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Boas Práticas de Prescrição e
Toxicologia Clínica
Maio - 2014
Clezio Rodrigues C. Abreu
Crf-Go 9099
Bacharelado – Farmácia – FACESA
Título de Especialista em Farmacologia Clínica – UNB
Título de Especialista em Docência do Ensino Superior – FACESA
Gestão em Assistência Farmacêutica - UFSC
Farmacêutico Resp. – Farmácia Popular do Brasil - FIOCRUZ
Professor de pós-graduação Lato sensu do instituto kalili, desde 2013.
Professor de pós-graduação Lato sensu do ETIKOS, desde 2012.
Professor de Deontologia e Administração Farmacêutica da FACESA,
Desde de 2012
Participantes
•Farmácia Hospitalar;
•Prescrição Farmacêutica e Farmácia Clínica;
•Vigilância Sanitária no Mercado Farmacêutico;
•Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica.
OBJETIVO
CONHECIMENTO SOBRE A
PRESCRIÇÃO E O USO
RACIONAL DE
MEDICAMENTO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Discutir aspectos éticos
do exercício da
Farmácia Clínica e do
uso de medicamentos.
A correta prescrição
dentro da profissão
farmacêutica
Aplicar o exercício da
Atenção Farmacêutica
no crescimento
profissional.
FARMACOLOGIA CLÍNICA
HISTÓRICO
Na década de 60, a Universidade da
Califórnia revendo o currículo de Farmácia
iniciou a discussão sobre a atuação do
Farmacêutico, surgindo a primeira geração
de Farmacêuticos Clínicos.
FARMACIA CLÍNICA
PRINCÍPIOS
• Farmácia Clínica é uma especialidade das Ciências
Farmacêuticas, cuja prática é responsabilidade do
profissional Farmacêutico.
• Compreende o julgamento e a interpretação na coleta
de
dados
necessários
para
otimização
da
farmacoterapia, com ação integrada à equipe de saúde.
• O Farmacêutico Clínico está apto a identificar sinais e
sintomas,
implementar,
monitorar
a
terapia
medicamentosa e orientar o paciente, atuando em
conjunto com outros profissionais da saúde visando a
efetividade da terapia medicamentosa.
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
• Publicada em setembro de
2013, por meio da Resolução
586 do Conselho Federal de
Farmácia (CFF)
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
Produtos Isentos de Prescrição médica
Medicamentos
Preparações
Magistrais
Alopáticos
Dinamizados
Plantas
Medicinais
Drogas Vegetais
- Homeopatia;
- Antroposofia;
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
Medicamentos Tarjados
Diagnóstico
Prévio
- Curso
Programas de
saúde
Protocolos
Acordos de
colaboração
reconhecido de Farmacologia Clínica
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
De medicamentos sob prescrição médica
O farmacêutico poderá prescrever
medicamentos cuja dispensação
exija prescrição médica, desde
que condicionado à existência de
diagnóstico prévio e:
Art. 6º Resol. 586/13 CFF
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
De medicamentos sob prescrição médica
• Apenas quando estiver previsto em programas,
protocolos, diretrizes ou normas técnicas aprovados
para uso no âmbito de instituições de saúde; e
• Quando
da
formalização
de
acordos
de
colaboração com outros prescritores ou instituições
de saúde.
Art. 6º Resol. 586/13 CFF
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
De medicamentos dinamizados
Para a prescrição destes medicamentos, será
exigido, pelo CRF, o reconhecimento de título de
especialista em Homeopatia ou Antroposofia.
Art. 6º Resol. 586/13 CFF
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
De medicamentos sob prescrição médica
Para o exercício deste ato será exigido, pelo CRF o
reconhecimento de título de specialista ou de
especialista profissional farmacêutico na área clínica,
com comprovação de formação que inclua
conhecimentos e habilidades em boas práticas de
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica.
•
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
Uso Correto do Medicamento
prescrição
adequada
Uso racional
fármaco
disponibilidade
do medicamento
dispensação
apropriada
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
O exercício deste ato deverá ser fundamentado em
conhecimentos e habilidades clínicas que abranjam:
•
Boas práticas de prescrição;
•
Fisiopatologia,
•
Semiologia;
•
Comunicação interpessoal;
•
Farmacologia clínica e terapêutica;
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
Base para a utilização racional de medicamentos
Ética e
prática Farmacêutica
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
Ética
Honestidade
Verdade
Dever
Lealdade
Justiça
Princípios
da Ética
Fidelidade
Respeito
ao direito
dos outros
Ser Fidedigno
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
PRÁTICA
Doença
Diagnósticas
Terapêuticas
Medicalização
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO
FARMACÊUTICA
Art. 3° - A dimensão ética da profissão
farmacêutica é determinada, em todos os seus
atos, pelo benefício ao ser humano, à coletividade
e ao meio ambiente, sem qualquer discriminação.
Art. 4º - Os farmacêuticos respondem pelos atos
que praticarem ou pelos que autorizarem no
exercício da profissão.
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO
FARMACÊUTICA
Art. 7° - O farmacêutico deve manter atualizados
os seus conhecimentos técnicos e científicos para
aperfeiçoar, de forma contínua, o desempenho de
sua atividade profissional.
Art. 8° - A profissão farmacêutica, em qualquer
circunstância ou de qualquer forma, não pode ser
exercida exclusivamente com objetivo comercial.
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
De acordo com a
GALLUP,2001,
nos
EUA,
o
FARMACÊUTICO
foi considerado o
PROFISSIONAL
MAIS ÉTICO DO
SÉCULO XX.
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
Os medicamentos não podem ser vistos ...
... só como bem de consumo .
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
O processo é constituído das seguintes etapas:
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
EVIDENCIAS CIENTÍFICAS
Os estudos clínicos
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
Informações sobre medicamentos
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
É muito importante para subsidiar os
profissionais da rede pública de saúde na
tomada de decisões, fornecendo informações
científicas e tecnológicas atualizadas e de alto
nível. Esta iniciativa permitirá aos profissionais
da saúde acesso de forma ágil e eficiente a
bases de dados específicas de saúde
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
FISIOPATOLOGIA
• Estudo do funcionamento do organismo durante a
doença, fisiologia patológica.
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
SEMIOLOGIA
E parte da medicina relacionada ao estudo dos
sinais e sintomas das doenças humanas e animais
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL
A importância do Profissional farmacêutico nas equipes
multidisciplinares.
Ex:
• CCIH
• PRADRONIZAÇÃO MED.
• MANIPULAÇÃO DE Q.T
• NO GERENCIAMENTO
• PROGRAMAS - SUS
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
FARMACOLOGIA CLÍNICA E TEREPEUTICA
Depende dos conhecimentos de:
INTERAÇÕES
FARMACOLOGICA
FARMACOCINETICA
FARMACODINAMICA
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
FARMACOCINETICA
1.Interações absortivas
A absorção de fármacos pode ser afetada
devido ao uso concomitante de agentes que:
1.1. tem capacidade de ligação ou complexação
Exemplos:
Tetraciclinas + cálcio = quelato
Quinolonas + antiácidos = quelatos
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
FARMACOCINETICA
1.2. Alteram o pH gástrico
Exemplos:
Hidróxido de alumínio + prometazina = absorção da
prometazina.
Ranitidina/omeprazol + itraconazol =
itraconazol
absorção do
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
Metabolização
Fase 1: Geralmente resultam na inatividade do fármaco.
Exceção: Pró-Drogas
Fase 2: Conjugados altamente polares, geralmente
inativos e excretados rapidamente na urina.
Conjugados ativos:
Ex: Glicuronato de morfina.
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
Citocromo P450:
Principal sistema catalisador
biotransformação de fármacos.
12 famílias
Família mais expressa: CYP3A4
das
reações
de
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
OXIDAÇÃO
Sistema citocromo P450
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
Indução enzimática
CYP 1A2 - Fenobarbital, Cigarro, Cafeína, Omeprazol, Fenitoína,
Carbamazepina, Vegetais crucíferos.
CYP 2C9 – Rifampicina, Carbamazepina, Etanol.
CYP 2D6 - Gestação.
CYP 2E1 – Etanol, Isoniazida, Ritonavir.
CYP 3A4 – Carbamazepina, Prednisona, Dexametasona,
Fenobarbital, Fenitoína, Hormônio de crescimento.
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
Inibição enzimática
É caracterizada pela ligação (reversível ou irreversível) de
molécula no sítio catalítico enzimático, inibindo-a
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
Inibição enzimática
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
REAÇÕES DE FASE I
REDUÇÃO
HIDRÓLISE
OXIDAÇÃO
Hidroxila, amina, carboxil e tiol
1. Resultam em fármacos inativos ou menos ativos
2. Resultam em produtos, em geral, mais reativos
quimicamente e, portanto, algumas vezes mais tóxicos ou
carcinogênicos do que a droga original
3. Preparam a droga para sofrer a reação de fase II.
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
REAÇÕES DE FASE I
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
REAÇÕES DE FASE II
XENOBIÓTICO + MOLÉCULA ENDÓGENA
REAÇÕES DE FASE II
Conjugação dos xenobióticos à moléculas pequenas e ionizáveis, como
sulfatos, ácido glucorônico, glicina ou ácido glutâmico.
Metilação, acetilação, conjugação com a glutationa.
Originam conjugados mais polares que o composto original que, regra
geral, não são tóxicos e são rapidamente excretados.
INTERAÇÕES FARMACOCINETICA
REAÇÕES DE FASE II
Ex: Metabolismo do paracetamol
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
FARMACODINÂMICA
As interações medicamentosas podem ser:
• Sinérgicas
• Antagônicas
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
SINERGISMO = EFEITOS SEMELHANTES
ADIÇÃO
mecanismos semelhantes
Duas drogas agem por mecanismos semelhantes tendo como efeito final
a soma dos efeitos de ambas. ( AAS e dipirona).
SOMAÇÃO
mecanismos diferentes
Ex: furosemida- diurético de alça administrada junto com espironolactona.
POTENCIAÇÃO
efeito é maior
ex: inibidores da MAO- e tiramina- presente no queijo, vinho, chocolatecausam hipertensão.
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
SINERGISMO = EFEITOS SEMELHANTES
• Exercício de fixação
• Se uma pessoa estiver usando amitriptilina, qual o
antiemético que deve ser usado sem potencializar os
efeitos adversos ou anular a ação farmacológica?
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
• ANTAGONISMO = EFEITOS OPOSTOS
FISIOLÓGICO:
Por mecanismos diferentes (descreve uma situação em que 2 drogas
com ações opostas no organismo tendem a cancelar uma em relação a
outra)
• Ex: corticóide x insulina
• FARMACODINÂMICO:
• competitivo (reversível e irreversível) e não-competitivo.
Ex: opióides e naloxona
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
ANTAGONISMO = EFEITOS OPOSTOS
• ANTAGONISMO QUÍMICO:
Quando as substâncias reagem entre si. ( heparina e protamina antídoto universal da heparina). As protaminas combinam-se com a
heparina,
formando
complexos
inativos
destituídos
de
ação
anticoagulante.
• Entre
os
antieméticos:
metoclopramida,
ondansetrona,
diminidrinato e dexametasona, explique se os mesmos podem ser
administrados concomitantemente e por quê?
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Caso clínico
Uma paciente com distúrbio afetivo bipolar em tratamento
com Carbonato de Lítio há alguns anos, iniciou uso de
laxantes e diuréticos como “dieta de emagrecimento” indicada
por uma amiga. Qual interação pode ocorrer com o uso
concomitante desses medicamentos e o Carbonato de Lítio?
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
-Fatores que tornam um paciente vulnerável a interações
medicamentosas:
Idade avançada
Múltiplas medicações
Doença aguda grave
Função renal e hepática prejudicada
Mais de um médico prescrevendo
medicamentos
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
O sucesso terapêutico e a
escolha do tratamento, depende:
Medicamentoso
e/ou
Não medicamentoso;
• Seleção do medicamento de
forma científica e racional;
BOAS PRÁTICAS DE PRESCRIÇÃO
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Fatores que promovem e comprometem o uso seguro e
racional de medicamentos
• Prescritores;
• Diagnósticos incompletos;
•
Pacientes buscam na internet
medicamentos baratos;
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
No Brasil, o uso incorreto de medicamentos deve-se
comumente a:
Polifarmácia;
Uso indiscriminado de antibióticos;
Prescrição não orientada por diretrizes;
Automedicação inapropriada e desmedido;
Armamentário
comercialmente.
terapêutico
disponibilizado
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Temos que considerar:





Efetividade;
Segurança e custo;
Prescrição apropriada;
Disponibilidade oportuna;
Dispensação adequadas e a utilização pelo usuário;
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Analgésicos
Antitérmicos
Anti-inflamatórios
Antibióticos
Fármacos de uso
tópico
Medicamentos
Antiparasitários
Antivirais
Antifúngicos
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Fármacos antiinflamatórios não-esteroidais (AINES)
INFLAMAÇÃO:

Conceito: Inflamação consiste numa
resposta do tecido vascularizado à
uma injúria, cujo principal objetivo é
remover o agente causador (p.ex:
corpo estranho, microorganismo) e
reparar o tecido lesado.
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
AINES-Mecanismo de ação:

São fármacos que inibem a enzima ciclooxigenase (COX),
impedindo a formação de prostaglandinas e tromboxanos.
Fosfolipídio de
membrana
Fosfolipase A2
(+)
(+)
Ácido araquidônico
Ciclooxigenase
Prostaglandinas
Tromboxanes
Lipoxigenase
Leucotrienos
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Tipos de AINEs
NÃO-SELETIVOS
SELETIVOS -COX2
Aspirina
Naproxeno
Valdecoxib (Bextra)
Indometacina
Diclofenaco
Rofecoxib (Vioxx)
Piroxicam
Nabumetona
Celecoxib (Celebra)
Ibuprofeno
Paracetamol
Ácido mefenâmico
Nimesulina
Lumiracoxib
(Prexige)
Etoricoxib (Arcóxia)
50% de seletividade para
COX2, mas ainda inibe a
COX-1
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Efeitos dos AINES:
• Efeito analgésico:
• Efeito antiinflamatório:
• Efeito antipirético:
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Reações adversas dos AINES:

Alterações gastrintestinais (não-seletivos)

Rim

Útero (não-seletivos)
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Cuidados
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Cuidados
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
ANTIBIOTICOS
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Antibiótico
Grupo de substâncias de origem microbiológico e que tem sua
ação sobre microorganismo, causando-lhes a morte (bactericidas)
ou inibe seu desenvolvimento e replicação (bacteriostáticos).
Quimioterápicos
Grupo de substâncias sintéticas que tem efeitos citotóxicos, seja
em bactérias (antibacteriano) ou em células tumorais
(antineoplásicos)
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
ANTIBIOTICOS
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
RESISTENCIA AOS ANTIBIOTICOS
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
ANTIBIOTICOS
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
FATORES QUE AUXILIAM A CORRETA PRESCRIÇÃO
• Trata-se realmente de uma infecção bacteriana?
• É uma infecção comunitária ou Hospitalar?
• Qual o foco infeccioso?
• Quais a condições predisponentes?
• Qual a gravidade da infecção
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
A melhor maneira de errar a
escolha do antibiótico
Síndrome X
Antibiótico Y
A maneira de errar menos a
escolha do antibiótico
Síndrome X
Patógeno Y
Antibiótico Z
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
O que pode direcionar a tomada de decisão
para o tratamento?

Diagnóstico clínico
Lembre-se: febre não é sinônimo de infecção.

Estudos Laboratoriais
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

Característica do Fármacos
Eficácia, espectro de ação, distribuição
corporal, segurança, vias de administração.
 Característica do paciente
Alterações fisiológicas (gravidez) e patológicas
(insuficiência renal e hepática).
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Gram-positivas x Gram-negativas
Gram-positivas
Cerca de 90% da parede celular é
constituída por peptideoglicana.
Gram-negativas
Cerca de 10% da parede celular é
constituída por peptideoglicana
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Bactérias patogênicas
Cocos Gram-positivos
- Staphylococcus sp
-Streptococcus sp
-Enterococcus sp
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Bactérias patogênicas
Gram-negativos
• Enterobactérias:
– Escherichia coli
– Klebsiella sp
– Proteus sp
– Enterobacter sp
Serratia sp, Shigella sp, Salmonella sp, Citrobacter sp, Providencia
sp, Morganella sp
• Não-fermentadores:
– Pseudomonas aeruginosa
– Acinetobacter baumannii
– Stenotrophomonas maltophilia, Bulkholderia cepacea
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
- Penicilinas
- Cefalosporinas
- Carbapenens
- Monobactâmicos
- Polimixinas
- Inibidores do Ácido Fólico
- Fenicóis
- Rifampicina
- Tetraciclina
- Nitroimidazólicos
- Derivado do Ac. Fosfônico
- Nitrofurantoína
- Quinolonas
- Aminoglicosídeos
- Macrolídeos
- Lincosaminas
- Glicopeptídeos
- Oxazolidinonas
- Lipopeptideos
- Glicilciclinas
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
ANTIFÚNGICO
Candida
Aspergillus
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Leveduriformes:
- Candida sp
c. albicans
c. tropicalis
c. Parapsilosis
c. Krusei
c. Glabrata
- Criptococcus sp
-Histoplasma capsulatum
Filamentosos:
- Aspergillus sp
- Fusarium sp
- Sedosporium sp
- Mucor
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Candida
• Várias espécies patogênicas em humanos
–
–
–
–
–
–
–
–
–
C. albicans
C. tropicalis
C. parapsilosis
C. glabrata
C. kruzei
C. guilliermondii
C. lusitaniae
C. pseudotropicalis
Outras
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Candida
FATORES QUE FAVORECEM UMA CANDIDÍASE:
• Uso prolongado de antibióticos, corticóides e
anticoncepcionais;
• Desnutrição, senilidade, diabetes, gravidez;
• Uso prolongado de álcool e fumo;
• Contato permanente com água e sabão.
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Patogenia da Candidíase Invasiva
Colonização da
pele (exógena)
• Cateter
Contaminação de
soluções IV
(exógena)
• Feridas
Colonização do trato
urinário
(endógena/exógena?)
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Aspergillus
•Manifestações clínicas
–Aspergilose alérgica
–Infecção de seios paranasais
–Aspergiloma
–Aspergilose necrotizante crônica
–Infecção do SNC
–Aspergilose invasiva
–Aspergilose pulmonar invasiva aguda
–Fungemia
–Infecção ocular
–Endocardite
–Osteomielite
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Mecanismo de ação dos antifúngicos
Inibidores funcionais
dos microtubulos
Fármacos que se
ligam ao ergosterol
Inibidores da síntese
de DNA
Inibidores da síntese
de ergosterol
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Imidazólicos
Inibição da 14α-DM (Lanosterol > Ergosterol
Cetoconazol
Fluconazol
Itraconazol
Voriconazol (Vfend®)
Posaconazol
Ravuconazol
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Imidazólicos
Cetoconazol - pH ácido
Itraconazol - pH ácido + alimento
Evitar administração concomitante de IBP
Fluconazol - Inalterado
Cetoconazol e Itraconazol
Potentes inibidores do CYP3A4
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Anfotericina B
Anfo B desoxicolato ( Fungizon® )
Anfo B dispersão coloidal ( Amphocil® )
Anfo B dispersão lipídica ( Abelcet® )
Anfo B lipossomal ( Ambisome® )
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Anfotericina B
Ação contra ergosterol da membrana celular
- Meia-vida muito longa
Dose depende da indicação
Espectro abrangente
Efeitos colaterais
 Reações imediatas de infusão
Hipocalemia
Dosagem e Reposição
IRA
Hidratação adequada
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Herpesvírus
Aciclovir
Fanciclovir
Valaciclovir
Foscarnet
Ganciclovir
Valganciclovir
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Aciclovir / Valaciclovir
Fanciclovir / Penciclovir
Análogos nucleosídeo guanina
Inibe DNA polimerase viral
Captação 400x maior pela célula infectada
Afinidade 30x maior pela polimerase viral
Valaciclovir pró-droga do aciclovir
Fanciclovir pró-droga do penciclovir
Eficácia: HSV I > HSV II > VZV > EBV > CMV
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Valganciclovir / Ganciclovir
100x mais ativo para o CMV que aciclovir
Meia-vida intracelular 18-24h
Mielotóxico, nefrotóxico, hepatotóxico
Indicações:
Retinite, pneumonite, colite, colangite
Profilaxia
e
tratamento
preemptivo
transplante
em
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Antiretrovirais
6 classes
• Inibidores da Transcripatase Reversa Análogos de
Nucleosídeo/Nucleotídeo
• Inibidores da Transcripatase Reversa Não-Análogos de Nucleosídeo
• Inibidores de Protease
• Inibidores de Fusão
• Inibidores de Entrada
• Inibidores de Integrase
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Antivirais
Lição mais importante sobre ARVs
Não sabe, NÃO MEXA!!!
Interações medicamentosas
Sempre checar !!!!
Citocromo P450 – CYP 3A4
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Antiretrovirais
Efeitos adversos comuns dos ITR-AN:
AZT – Mielotoxicidade
d4T – Neuropatia periférica , pancreatite
TDF – Insuficiência renal
DDI – Pancreatite , Neuropatia periférica
ABC – Reação de hipersensibilidade tardia
TOXICOLOGIA
INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS
TOXICOLOGIA
INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA
Conceitos básicos
- Toxicologia: ciência que estuda os efeitos
nocivos decorrentes das interações de
substâncias químicas com o organismo, sob
condições específicos de exposição.
- Efeitos tóxicos: desde uma simples
irritação nos olhos até dano hepático ou renal.
TOXICOLOGIA
Intoxicações por medicamentos – CCI/SP, 2001
Distribuição por grupo etário e ação terapêutica
≥ 60
50-59
40-49
30-39
20-29
15-19
10-14
5-9
1-4
<1
Sistema nervoso central
Sistema respiratório
Hormonais
Antimicrobianos
Analgésicos/antipiréticos/antiinflamatórios
Sistema cardiovascular
Nutrientes
Outros
TOXICOLOGIA
Intoxicações por medicamentos – CCI/SP, 2001
Distribuição por circunstância e ação terapêutica
ignorada
outra
violência/homicídio
tentativa de aborto
tentativa de suicídio
abuso
abstinência
automedicação
erro de administração
prescrição médica
uso terapêutico
ocupacional
acidente individual
Sistema nervoso central
Sistema respiratório
Hormonais
Antimicrobianos
Analgésicos/antipiréticos/antiinflamatórios
Sistema cardiovascular
Nutrientes
Outros
TOXICOLOGIA
PARACETAMOL: TOXICIDADE
 USO TERAPÊUTICO:
 Efeitos nocivos raros
 DOSES EXCESSIVAS
 Hepatotóxico e nefrotóxico
 DOSES TÓXICAS:
 Adultos: 6 – 7,5 g
 Dano hepático após consumo diário de 5g
 Crianças: > 150 mg/kg de peso (> 200 mg/kg em crianças até 6 anos)
 Óbitos: 15 g
TOXICOLOGIA
PARACETAMOL - TOXICOCINÉTICA

ABSORÇÃO
 Gastrintestinal rápida e quase completa
 Biodisponibilidade oral: 88%

DISTRIBUIÇÃO
 Distribui-se por todos líquidos corporais - VD = 1 L / kg
 LP insignificante em doses de até 60 ng/mL
 Em intoxicações agudas: LP = 20 – 50%

MEIA VIDA
 T ½: 1 a 4 h em dose terapêutica
2,9 h na intoxicação sem dano hepático
7,6 h na intoxicação com dano hepático
 Tempo até o efeito máximo: 1 a 3 h
 Tempo de concentração máxima: 0,5 a 2 h
TOXICOLOGIA
PARACETAMOL - TOXICOCINÉTICA
BIOTRANSFORMAÇÃO
Fígado
Rins
Ácido. glicurônico (60%)
Sulfato (30%)
Cisteína (3%)
Bioativação CIT. P 450 (4%)
NAPQI
EXCREÇÃO
GSH
90 – 100%
conjugados
em 24 h
BIBLIOGRAFIAS
http://www.hc.ufg.br/uploads/138/original_Guia_de_Interacoes_Medica
mentosas
http://portal.saude.gov.br/404.html
http://portal.fiocruz.br/sites/default/files/documentos/USO%20CORRET
Ocartilha_final.pdf
Katzung: Farmacologia Básica e Clínica. Ed. GuanabaraKoogan, ed
2005
Penildon, S: Farmacologia, 6a Edição, Ed. Guanabara Koogan, 2006
Goodman & Gilman. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. , Ed.
Guanabara Koogan , 10a Edição Mc Graw-Hill (2003) ou 11a edição,
2005