O que é Elasticidade
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Transcript O que é Elasticidade
Universidade Federal Rural
do Semiarido - UFERSA
Elasticidade
Jusciane da Costa e Silva
Mossoró, Março de 2010
Sumário
Elasticidade
Tensão e Deformação de Dilatação
Tensão e Deformação de Compressão
Tensão e Deformação Volumétrico
Tensão e Deformação de Cisalhamento
Elasticidade e Praticidade
ELASTICIDADE
O que é Elasticidade ?
ELASTICIDADE
Consideremos um bloco de massa m preso a uma mola.
F x
F kx
Essa força é de natureza Restauradora.
ELASTICIDADE
Relação entre as forças e as deformações para vários casos.
Introduziremos uma grandeza chamada TENSÃO (T) – Força por
unidade de área e a DEFORMAÇÃO (x) descreve a deformação
resultante do objeto.
F
T
A
A tensão caracteriza intensidade das forças que produzem:
Dilatação,
Compressão
Torção.
ELASTICIDADE
Tensão e deformação são suficientemente pequenas.
T
Tensão
m ódulode elásticidade(k )
x deform ação
A constante de proporcionalidade entre tensão e deformação
denomina-se LEI DE HOOKE.
S.I: Newton/metro (N/m)
DILATAÇÃO
Dilatação
Porque fios de energia dos postes não são muito esticados?
DILATAÇÃO LINEAR
Consideremos um objeto cuja seção reta possui área A e
comprimento L0, submetido a forças iguais e contrárias F nas
extremidades.
Dizemos que o objeto esta submetido a uma tensão de Dilatação.
DILATAÇÃO LINEAR
Tensão de dilatação
F
T
A
A unidade de tensão no SI é o Pascal (Pa).
O comprimento da barra agora é
L L0 L
A dilatação ocorre em todas as partes da barra, nas mesmas
proporções.
DILATAÇÃO LINEAR
A deformação de Dilatação é a fração da variação do comprimento
definida como a razão entre a dilatação e o comprimento original
L L0 L
Deform açãode dilatação
L0
L0
Adimensional.
Para uma tensão de dilatação suficientemente pequena, a tensão e a
deformação são proporcionais. O módulo de elasticidade
correspondente denomina-se MÓDULO DE YOUNG (Y)
FL0
Tensão dilatação
F/A
Y
deform açãodilatação L / L0
AL
Y tem unidade de tensão.
DILATAÇÃO LINEAR
Alguns valores típicos de Young são mostrado abaixo.
Um material com Y elevado é relativamente não deformável: é necessário
exercer uma tensão elevada para obter uma dada deformação. Mais fácil
deformar a borracha (5x108 Pa) do que o aço (20x1010 Pa).
COMPRESSÃO
Quando as forças na extremidade é de empurrar, em vez de puxar,
a mola é submetida a uma COMPRESSÃO
A Tensão e deformação do sistema serão TENSÃO E DEFORMAÇÃO
DE COMPRESSÃO.
COMPRESSÃO
A deformação de compressão de um objeto submetido a uma
compressão é definida do mesmo modo que a deformação de
dilatação, porém L terá sentido contrário.
A lei de Hooke e o módulo
de Young são válidas tanto
para compressão quanto para
dilatação desde que a tensão
de compressão não seja muito
elevada.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
A água exerce uma pressão aproximadamente uniforme sobre a
superfície que comprime.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
A tensão é uma pressão uniforme em todas as direções, e a
deformação resultante é uma variação no volume.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Consideremos um objeto imerso num fluido em repouso, o fluido
exercerá uma força sobre todas as partes do objeto. A força
ortogonal F por unidade de área que o fluido exerce sobre a
superfície do objeto é denominado PRESSÃO do fluido.
F
P
A
A pressão do fluido aumenta
com a profundidade.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
A pressão desempenha o papel da tensão em uma deformação
volumétrica.
V
deformação volumétric a
V
O módulo de elasticidade correspondente (razão entre tensão e a
deformação) denomina-se MÓDULO DE COMPRESSÃO (B)
tensãovolum étrica
P
B
deform açãovolum étrica
V / V0
O sinal negativo significa que a pressão
sempre produz uma diminuição do volume.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Para pequenas variações de pressão em um sólido ou em um
líquido, consideremos B constante. A tabela abaixo mostra alguns
valores do módulo de compressão para alguns materiais.
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
O inverso do módulo
COMPRESSIBILIDADE
de
1
V
K
B
PV0
Valores de compressibilidade
Materiais com módulos
de compressão pequenos
ou
compressibilidades
elevadas
podem
ser
comprimidos facilmente.
compressão
denomina-se
CISALHAMENTO
Uma terceira situação envolvendo uma relação de TENSÃO –
DEFORMAÇÃO denomina-se CISALHAMENTO.
CISALHAMENTO
Consideremos um corpo que está sendo deformado por uma
tensão de cisalhamento. Forças iguais, mas direções contrárias
atuam tangencialmente as superfícies das extremidades opostas do
objeto.
CISALHAMENTO
Tensão de Cisalhamento
T
F||
A
Uma face do objeto está sob tensão de cisalhamento e é deslocada
por uma distância x em relação a face oposta. Logo a deformação de
cisalhamento será
x
deformação de cisalho
h
Numa situação real x é muito menor que h.
CISALHAMENTO
Quando as forças são suficientemente pequenas (validade da lei
de Hooke) à deformação de cisalhamento é proporcional à tensão
de cisalhamento. O módulo de elasticidade correspondente
denomina-se módulo de cisalhamento (S)
tensãocisalham ento
F / A Fh
S
deform açãocisalham ento x / h Ax
Somente em sólidos se aplica a tensão de cisalhamento, pois depois volta a sua
forma original.
CISALHAMENTO
Alguns valores do módulo de cisalhamento
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
A lei de Hooke que relaciona tensão e a deformação em
deformações elásticas, possui um limite de validade.
Mas quais são os limites efetivos para aplicação da lei de Hooke?
Sabemos que se puxarmos, comprimirmos ou torcermos qualquer
objeto com força suficiente, ele pode se encurvar ou quebrar.
Examinando novamente a tensão e
deformação de dilatação, se fizermos
um gráfico da tensão em função da
deformação, se a lei de Hooke é
obedecida, o gráfico consiste em uma
linha reta.
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
Gráfico tensão x deformação para o cobre e o ferro doce.
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
O primeiro trecho é uma linha reta, indicando que a lei de Hooke
é válida com a tensão diretamente proporcional à deformação,
Limite de Proporcionalidade.
De a até b a tensão e deformação não são proporcionais, e a lei de
Hooke não é obedecida. Caso a tensão seja removida gradualmente,
o material retorna ao seu comprimento inicial. A deformação é
reversível, e as forças são conservativas; a energia fornecida ao
material para produzir a deformação é recuperada quando
removermos a tensão. Na região Ob dizemos que o material possui
um comportamento elástico. O ponto b, ponto final dessa região,
chama-se Ponto de Ruptura, a tensão neste ponto atingiu o
chamado Limite Elástico.
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
Quando aumentamos a tensão acima do ponto b, a deformação
contínua a crescer. Porém agora quando removermos a carga em
algum ponto posterior a b, digamos num ponto c, o material não
mais retorna ao seu comprimento original.
O comprimento correspondente a uma tensão nula é agora maior
que o comprimento original, o material sofreu uma deformação
irreversível e adquiriu uma deformação permanente.
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
Um aumento da tensão acima do ponto c produz um grande
aumento da deformação para um aumento da deformação para um
aumento relativamente pequeno da tensão, até atingir o ponto d, no
qual ocorre a FRATURA do material. O comportamento do material
no intervalo entre b e d chama-se Escoamento Plástico ou
Deformação Plástica. Uma deformação plástica é irreversível,
quando a tensão é removida, o material não volta a seu estado
inicial.
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
Quando
uma
grande
deformação plástica ocorre
entre o limite de elasticidade e
o ponto de fratura, dizemos que
esse material é DUCTIL. Ex:
Fio de ferro, deforma mas não
quebra.
No entanto quando a fratura
ocorre imediatamente após
ultrapassar o limite
de
elasticidade, o material é
QUEBRADIÇO. Ex: Fio de
aço do piano que rompe ao
ultrapassar o limite elástico.
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
A tensão necessária para produzir a fratura real de um material
denomina-se Tensão de Fratura ou limite de rigidez.
Dois materiais, como dois tipo de aço, podem possuir constantes
elásticas muito semelhantes, porém tensões de fratura muito
diferentes.
A tabela abaixo nos mostra alguns valores típicos da tensão de
fratura para diversos materiais submetidos a tensões.
ELASTICIDADE E
PLASTICIDADE
Observemos o gráfico da tensão versus deformação para a
borracha vulcanizada que foi esticada até 7x seu comprimento
original.
A tensão não é proporcional a
deformação,
mas
o
comportamento é elástico porque
quando a tensão é
removida o material retorna ao
seu
comprimento
original.
Contudo, quando aumentamos a
tensão, o material segue uma
curva diferente da curva que é
seguida quando se diminui a
tensão. Esse caso denomina-se
HISTERESE ELÁSTICA.