Missão da Igreja. - Aliança de Caxias do Sul

Download Report

Transcript Missão da Igreja. - Aliança de Caxias do Sul

MISSÃO INTEGRAL
Aliança Bíblica - 2010
Ementa.
O objetivo dessa matéria é oferecer uma
reflexão bíblica visando definir com
clareza a missão integral da igreja no
mundo.
Conteúdo.
O curso foi dividido em duas áreas principais.
A primeira parte apresenta uma introdução a missão
integral e dá uma visão panorâmica da situação no
mundo
A segunda parte examina as principais bases bíblicas
e teológicas para a missão integral.
Missão da Igreja.
Qual é a missão da Igreja?
Como a igreja cumpre sua missão?
Missão da Igreja.
Algumas respostas:
1.
2.
3.
4.
evangelizar
salvar almas
Libertar as pessoas do fogo do inferno
....
Missão da Igreja.
Porque falar de Missão Integral agora?
A igreja não tinha isto antes?
Qual era o entendimento de missão da igreja?
Missão Integral
O conceito de missão integral tem se imposto nesta
última década, especialmente em círculos evangélicos
mais abertos do terceiro mundo, como uma forma útil
de expressar a consciência de que o evangelho tem,
além da sua dimensão evangelística, uma inelutável
dimensão de responsabilidade social.
Enio R. Mueller.
Missão da Igreja.
Tanto na Bíblia como na história da Igreja
encontramos muitos exemplos do envolvimento
da igreja com a sociedade.
Podemos citar Basílio de Cesárea, a igreja
primitiva em Roma, John Wesley, Wilbeforce,
entre outros.
Mas, porque e quando mudou?
As Razões da Grande Reviravolta:
1. Luta contra a teologia liberal na virada do Século XIX
para o Século XX. Nessa época os evangélicos
estavam tão ocupados em vindicar os fundamentos da
fé que julgavam não haver tempo a perder com
preocupações sociais. (Os Fundamentos da Fé Cristã).
Um dos aspectos da teologia fundamentalista é que a
mesma defende um afastamento de tudo que fosse
sócio-político.
Não foram poucos os missionários de cunho
fundamentalista que vieram para a América Latina
com uma proposta de alienação, escapismo e não
envolvimento.
2. A teologia Pré-Milenista
“O mundo é um lugar onde as forças do mal lutam
contra as forças do bem.”
A esperança para o melhoramento da má situação da
humanidade é cristológica, dependente do retorno de
Cristo, ao invés de ser antropológica, através do
desenvolvimento progressivo humano na história.
Esta posição teológica é reducionista no seu conceito
da missão da igreja, ou seja, a igreja não se envolve
nas questões de cunho social. De acordo com este
pensamento, à igreja cabe apenas a responsabilidade
de pregar o Evangelho, e nada mais.
“Este mundo é um navio naufragando...Deus me deu um barco
salva-vidas e disse: Moody, salve todos os que você puder.”
(D.L.Moody)
A melhor ajuda que um pastor pode trazer aos problemas sociais
da comunidade é humilhar-se perante Deus, arrepender-se de
seus pecados, receber o enchimento do Espírito Santo e pregar o
evangelho puro de amor compassivo.
Charles I. Scofield – líder dispensacionalista.
3. Reação contra o Evangelho Social
Com uma visão romântica do reino de Deus os
adeptos do “evangelho social” acreditavam que
evangelizar significava ajudar as pessoas a
alcançarem o máximo de seu potencial.
“O alvo comum da igreja e do Estado é transformar a
humanidade no Reino de Deus”
“Não se trata de levar indivíduos para o céu, mas
transformar a vida aqui na terra na harmonia do céu.”
O propósito essencial do cristianismo é “transformar a
sociedade humana em Reino de Deus através da
regeneração de todos os relacionamentos humanos.”
Walter Rauschenbush
Não é de se admirar que tenha surgido uma polêmica
entre os fundamentalistas e os adeptos do evangelho
social. Os últimos decidiram se afastar de todo
envolvimento social para se concentrarem na
evangelização.
Por causa disto e apesar das suas boas intenções, os
missionários fundamentalistas que vieram a América
Latina, não incluíram em seus ensinamentos nada do
muito que a Bíblia ensina sobre deveres e
responsabilidades sociais do povo de Deus.
Este aspecto mais o elemento pré-milenista dos missionários,
na prática significa eximir-se da necessidade de enfrentar a
iniquidade social, já que “tudo se resolverá quando Jesus
reinará no milênio”.
O resultado disso é que não há necessidade de gastar
dinheiro, tempo, energia, ou seja o que for, em questões de
ordem social. Se é para gastar, que se gaste “salvando
almas”.
4. 1° Guerra Mundial
Um outra razão que levou os evangélicos a
negligenciarem a responsabilidade social foi a
desilusão e o pessimismo que se seguiram a 1º
Guerra Mundial, devido a exposição da maldade
humana. Programas sociais anteriores haviam
falhado. O homem e a sociedade pareciam
irreformáveis. Qualquer tentativa de reforma era
inútil.
5. Difusão do cristianismo entre a classe média
Outra razão de os evangélicos se alienarem das
questões sociais foi provavelmente a difusão do
cristianismo entre as pessoas da classe média, cuja
tendência era diluí-lo no processo de sua
identificação com a própria cultura.
Este foi, sem dúvida alguma, um dos fatores
subjacentes nas descobertas sociológicas americanas
apresentadas por Milton Rokeach em 1969 e
sumarizadas por David O. Moberg. Tanto um quanto
outro criticaram fortemente as influências sociais
negativas da religião organizada.
“O quadro geral que emerge dos resultados
apresentados(...) é que aqueles que superestimam a
salvação são conservadores, ansiosos por manter o
status-quo e simpatizantes ou indiferentes às causas
do negro e do pobre (...) Considerados em conjunto,
os danos sugerem um quadro do religioso como
sendo uma pessoa com uma egocêntrica preocupação
com a salvação de sua própria alma, uma orientação
voltada para outro mundo, e isto adicionado a uma
indiferença (ou até mesmo um tácito endosso) ao
sistema social que tende a perpetuar a desigualdade e
a injustiça social.”
David O. Moberg
Embora tenhamos mencionado anteriormente alguns
bons exemplos de ação social, principalmente nos
séculos XVIII e XIX, com certeza houve outras
situações em que a igreja não agiu no que concerne à
opressão e à exploração, não agiu contra esses males
ou sequer protestou contra eles.
No Brasil, apesar de algumas iniciativas, a maior
parte da comunidade evangélica mantém uma postura
avessa ao envolvimento em problemas sociais. Por
trás disso, esconde-se o receio de ser confundida com
a igreja católica Romana e sua pregação de
justificação pelas obras, ou com os espíritas e sua
crença na importância das boas obras para o
desenvolvimento espiritual do ser humano, ou, quem
sabe, até com comunistas ateus. Não raro, o máximo
que tem acontecido na comunidade evangélica é o
atendimento pastoral aos membros da igreja.
“Reviravolta da Grande Reviravolta”
1. O Pacto de Lausanne – 1974
2500 participantes de 150 nações endossaram o lema:
Que o Mundo Ouça a sua voz.
Três seções introdutórias sobre o propósito de Deus,
a autoridade da Bíblia e a singularidade de Cristo
Quarta palestra: “A Natureza da Evangelização”
Quinta palestra: “ A responsabilidade Social Cristã”
Que declara que “a evangelização e o envolvimento
sócio-político são ambos parte do nosso dever
cristão.”
2. Consulta sobre a Relação entre a Evangelização e a
Responsabilidade Social – Grand Rapids – 1982
Relatório Final: Evangelismo e Responsabilidade
Social: Um compromisso Evangélico.
A atividade social é tanto uma conseqüência quanto
uma ponte para a evangelização, e os dois são
parceiros. Os dois se unem pelo evangelho, pois este
“é a raiz de onde brotam tanto o evangelismo quanto
a responsabilidade social”.
Missão da Igreja.
Algumas coisas importantes e específicas que se tem em
mente quando falamos de missão integral da igreja:
1. A igreja tem uma vocação prioritariamente missionária
e que, no cumprimento da sua vocação, ela caminha
comprometida com a proclamação, em palavra e ação,
do Evangelho de Jesus Cristo. Isto quer dizer que,
dentre todas as coisas que a igreja está convocada a
fazer, a missão é prioritária e que nem tudo o que a
igreja faz é missão.
“Se tudo que a igreja faz é missão, então nada é
missão.” (Bispo Stephen Nill)
“Missão”, portanto, não significa tudo que a igreja faz (não
inclui nem mesmo o culto, por exemplo). Dizer que “a igreja é
missão” soa bem, mas não passa de exagero. A palavra
“missão” não serve tampouco, para designar tudo que Deus
faz na terra. Pois Deus é criador e permanece em constante
atividade no mundo, tanto na providência como na graça
comum. Outra coisa, porém, são os propósitos pelos quais
Deus mandou o seu filho, o seu Espírito Santo, os seus
apóstolos e a sua igreja ao mundo. “Missão”, antes de tudo,
significa tudo aquilo que a igreja é enviada ao mundo para
fazer. Ela abriga a dupla vocação da igreja, que é ser “o sal da
terra” e “luz do mundo”. Pois Cristo envia a igreja à terra para
ser o sal dela e a envia ao mundo para que lhe sirva de luz.”
John Stott.
Missão da Igreja.
2. A missão da igreja é mais do que a proclamação verbal e
linear do Evangelho.
A missão tem um compromisso com todo o conselho de Deus
e seu relacionamento com toda a vida, alcançando-a em sua
expressão comunitária e pessoal.
Costuma-se dizer que a missão da igreja é evangelizar.
Mas qualquer evangelização que queira apenas salvar almas
empobrece o evangelho, tem uma salvação unilateral e não
dignifica o ser humano como criado por Deus à sua imagem.
3. Missão integral = resgatar o princípio da encarnação como sendo de
fundamental importância para a vivência do que venha a ser a missão da
igreja. Deus mesmo, ao determinar que o Verbo se fizesse carne,
estabeleceu o modelo maior do que significa viver missionariamente,
segundo o coração do próprio Deus. Encarnação significa relação,
compromisso e identificação.
Relação = porque Deus prioriza a individualidade da pessoa e a
proximidade, e não o anonimato e a distância.
Compromisso = Doação, e não cobrança. Deus se deu em Cristo Jesus e
por isso missão se faz com espírito de doação.
Deus-Homem = ao assumir forma humana Deus se identificou conosco,
chegou perto e repartiu espaço.
Evangelho = vem em forma de linguagem local, querendo vestir a roupa
da gente e exalando o cheiro da nossa terra.
América Latina = no nosso contexto, encarnação significa pobreza.
O pobre tem um lugar prioritário na vida da igreja em missão no
Continente.
“Sustentamos que uma evangelização que não toma
conhecimento dos problemas sociais e que não
anuncia a salvação e soberania de Cristo dentro do
contexto no qual vivem os que ouvem, é uma
evangelização defeituosa, que trai o ensino bíblico e
não segue o modelo proposto por Cristo, que envia o
evangelista.”
Samuel Escobar
4. Missão integral = missão abraçada pela igreja.
“Só existe uma igreja, que é a igreja em missão”
“Só existe uma missão, que é a missão da igreja”.
Num mundo de tantos departamentos e num quadro
eclesiástico de tantas agências, é preciso repetir que a missão é
tarefa da igreja – concreta e local – mesmo quando levada a
cabo por determinados grupos ou setores do Corpo de Cristo.
A igreja é o ponto de partida e o ponto de chegada do trabalho
missionário .
5. A missão integral afirma a busca pela unidade da igreja.
João 17.
A partir desta oração sacerdotal de Jesus, a unidade e a missão
da igreja pertencem uma à outra, assim como o Pai e o Filho
se pertencem um ao outro.
6. A missão integral quer estar a serviço de uma igreja que
desperta para o seu chamado missionário, inclusive e também
de cunho transcultural.
7. A moldura maior dentro da qual acontece a missão é
o conceito de Reino de Deus. Aliás, a missão está a
serviço do Reino...da sua concretização histórica e do
seu anúncio escatológico. Uma missiologia do Reino
de Deus se propõe a seguir as pegadas de Jesus. É
sensível para com as necessidades humanas e pessoais
e responde a elas em nome de Jesus, enquanto aguarda
o dia em que Deus será tudo em todos e quando toda
lágrima será enxugada.
Essa missiologia quer caminhar nas pegadas de Lucas
4:18-19:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo
que me ungiu para evangelizar aos pobres;
enviou-me para proclamar libertação aos
cativos e restauração da vista aos cegos,
para pôr em liberdade os oprimidos, e
apregoar o ano aceitável do Senhor”
Mas, qual é a realidade do mundo?
Algumas vezes eu penso “Se eu morrer, eu não
terei que ver meus filhos sofrendo como estão”.
Algumas vezes eu até penso em me matar, tantas
vezes eu os vejo chorando, com fome; e lá estou
eu, sem um centavo para comprar pão para eles.
Eu penso “Meu Deus, eu não agüento mais! Eu
vou acabar com minha vida, eu não quero mais
ver isto”
Iracema da Silva
Residente de uma favela.
O tamanho do problema
 6 bilhões de pessoas na terra
 3.3 Sofrem as efeitos da pobreza
 2 bilhões vivem na pobreza
 + 1.3 bilhões vivem na miséria
 1 bilhão não tem água tratada
 1.5 bilhões sofrem com poluição do ar
 2.60 bilhões não tem saneamento
(6,800,000,000)
(3,300,000,000)
(2,000,000,000)
(1.300,000,000)
(1,000,000,000)
(1,500,000,000)
(2,250,000,000)
O Que é Pobreza?
O Banco Mundial defina pobreza assim:
Pobreza é quando alguém vive com menos de $2 por dia.
Para uma família com duas crianças:
4 x 2 = $ 8 = R$14 por dia ou R$434 por mês
Pobreza absoluta é quando alguém vive com menos de $1
por dia.
Para uma família com duas crianças:
4 x 1 = $4 = R$7 por dia ou R$216 por mês
1. É muito difícil dividir países em
ricos e pobres, 1° e 3° mundo.
• Historicamente o mundo era dividido entre
1°, 2° e 3° mundo
• Hoje em dia o Banco Mundial juntamente
com outras agências de desenvolvimento
dividem o mundo em quatro níveis de
desenvolvimento.
Renda Baixa - 3.1 bilhões de pessoas
Índia - China - Bangladesh - Geórgia - Armênia
PIB fica entre $90 - $660 per capita
Mortalidade Infantil é nove vezes mais alta nestes
países do que nos países desenvolvidos.
Analfabetismo: mais ou menos 59%
Renda Média Baixa - 1.1 bilhões de pessoas
PIB fica entre $696 - $3005
Maioria dos países Latino Americanos
Países Africanos ricos - Camarões
Nações Asiáticas – Filipinas –
Tailândia, Rússia e a Ucrânia
Renda Média Alta - 501 milhões de pessoas
PIB fica entre $2840 - 9130
Países Ricos da América Latina – México
(Argentina era um deles)
Países com desenvolvimento acelerado (Coréia
do Sul).
Renda Alta – 812 milhões de Pessoas
PIB fica entre $12600 - 35760
Nova Zelândia – Reino Unido –
EUA – Suíça - Japão.
Brasil?
Renda Baixa - 3.1 bilhões de pessoas
Renda Média Baixa - 1.1 bilhões de pessoas
Renda Média Alta - 501 milhões de pessoas
Renda Alta – 812 milhões de Pessoas
Um grande problema com esta maneira de medir
pobreza é que ela não leva em consideração o custo
de vida ou as diferenças cambiais.
 Uma lata de refrigerante no Brasil = R$1 até R$2
 Uma lata de refrigerante na Inglaterra = R$2 até R$5
No passado países inteiros
sofriam com a pobreza, mas
hoje em dia este não é mais o
caso.
Definição: Pobreza
Falta de renda e recursos produtivos que assegurem a
sustentação de um meio de vida; fome e subnutrição;
má saúde; sem acesso a educação formal e outros
serviços básicos; crescimento da taxa de mortalidade
por causa de doenças; falta de habitação e falta de
habitação adequada; meio-ambiente perigoso,
discriminação e exclusão social. É caracterizada por
falta de participação no processo de tomar decisões, e
da vida civil, social e cultural.
Definição: Pobreza Absoluta/Extrema
É uma condição caracterizada
por depravação completa das
necessidades humanas básicas
incluindo alimentação, água
potável, saneamento, saúde,
habitação, educação e
informação. No caso de pobreza
absoluta/extrema estas
deficiências ameaçam a vida.
Mas nem
todas as
notícias
são ruins.
•No terceiro mundo o nível de pobreza baixou
de 35% para 20% entre 1970 e 1992.
•Isto se deve principalmente ao grande crescimento
econômico na Indonésia e Ásia e Sub - Saara África
•No mesmo período o nível de pobreza cresceu 9% na América Latina.
•Se você tem um teto sobre a sua cabeça e
comida na sua mesa todos os dias, você tem
uma qualidade de vida melhor do que 55% da
população do mundo.
•www.globalrichlist.com
• 24.000 crianças vão morrer hoje de fome e
doenças que poderiam ser curadas facilmente.
•Ou 1000 cada hora
•Ou 17 no minuto que paramos agora
• 7.000.000 pessoas vão morrer este ano
de doenças facilmente curáveis.
• 550 Mulheres vã morrer hoje no resultado de
abortos clandestino
• 55,000,000 nenês vão ser abortados
neste ano no mundo
•1,400,000 abortos
vão ser feito no
Brasil neste ano.
AUTO RUN STARS NEXT SLIDE
Oi, amigo, você gosta de
crianças?
Certo, olhe, eles não são
adoráveis?
Amáveis?
Sim, muito doces
Você tem alguma idéia
sobre...
…a existência de algumas
crianças diferentes?
Em algum lugar na mesma terra
e ao mesmo tempo?
Elas são diferentes?
Não, elas não são.
Elas também foram criadas na
imagem de Deus
Elas são diferentes?
Sim, elas são.
Algumas delas estão pensando
sobre...
...que sabor de sorvete elas
vão tomar hoje à noite,
Mas algumas delas…
Estão pensando sobre uma
coisa,
Somente uma coisa,
… … SOBREVIVÊNCIA
Elas são diferentes?
POR QUÊ e COMO?
Diga-me sua resposta, meu
amigo.
0
P aí s
Níger
Angola
Serra Leoa
Moçambique
Malawi
China
Rússia
Chile
Cuba
EUA
Reino Unido
Austrália
Alemanha
Japão
Finlândia
Porcentagem
M ortalidade Infantil
2 50
2 00
1 50
1 00
50
P aí s
Nepal
Peru
Quênia
México
Paquistão
Etiópia
Filipinas
Indonésia
Nigéria
Brasil
China
Indía
Porcentagem
8 0 % d o s P o b re s d o M u n d o M o ra m e m D o z e
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
BRASIL
Brasil
 Brasil é a 8ª economia do mundo.
 Infelizmente o Brasil também tem a pior distribuição de
riqueza do mundo.
66% dos brasileiros vivem em alguma forma de pobreza =
112 milhões.
 Números mais conservativos estimam que 32.9 milhões de
brasileiros vivem em pobreza constante.
500,000 crianças ainda estão envolvidas com prostituição.
Brasil
 Este ano 1,400,000 abortos vão ser feitos no Brasil .
BRASIL
10% mais ricos ficam com 51.3% da
Renda do país.
10% mais pobres ficam com 0,9% da
Renda do país
Você acha que a diferença
entre os ricos e os pobres
está aumentando ou
diminuindo?
Todos os anos desde
1950 a disparidade
entre ricos e pobres
tem aumentado
Os países pobres, com algumas exceções, ficam no hemisfério sul
e os ricos no norte
Quão ricos são os 20% mais
ricos no mundo em comparação
com os 20% mais pobres?
150
Vezes!
Quanto Rico Você é?
O mundo tem seis bilhões de
pessoas. A renda das 358
pessoas mais ricas é igual a
renda das 2,7 bilhões de
pessoas mais pobres!
E OS RICOS?
$=?
$14,99
$169.95
$129,95
$129,95
$159,00
$99.99
$69.95
$59,99
$84,95
$=?
A
B
C
D
E
F
G
H
I
$14,99
$169,95
$129,95
$129,95
$159,95
$99,99
$69,95
$59,99
$84,95
$849.67
Racionalizando a nossa
Riqueza
Três respostas mais comuns
1. Ética do Barco Salva-Vidas
2. Efeito Pinga-Pinga
3. Para Evangelizar os Ricos.
1. Ética do Barco Salva-Vidas
 A expressão foi inventada por Garrett Hardin
(Universidade da Califórnia).
 Ele começou um grande debate quando escreveu
um artigo chamado “Um Argumento contra ajudar os
pobres” ( “A Case against helping the poor” (1974))
 Acredita que cada país rico é um barco salva-vidas.
 Acredita que os países ricos só vão sobreviver se
não desperdiçarem seus recursos com nações pobres.
 “Se nós comermos juntos hoje, vamos morrer de
fome juntos amanhã.”
 Acredita que os países pobres são irresponsáveis
pois tem um crescimento alto da população e que a
fome é o melhor método de controle.
Acredita que mesmo que os países ricos pudessem
ajudar os países pobres isto iria somente adiar o dia
em que eles morreriam de fome pois eles iriam crescer
numericamente ainda mais rápido.
 Hardin ignorou dados que mostravam que os países
pobres podem, e tem diminuído e taxa de natalidade
quando eles são ajudados a se desenvolver.
2. Efeito Pinga-Pinga
 Esta teoria argumenta que se os ricos comprarem mais isto
vai ajudar os pobres.
 Se comprarmos mais carros, televisores, computadores, etc.,
eventualmente o dinheiro que é gasto ira chegar aos poucos aos
pobres, pois produzirá mais empregos.
Problemas com esta teoria
 É difícil de defender que a pouca quantia que talvez chegue
aos pobres será tão eficaz quanto se o dinheiro fosse dado a
uma agência de desenvolvimento.
 Pessoas que mantém esta visão ignoram completamente os
dados que provam o contrário.
3. Para Evangelizar os Ricos.
 Alguns evangélicos defendem que eles tem que viver
um modo de vida mais ostentoso para evangelizar os
ricos.
Ex.: Garden Grove Evangelical Church (Califórnia).
 Esta igreja tem no momento um prédio que vale
milhões de dólares com chafariz que o pastor pode
acionar do púlpito.
 Como eles justificam isto?
Nós estamos tentando impressionar os ricos americanos
sem religião. É óbvio que não estamos tentando
impressionar Cristãos. Nem estamos tentando
impressionar os assistentes sociais. Eles nos diriam que
deveríamos nos contentar com o nosso templo antigo e
dar o dinheiro aos pobres. Mas vamos supor que
tivéssemos feito isso? Nós ainda teríamos os pobres e
famintos e Deus não teria esta tremenda base de
operações que Ele está usando para inspirar pessoas a se
tornarem mais bem sucedidas, mais ricas e mais
genuinamente generosas nas suas ofertas.
Pastor Robert Schuller.
Perguntas para nós
1. Quanto do meu modo de vida
esta diretamente relacionado
com meu testemunho para o
meu vizinho rico?
2. Quanto dos meus bens pode
ser dado aos pobres sem afetar
meu testemunho?
3. Na verdade quanto das minhas
riquezas eu posso abandonar
para ser fiel a Cristo que disse
que aquele que não alimenta o
pobre está condenado
eternamente (não pertence a
ele)? (Mt. 25:45-46)
Pai Desconhecido
deus
deus
Demiuge
Materia Má
JESUS
Deus
deus
deus
Achamoth
Fez os Humanos
Usando matéria má
Mais alguns espíritos
Bons.
O que acontece quando acreditamos que somente o lado
espiritual tem importância Eterna
 Quando pensamos sobre nosso pecados, onde eles
normalmente ocorrem? No mundo físico
 Redenção: a remoção dos efeitos do pecado se torna algo
que só pode acontecer no futuro.
 Redenção se torna algo puramente pessoal que não tem
efeitos no mundo.
 Desvaloriza a presença de Deus no mundo e na criação.
 Desvaloriza o pobre que também foi feito por Deus.
 Nega os efeitos do pecado corporativo.
Os efeitos do Gnosticismo no envolvimento da
igreja com a Sociedade
1. A separação entre os aspectos físicos e o
espirituais da vida tem conseqüências importantes
para o desenvolvimento.
2. Geralmente dá prioridade ao espiritual.
3. O aspecto acima é muito diferente da cosmovisão
bíblica.
4. A separação entre espiritual e físico apareceu
primeiro no terceiro século.
5. Esta enraizado no Gnosticismo. Não é uma teoria
cristão.
Será que existe um lugar para os cristãos
se envolverem com política e ação social?
 Se sim, será que nossa teologia e
discernimento bíblico deveriam afetar a
maneira como nos envolvemos?
 Será que é absolutamente necessário
para a igreja se envolver com estas áreas?
TEOLOGIA
Literalmente o estudo de Deus – mas para nós
cristãos tem que ser mais do que isto. Não existe
muito sentido em estudar Deus se o que
aprendemos não muda a maneira como vivemos.
Se você estuda sobre a Trindade por quatro anos e
pode explicá-la para qualquer pessoa mas ela não
transforma a maneira como você vive, não valeu
de nada todo o seu esforço.
COSMOVISÃO
Toda cosmovisão está baseada na
resposta dada a três perguntas básicas:
1. Origem do universo e da humanidade.
De onde viemos, como chegamos aqui. Não podemos
saber o que somos a menos que saibamos de onde
viemos e para que estamos aqui.
2. A presente condição da humanidade.
Qual é o problema e de onde vem? Vem de dentro de nós,
opressão, falhas nas estrelas, está dentro de nós?
3. Realização da natureza humana.
Como a humanidade chega ao seu alvo máximo, a ser o
mais humana possível. Temos várias propostas para que a
humanidade chegue ao seu alvo. Marxismo, Nova Era,
Espiritismo Kardecista são exemplos de propostas.
A apresentação da proposta ou
cosmovisão cristã está em
Gênesis 1-2-3:
1. Criação: Deus Criou com um
Propósito
2. Queda: O problema é o pecado
3. Redenção: é a realização da
natureza humana de acordo com a
vontade de Deus para a humanidade
Estes três aspectos, ou o que pensamos
deles afetarão nossas decisões éticas o
tempo todo.
O que diz a Bíblia
A CRIAÇÃO
1. Criação ex-nihilo: Com as palavras iniciais de Ge
1:1 a pré-existência de Deus em relação a todas as
coisas ficou estabelecida. Ele criou tudo a partir do
nada, sem material pré-existente (ex-nihilo) e como
tal é a fonte de todas as coisas as quais ele declarou
“muito boas” (Ge 1:31)
2. Cada ato da criação foi deliberado: como Deus
criou do nada, cada parte da criação foi um ato
“bom” e deliberado a partir do amor.
3. Deus criou o trabalho, antes da queda. O mesmo
não é resultado da queda da humanidade.
4. O ato original da criação divina é original. Humanamente
falando uma idéia nunca é totalmente original e
desconhecida, estas são raras. Mesmo assim usam o que já
foi inventado por Deus. Deus não está limitado a nada
externo a ele. Suas únicas limitações são sua própria natureza
e as escolhas que faz.
5. Também significa que nada que foi feito é intrinsecamente
mau. Deus viu o que criou e considerou ‘boa’ cinco vezes.
(Ge 1.10; 12,18, 21, 25). Viu o ser humano e considerou bom
Ge 1.31. Não podemos fazer um dualismo entre uma esfera
superior divina e uma esfera inferior não divina. Se tudo deve
sua existência a Deus e tudo que Deus fez era totalmente
bom, Não podemos pensar que a matéria seja inerente ou
intrinsecamente má.
6. A doutrina da criação também impõe uma
responsabilidade sobre a raça humana. Não podemos culpar
nosso comportamento culpando a malignidade da esfera
material. O mundo material não é inerentemente mau. Nosso
pecado deve ser um exercício de nossa liberdade. Também
não podemos culpar a sociedade. A sociedade humana
também fazia parte do que Deus fez, e era muito boa. Ver a
sociedade como a causa do pecado é, portanto, uma manobra
imprecisa e enganosa. Nós corrompemos a sociedade.
7. A doutrina da criação não nos deixa depreciar a
encarnação de Cristo. Se o mundo material fosse
inerentemente mau, seria muito difícil aceitar o fato de que a
Segunda pessoa da trindade assumiu a forma humana,
incluindo um corpo material.
8. A doutrina da criação nos ajuda a evitar o asceticismo. A
crença na idéia de que a natureza física é má têm levado
muitos, incluindo cristãos, a se esquivar do corpo humano e
de qualquer tipo de satisfação física. O espírito sendo mais
divino é a esfera apropriada do bem e da piedade. Meditação,
uma dieta austera, abstinência do sexo, são consideradas
condições de espiritualidade. Mas a doutrina da criação
afirma que Deus fez todas as coisas e as fez boas. Tudo,
portanto, é redimível. Para encontrar a salvação e a
espiritualidade, não se deve fugir da esfera material nem
evitá-la, mas santificá-la.
9. Somos um com a natureza e as outras pessoas. Somos da
mesma família. A negação deste princípio por cristãos tem
negado a importância de se cuidar do mundo, da natureza e
etc.
10. A doutrina cristã da criação também rejeita o panteísmo.
A idéia que a criação é parte de Deus e de alguma forma
também divina. Então pedras não têm poder, nada na
natureza tem poder em si. Nada é divino, só Deus. Todo o
restante é criatura e dependente de Deus e nenhuma jamais
poderá se igualar a Deus, pois só Deus é o criador da
realidade. Por isso não podemos adorar nada a não ser Deus.
SERES HUMANOS
 Somos criatura. Não temos vida independente.
 A humanidade faz parte da criação. Fomos criados em um
dos dias da criação, então somos mais ligados a criação do que
a Deus. Isso significa que deveria ter harmonia entre nós e o
restante das criaturas. Ecologia (casa) da idéia de uma família.
 Humanidade ocupa um lugar singular na criação. Imagem e
semelhança. O resto foi feito segundo a sua espécie.
 Há um vínculo comum entre todos os seres humanos.
Descendência de um único par original significa que estamos
todos relacionados uns com os outros, mesmo os não cristãos.
Mas somos todos filhos rebeldes e alienados de Deus e uns
dos outros.
 Somos limitados. Devemos ser humildes e saber que todos
os nossos julgamentos podem estar errados.
A limitação é propósito de Deus. Portanto não é má.
 Os seres humanos são algo maravilhoso. Devemos
apreciar as habilidades e realizações da humanidade. Somos
dotados de poder criativo, mas não de poder de criar.
A imagem de Deus nos Seres Humanos:
Por mais que nossa resposta à pergunta - De onde vieram os seres
humanos - seja importante para compreendermos quem são e o que são
os seres humanos, ela não nos diz tudo que precisamos saber. Ainda
precisamos saber o que foi que Deus fez surgir quando criou a
humanidade.
Se investigarmos a descrição bíblica da humanidade, vamos descobrir
que as pessoas hoje estão, na realidade, numa condição anormal. O
verdadeiro ser humano não é o que encontramos na sociedade humana. O
verdadeiro homem é o ser que surgiu da mão de Deus, intocado pelo
pecado e pela queda. Na plena acepção da palavra, os únicos seres
humanos verdadeiros são Adão e Eva, antes da queda e Jesus. Todos os
outros são exemplares deformados, distorcidos, corrompidos da
humanidade. Portanto é necessário olhar para os seres humanos em seu
estado original e para Cristo a fim de avaliarmos corretamente o que
significa ser humano.
O que caracteriza os seres humanos do resto da criação é que os mesmos
foram feitos a imagem e semelhança de Deus.
A imagem de Deus nos Seres Humanos:
O conceito é crucial, pois é a imagem de Deus que nos faz
humanos.
1. A imagem de Deus é universal em toda a raça humana.
2. Não se perdeu em conseqüência do pecado, ou
especificamente na queda.
3. Está presente em todos na mesma quantidade.
4. A imagem é algo localizado na própria natureza dos seres
humanos, na maneira pela qual são formados. Ela diz
respeito ao que somos, não ao que temos ou fazemos.
5. A imagem diz respeito aos elementos que, na constituição
dos seres humanos permite-lhes o cumprimento de seu
destino. A imagem consiste nas aptidões da personalidade que
fazem com que cada ser humano seja, como Deus, capaz de
interagir com outras pessoas, pensar e refletir, e possuir livre
arbítrio. A criação divino tinha propósitos definidos. Os
homens deviam conhecer amar e obedecer a Deus. Deviam
viver em harmonia uns com os outros. Somos mais
plenamente humanos quando somos ativos nesses
relacionamentos exercemos essa função, pois estamos
cumprindo nosso telos, o propósito de Deus para nós. Mas
esses fatos são conseqüências ou aplicações da imagem. A
imagem em si é aquele conjunto de qualidades de Deus que,
refletidas nos seres humanos, tornam possíveis os
relacionamentos e o exercício do domínio.
Jesus mostrou a verdadeira imagem de Deus:
a. Tinha perfeita comunhão com o pai
b. Ele obedeceu perfeitamente a vontade do pai.
c. Jesus sempre demonstrou um grande amor pelos seres
humanos.
A intenção de Deus é que um senso semelhante de
comunhão, obediência e amor caracterizem nosso
relacionamento com Deus e que os seres humanos estejam
ligados uns aos outros pelo amor.
Somos
completamente
humanos
apenas
quando
manifestamos essas características
“A criação do homem a imagem de Deus é
direcionado a alguma coisa que acontece entre Deus e
o ser humano.”
A imagem de Deus permite a humanidade refletir as
atitudes de Deus quando ela administra a Sua
criação, isto oposto a nos dar autoridade autônoma
de agir como Deus. É neste contexto fundamental
de relacionamento que a humanidade é mandada a
dominar, subjugar (Gn 1:28) cuidar e trabalhar no
Éden (Gn 2:15)
Estes mandamentos são dados antes da queda, antes
de Adão conhecer o mal. Adão vivia em total
harmonia com seu meio-ambiente.
• Quando Adão e Eva foram colocados no Éden o
mundo era perfeito. Sem morte, sem dor, sem
lágrimas, sem fome, sem conflitos entre os gêneros.
• De acordo com Ap 21:4-34 nós vamos voltar a
este estado quando Cristo retornar e vamos morar
com ele no Novo Céu e na Nova Terra.
•
A tragédia do pecado destruiu a boa ordem da
criação. A desobediência (Gn 3:6) trouxe fratricídio
(4:8), bigamia (4:19) e assassinato (4:23ss).
A graça de Deus que luta contra o pecado para
preservar o sentido original da boa criação divina,
triunfará ao fim, plenamente, em uma nova criação,
ainda melhor que a primeira. Is 65:17-20 – 66:22
Mas o que deve acontecer neste meio tempo?
Como deveríamos viver agora? O que a Bíblia diz
sobre isto.
“Se alguém está em Cristo, é nova criatura: as
cousas antigas já passaram; eis que todas as coisas
se fizeram novas”. (2 Co 5:17). Aqui surgem as
frases idênticas de Is 65:17 e Ap 21:1,4. O cristão
regenerado é “nova criação”, não somente porque é
agora um indivíduo transformado por Cristo, mas
também, e mais profundamente porque nasceu já é
nova criação que Cristo trouxe e trará ao final da
história. Por esta mesma razão, para Tiago, os que
nasceram pela Palavra são chamados a ser
“primícias de suas criaturas” (Tg 1:18).
Em Cristo Deus recapitula a primeira criação.
Porque Deus nos deu a Bíblia?
• Testemunho da ação dele no mundo
• Nos mostrar quem é o ser humano e do que o
mesmo é capaz de fazer e do que não consegue fazer
(como salvar a si mesmo)
• Mostrar suas tentativas para se aproximar de nós.
• Mostrar quem ele é e sua intervenção na história da
humanidade
• Mostrar o caminho para a salvação, o caminho de
volta para ele e para uma plenitude de vida, vida em
abundância.
Para entender a História da Salvação revelada nas
Escrituras não é possível fazê-lo com versículos
isolados. Tem-se que levar em consideração o todo,
ter uma visão global de Gênesis a Apocalipse.
Muitas igrejas partem do pressuposto que a missão
da igreja é chegar ao fim dos tempos com o maior
número de cristãos possíveis. Esta teoria faz uma
leitura da missão da igreja a partir do fim, de
Apocalipse, sem levar em consideração o começo
da história da humanidade e o decorrer da história
revelada nas escrituras como base para a missão da
igreja.
A Bíblia começa com as mesmas palavras que ela
termina: Ge 1:1 e Ap 21:14.
“A mensagem da Bíblia é a longa marcha desde a
primeira criação até a outra criação nova e perfeita,
e nessa marcha se realiza o plano divino da
salvação. Para surpresa nossa, a história da Bíblia
não começa na terra para terminar no céu, porém
começa nesta terra para chegar à terra nova que há
de nos dar o Criador. Entendemos assim que, sem
uma adequada teologia da Criação, não podendo
haver uma teologia realmente bíblica da Missão da
Igreja.”
ABRAÃO
Porém, diante da história de pecado, des-graça e
maldição que prevalece em Gênesis 4-11, Deus
inicia com Abraão uma nova história, de graça e
benção (Gn 12:13).
A Abraão e Sara Deus promete criar por graça uma
nova nação (produto, não de Babel, mas de Javé).
Essa nação, tirada do meio das nações, voltará a elas
para ser-lhes benção. (Gn 12:2-3; 18:17ss...)
Benção = Bem-estar. Benção é shalom, é vida (Dt
30:19,20), e vida abundante, em todas as dimensões
e relações.
Gn 50:19,20
Esta é a mensagem conclusiva de Gênesis: o povo
de Deus começou a servir de benção às nações,
como instrumento de Deus para preservar a vida
entre os povos. E isto será parte integrante, para
sempre, da natureza e da vocação do Povo de Deus.
Quando Israel deixa de ser benção para os demais,
Javé a denuncia (Zc 8:13 – Jr 4:4; 26:6) e promete
um novo povo que será benção entre as nações (Zc
2:11; 8:13; Ez 36:23). Então as demais nações
participarão também da vocação do Povo de Deus,
Is 19:24ss.
Esta linha de pensamento também é proeminente no
Novo Testamento:
Mt 3:9 – O Deus de Abraão, Isaque e Jacó não é Deus
de mortos e sim de vivos.
Mt 22:32; Mc 12:26ss – É Deus de ressurreição
Lc 16:22 – Lázaro encontrou repouso no seio de
Abraão.
Mt 8:11-13; Lc 13:23-30 – Gentios estarão no grande
banquete com Abraão, no Reino de Deus, enquanto os
Judeus incrédulos, excluídos, rangerão os dentes.
Tanto Maria (Lc 1:55) e Zacarias (1:73) vêem o
nascimento do Messias como cumprimento da
promessa a Abraão. (At 3:20-26)
Várias passagens neotestamentárias dão uma
interpretação cristológica à história de Abraão. O
grande discurso sobre a luz do mundo dedica uma
ampla passagem a Abraão - João 8: 31-59. Os que
rejeitam a Cristo não podem ser verdadeiros filhos
de Abraão, pois “Abraão alegrou-se por ver o meu
dia, viu-o e regozijou-se” (8:56).
Essa “benção às nações”, que Deus prometeu a
Abraão e que Cristo realizou com sua morte,
cumpre-se cabalmente no Apocalipse.
Ap1:5 - 12:5 - Cristo é o “soberano dos reis da
terra”
22:3 – na nova Jerusalém “nunca haverá qualquer
maldição.
14:6 – (Mt 24:14) O evangelho será pregado a “cada
nação, e tribo e língua e povo”
5:9 – (7:9) e os remidos de toda tribo, língua, povo e
nação” adorarão ao Senhor.
Ap 21: 24-22:5 -
CONCLUSÃO
Se pretendemos compreender o evangelho e a
missão da igreja conforme a Escritura toda, de
Gênesis até Apocalipse, teremos que entendê-lo
clara e objetivamente como “benção às nações”.
Benção espiritual, por fé na morte de Cristo,
evidentemente.
Benção pessoal, ao conhecer pessoalmente a Cristo,
com certeza.
Mas também, benção física e material, no
verdadeiro sentido hebraico de “benção”.
O pecado é maldição, mas o evangelho é benção.
Os que foram tocados pela graça de Deus,
proclamam e procuram o bem (bem-dizem) para as
pessoas e nações, “para fazer que se conserve muita
gente em vida.” (Gn 50:20)
Cristo tomou sobre si a maldição do pecado, para
que a benção de Abraão, em toda a sua realidade
concreta e integral, chegasse às nações.
Ser cristão, redimido pela graça do Senhor, significa
nunca se cansar de fazer o bem: “por isso, enquanto
tivermos oportunidade, façamos bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé. (Gl 6:9ss)
1 Jo 2:29; 3:7, 10, 16-18.
Tg 4:17
Ser cristão, redimido por Cristo, é, por definição, ser
um ativista do bem.
Evangelizar é chamar as pessoas a se entregarem a
Cristo para o perdão dos seus pecados – e para se
incorporarem com Cristo no projeto divino de ser
benção às nações. Afinal de contas, evangelho
escatologia e ética são inseparáveis.
Por seus frutos os conhecereis, disse o Senhor:
“tive fome e me destes de comer, entrai na posse do
reino que vos está preparado.” (Mt 25:34ss).
Nós somos salvos pela fé: não pela fé sem obras,
mas pela “fé que atua com amor” (Gl 5:6).
Ele defendeu a causa do
pobre e do necessitado, e,
assim tudo corria bem. Não
é isso que significa
conhecer-me?
Jer 22:16 N.V.I.
JESUS
Lucas 4:14-30 – Inauguração do Ministério de Jesus
Lucas 4:31-44 – Marcos 1:21-38
O povo de Judá estava a 700 anos esperando o
Messias prometido. (Jr 33:14-16). O messias que
iria instalar o reino de Deus na terra e acabar com
todo o sofrimento. Isto era assunto em pauta nas
sinagogas todos os sábados.
E muito embora não tivessem o Google, eles tinham
toda a informação necessária nos escritos dos
profetas. Eles sabiam de cor quais seriam os sinais
da sua chegada (Is 61:1-2) e como seria seu domínio
(Dn 7:13-14).
Não é por nada que quando Jesus começa a ensinar
eles ficaram maravilhados.
Quando ele mostra sua autoridade sobre os espíritos
do mal, eles ficaram boquiabertos. Parece que
finalmente está acontecendo.
Quem é este homem? Será ele o messias prometido?
O mais intrigante para mim é que mesmo com toda
a informação, com todas as provas que Jesus deixou
e com toda a sua autoridade, no final o povo de
Israel ainda não conseguiu vê-lo. Só informação não
é o suficiente. É necessária a presença do Espírito
Santo, o único que pode abrir nossos olhos para que
possamos ver o messias.
Hoje temos toda a informação, todo o ensino e a
presença do Espírito Santo dentro de nós. Mas será
que temos tempo e paciência para ver?
Marcos 1:21-32
“Todos ficaram maravilhados com o seu ensino,
porque lhes ensinava como alguém que tem
autoridade e não como os mestres da lei.” (v.22)
O que Jesus ensinou que deixou aquele povo tão
maravilhado? A diferença entre Jesus e os outros
escribas não estava no tema, mas na maneira como
ele os tratava. No lugar de ensinar teorias sobre
Deus e seus propósitos Jesus mostrou em situações
concretas a bondade de Deus (Lc15:1-10). No lugar
de fazer especulações sobre o reino de Deus, Jesus
anuncia a proximidade dele (Mc 1:15) e a
necessidade de fé na vida pessoal. No lugar de
ensinar a Lei como uma lista de mandamentos a
serem cumpridos, Jesus simplesmente ensina as
pessoas a segui-lo e a fazerem aos outros o que
querem que eles lhes façam (Mt 7:12).
Jesus ensinava as pessoas a viverem o seu dia-a-dia
como servos de Deus e ele mesmo colocava em
prática os sinais da chegada do reino de Deus.
Somente o messias poderia ensinar desta forma e
com tal autoridade como o profeta Daniel deixa
claro na sua visão em 7:13-14. Esta passagem deve
ser lida como revelação do messias para o povo da
época e para nós hoje. É um testemunho da sua
autoridade e poder. Assim como o povo do primeiro
século, também somos convidados a abrir os olhos e
vê-lo. E ao vê-lo decidir se vamos aceitar o seu
testemunho ou esperar por um outro.
“As notícias a seu respeito de espalharam
rapidamente por toda a região da Galiléia.”( v28)
O povo de Israel estava em crise e sofrendo sob o
domínio de Roma e clamava a Deus para que
cumprisse suas promessas e enviasse o messias. É
neste cenário que Jesus apareceu anunciando que as
promessas estavam cumpridas e que o reino de Deus
estava próximo. Você já parou para pensar o que
teria acontecido com o testemunho de Jesus se ele
não tivesse mostrado com ações a chegada do reino
de Deus? A proclamação do messias e do reino de
Deus é sempre feita através de palavras e ações.
Estes dois elementos são chaves na proclamação do
evangelho de Jesus.
Marcos 1:29-32
Ao anoitecer, depois do pôr-do-sol, o povo levou a
Jesus todos os doentes e os endemoninhados.(v.32)
Muitos cristãos gostam de procurar pelos sinais dos
fins dos tempos. E não sem razão, Jesus nos alertou
para ficarmos atentos aos mesmos. Ontem mesmo li
que na Inglaterra uma clínica de aborto foi
autorizada a fazer propaganda na televisão. Pensei,
isto sim é um sinal dos fins dos tempos.
Mas tenho a triste impressão que muitos de nós
sabem identificar os sinais do fim mas não os sinais
da presença do Reino de Deus em nós e entre nós.
Eu até arrisco dizer que muitos não sabem quais são
os sinais que devem procurar. Você sabe?
É muito comum pensarmos que estes sinais são vida
de oração, a presença no culto, o jejum entre outros.
Certamente estas são coisas que Jesus aprova e
sinais de alguém que anda com Deus.
Mas Jesus deixou sinais ao curar os enfermos, os
leprosos, os cegos, ao expulsar os demônios, dar
comida aos famintos e ao pregar as boas novas aos
pobres (Lc 4:18-19). Todos sinais de vidas
restauradas.
Já percebestes que os sinais do fim dos tempos são
sempre de morte?
O Reino de Deus é um reino de vida e vida em
abundância. Tudo que promove vida é um sinal
deste reino. Jesus além de ser o criador da vida,
também é o seu restaurador eterno. E ele garantiu
aqueles que o amam poder sobre a morte e poder
para serem promotores dos sinais do reino através
da presença do Espírito Santo (At. 1:8).
Aqueles que dizem ser seguidores e testemunhas de
Cristo sempre serão promotores da vida. Eu desafio
você a procurar e promover sinais de vida onde quer
que você esteja. Se alguém tiver fome, dá-lhe de
comer, se tiver sede, dá-lhe de beber, se estiver com
frio o vista, se for marginalizado o acolha, se estiver
doente leva-o ao médico, se estiver deprimido seja
seu amigo. (Mt 25:31-46).
Que o Senhor faça de nós promotores de vida e que
os sinais do Reino de Deus sejam visíveis em nossas
vidas e em nossas ações.