0004 - resgatebrasiliavirtual.com.br

Download Report

Transcript 0004 - resgatebrasiliavirtual.com.br

Manual Básico de Primeiros
Socorros
Definição de Primeiros Socorros
Primeiro socorros, é um conjunto de
procedimentos de emergência que deve
ser aplicado a uma pessoa em perigo de
vida, para evitar agravamento de seu
estado, até que receba assistência médica
especializada.
Função do Socorrista
Manter a vítima viva até a chegada do socorro,
avaliando as condições clinicas do paciente.
Avaliação da Vítima
Até pouco tempo atrás, a avaliação do paciente era
realizada em duas etapas - a avaliação primária e a avaliação
secundária. A primeira abordava a identificação e os cuidados
merecidos pela vítima nas situações de risco de vida iminente.
A segunda constituía-se na identificação de outras alterações
de risco ou agravos na condição do paciente.
Atualmente, a maioria dos programas de capacitação
em primeiros socorros ou atendimento pré-hospitalar estão
sofrendo alterações e passando a abordar o processo de
avaliação geral do paciente em, pelo menos, cinco fases
distintas, a saber:
Processo de Avaliação em
primeiros Socorros
1- Dimensionamento (avaliação) da cena;
2- Avaliação inicial do paciente;
3- Avaliação dirigida (para trauma ou para
problemas médicos);
4- Avaliação física detalhada;
5- Avaliação continuada.
1- DIMENSIONAMENTO DA CENA
1) A verificação das condições de segurança: segurança
pessoal;do paciente e de terceiros (familiares, acompanhantes,
testemunhas e curiosos);
2) A adoção de medidas de proteção pessoal ;
3) A observação dos mecanismos de trauma ou a natureza
da doença;
4) A determinação da necessidade de recursos adicionais.
Após dimensionar o problema o socorrista deverá iniciar o
gerenciamento dos riscos e o controle da cena. Esta tarefa
geralmente inclui medidas de sinalização do local, delegar uma
pessoa para chamar uma equipe médica; ambulância( Samu);
afstar curiosos e entre outros.
2- AVALIAÇÃO INICIAL
Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida,
por ordem de importância são:
1. Vias aéreas = Estão abertas/permeáveis? Existe
comprometimento da coluna cervical?
2. Respiração = A respiração está adequada?
3. Circulação = Existe pulso palpável? Existe algum
sangramento grave? Existe sinais indicativos de choque?
O socorrista deverá posicionar-se ao lado da vítima e executar a
avaliação rapidamente, geralmente em um prazo inferior a 45 segundos.
A avaliação inicial deve ser executada na seguinte seqüência:
1. Forme uma impressão geral do paciente;
2. Avalie o nível de consciência ;
3. Avalie a permeabilidade das vias aéreas/coluna cervical;
4. Avalie a respiração;
5. Avalie a circulação (presença de pulso e hemorragias graves);
6. Decida a prioridade para o transporte do paciente.
3- AVALIAÇÃO DIRIGIDA
A avaliação dirigida tem por objetivo a identificação e o
tratamento de lesões e problemas médicos apresentados pelo paciente.
Essa etapa do atendimento visa obter os componentes
necessários para que o socorrista possa fazer a decisão correta sobre
os cuidados merecidos pelo paciente. Podemos conceituá-la como
sendo um processo ordenado para obter informações, descobrir lesões
ou problemas médicos que, se não tratados, poderão vir a ameaçar a
vida do paciente.
A avaliação dirigida é realizada logo após o término da
avaliação inicial e é dividida em três etapas distintas, são elas:
1. Entrevista (paciente, familiares ou testemunhas);
2. Aferição dos sinais vitais;
3. Exame físico (limitado a uma lesão ou problema médico ou
completo da cabeça aos pés).
AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA
A avaliação do socorrista , visar verificar os seguintes
seguimentos corporais:
1) Verificar a região cervical;
2) Verifique a cabeça ;
3) Verifique a testa e a face do paciente. Inspecione os
olhos e pálpebras. Verifique o diâmetro, a simetria e a reação a luz
das pupilas.
4) Inspecione ombros apalpando a clavícula e a escápula
do paciente;
5) Inspecione e apalpe as regiões anterior e lateral do tórax
do paciente. Avalie os movimentos respiratórios, deformidades,
fraturas, áreas de contusão ou edemas;
6) Inspecione e apalpe todas as extremidades superiores e
inferiores do paciente.
7) Caso apresente alguma anormalidade, conforme descrito
acima , coloque em uma maca o paciente.
AVALIAÇÃO CONTINUADA
A avaliação ou assistência continuada é
usualmente utilizada pelas equipes de socorro
pré-hospitalar durante o transporte do paciente
até a unidade hospitalar mais adequada ao seu
tratamento definitivo. Após o término da
avaliação física detalhada, o socorrista deverá
verificar periodicamente os sinais vitais e
manter uma constante observação do aspecto
geral do paciente.
Escala CIPE
È uma escala utilizada , pelos socorrista para avaliar a
cicondição do paciente. Onde representa uma situação de
risco,conforme definido abaixo.
- Crítico: Paciente em parada respiratória ou parada
cardiorespiratória, onde devem ser transportados imediatamente para o
hospital. Nesse caso, a avaliação dirigida e a avaliação física detalhada
poderão ser realizadas durante o transporte para o hospital, no interior do
salão da viatura de emergência, simultaneamente com as medidas de
suporte básico de vida.
- Instável: Paciente inconsciente, com choque descompensado
e/ou dificuldade respiratória severa, lesão grave de cabeça ou tórax.
- Potencialmente instável: Paciente vítima de mecanismo
agressor importante, em choque compensado, portador de lesão isolada
importante ou lesão de extremidade com prejuízo circulatório ou
neurológico.
- Estável: Paciente portador de lesões menores, sem problemas
respiratórios e com sinais vitais normais.
Parada Respiratória
É a falta de ar para o sistema respiratório, sem o
ar o homem não consegue sobreviver. Se, por qualquer
razão, uma pessoa parar de respirar, diz que está
sofrendo uma parada respiratória ou asfixia. Uma
forma simples de se sentir os movimentos respiratório é
colocar as mãos sobre a parte superior do tórax da vítima.
Causas da Parada Respiratória
-Afogamento;
- Estrangulamento ou sufocação;
- Aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores
químicos;
- Presença de corpos estranhos na garganta;
-Choque elétrico;
- Asfixia;
- Traumatismo ;
- Outros
Procedimento Para Atuar em uma Parada
Respiratória
O método de respiração boca a boca consiste em soprar para dentro dos
pulmões da vítima o ar de que ela necessita.
- Inicialmente deite a vítima de costas;
- Retire da boca da vítima : dentaduras, pontes , restos de alimentos;
- Levante a nuca da vítima e incline a cabeça para trás;
- Tampe as narinas com o polegar e o indicador e abra a boca da vítima
completamente;
- Respire fundo e coloque a sua boca sobre a da vítima sem deixar
nenhuma abertura, até encher de ar os pulmões da vítima;
- Afaste sua boca da boca da vítima e observe à exalação do ar, repita de
12 a 18 vezes por minutos, uniformemente e sem interrupção;
- Mantenha a respiração boca a boca até a chegada no hospital.
Parada Cardíaca
É a parada do coração. Ausência de respiração e
circulação sanguínea.
Conduta do Socorrista em Parada cardíaca
Ao se constatar uma parada cardíaca, deve-se aplicar a
massagem cardíaca imediatamente.
- Coloque a vítima deitada de costas; Ajoelhe ao seu lado;
entrelaça os dedos, conforme a figura e faça compressões curtas
e fortes cerca de 100 compressões por minutos.
Parada Cárdiorrespiratória
É a interrupção dos batimentos cardíacos e do
pulmão.
Sinais de Parada Cardiorrespiratória
Ausência de movimentos respiratórios; ausência
de pulso ; palidez, pele fria e úmida, presença de
cianose de extremidades (pele arroxeada); dilatação
de pupilas (pela falta de oxigenação cerebral) .
Procedimento Para Atuar em uma Parada
Cardiorrespiratória
- Posicionar a vítima em decúbito dorsal (barriga para cima)
em uma superfície dura .
- Incline a cabeça da vítima e tracione o queixo para trás. A
elevação da mandíbula, com extensão da cabeça, permite a livre
passagem do ar.
- Se for 1 socorrista, realizar inicialmente 2 movimentos
respiratórios e após 15 compressões cardíacas. Não parar. Seguir
esse ritmo até a chegada do socorro.
- Se for 2 socorristas, realizar 1 movimento respiratório para
cada 5 compressões cardíacas, seguir a seqüência até a chegada do
socorro médico ou até o recuperação dos movimentos cardíacos e
respiratórios espontâneos.
Desmaio
È a perda súbita e temporária da consciência,
por falta de sangue ou oxigenação no cérebro.
Causas do Desmaio
Pode ser ocasionado por falta de alimentação
adequada (hipoglicemia), fator emocional,
debilidade orgânica, fadiga, problemas cardíacos e
cerebrais ; susto; emoções ; ambiente fechado e
quente e outras .
Sinais e Sintomas do Desmaio
Palidez (pele descorada) ;pulso rápido e fraco ;
sudorese (suor) ; perda dos sentidos .
Conduta do Socorrista em caso de Desmaio
Verificar consciência, respiração e pulso;
- Manter o ambiente ventilado;
- Afrouxar as roupas do tórax e abdome;
- Elevar membros inferiores da vítima, até
que a vítima volte ao normal.
-
Após a consciência ter voltado ,ministrar
um copo de água com açúcar .
Oriente a pessoa a procurar um médico.
Se ainda não houve o desmaio
Sentar a vítima numa cadeira,
fazer com que ela coloque a cabeça
entre as coxas e o socorrista faça
pressão na nuca para baixo, ( com a
palma da mão), enquanto ela força a
cabeça para cima por alguns
segundos. Esse movimento fará com
que aumente a quantidade de sangue e
oxigênio no cérebro.
CONVULSÃO
É uma contratura involuntária da musculatura,
provocando movimentos desordenados e, em geral,
acompanhada de perda de consciência.
Causa da Convulsão
- EPILEPSIA ( doença neurológica)
- FEBRE ALTA EM CRIANÇAS MENORES DE 6 ANOS
- TRAUMATISMO CRANIANO
- DOENÇAS INFECCIOSAS, INFLAMATÓRIAS OU TUMORES - CEREBRAIS
- AVC
- INTOXICAÇÕES
- OUTRAS
O que fazer em crise convulsiva
- Evitar que a vítima se machuque, afastando tudo
o que possa feri-la;
- Retire da boca dentaduras, proteses e eventuais
restos de alimentos;
- Se possível afrouxe as roupas;
- Não introduzir nada entre os dentes;
- Não administre nenhuma medicação ou líquidos
até que ela esteja bem desperta;
- Vigiar a respiração;
- Monitorar sinais vitais;
- Deixe-a debater-se, não a segure forte, cuidando
para que a cabeça não sofra nenhum traumatismo pois
dentro de alguns minutos, tudo cessará;
- Procure socorro médico.
Fraturas
È o rompimento total ou parcial de qualquer osso do nosso
corpo. Pode ser ocasionada por quedas, acidentes na prática de esporte ou
em casa ou trabalho.
Classificação da Fratura
- Fratura fechadas: quando não há feridas no local da fratura ou
próxima a ela.
- Fraturas expostas: quando há ferida no local do traumatismo , ou
próxima a ela, com exposição do osso.As fratuas expostas são graves e
devem ser encaminhadas ao hospital com máxima urgência.
Sinais que caracterizam uma fratura
Traumatismo; dificuldade ou incapacidade de movimento; dor e
edema na área atingida; posição anormal (desvio do eixo) do
membro; atrito, dos fragmentos ósseos; inchaço; alteração da cor da área
afetada.
Conduta do Socorrista em caso de Fratura
- Colocar a vítima em posição confortável, evitando
movê-la demasiadamente, nem permitindo levantar-se ou
sentar-se.
- Verificar a condição do local lesado, imobilizando a
região da fratura com a finalidade de impedir os movimentos
das articulações próximas à lesão. Para isso poderá usar
madeiras, tábuas, jornais dobrados ou similar.
- Nos casos em que o acidente e grave, acompanhado de
hemorragias, devemos estancar o sangue;
- Encaminhar o acidentado a um serviço médico.
Nota: Não tentar colocar o osso no fraturado no lugar,
principalmente em fraturas expostas. Não fazer massagens no
local do traumatismo.
Técnicas de imobilização de Fraturas
Esta técnica se aplicar ás fraturas de um modo geral , enquanto se
aguarda o atendimento médico.
- Colocar a membro lesado numa posição mais próxima possível
da posição normal( anatômica), impedindo o deslocamento das partes
quebradas.
- Se houver grande hemorragia, devemos estancar o sangue antes
de realizamos a imobilização.
- A imobilização deve ser feita, quando possível, entre as
articulações acima e abaixo da região onde há suspeita de fratura,
utilizando talas.
- Em casos de emergência pode-se utilizar qualquer material que
estiver ao alcance, tais como talas, pedaços de papelão, vareta de metal,
jornal dobrado etc., porém tomando cuidado no que diz respeito à
condição de higiene do material utilizado.
- Fixar tala em quatro partes: abaixo da articulação, baixo da
fratura, acima da articulação e acima da articulação.
- Levar a um médico ou hospital.
Luxações
È um deslocamento repentino e duradouro ,
parcial ou completo dos músculos extensores da articulação
(as juntas saem do seu lugar).
Conduta do Socorrista em caso de Luxações
Mantenha o acidentado em repouso, procurando
imobilizar o membro afetado com auxílio da própria
vítima, caso esteja consciente, peça a ela que coloque a
articulação afetada em uma posição menos dolorosa;
Nota: nunca tente colocar a junta afetada no local, nem
faça massagem com álcool ou outra substância. Pode-se
colocar uma bolsa de gelo sobre o local na tentativa de
aliviar a dor.
Entorse
È uma lesão da junta ou articulação causada por um
movimento brusco após um violento traumatismo de ação indireta
que leva à distensão dos ligamentos e da cápsula da articulação.
Conduta do Socorrista em caso de Entorse
Aplicar no local da lesão bolsa de gelo ou pano com água fria,
porém procurar proteger a pele da região lesada com óleo ou vaselina.
O gelo deve ser aplicado somente nas primeiras 24 horas após o
acidente.
Imobilizar o membro afetado conforme explicado no item da
fraturas.
Encaminhar o acidentado para o médico.
Obs.: calor nas primeiras 24 horas após o acidente piora o quadro de
dor.
Transporte de Acidentados
A movimentação ou transporte de um acidentado ou
doente devem ser feitos com cuidado a fim de não complicar as
lesões existentes.
Procedimento para Remoção
Controle a hemorragia, caso houve; imobilize todos os
pontos suspeitos de fraturas; manter o corpo se, em linha reta,
não ser dever curva o corpo; evite ou controle o estado de
choque; coloque a vítima na maca com auxílio de demais
socorrista; levar ao hospital mais próximo.
LEGISLAÇÃO
Conforme a NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional no item 7.5. que trata Dos primeiros socorros.
Todo estabelecimento deverá estar equipado com material
necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as
características da atividade desenvolvida; manter esse material
guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para
esse fim.
A caixa de primeiros socorros deve estar sempre presente, nas
empresas, em locais de fácil acesso. Por medida de precaução, não é
conveniente trancá-la, facilitando, assim, o seu manuseio.
CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS
- Luvas descartáveis - proteção imprescindível; Soro Fisiológico; Éter e
Álcool ; Gazes; Rolos de Atadura de Crepom;Esparadrapo ; Tesoura;
Material de Apoio
- Colar cervical - 3 tamanho; Imobilizadores laterais de cabeça; maca ;
máscara facial para RCP; Ambú-máscara - para auxílio ventilatório
Ambulância de Emergência
Colete
cervical
Cilindro de
oxigênio
Aparelho de medição de
frequência cardíaca
Aparelho de
monitoramento cardíaco
Rádio de
comunicação
Cilindro de oxigênio
Regulador de Fluxo
de oxigênio
Bolsa de remédio; equipamentos de
socorros( ambu, esparadrapo ,
desfibrilador e outros equipamentos)
Maca de resgate
Máscara de
oxigênio
Omissão de Socorro
Segundo o Código Penal Brasileiro, qualquer
indivíduo, mesmo o leigo na área da saúde (pertencente a
qualquer outra área de trabalho, ocupação ou estudo), tem
o dever de ajudar um necessitado ou acidentado ou
simplesmente chamar ajuda para estes. Do contrário,
sofrerá complicações penais.
“Artigo 135”
Deixar de prestar assistência, quando possível fazêlo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada,
ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave
e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública: Detenção, de 1 (um) a 6 (seis)
meses, ou multa. Parágrafo único. “A pena é aumentada
de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte."
Obrigado pela Atenção de todos.