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ORÇAMENTO
EMPRESARIAL
Prof. Osvaldo Faria de Oliveira
Administrador (CRA/SC 6257)
Mestre em Administração – UDESC/ESAG
(Foco: Avaliação Econ.Financeira de Empresas)
Adm.Fin. e Orçamentária II
1
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
DA EMPRESA
PLANEJAMENTO
CONTROLE
GESTÃO
EMPRESARIAL
COORDENAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
COMANDO
Adm.Fin. e Orçamentária II
2
A FUNÇÃO PLANEJAMENTO

“O planejamento consiste em
estabelecer com antecedência
as ações a serem executadas
dentro de cenários e condições
preestabelecidos, estimando os
recursos a serem utilizados e
atribuindo as responsabilidades,
para atingir os objetivos fixados”
(HOJI, 2000, p. 359)
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PLANEJAMENTO FINANCEIRO
“é o processo de estimar a quantia
necessária de financiamento para
continuar as operações de uma
companhia e de decidir quando e como a
necessidade de fundos seria financiada.”
(Groppelli & Nikbakht)
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Finalidade do Planejamento
Financeiro:

Desenvolver processos, mecanismos e
atitudes que tornem possível:
 Avaliar
as implicações futuras de decisões
presentes, em função dos objetivos da
organização;
 A tomada de decisões no futuro, de modo
mais rápido e eficiente.
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5
Premissas para o Planejamento
Financeiro



Fixação de objetivos gerais da empresa
(estratégicos).
Determinação dos objetivos de cada setor da
empresa, em função dos objetivos gerais (ou
estratégicos).
Estabelecimento de um sistema de
informações, que permita avaliar a execução
dos planos em confronto com as previsões.
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NÍVEIS DE DECISÃO E
TIPOS DE PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
TÁTICO
OPERACIONAL
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Decisões
Estratégicas
Planejamento
Estratégico
Decisões
Táticas
Planejamento
Tático
Decisões
Operacionais
Planejamento
Operacional
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EXEMPLOS DOS TIPOS DE
PLANEJAMENTO
NÍVEL
TIPO
Estratégico
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Tático
Planejamento
De Mercado
Planejamento
Financeiro
Planejamento
De Produção
Planejamento
RH.
Planejamento
Organizac.
Operacional
Plano de
lançamento
de novos
produtos
Plano de
investimento
em AP
Plano de
capacidade de
produção
Plano de
recrutamento e
seleção
Plano de
diretor de
sistemas
Plano de Fluxo
de Caixa
Plano de
controle da
qualidade
Plano de
treinamento
Plano de
estrutura
organizacional
Plano de
promoção
Plano de
vendas
Plano de
Pesquisas de
Mercado
Demonstrações
Contábeis
Projetadas
Plano de
estoques
Plano de
utilização da
MOB.
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Plano de
cargos e sal.
Plano de
sucessões
Plano de
rotinas adm.
Plano de
informações
gerenciais
8
Planejamento Financeiro de
Longo Prazo (Estratégico):




Em geral, cobrem um período de 2 a 10 anos.
Normalmente não são explícitos em números.
Planos financeiros integrados ao processo de
produção e marketing para orientar a empresa a
alcançar seus objetivos estratégicos.
Empresas que estão sujeitas a elevados graus de
incerteza operacional adotam horizontes mais
curtos (risco operacional).
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9
Planejamento Financeiro de
Curto Prazo:

Representa a expressão formal, em termos
quantitativos, das metas empresariais para um período
específico (normalmente 1 ano).

Na prática é o Orçamento Empresarial, composto por:

Orçamento de Vendas

Orçamento de produção

Orçamento dos custos de produção

Orçamento das despesas operacionais

Orçamento de investimentos

Orçamento de caixa
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Sistema Orçamentário
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(fonte: Sobanski, 1994, p.19)
11
SISTEMA ORÇAMENTÁRIO

Definição de Moreira:
 conjunto
de planos e políticas que, formalmente
estabelecidos em valores financeiros, permite à
administração conhecer os resultados
operacionais da empresa e executar os
acompanhamentos para que esses resultados
sejam alcançados e os possíveis desvios
analisados, avaliados e corrigidos.
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Vantagens do Sistema
Orçamentário








Introduz o hábito do exame prévio e minucioso de
informações antes da TD.
Contribui para TD mais rápidas e acertadas (eficiência
e efetividade).
Estimula a participação de todos os membros da
administração na fixação dos objetivos.
Exige quantificação das previsões.
Facilita a delegação de poderes.
Exige informações contábeis confiáveis.
Permite identificar áreas eficientes e deficientes.
Permite a utilização eficaz dos recursos disponíveis.
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Limitações do Sistema
Orçamentário






Baseia-se em estimativas.
Deve ser continuamente monitorado e adaptado às
circunstâncias.
Nem todas as empresas possuem recursos para
implementar um sistema adequado.
Atrasos na emissão dos dados comprometem as ações
corretivas.
As dificuldades de ajustes geram desconfianças em
relação ao resultado projetado.
É apenas uma ferramenta de apoio a decisão, não
podendo tomar o lugar da administração.
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FUNÇÃO CONTROLE

Compreende a aferição do desempenho (em
relação a um padrão) e a correção dos
desvios que assegure a consecução de
objetivos, de acordo com o plano da
empresa.
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ATIVIDADES DA FUNÇÃO
CONTROLE






Medir o realizado
Comparar o realizado
com o planejado
Analisar os desvios
significativos
Adotar medidas corretivas
Avaliar a efetividade das
providências tomadas
Registrar essas
informações, para
aperfeiçoar o processo de
planejamento.
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SISTEMA DE PLANEJAMENTO E
CONTROLE
PLANO ESTRATÉGICO
Componentes
Físicos
PLANO OPERACIONAL
Componentes
Financeiros
ORÇAMENTO
PLANEJAMENTO
EXECUÇÃO
RESULTADOS OBTIDOS
CONTROLE
ANÁLISE DOS DESVIOS
MEDIDAS CORRETIVAS
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Princípios Fundamentais do
Planejamento e Controle
Orçamentário
Orçamento










Envolvimento administrativo.
Adaptação organizacional.
Orientação para objetivos.
Comunicação integral.
Expectativas realistas.
Contabilidade por áreas de responsabilidade.
Oportunidade.
Aplicação flexível.
Reconhecimento do esforço individual e do grupo.
Acompanhamento.
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Para Prever é necessário
dados...

Dados externos: referem-se à economia







Crescimento da população
Comportamento do PIB (crescimento ou retração),
Políticas econômicas
Comércio com exterior
Mercado concorrente (produtos substitutos)
Mercado consumidor
Dados internos: referem-se à empresa





Informações contábeis
Estatísticas internas
Capacidade produtiva e produtividade
Políticas de preços
Perspectivas de investimentos internos
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Os dados internos e externos...

Inseridos em modelos e técnicas de previsão
proporcionam a possibilidade de previsão das
vendas, da receita e da produção.

A partir do nível de produção, estima-se os
recursos necessários (gastos – despesas,
custos, investimentos, desembolsos).

Então pode-se projetar a variação do
patrimônio da empresa.
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Esquema
GASTOS
ENVOLVIDOS
(recursos)
DADOS
EXTERNOS
PREVISÃO
DE VENDAS
NÍVEL DE
PRODUÇÃO
DADOS
INTERNOS
MUTAÇÃO
PATRIMONIAL
PASSIVO
ATIVO
PATRIM.
LÍQUIDO
TÉCNICAS DE
PREVISÃO
Quantitativas
Qualitativas
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ALGUMAS TÉCNICAS DE
PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA

Quantitativas
•
•
•

Média simples
Média móvel (com
ajuste de TxCxS)
Regressão linear
Qualitativas
•
Pesquisa de Mercado
• Projeção de cenários
• Painel de consenso
• Brainstorming
• Analogia
• Teoria da catástrofe
* Leia o Texto sobre Técnicas de Previsão – Apêndice C – Autor: Sobanski, 1994.
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Exemplo da Técnica de Regressão Linear
TAREFA: a partir de uma série temporal aleatória, de no mínimo 10 dados,
desenhe a linha de tendência e a fórmula da reta de tendência. Utilize uma
planilha eletrônica.
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ORÇAMENTO
DE VENDAS
É normalmente pelo
orçamento de vendas que se
inicia a elaboração do
Orçamento.
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Condicionantes Básicos do
Orçamento de Vendas
RESTRIÇÕES
INTERNAS E
EXTERNAS
Variáveis do mercado consumidor
Variáveis de produção
Variáveis de mercado fornecedor
Variáveis de trabalho
Variáveis de recursos financeiro
POLÍTICAS DE MKT
Preço
Produto
Promoção
Pontos de Distribuição
.
OBJETIVOS DE MKT
CONVERGEM AOS OBJ.
GERAIS DA EMPRESA
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Restrições no Orçamento de
Vendas

Restrições Internas
•
Capacidade produtiva
insuficiente
• Estrutura
adm.inadequada
• Pessoal interno
inabilitado
• Insuficiência de capital
de giro

Restrições Externas
•
Política de comércio
exterior desfavorável
• Política monetária
(crédito e taxa de
juros) desfavorável
• Mercado fornecedor
precário
• Restrição de mão-deobra externa
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Pesquisa com 389 empresas revela os
métodos e técnicas de Previsão de Vendas
mais utilizados na prática
(Fonte: Welsch, 1996, p. 112-113)
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Técnicas de Previsão de Vendas utilizados
Adm.Fin. e Orçamentária II
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Métodos e Técnicas de Previsão de Vendas
mais utilizados
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Orçamento de
Produção
Depois que sabemos quanto é
nossa estimativa de venda,
poderemos calcular quanto
deveremos produzir.
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Fluxo de Vendas, Produção e Estoque
(fonte: Sobanski, 1994, p. 30)
SUB-SISTEMA
SENTIDO DOS INSUMOS
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Tipos de Processos
Produtitivos:
Produção constante:
- Maior custo de estocagem;
- Pouca flexibilidade em vendas;
- Otimização dos ativos fixos;
- Minimização do o regime extraordinário
de trabalho;
- Gestão facilitada do fluxo de materiais.
Produção variável:
- Maior custo de manutenção dos
equipamentos;
- Maior custo da mão-de-obra;
- Adm. de materiais complexa;
- Níveis de estoque menores. Baixo custo de estocagem.
- Flexibilidade de vendas.
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O Plano de Produção requer o
conhecimento:







Do Plano de Vendas
Das características de armazenamento dos
materiais
Da Economia de escala do processo
Da capacidade ótima e máxima de produção
Da duração e etapas do processo produtivo
Dos Lotes econômicos de produção
Da utilização da MOB direta
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ORÇAMENTO
DOS CUSTOS DE
PRODUÇÃO
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Orçamento de Matérias-Primas e
Compras
MP são bens adquiridos que, no processo
industrial, por transformação ou por
montagem, integram-se nos produtos
acabados.
 Custos relacionados à MP:

Custo do Material adquirido
 Despesas relativas ao processo de compra
 Despesas relativas à manutenção dos estoques
 Despesas decorrentes da falta de estoques

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Etapas para o Cálculo do
Custo das MP



Obter a quantidade de produtos a fabricar no
período a orçar;
Multiplicá-la pela quantidade padrão de
consumo de MP por unidade de produto,
obtendo a quantidade total de MP a consumir;
Multiblicar o resultado pelo custo médio unitário
previsto para o período, obtendo o custo total da
MP consumida.
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Orçamento de Compra da MP
A compra da MP depende da quantidade
de Estoque Inicial que se tem no período
a orçar e a quantidade de Estoque Final
que se pretende deixar ao final do período
a orçar.
 Obedece a fórmula básica do Estoque:

= EI + Entradas – Saídas
 Compras = EF – EI + Saídas p/ Produção
 EF
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Orçamento de Mão-de-Obra
Direta (MOD)


Compõem MOD todos os trabalhadores
relacionados na atividade fim da empresa.
Numa indústria, inclui os supervisores dos
operários, o pessoal do almoxarifado, da
manutenção, e do planejamento e controle da
produção.
Normalmente é considerado um custo variável,
dada a alta correlação entre o tempo de MOD e
o volume de produção.
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Cálculo do Custo da MOD

Remuneração Líquida da MOD:
 Horas

de MOD X Salário/Hora
Custo Total da MOD:
 Remuneração
Líquida + Encargos + DSR

Encargos: INSS, FGTS, 1/3 Férias, 13° Sal., seguros, planos de
saúde, subsídios de refeição etc.

DSR = Descanso Semanal Remunerado
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Orçamentos das Despesas do
Edifícil



Despesas do Edifício são normalmente
consideradas como Custos Indiretos de
Fabricação (CIF) e/ou despesas administrativas.
São normalmente FIXOS.
Exemplos:

Salários e encargos das chefias
 Depreciações
 Ar condicionado, água e esgoto
 Despesas de conservação predial (zeladoria)
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Orçamento dos CIF

Custos indiretos são aqueles que não podem ser
classificados como mão-de-obra direta ou matéria prima
(ou seja, não têm relação direta com o nível de
produção).

Podem ser FIXOS, VARIÁVEIS OU SEMIVARIÁVEIS.

Exemplos:






Mão-de-obra indireta
Materiais indiretos
Manutenção
Energia elétrica
Depreciação
Seguros
normalmente FIXO
normalmente VARIÁVEL
normalmente SEMIVARIÁVEL
normalmente SEMIVARIÁVEL
normalmente FIXO
normalmente FIXO
Adm.Fin. e Orçamentária II
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Orçamento das Despesas
Administrativas e Comerciais

Despesas são sacrifícios financeiros (das áreas
administrativa e comercial) para obtenção de receita.

Também podem ser FIXAS, VARIÁVEIS OU
SEMIVARIÁVEIS.

Exemplos:






Despesas de Marketing
Salários/encargos Adm. e de vendas
Telefone e comunicação
Depreciação
Material de expediente
Transporte
Adm.Fin. e Orçamentária II
normalmente FIXO
FIXO e SEMIVARIÁVEL
normalmente FIXO
normalmente FIXO
SEMIVARIÁVEL
SEMIVARIÁVEL
42
Orçamento de Caixa e
Disponibilidades

A projeção do Fluxo de Caixa é uma atividade
indispensável para a grande maioria das instituições.

A projeção do Fluxo de Caixa permite:

Visualizar a provável posição financeira da empresa e as
possíveis insuficiências ou excessos de caixa.

Avaliar com antecedência alternativas de solução para
insuficiências de caixa

Identificar a melhor opção de aplicação de recursos excedentes.

Embasar a política de pagamentos e recebimentos da empresa.
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Métodos para o Orçamento do
Fluxo de Caixa

Método dos recebimentos e pagamentos.



É o método mais detalhado, recomendado para projeções de
curto prazo.
Baseia-se nos orçamentos parciais, ajustado às datas em que
as transações se converterão em dinheiro (caixa).
Método do resultado ajustado


Recomendado para projeções superiores a um ano.
Parte-se do resultado líquido projetado (lucro líquido) ajustandoo por despesas e custos que não representam desembolso
(depreciação) e por desembolsos ou ingressos que não são
registrados no resultado econômico (DRE).
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Método Recebimentos e Pagamentos
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - CIA. PRESTADORA DE SERVIÇOS DE LIMPEZA LTDA.
CONTAS
Saldo Inicial
Agosto
-
Setembro
6.250,00
Outubro
Novembro
Dezembro
-
4.580,00
10.580,00
4.580,00
6.000,00
3.100,00
Fluxo Operacional
2.200,00
(3.580,00)
Entradas:
4.000,00
3.620,00
13.180,00
14.000,00
13.300,00
Vendas a vista
4.000,00
-
4.800,00
10.000,00
10.000,00
-
3.620,00
8.380,00
4.000,00
3.300,00
Saídas:
1.800,00
7.200,00
8.600,00
8.000,00
10.200,00
Salários operacionais (limpeza)
1.800,00
4.200,00
6.100,00
1.700,00
6.000,00
Salários Adm.
-
1.400,00
2.500,00
2.500,00
2.000,00
Materiais de limpeza
-
-
-
3.000,00
2.000,00
Materiais de expediente
-
1.600,00
-
800,00
200,00
(2.670,00)
-
-
-
-
-
Vendas a prazo
Fluxo Não operacional
4.050,00
(+) Integralização de Capital
4.500,00
(-) Compra de máquina limpeza
(-) Dividendos
Saldo Final de Caixa
-
(560,00)
450,00
50,00
-
-
-
-
2.620,00
-
-
560,00
6.250,00
-
4.580,00
10.580,00
13.120,00
Adm.Fin. e Orçamentária II
45
Método do Resultado Ajustado
1. Saldo Inicial das Disponibilidades (CX/BCOS)
2. Lucro (Resultado) Líquido Projetado
3. Adições ao Lucro Líquido
Depreciação
Venda de ativos permanentes
Redução de devedores
Redução de estoques
Aumento de credores
Aumento de capital
Sub-total:
4. Deduções do Lucro Líquido
Pagamentos antecipados
Compra de ativos permanentes
Aumento de devedores
Aumento de estoques
Redução de credores
Dividendos pagos
Sub-total:
Adm.Fin.(1+2+3-4)
e Orçamentária II
5. Saldo Final das Disponibilidades
46
ORÇAMENTO
PÚBLICO
Prof. Osvaldo Faria de Oliveira
Administrador – CRA/SC 6257
Mestre em Administração – avaliação de empresas
Adm.Fin. e Orçamentária II
47
Setor Privado X Setor Público

A distinção básica entre o setor privado e
o setor público é que:
 Na empresa privada, a administração pode
agir como bem entender, desde que não
infrinja leis.
 Na entidade pública, a administração
somente poderá agir mediante lei que
autorize a ação.
Adm.Fin. e Orçamentária II
48
O que é
Orçamento Público?

É uma lei que exprime em termos financeiros a
alocação dos recursos públicos. Esta lei autoriza
a aplicação do dinheiro público.

Nesta lei, são estimadas as receitas e fixadas as
despesas para o período seguinte.

É um instrumento de planejamento do Estado,
que espelha decisões políticas e estabelece
ações prioritárias, em face a escassez dos
recursos públicos.
Adm.Fin. e Orçamentária II
49
O Orçamento Público obedece:


Constituição Federal de 1988

Capítulo II – Das Finanças Públicas
 Seção II – Dos Orçamentos
 Artigos 165, 166, 167, 168 e 169

“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual
II – as diretrizes orçamentárias
III – os orçamentos anuais”
Lei 4.320 de 17/03/1964

“Art. 1°. Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o
disposto no art. 5°, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.”
Adm.Fin. e Orçamentária II
50
Lei 4.320/64
Título I – DA LEI DO ORÇAMENTO
Capítulo II – Disposições Gerais
Art. 2° A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa,
de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de
trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e
anualidade.
§ 1° Integrarão a Lei do Orçamento:
I – sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do
governo;
II – quadro demonstrativo da receita e despesa segundo as categorias
econômicas na forma do Anexo n. 1;
III – quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV – quadro das dotações por órgãos do Governo e da administração.
§ 2° Acompanharão a Lei do Orçamento:
I – quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos
especiais;
II – quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n. 6 a 9;
III – quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em
termos de realização de obras e de prestação de serviços.
Adm.Fin. e Orçamentária II
51
Princípios do
Orçamento Público

Princípio da Unidade


Princípio da Universalidade


Cada entidade de direito público deve possuir
apenas um orçamento.
Deve incorporar TODAS as receitas e despesas.
Princípio da Anualidade (ou Periodicidade)

Estabelece um período limitado para as
estimativas de receitas e fixação de despesas.
Adm.Fin. e Orçamentária II
52
Planejamento Público

Lei do Plano Plurianual (PPA)


Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)


No PPA são estabelecidos os grandes objetivos e metas do
governo, especialmente no que tange as despesas de capital
e outras delas decorrentes para programas de duração
continuada. Vigência: 4 anos.
Esta lei prioriza as metas definidas no PPA e orienta a Lei do
Orçamento. Vigência: 1 ano.
Lei Orçamentária Anual (LOA)

A LOA é a lei que autoriza a aplicação dos recursos públicos
nos itens de despesas previamente orçados. Ela é definida
com base na LDO, que por sua vez decorre do PPA.
Vigência: 1 ano.
Adm.Fin. e Orçamentária II
53
CICLO ORÇAMENTÁRIO
PPA (gestão atual):
PPA
Grandes obejetivos
e metas do governo.
(gestão passada)
Início de
MANDATO
1° ano
2° ano
LDO:
Prioriza as ações do executivo.
Indica as despesas de capital e
orienta a LOA.
3° ano
Fim de
MANDATO
LOA:
Esta é a lei do Orçamento
propriamente. A LOA autoriza a
execução das despesas.
Adm.Fin. e Orçamentária II
54
Classificações Orçamentárias

As classificações orçamentárias são
necessárias e importantes para:
padronizar informações
 facilitar formulação de programas de governo
 determinar responsabilidades pela gestão do
dinheiro público
 possibilitar análise de efeitos econômicos nas
atividades governamentais


Classificações mais importantes:
Classificação por Categoria Econômica
 Classificação Funcional Programática

Adm.Fin. e Orçamentária II
55
Classificação por Categoria Econômica
RECEITAS CORRENTES

Receita Tributária
•
•
•






DESPESAS CORRENTES

•
•
•
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
Receita de Contribuições
Receita Agropecuária
Receita Industrial
Receita de Serviços
Transferências Correntes
Outras Receitas Correntes
RECEITAS DE CAPITAL





Pessoal e Encargos

Juros e Encargos da Dívida
•
•

Vencimentos / Vantagens / Diárias
Inativos / Pensionistas / S.Família
Outros Benefícios Assistenciais
Juros sobre a Dívida
Outros Encargos Financeiros
Outras Despesas Correntes
•
•
•
Material de Consumo
Serviços de Consultoria
Outros Serviços de Terceiros
DESPESAS DE CAPITAL
Operações de Créditos
Alienação de Bens
Amortização de Empréstimos
Transferências de Capitais
Outras Receitas de Capital

Investimentos
•

Inversões Financeiras
•

Obras / Material Permanente
Aquisição de Imóveis
Amortização da Dívida
•
Pagamento de Dívidas
Adm.Fin. e Orçamentária II
56
Classificação Funcional Programática



Esta classificação permite a vinculação das dotações
orçamentárias aos objetivos de governo.
As funções de governo são desdobradas em programas,
organicamente articulados com outras funções de
governo, que, através de projetos e/ou atividades, visam
alcançar os grandes objetivos do governo.
Em resumo:



Funções: são as áreas de atuação do Governo.
Programas e Subprogramas: são meios e instrumentos de
ações para o cumprimento das funções de governo.
Projetos e Atividades: são as ações que viabilizam os
objetivos


Projetos operações limitadas no tempo (ex. construção de ponte)
Atividades operações contínuas e permanentes (ex. pessoal)
Adm.Fin. e Orçamentária II
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Funções de Governo
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01 Legislativa
02 Judiciária
03 Essencial à Justiça
04 Administração
05 Defesa Nacional
06 Segurança Pública
07 Relações Exteriores
08 Assistência Social
09 Previdência Social
10 Saúde
11 Trabalho
12 Educação
13 Cultura
14 Direitos da Cidadania
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15 Urbanismo
16 Habitação
17 Saneamento
18 Gestão Ambiental
19 Ciência e Tecnologia
20 Agricultura
21 Organização Agrária
22 Indústria
23 Comércio e Serviços
24 Comunicações
25 Energia
26 Transporte
27 Desporto e Lazer
28 Encargos Especiais
Adm.Fin. e Orçamentária II
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Exemplo da Classificação
Funcional Programática
FUNÇÃO
PROGRAMAS
Saneamento
Básico Rural
SANEAMENTO
Saneamento
Básico
Urbano
SUBPROGRAMAS
PROJETO
ATIVIDADE
Abastecimento de
Água
Projeto:
Sistema de Esgoto
Construção da estação
de tratamento de
esgoto em Fpolis
Atividade:
Pessoal da CASAN
envolvido na obra
Saneamento Geral
Adm.Fin. e Orçamentária II
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