A Reforma Psiquiátrica no Brasil:Política de

Download Report

Transcript A Reforma Psiquiátrica no Brasil:Política de

REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL
Serviços Substitutivos
DISCIPLINA: SAÚDE MENTAL
PROF: TICIANE COSSE BRAZ
A Reforma Psiquiátrica no Brasil:Política de
Saúde Mental do SUS
• Iniciou no final dos anos 70
A Reforma Psiquiátrica é um Movimento Social dos
Trabalhadores em Saúde Mental e não apenas de
técnicos e administradores. Seu lema é "por uma
sociedade sem manicômios".
Objetivos da Reforma Psiquiátrica
 Substituir os grandes e antigos hospitais
Psiquiátricos por unidades psiquiátricas;
Substituição do modelo de atendimento na
hospitalização e no isolamento , por uma
atenção
integrada
ao
individuo;
Construir outros modos de entendimento sobre
a loucura, conseqüentemente promovem
práticas diferenciadas .
Histórico da Reforma: (I) crítica do modelo
hospitalocêntrico (1978-1991)
1978: início efetivo do movimento social pelos
direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso
país;
Surge o movimento de trabalhadores em
saúde mental
2001 - Lei 10.216
Existem leis que "nao pegam", portarias que viram letra
morta, documentos e consensos que nao consideram a
realidade mútua, no espaco tecido entre a rede pública
de saúde e instituições formadoras e/ou profissionais
de notório saber
O que faz a Lei 10.216 pegar, ainda que com
dificuldades?
SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
RESIDENCIA TERAPEUTICA
PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA
HOSPITAL-DIA
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL CAPS
SERVIÇO DE URGENCIA EM H.GERAL
LEITO OU UNIDADE PSIQUIATRICA EM HOSPITAL
GERAL
7. HOSPITAL ESPECIALIZADO EM PSIQUIATRIA
1. RESIDENCIA TERAPEUTICA
São casas localizadas no espaço urbano, constituídas
para responder às necessidades de moradia de
pessoas portadoras de transtornos mentais graves,
institucionalizadas ou não.
Número de usuários: 1 indivíduo até no máximo 8 pessoas.
Suporte de caráter interdisciplinar: CAPS de referência ou
equipe da atenção básica.
O acompanhamento a um morador deve prosseguir,
mesmo que ele mude de endereço ou eventualmente seja
hospitalizado.
As residências não são precisamente serviços de saúde,
mas espaços de morar, de viver.
1. RESIDENCIA TERAPEUTICA
TIPOS DE SRTs EXISTENTES
Cada casa deve ser organizada segundo as necessidades e gostos de
seus habitantes, afinal é uma moradia!
Temos dois tipos de SRTs:
SRT I – focaliza-se na inserção dos moradores na rede social
existente (trabalho, lazer, educação, etc.).
O acompanhamento é realizado pelos A.C.S do PSF.
É necessário a ajuda de uma pessoa capacitada para este tipo de
apoio aos moradores.
SRT II Constituída para clientela carente de cuidados intensivos.
É necessário monitoramento técnico diário e pessoal auxiliar
permanente na residência durante 24 horas/dia.
1. RESIDENCIA TERAPEUTICA
SITUAÇÕES DIVERSAS
O respeito à individualidade e singularidade deve
prevalecer em relação às ações junto ao grupo.
Questões ligadas ao morar: contratualidade, discórdias,
disputas de espaço, namoro, barulhos, festas, crenças, etc.
À medida que o usuário ganha autonomia, passa a requerer
modos mais refinados e complexos de acompanhamento.
Os profissionais que cuidam de moradores deverão auxiliar
na aquisição de autonomia pelo usuário.
Este trabalho vai requerer dos profissionais a realização de
atividades, tais como: auxiliar em tarefas domésticas,
ajudar no pagamento de contas, na administração do
próprio dinheiro etc.,
2. PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA
OBJETIVO:
Contribuir para a reinserção social;
Facilitar o convívio social;
Assegurar os direitos civis, políticos e de cidadania.
Este programa consiste no pagamento mensal de um salário
mínimo ao beneficiado ou seu representante legal
– Período: um ou dois anos.
– Beneficiados:
Pessoas com T.M. egressos de internações psiquiátricas em
hospitais cadastrados pelo SUS.
Moradores das RT.
3.HOSPITAL-DIA
•
•
•
•
•
•
•
•
•
OBJETIVOS:
Minimizar o isolamento;
Evitar reinternações;
Reduzir o tempo de internação;
Promover organização interna do paciente;
Incentivar criatividade e produtividade;
Melhorar relações familiares;
Propiciar independência;
Facilitar integração ao ambiente social.
Solidificar a conscientização sobre o uso dos
medicamentos.
3.HOSPITAL-DIA
ABRANGENCIA DO HOSPITAL – DIA
•
•
•
•
•
Funciona diariamente de 8h às 17h.
Oferece atendimento multiprofissional.
Oficinas e grupos terapêuticos.
Alimentação.
Tempo máximo de permanência 45 dias
4.CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
CAPS
Definição:
• É um serviço de saúde aberto e comunitário
• Referencia e tratamento de pessoas acometidas de
T.M. cuja severidade e/ ou persistência não justifiquem
sua internação.
OBJETIVOS:
• Oferecer atendimento à população.
• Realizar acompanhamento clínico.
• Garantir reinserção social.
• Fortalecer laços familiares e comunitários, etc.
4.CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL CAPS
TIPOS DE ATENDIMENTOS
• Atendimento intensivo: Atendimento diário, para
pessoas com grave sofrimento psíquico em situação de
crise, ou dificuldade intensa de convívio social e
familiar.
• Atendimento semi-intensivo: atendimento 12 dias no
mês, é oferecido quando o sofrimento e a
desestruturação psíquica diminuíram, mas ainda há
necessidade de atenção direta.
• Atendimento não intensivo: Atendimento 3 vezes ao
mês, o usuário não necessita de suporte continuo da
equipe.
4.CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL CAPS
TIPOS DE CAPS
A portaria GM 336/02 cria 05 tipos de CAPS.
• CAPS I - para psicóticos e neuróticos, funciona em 02 turnos(20.000 e
50.000).
• CAPSII - para psicóticos e neuróticos, funciona 2 turnos, pode se
estender até 3 turnos (mais de 50.000).
• CAPS III – Urgência e emergência, funciona 24horas (mais de 200.000
habitantes).
• CAPS infantil – para crianças e adolescentes com T.M., funciona 2
turnos (mais de 200.000 habitantes).
• CAPS AD – Atendimento para usuários de álcool e outras substancias,
funciona 2 turnos (mais de 200.000 habitantes).
4.CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL CAPS
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL MINIMA.
–
–
–
–
–
–
Médico psiquiatra
Médico clínico
Enfermeiro
Psicólogo
Assistente Social
Terapeuta Ocupacional
5. SERVIÇO DE URGENCIA EM H.GERAL
Objetivos:
• Objetiva evitar internação;
• Atendimento resolutivo;
• Permitir retorno ao convívio social em menor tempo possível.
DISPOSIÇÕES GERAIS
• Funcionam 24 h.
• Contam com 02 leitos para internação de até 72h.
• Devem ser regionalizados
• Garantem atendimento multiprofissional
• Tipos de atendimento: individual, grupal, familiar.
• Após alta referenciar o paciente para centro de tratamento
conforma sua necessidade.
6. LEITO OU UNIDADE PSIQUIATRICA EM HOSPITAL
GERAL
•
•
•
•
•
•
•
OBJETIVO:
Oferecer retaguarda hospitalar em casos em que a internação se faça
necessária, após esgotadas todas as possibilidades de atendimento
extra hospitalares.
DISPOSIÇÕES GERAIS:
O numero de leitos não deve ultrapassar 10% da capacidade do hospital
até o máximo de 30 leitos;
O atendimento deve ser feito por equipe multiprofissional;
Deverá ter salas para trabalhos em grupo.
Os pacientes devem ter área para lazer, educação física dentre outras.
Tipos de atendimento: individual, grupal, familiar.
Preparar o paciente para a alta.
7.HOSPITAL ESPECIALIZADO EM PSIQUIATRIA
Entende por H.P. aquele cuja maioria dos leitos
se destine ao tratamento especializado de
clientela psiquiátrica em regime de internação.
DEVEM OFERECER:
Avaliação medico psicológica e social;
Atendimento individual grupal e familiar;
Preparação do paciente para a alta.
7.HOSPITAL ESPECIALIZADO EM PSIQUIATRIA
DISPOSIÇÕES GERAIS:
• É proibida a existência de celas fortes, camisas
de força;
• Deve resguardar a inviolabilidade da
correspondência do paciente;
• Todos os procedimentos devem ser registrados.
Rede de Atenção à Saúde
Mental
Centros Comunitários
Centro
de Atenção
a Idosos
de Álcool e Drogas
Centros de Atenção
à Infância e
Adolescência
PSF
PSF

PSF
CAPS
NAPS
Hospital Geral
PSF
PSF
CAIS
M
CSM
Escritórios
de
Advocacia
Centros Comunitários
Unidades de
saúde mental
PSF
Pronto
socorros
gerais
URGÊNCIA,
ENFERMARIA,
HOSPITAL-DIA,
INTERCONSULTA e
HUMANIZAÇÃO
PSF
Unidades
Básicas de
Saúde
PSF
PSF
PSF
PSF/PACs
Saúde da
Família
PSF
Residências Terapêuticas
PSF
Hospitais
Psiquiátricos