO DA ABORDAGEM
ESTRUTURALISTA
Teoria da
Burocracia
Ênfase na Estrutura
Teoria
Estruturalista
Ênfase na Estrutura,
nas Pessoas e no
Ambiente
Abordagem
Estruturalista
Modelo Burocrático de Organização
(Em Busca da Organização Ideal)
• As Origens da Teoria da Burocracia.
• Os Tipos de Autoridade.
• As Características da Burocracia segundo Weber.
• As Vantagens da Burocracia.
• As Disfunções da Burocracia.
• O Modelo Burocrático de Merton.
• A Interação da Burocracia com o Ambiente.
• Os Graus de Burocratização.
• As Dimensões da Burocracia.
• Apreciação Crítica da Teoria da Burocracia.
TIPOLOGIA DE SOCIEDADES SEGUNDO WEBER
Tipos de
Sociedade
Tradicional
Carismática
Características
Patriarcal e
patrimonialista.
Conservantismo
Exemplos
Clã, tribo,
família,
sociedade
medieval
Tipos de
Autoridade
Tradicional
Personalista,
Grupos
mística e
revolucionários,
arbitrária.
partidos políticos, Carismática
Revolucionária
nações em
revolução
Características
Poder herdado
ou delegado.
Baseada no
“senhor”.
Baseada no
carisma
Legal,
Racionalidade Estados modernos Legal,
Legal, racional,
Racional e
dos objetivos
empresas,
Racional ou
formal e
Burocrática e dos meios.
e exércitos
Burocrática
impessoal.
Meritocrática.
Legitimação
Tradição,
hábitos,
usos e
costumes
Aparato
Administrativo
Forma feudal
e patrimonial
Traços
Inconstante
pessoais
e instável.
(heroísmo,
Escolhido pela
magia,
lealdade e
poder mental)
devoção ao
do líder.
líder e não por
qualificações.
Justiça, lei.
Promulgação
Regulamentação
de normas legais
Burocracia.
TEORIA DA BUROCRACIA
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da administração ao redor dos anos 40,
principalmente em função dos seguintes aspectos:
1 - A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das Relações
Humanas, que não possibilitam uma abordagem global, integrada e envolvente dos
problemas organizacionais;
2 - A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as
variáveis envolvidas, bem como, o comportamento dos membros dela participantes, é
aplicável não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização humana e
principalmente às empresas;
TEORIA DA BUROCRACIA
3 – O crescente tamanho e complexidade das empresas passam a exigir modelos
organizacionais bem mais definidos;
4 - O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos
de Max Weber, o seu criador.
Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir e se comportar de certa
maneira pre estabelecida, a qual lhe deve ser explicada, muito minuciosamente e, em
hipótese alguma, permitindo que suas emoções interfiram no seu desempenho.
TEORIA DA BUROCRACIA
A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os administradores
não tardaram em tentar aplicá-los na prática em suas empresas.
A partir daí, surge a Teoria da Burocracia na Administração.
Então a burocracia é uma forma de organização que se baseia na racionalidade, isto
é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a
máxima eficiência possível no alcance dos objetivos.
CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA SEGUNDO WEBER
1.
Caráter legal das normas e regulamentos.
2.
Caráter formal das comunicações.
3.
Caráter racional e divisão do trabalho.
4.
Impessoalidade nas relações.
5.
Hierarquia de autoridade.
6.
Rotinas e procedimentos padronizados.
7.
Competência técnica e meritocracia.
8.
Especialização da Administração.
9.
Profissionalização dos participantes.
10. Completa previsibilidade do comportamento.
TEORIA DA BUROCRACIA
Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente como uma empresa,
repartição ou organização onde os papelório se multiplica e se avoluma, impedindo as
soluções rápidas e eficientes.
O termo é empregado também com o sentido de apego dos funcionários aos
regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização.
O leigo passou a dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema.
Entretanto para Max Weber a burocracia é exatamente o contrário, é a organização
eficiente por excelência e para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar
antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas devem acontecer.
VANTAGENS DA BUROCRACIA
• Racionalidade.
• Precisão na definição do cargo e da operação.
• Rapidez nas decisões.
• Univocidade de interpretação.
• Uniformidade de rotinas e procedimentos.
• Continuidade da organização.
• Redução do atrito entre as pessoas.
• Constância.
• Confiabilidade.
• Benefícios para as pessoas na organização.
CARACTERÍSTICAS E DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
Características da Burocracia
1.
Caráter legal das normas
2.
Caráter formal das comunicações
3.
Divisão do trabalho
4.
Impessoalidade no relacionamento
5.
Hierarquização da autoridade
6.
Rotinas e procedimentos
7.
Competência técnica e mérito
8.
Especialização da Administração
9.
Profissionalização
Previsibilidade do Funcionamento
Disfunções da Burocracia
1.
Internalização das normas
2.
Excesso de formalismo e papelório
3.
Resistência às mudanças
4.
Despersonalização do relacionamento
5.
Categorização do relacionamento
6.
Superconformidade
7.
Exibição de sinais de autoridade
8.
Dificuldades com os clientes
Imprevisibilidade do Funcionamento
Idalberto Chiavenato
TEORIA DA BUROCRACIA
Principais características
Caráter legal das normas e regulamentos
É uma organização ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos
por escrito;
É baseada em legislação própria que define com antecedência como a organização
deve funcionar;
Procuram cobrir todas as áreas da organização;
É uma estrutura social racionalmente organizada;
Conferem às pessoas investidas da autoridade um poder de coação sobre os
subordinados e também os meios coercitivos capazes de impor a disciplina;
Possibilitam a padronização dentro da empresa.
TEORIA DA BUROCRACIA
Caráter formal das comunicações
A burocracia é uma organização ligada por comunicação escrita;
Todas as ações e procedimentos são feitos por escrito para proporcionar a comprovação
e documentação adequadas.
Caráter racional e divisão do trabalho
A Burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do
trabalho.
TEORIA DA BUROCRACIA
Esta divisão do trabalho atende a uma racionalidade que é adequada ao objetivo a ser
atingido, ou seja, a eficiência da organização, através de:
Aspecto funcional da burocracia;
Divisão sistemática do trabalho, do direito e do poder;
Estabelecimento das atribuições de cada participante;
Cada participante passa a ter o seu cargo específico, suas funções específicas e sua
área de competência e de responsabilidade;
Cada participante sabe qual é a sua capacidade de comando sobre os outros e quais
os limites de sua tarefa;
TEORIA DA BUROCRACIA
Impessoalidade nas relações
Essa distribuição de atividade é feita impessoalmente, ou seja, é feita em termos de
cargos e funções e não de pessoas envolvidas:
 Considera as pessoas como ocupantes de cargos e de funções;
 O poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa;
 Obedece ao superior não em consideração a pessoa, mas ao cargo que ele ocupa;
As pessoas vêm e vão, mas os cargos permanecem;
 Cada cargo abrange uma área ou setor de competência e de responsabilidade.
TEORIA DA BUROCRACIA
Hierarquia da autoridade
A burocracia estabelece os cargos segundo o princípio de hierarquia:
 Cada subordinado deve estar sob a supervisão de um superior;
 Não há cargo sem controle ou supervisão;
 A hierarquia é a ordem e subordinação, a graduação de autoridade correspondente às
diversas categorias de participantes, funcionários e classes;
 Os cargos estão definidos por meio de regras limitadas e específicas.
TEORIA DA BUROCRACIA
Rotinas e procedimentos
A burocracia fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo:
 O ocupante do cargo não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe que
ele faça;
 A disciplina no trabalho e o desempenho no cargo são assegurados por um conjunto
de regras e normas, que tentam ajustar o funcionário às exigências do cargo e das
organizações;
 Todas as atividades de cada cargo são desempenhadas segundo padrões claramente
definidos.
TEORIA DA BUROCRACIA
Competência técnica e Meritocracia
Na burocracia a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica:
 Admissão, transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios
válidos para toda a organização;
 Necessidade de exames, concursos, testes e títulos para a admissão e promoção dos
funcionários.
Profissionalização dos participantes
A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos seus
participantes. Cada funcionário é um profissional pelas seguintes razões:
• É um especialista, ou seja, cada funcionário é especializado nas atividades do seu cargo;
• É assalariado - os funcionários da burocracia participam da organização e recebem
salários correspondentes ao cargo que ocupam.
TEORIA DA BUROCRACIA
Profissionalização dos participantes
 É nomeado por superior hierárquico;
 Seu mandato é por tempo indeterminado;
 Segue carreira dentro da organização;
 Não possui a propriedade dos meios de produção, o administrador profissional
administra a organização em nome dos proprietários;
 È fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa, o funcionário passa a
defender os interesses do seu cargo e da sua organização.
TEORIA DA BUROCRACIA
Completa previsibilidade do funcionamento
O modelo burocrático de Weber parte da pressuposição de que o comportamento dos
membros da organização é perfeitamente previsível:
 Os funcionários devem comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da
organização;
 Tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever todas as ocorrências e
transformar em rotina sua execução.
TEORIA DA BUROCRACIA
Disfunções da burocracia
Internalização das regras e exagerado apego aos regulamentos
As normas e regulamentos se transformar de meios, em objetivos. Passam a ser
absolutos e prioritários.
O funcionário adquire "viseiras" e esquece que a flexibilidade é uma das principais
características de qualquer atividade racional.
Os regulamentos passam a ser os principais objetivos do burocrata, que passa a
trabalhar em função deles.
TEORIA DA BUROCRACIA
Excesso de formalismo e de papelório
É a mais gritante disfunção da burocracia.
A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações pode conduzir a
tendência ao excesso de formalismo, de documentação e, consequentemente de
papelório.
Resistência às mudanças
O funcionário acostumado com a repetição daquilo que faz, torna-se simplesmente um
executor das rotinas e procedimentos.
Qualquer novidade torna-se uma ameaça à sua segurança. Com isto a mudança passa a
ser indesejável.
TEORIA DA BUROCRACIA
Despersonalização do relacionamento
A burocracia tem como uma de suas características a impessoalidade no relacionamento
entre os funcionários, já que enfatiza os cargos e não as pessoas levando a uma
diminuição das relações personalizadas entre os membros da organização.
Categorização como base do processo decisório
A burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade, portanto quem
toma decisões será aquele mais alto na hierarquia.
Exibição de sinais de autoridade
Como a burocracia enfatiza a hierarquia de autoridade, torna-se necessário um
sistema que indique a todos, com quem está o poder.
Daí a tendência à utilização intensiva de símbolos ou sinais de status para
demonstrar a posição hierárquica, como o uniforme, localização da sala, do banheiro,
do estacionamento, do refeitório, tipo de mesa etc.
TEORIA DA BUROCRACIA
Dificuldade no atendimento aos clientes e conflitos com o público
O funcionário está completamente voltado para dentro da organização, para as suas
normas e regulamentos internos, para as suas rotinas e procedimentos.
Com isso a burocracia torna-se esclerosada, fecha-se ao cliente, que é seu próprio
objetivo, e impede totalmente a inovação e a criatividade.
TEORIA DA BUROCRACIA
As causas das disfunções da burocracia residem basicamente no fato dela não levar em
conta a chamada organização informal que existe fatalmente em qualquer tipo de
organização.
Também não se preocupa com a variabilidade humana (diferenças individuais entre as
pessoas) que, necessariamente, introduz variações no desempenho das atividades
organizacionais.
Em face da exigência de controle que norteia toda a atividade organizacional é que
surgem as conseqüências imprevistas da burocracia.
O MODELO BUROCRÁTICO DE WEBER
Sistema Social Racional
Burocracia
Exigência de Controle
Consequências Previstas
Previsibilidade do
Comportamento
Maior Eficiência
Consequências Imprevistas
Disfunções da
Burocracia
Ineficiência
GRAUS DE BUROCRATIZAÇÃO
Excesso de
Burocratização:
Escassez de
burocratização:
Falta de especialização,
bagunça, confusão
Falta de autoridade
Divisão do trabalho
Hierarquia
Regras e Regulamentos
Liberdade excessiva
Ausência de documentos,
informalidade
Ênfase nas pessoas
Apadrinhamento
Desordem
Formalização das
Comunicações
Impesoalidade
Seleção e Promoção
do Pessoal
Eficiência
Superespecialização,
hiper-responsabilidade
Excesso de autoridade.
Autocracia e imposição
Ordem e disciplina
Excesso de papelório.
Formalismo
Ênfase nos cargos
Excesso de exigências
Rigidez
TEORIA DA BUROCRACIA
Apreciação crítica
Weber (2003), considera a burocracia como a forma mais eficiente e racional para
atingir os objetivos organizacionais.
Perrow, defende a burocracia como um fator importante para a eficiência da estrutura
organização. Segundo ele, as disfunções da burocracia são apenas consequências do
fracasso de uma burocracia mal adequada.
Katz e Kahn defendem que a burocracia é uma organização super-racionalizada, e não
considera o ambiente e a natureza organizacional. Ambos defendem que as pessoas
tornam as vantagens maiores do que realmente são.
TEORIA DA BUROCRACIA
Para eles, o sistema burocrático só sobrevive por que as exigências do ambiente são
óbvias e as exigências das tarefas individuais são mínimas, não necessitando de grandes
processos.
Bennis, segundo Chiavenato (2003), critica a burocracia sob o ponto de vista de que
seu sistema de controle já está ultrapassado e não é capaz de resolver os conflitos
internos.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DA BUROCRACIA
1.
Excesso de formalismo da burocracia.
2.
Mecanicismo e as limitações da “teoria da máquina”.
3.
Conservantismo da burocracia.
4.
Abordagem de sistema fechado.
5.
Abordagem descritiva e explicativa.
6.
Críticas multivariadas à burocracia.
7.
Posição da Teoria da Burocracia na Teoria das Organizações.
Caso Introdutório:
Abrindo a divisão de Pedro
Pedro de Almeida é um funcionário público federal há 22 anos. Em sua longa
experiência em repartições públicas, Pedro conseguiu quatro promoções sucessivas e
hoje é chefe de gabinete em um ministério ligado ao poder executivo.
Em seu cargo de confiança, Pedro chefia uma divisão composta de 4 departamentos
hermeticamente fechados entre si. São 4 feudos inacessíveis a qualquer tentativa
externa de acesso. Pedro tem três dificuldades a transpor:
1.
2.
3.
Como integrar os 4 departamentos que funcionam com total ignorância a respeito
dos demais.
Como melhorar o desempenho dos funcionários.
Como mudar e inovar.
Quais as sugestões que você daria a Pedro?
Exercício:
As alternativas da Excelsa
Mario Aguiar, gerente de departamento da Excelsa, tem suas opiniões próprias a respeito
da estrutura organizacional da empresa. Ele sabe que o rígido modelo burocrático
adotado pela empresa tem várias dimensões, cada qual podendo ser aumentada ou
diminuída conforme as necessidades.
Mario gostaria de conversar com a diretoria da empresa para expressar suas idéias a
respeito de uma estrutura organizacional melhor.
Se você estivesse no lugar de Mário, o que faria?
Exercício:
As disfunções da Excelsa
A Excelsa é uma empresa que tem tudo para dar certo. Mas tudo sai errado. Ela adotou um
caráter legal e formal, definiu cargos e posições hierárquicas, elaborou rotinas e
procedimentos e profissionalizou a diretoria e os participantes. Nada mais correto.
Contudo, o resultado está decepcionando: as pessoas apenas seguem as normas e
procedimentos, o formalismo é total e o papelório é uma loucura, as pessoas resistem às
mudanças, o relacionamento entre os funcionários é precário e superficial, os chefes
abusam das suas mordomias e se afastam dos subordinados e os clientes vivem
reclamando da falta de atenção aos seus problemas.
Se você fosse diretor da Excelsa, o que faria?
Caso Introdutório:
Abrindo a divisão de Pedro
Pedro de Almeida pretende criar grupos de trabalho interdependentes compostos de
funcionários provindos dos quatro departamentos para que conheçam melhor o que
ocorre dentro de cada um deles.
O que você acha dessa idéia? Quais são suas vantagens?
Exercício:
Como imprimir racionalidade à @lert?
Feliciano Alpert fundara a @lert há alguns anos e imprimira nela todo o seu carisma
pessoal. Agora que acabou o impulso inicial e a empresa crescera o suficiente, Feliciano
pretende organizar e burocratizar sua empresa para imprimir racionalidade no sentido de
evitar perdas e desperdícios decorrentes da improvisação e da falta de planejamento.
Mas, como tornar a sua empresa um verdadeiro modelo burocrático?
Exercício:
A Organização da Movibrás
Após rigoroso e exaustivo processo seletivo, Jorge conseguiu um emprego na Movibrás,
uma grande empresa produtora de artigos de consumo, como supervisor de tesouraria.
Nos seus primeiros dias na empresa Jorge passou por um programa de integração para
melhor conhecer as características da organização. Recebeu vários manuais contendo
regras, regulamentos, rotinas, descrição do seu cargo, deveres e responsabilidades como
funcionário. Ficou impressionado com o alto grau de organização e de padronização
existente na empresa. Mas, isso seria realmente uma característica positiva da
organização?
Não seria demasiado organizada e pouco espontânea?
Exercício:
A Proteus
Alexandre é o proprietário da Proteus, uma conhecida empresa do ramo imobiliário.
Depois de décadas de atividade, a Proteus precisa deslanchar para abrir novos
mercados. Durante todo esse tempo, Alexandre havia assumido uma autoridade
tipicamente carismática e que agora precisa ser modificada para permitir o
crescimento da empresa.
Quais são as alternativas para ele?
Teoria Estruturalista da Administração
(Ampliando os Horizontes da Empresa)
• As Origens da Teoria Estruturalista.
• A Sociedade de Organizações.
• A Análise das Organizações.
• A Tipologia das Organizações.
• Os Objetivos Organizacionais.
• O Ambiente Organizacional.
• A Estratégia Organizacional.
• Os Conflitos Organizacionais.
• As Sátiras à Organização.
• Apreciação Crítica da Teoria Estruturalista.
OS DESDOBRAMENTOS DA ABORDAGEM
ESTRUTURALISTA
Teoria da
Burocracia
Ênfase na Estrutura
Teoria
Estruturalista
Ênfase na Estrutura,
nas Pessoas e no
Ambiente
Abordagem
Estruturalista
TEORIA ESTRUTURALISTA
A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento
dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses
propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas.
Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu
ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações,
caracterizada pela interdependência entre as organizações.
ORIGENS DA TEORIA ESTRUTURALISTA
1.
A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a de Relações Humanas.
2.
A necessidade de visualizar a organização como uma unidade social
3.
A influência do estruturalismo nas ciências sociais.
4.
O novo conceito de estrutura.
1.
As Organizações.
2.
O homem organizacional.
3.
A Sociedade de Organizações.
TEORIA ESTRUTURALISTA
As organizações
A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e
na interação com outras organizações. As organizações são concebidas como unidades
sociais (intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos
específicos. (exercito, escolas, hospitais, igrejas, prisões).
O Homem Organizacional
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o "homo economicus" e a Teoria das Relações
Humanas, "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", ou
seja, o homem que desempenha papéis em diferentes organizações.
Na sociedade das organizações, moderna e industrializada, aparece a figura do "homem
organizacional" que participa simultaneamente de várias organizações.
O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem sucedido em todas as
organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade:
TEORIA ESTRUTURALISTA
Dentro da organização social, as pessoas ocupam certos papéis.
Papel significa um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa; é a
expectativa de desempenho por parte do grupo social e conseqüente internalização
dos valores e normas que o grupo, explícita ou implicitamente, prescreve para o
indivíduo.
O papel prescrito para o indivíduo é reforçado pela sua própria motivação em
desempenhá-lo eficazmente.
Cada pessoa pertence a vários grupos e organizações, e desempenha diversos papéis,
ocupa muitas posições e suporta grande número de normas e regras diferentes.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Flexibilidade: em face das constantes mudanças que ocorrem da vida moderna,
Tolerância as Frustrações: para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito
necessário entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja
mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas, que procuram
envolver toda a organização.
Capacidade de adiar as recompensas: e poder compensar o trabalho rotineiro dentro
da organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos
de atividade profissional.
Permanente desejo de Realização: garantindo a conformidade e cooperação com as
normas que controlam e asseguram o acesso a posições de carreira dentro da
organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Sociedade de Organizações
Os estruturalistas utilizam, para estudar as organizações, uma análise
organizacional mais ampla do que a de qualquer teoria anterior, pois pretendem
conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, baseando-se também
na Teoria da Burocracia e entende que a organização esta inserida em um
contexto maior que a sociedade.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Pela abordagem tradicional, pressupõe-e que a principal meta de uma empresa seja de
natureza econômica , tendo como objetivo a otimização do lucro e do patrimônio.
Entretanto como sistema aberto, a empresa encontra-se em constante interação com
os meios que a cerca, sofrendo influencias de força e nos leva a crer o importante papel
social que tem a desempenhar.
Se por um lado seu objetivo final é aquisição do lucro, por outro o mesmo só se torna
legítimo, na medida em que entende os interesses do meio social ao qual esta se
insere, criando políticas de interesses idênticas, reconhecidas e valorizadas por sua
missão maior que é servir a sociedade.
TEORIA ESTRUTURALISTA
O enfoque da teoria estruturalista é na estrutura e ambiente, assim, essa teoria trouxe
uma importante ruptura com relação às anteriores.
Ela mostra a organização como sendo um sistema aberto que se relaciona com o ambiente
e com outras organizações.
Ela baseia-se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se inter
relacionam.
Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes.
O que significa que os sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes.
ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES
1.
Abordagem múltipla: organização formal e informal.
2.
Abordagem múltipla: recompensas materiais e sociais.
3.
Abordagem múltipla: os diferentes enfoques da organização.
4.
Abordagem múltipla: os níveis da organização.
5.
Abordagem múltipla: a diversidade de organizações.
6.
Abordagem múltipla: análise inter organizacional.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Abordagem múltipla - Organização Formal e Informal
Teoria Clássica x Relações.
Os estruturalistas tentam estudar o relacionamento entre ambas as organizações: a
formal e a informal, em uma abordagem múltipla.
A Teoria Estruturalista vai tentar relacionar as relações formais e informais dentro e
fora da organização.
Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização formal e informal, (formal
tudo o que estiver expresso no organograma como hierarquia, regras, regulamentos,
controle de qualidade e informal as relações sociais).
A Teoria Estruturalista tenta encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e não
racionais do comportamento humano que constitui o ponto principal da vida, da
sociedade e do pensamento moderno.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Abordagem Múltipla: Recompensas Materiais e Sociais
O significado das recompensas materiais e sociais é tudo que se inclui nos símbolos de
posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, etc) é importante na
vida de qualquer organização.
Para que as recompensas sociais e simbólicas sejam eficientes, quem as recebe deve
estar identificado com a organização que as concede.
Os símbolos e significados devem ser prezados e compartilhados pelos outros, como a
esposa, colegas, amigos, vizinhos, etc. Por essas razões, as recompensas sociais são
menos eficientes com os funcionários de posições mais baixas do que com os de
posições mais altas.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Abordagem Múltipla: Os diferentes Enfoques da Organização
As organizações para os estruturalistas podem ser concebidas segundo duas diferentes
concepções: Modelo racional e modelo natural.
Modelo racional da organização:
•Concebe a organização com um meio deliberado e racional de alcançar metas
conhecidas.
•Os objetivos organizacionais são explicitados (com por exemplo a maximização dos
lucros).
•As estruturas organizacionais são cuidadas para atingir a mais alta eficiência.
•É um sistema fechado, tendo como característica a visão focalizada apenas nas partes
internas do sistema, com ênfase no planejamento e controle.
•Neste modelo inclui a abordagem clássica da administração e a teoria da burocracia.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Modelo natural de organização:
•Concebe a organização com um conjunto de partes independentes que, juntas,
constituem um todo.
•O objetivo básico é a sobrevivência do sistema.
•O modelo natural procura tornar tudo funcional e equilibrado, podendo ocorrer
disfunções.
•A auto-regulação é o mecanismo fundamental que naturalmente governa as relações
entre as partes e suas atividades, mantendo o sistema equilibrado e estável ante as
perturbações provindas do ambiente externo.
•Este modelo traz com inevitável aparecimento a organização informal nas
organizações.
•É um sistema aberto tendo como característica a visão focalizada sobre o sistema e
sua interdependência com o ambiente.
•Expectativa de incerteza e de imprevisibilidade.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Abordagem Múltipla: Os Níveis da Organização
Assim com o modelo burocrático de Weber, as organizações sofrem uma multiplicidade
de problemas que são classificados e categorizados para que a responsabilidade por
sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos:
·Nível Institucional: É o nível mais alto, composto dos dirigentes ou altos funcionários. É
também denominado nível estratégico.
· Nível Gerencial: É o nível intermediário, cuidando do relacionamento e da integração
desses dois níveis. O nível gerencial é o responsável pela transformação das decisões
institucional em planos e em programas para que o nível técnico os execute.
· Nível Técnico: É o nível mais baixo da organização denominado nível operacional. É o
nível que cuida da execução das tarefas a curto prazo e segue os programas e rotinas
desenvolvidas pelo nível gerencial.
TEORIA ESTRUTURALISTA
A Diversidade de Organizações
Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas focalizaram
as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo a fim de incluir outros
tipos de organizações: organizações pequenas, médias e grandes, públicas e
privadas, empresas dos mais diversos tipos (industrias ou produtoras de bens,
prestadoras de serviços, comerciais, agrícolas, etc), organizações militares (exército,
marinha, aeronáutica), organizações religiosas (igreja), organizações filantrópicas,
partidos políticos, prisões, sindicatos, etc.
Além disso, toda a organização, a medida que cresce torna-se complexa e passa a
exigir um adequada administração.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Análise Inter organizacional
Os estruturalistas se baseiam em uma abordagem de sistema aberto e utilizam o
modelo natural de organização como base de seus estudos.
A análise organizacional passa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou
seja, através das análises intra-organizacional (fenômenos internos) e inter
organizacional (fenômenos externos).
Os estruturalistas fazem uma análise comparativa entre as organizações,
propondo tipologias, como, a de:
Etzione (1980), na qual ele se baseia no conceito de obediência, e a de Blau e
Scott (1970), que se baseia no conceito de beneficiário principal.
TIPOLOGIA DE
OBEDIÊNCIA
Tipos de
Tipos de Poder
Organizações
Organizações
Coercitivas
Coercitivo
Organizações
Normativas
Normativo
Organizações
Utilitárias
Remunerativo
ETZIONI
Controle
Utilizado
–
CONCEITO
DA
Ingresso e
Permanência
dos Membros
Envolvimento
Pessoal dos
Membros
Exemplos
Coação, imposição,
força, ameaça,
medo
Alienativo, com
base no temor
Prisões e
penitenciárias
Moral e
ético
Convicção, fé,
crença, ideologia
Moral e
motivacional
autoexpressão
Igrejas,
hospitais,
universidades
Incentivos
econômicos
Interesse,
vantagem
percebida
Prêmios e
punições
Calculativo.
Busca de
vantagens
Empresas
em geral
TIPOLOGIA DE BLAU E SCOT – CONCEITO DO
BENEFICIÁRIO PRINCIPAL
Beneficiário Principal
Os próprios membros
da organização
Os proprietários ou acionistas
da organização
Os clientes
O público em geral
Tipo de Organização
Exemplos
Associação de beneficiários
mútuos
Associações profissionais,
cooperativas, sindicatos,
fundos mútuos, consórcios.
Organizações de interesses
comerciais
Sociedades anônimas ou
empresas familiares
Organizações de serviços
Hospitais, universidades,
organizações religiosas e
filantrópicas, agências sociais
Organizações de Estado
Organização militar, correios e
telégrafos, segurança pública,
saneamento básico,
organização jurídica e penal
TEORIA ESTRUTURALISTA
A Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas incompatíveis entre si - tornou
necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos
considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.
A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-se na abordagem de
Max Weber (Teoria Burocrática)
A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual
interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como
a viabilidade econômica da organização), mas podem se opor a outros (como a maneira
de distribuir os lucros).
Seu maior diálogo foi com a Teoria das Relações Humanas.
OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
1.
Apresentação de uma situação futura.
2.
Constituem uma fonte de legitimidade que justifica ações.
3.
Servem como padrões para avaliar o desempenho.
4.
Servem como unidade de medida para a produtividade.
1.
Modelos de sobrevivência.
2.
Modelos de eficiência.
TEORIA ESTRUTURALISTA
A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das
estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o
reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.
O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na
constituição do todo.
A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a
soma das partes são as características do estruturalismo.
AMBIENTE ORGANIZACIONAL
1.
Interdependência das organizações com a sociedade.
2.
Conjunto organizacional.
Estratégia Organizacional
(segundo a abordagem estruturalista)
1.
Competição –
2.
Ajuste ou negociação.
3.
Cooptação (atrair alguém para seus objetivos) ou coopção
(agregar).
4.
Coalizão (acordo entre partidos politicos)
CONFLITOS ORGANIZACIONAIS
•
Conflito entre a autoridade do especialista (conhecimento) e a
autoridade administrativa (hierarquia)
1. Organizações especializadas.
2. Organizações não-especializadas.
3. Organizações de serviços.
2.
Dilemas da organização.
1. Dilema entre coordenação e comunicação livre.
2. Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional.
3. Dilema entre necessidade de planejamento centralizado e
necessidade de iniciativa individual
3. Conflitos entre linha e assessoria (staff).
TEORIA ESTRUTURALISTA
Segundo Ferreira, A.; Reis, C.; Pereira, I. (2002), as críticas feitas ao Estruturalismo
normalmente são respostas às críticas formuladas pelos próprios estruturalistas em
relação à outras teorias, principalmente à Teoria das Relações Humanas.
Dentre as críticas recebidas, destacam-se as seguintes:
Ampliação da abordagem:
A Teoria Estruturalista ampliou o campo de visão da administração que antes se
limitava ao indivíduo, na Teoria Clássica, e ao grupo, na Teoria das Relações Humanas,
e que agora abrange também a estrutura da organização, considerando-a um sistema
social que requer atenção em si mesmo.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Ampliação do estudo para outros campos: A Teoria Estruturalista alargou também o
campo de pesquisa da administração, incluindo organizações não- industriais e sem fins
lucrativos em seus estudos.
Convergência de várias teorias: Na visão de Chiavenato (2003), nota-se, no
Estruturalismo, uma tentativa de integração em ampliação nos conceitos das teorias
que o antecederam, a saber: A Teoria Clássica, a Teoria das Relações Humanas e a Teoria
da Burocracia.
Dupla tendência teórica: Ainda para Chiavenato (2003), alguns dos autores
estruturalistas enfatizavam somente a estrutura e os aspectos que integravam a
organização, onde a mesma é o objeto da análise.
Outros autores se atêm aos aspectos como conflitos e divisões na organização.
TEORIA ESTRUTURALISTA
Diante da fragilidade e da insuficiência da Teoria Clássica e a de Relações Humanas,
estas criando um empecilho que a própria Teoria da Burocracia não conseguiu
transpor, os estruturalistas procuram ter em vista a estrutura formal, porém,
integrando a uma abordagem mais humanística.
Consideramos, portanto, que ela é uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da
Teoria das Relações Humanas (informal), tentando integrar as duas, numa
perspectiva crítica.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA
ESTRUTURALISTA
1.
Convergência de várias abordagens divergentes.
2.
Ampliação da abordagem.
3.
Dupla tendência teórica.
4.
Análise organizacional mais ampla.
5.
Inadequação das tipologias organizacionais.
6.
Teoria de crise.
7.
Teoria de transição e de mudança.
Exercício:
Como focalizar mais amplamente as
empresas
Paulo Natan saiu da faculdade há 30 anos. Sempre trabalhou dentro dos padrões que
aprendera da Teoria Clássica, Neoclássica, Relações Humanas e Burocracia.
Agora, sua experiência profissional frente aos problemas atuais
lhe indica que se torna necessária uma nova abordagem da empresa que dirige.
Como você poderia mostrar a Paulo as diferentes abordagens múltiplas dos
estruturalistas?
Caso Introdutório:
A Peace World
Elisa Bueno precisa adotar dois focos na condução da PW: o interno e o externo. Do lado
interno, ela precisa incrementar as operações da entidade, extrair o máximo possível dos
recursos disponíveis, aumentar a motivação dos voluntários distantes que se dedicam
espontaneamente à causa do combate à pobreza e estar presente em toda a extensão
geográfica coberta pela entidade.
Do lado externo, precisa criar novas parcerias com outras organizações, incrementar as
parcerias já existentes e alcançar os objetivos propostos pela organização.
Como você poderia ajudar Elisa?
Exercício:
As alternativas da Excelsa
Mario Aguiar, gerente de departamento da Excelsa, tem suas opiniões próprias a respeito
da estrutura organizacional da empresa. Ele sabe que o rígido modelo burocrático
adotado pela empresa tem várias dimensões, cada qual podendo ser aumentada ou
diminuída conforme as necessidades.
Mario gostaria de conversar com a diretoria da empresa para expressar suas idéias a
respeito de uma estrutura organizacional melhor.
Se você estivesse no lugar de Mário, o que faria?
Exercício:
As alternativas da Excelsa
Mario Aguiar, gerente de departamento da Excelsa, tem suas opiniões
próprias a respeito da estrutura organizacional da empresa. Ele sabe
que o rígido modelo burocrático adotado pela empresa tem várias
dimensões, cada qual podendo ser aumentada ou diminuída conforme
as necessidades.
Mario gostaria de conversar com a diretoria da empresa para expressar
suas idéias a respeito de uma estrutura organizacional melhor.
Se você estivesse no lugar de Mário, o que faria?