Apresentação da palestra "A Síndrome Burnout"
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Transcript Apresentação da palestra "A Síndrome Burnout"
A SÍNDROME BURNOUT:
Um desafio ao equilíbrio dos
profissionais
O que é a Síndrome Burnout?
O termo Burnout
surgiu nos Estados Unidos em
meados dos anos 70, e se trata de uma composição
de burn = queima e out = exterior sugerindo um
estresse crônico mais associado ao mundo do
trabalho, em que a pessoa sente “perder a energia”,
o entusiasmo e o interesse, comprometendo
a sua saúde e performance profissional.
As pesquisas demonstram que a
síndrome afeta principalmente aqueles
que prestam assistência ou são
responsáveis pelo desenvolvimento de
outras pessoas, tais como médicos,
enfermeiros, psicólogos, professores,
assistentes sociais, agentes
penitenciários, policiais, bombeiros,
cuidadores de pessoas com doenças
degenerativas, entre outros.
O Decreto brasileiro nº 3048/99 a
reconhece no Grupo V do CID-10
como doença do trabalho
“Síndrome de Burn-Out”,
“Síndrome do Esgotamento Profissional”
enquanto sensação de estar acabado, referindose aos transtornos mentais e do comportamento
relacionados à atividade laboral.
Como nasceu Burnout?
“O termo Burnout surgiu como uma metáfora para
exprimir
o
sentimento
de
profissionais
que
trabalhavam diretamente com pacientes dependentes
de substâncias químicas. Nos primeiros anos da
década de 70, um estudo com profissionais ligados ao
tratamento de usuários de drogas mostrou que, após
alguns meses de trabalho, esses profissionais
compartilhavam alguns sintomas
que já haviam sido observados e
até estudados, mas de forma
isolada.” (Freudenberger, 1974)
“Podia-se
observar
o
sofrimento.
Alguns reclamavam que já não viam
seus “pacientes” como pessoas que
necessitassem de cuidados especiais,
visto que eles não se esforçavam para
parar
de
usar
drogas.
Outros
reclamavam que estavam tão exaustos
que às vezes desejavam nem acordar
para não ter que ir para o trabalho.
Outros ainda afirmavam que já não
conseguiam mais atingir os objetivos
que haviam imaginado. Sentiam-se
incapazes de modificar o status quo;
sentiam-se
sintomas,
derrotados.
agora
A
estes
pesquisados
e
analisados em conjunto, atribuiu-se o
nome de burnout.
Impossível dizer desde quando o burnout
existe. A importância do trabalho de
Freudenberger foi exatamente nomear um
sentimento que já estava ali. A rosa é o
nome da rosa (Humberto Eco), ao nomear
o que sentimos podemos lidar com o que
sentimos, podemos entendê-lo, enfrentálo,
saber
(Codo,1999:240)
dos
seus
limites.”
A Síndrome Burnout é caracterizada
por três dimensões:
•Exaustão Emocional (EE)
•Despersonalização (DE)
•reduzida Realização Profissional (rRP)
1ª dimensão - Exaustão Emocional (EE)
Se refere à sensação de esgotamento
tanto físico como mental, ao
sentimento de não dispor mais de
energia para absolutamente nada. De
haver chegado ao limite das
possibilidades;
2ª dimensão - Despersonalização
(DE) não significa que o indivíduo
deixou de ter sua personalidade, mas
que esta sofreu ou vem sofrendo
alterações, levando o profissional a
um contato frio e impessoal com os
usuários de seus serviços (alunos, pacientes,
clientes, etc.), passando a denotar atitudes de
cinismo e ironia em relação às pessoas e
indiferença ao que pode vir a acontecer aos
demais;
3ª dimensão - reduzida Realização
Profissional (rRP)
Evidencia o sentimento de
insatisfação com as atividades
laborais que vem realizando,
sentimento de insuficiência, baixa
auto-estima, fracasso profissional,
desmotivação, revelando baixa
eficiência no trabalho. Por vezes, o
profissional apresenta ímpetos de
abandonar o emprego.
(Benevides-Pereira, 2002:35).
Físicos:
Fadiga constante e progressiva,
distúrbios do sono, dores musculares ou
osteomusculares, cefaléias, enxaquecas,
perturbações gastrointestinais,
imunodeficiência, transtornos
cardiovasculares, distúrbios do sistema
respiratório, disfunções sexuais,
alterações menstruais nas mulheres.
Psíquicos:
Falta de atenção, de concentração,
alterações de memória, lentificação do
pensamento, sentimento de alienação,
sentimento de solidão, impaciência,
sentimento de insuficiência, baixa autoestima, labilidade emocional, dificuldade
de auto-aceitação, astenia, desânimo,
disforia, depressão, desconfiança,
paranóia.
Comportamentais:
Negligência ou excesso de escrúpulos,
irritabilidade, incremento da agressividade,
incapacidade para relaxar, dificuldade na
aceitação de mudanças, perda de iniciativa,
aumento do consumo de substâncias
químicas, comportamento de alto risco e no
limite, suicídio!
Defensivos:
Tendência ao isolamento,
sentimento de onipotência, perda do
interesse pelo trabalho (ou até pelo
prazer), absenteísmo, ironia,
cinismo.
Burnout é descrito como uma
cronificação do estresse quando
as formas de enfrentamento não
foram suficientes, e está
relacionado ao mundo do trabalho.
Lembre-se: Burnout tem sempre
um caráter negativo! (distresse).
Sensível diferença...
(Fonte: Folha de S. Paulo, 02/11/2010)
ESTRESSE
BURNOUT
REAÇÃO NATURAL A
UMA SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA;
DESILUSÃO CAUSADA
PELO EXCESSO DE
SITUAÇÕES
ESTRESSANTES;
ESGOTAMENTO
EMOCIONAL;
FALTA DE
SENSIBILIDADE;
REDUÇÃO DA
MOTIVAÇÃO.
ESGOTAMENTO
FÍSICO;
HIPERSENSIBILIDADE;
REDUÇÃO DA
ENERGIA.
“Jeca Tatu tinha o ventre corroído pelos
vermes, a vítima de burnout tem o
espírito
corroído
pelo
desânimo,
a
vontade minguando devagar, até atingir
os gestos mais banais, até minimizar as
vitórias mais acachapantes, a beleza e a
força da missão dando lugar ao mesmo
irritante cotidiano, por mais
diferentes que sejam os dias de
trabalho.” (Codo,1999:254)
- O TER em detrimento do SER...
- Cobranças/Exigências...
- Multicompetências...
- Mutações Tecnológicas...
-Relações descartáveis, velozes,
superficiais...
“[...] Burnout apresenta-se em pessoas normais,
em geral entusiastas e idealistas, que no contato
com o mundo profissional vão mudando seu modo
de ser e apresentando transtornos que acabam por
interferir em nível pessoal, social e institucional.
O início da síndrome pode
se dar já durante a fase
acadêmica, no período de
preparação ao trabalho”
(Benevides Pereira, 2002)
•1 minuto contra o estresse! (mãos
quentes)
•Procure fazer o que gosta;
•Não negligenciar a família, o lazer e o
esporte;
•Usufruir as férias;
•Estabeleça prioridades para
o dia;
•Selecione os seus estímulos
– o que ouve, fala, pensa e
vê, além das companhias –
pessimismo é contagiante!
•cultivar um tempo livre, sem fazer
nada; as idéias mais criativas e
brilhantes podem surgir durante o
ócio, quando a cabeça está mais
arejada;
•aprender a delegar funções, dividir
responsabilidades e confiar no talento
de seus colaboradores;
•Seja mais flexível com as suas
rotinas, porque os imprevistos
acontecem e não precisam
constituir-se em motivo de desgaste;
•Procure centrar-se no presente –
Viva o “aqui e agora”!
•Na alimentação procure evitar excessos com
substâncias conhecidas como “estressores” do
organismo = sal, álcool, açúcar refinado e cafeína;
•Invista sempre em autoconhecimento – terapia,
florais, acupuntura, homeopatia... Quanto mais
você se conhece, melhor lida com os desafios!
A SÍNDROME BURNOUT:
Um desafio ao equilíbrio dos
profissionais
Material inspirado na Dissertação de Mestrado
“Estresse e Trabalho: Os Assistentes Sociais na
mira do Burnout” PUC/São Paulo, 2004
Autora: Adriana Bispo de Araujo, Assistente
Social - CRESS nº 21.619
Cont@to: [email protected]