Sistema de vigilância_epidemiológica - Agnaldo

Download Report

Transcript Sistema de vigilância_epidemiológica - Agnaldo

Sistema de Vigilância para Febre do
Chikungunya e Dengue
Agnaldo Orrico - Sesab
Salvador, outubro de 2014
Sumário
 Definição, objetivo e atividades de um Sistema de
Vigilância Epidemiológica
 Premissas para organização de um SVE para
chikungunya
 Fontes de dados e indicadores para vigilância de
chikungunya
 Atributos que devem ser monitorados/avaliados no SVE
Definição de Sistema
Sistema de Vigilância Epidemiológica
Imprensa
Coordenação de
planejamento
Equipe de UBV
Academia
Laboratórios
População
Vigilâncias
Centrais de
Regulação
Setor de
Informática
Vigilância
Epidemiológica
ACE
ACS
Gestores
Unidades de
Assistência
Objetivo geral de um SVE
Resolver problemas de saúde da
coletividade humana
Atividades centrais de um SVE
Coletar e processar
dados
Atividades centrais de um SVE
Coletar e processar
dados
Produzir
informações
Atividades centrais de um SVE
Coletar e processar
dados
Produzir
informações
Interpretar
informações
Atividades centrais de um SVE
Coletar e processar
dados
Produzir
informações
Interpretar
informações
Recomendar medidas
de controle apropriada
Atividades centrais de um SVE
Coletar e processar
dados
Recomendar medidas
de controle apropriada
Divulgar informações
Produzir
informações
Interpretar
informações
Atividades centrais de um SVE
Coletar e processar
dados
Recomendar medidas
de controle apropriada
Divulgar informações
Produzir
informações
Interpretar
informações
Avaliar a efetividade
das intervenções
Atividades centrais de um SVE
Coletar e processar
dados
Recomendar medidas
de controle apropriada
Divulgar informações
Produzir
informações
Interpretar
informações
Avaliar a efetividade
das intervenções
Capacitar e atualizar
valor
quantidade
Premissas para organização de um SVE para
Chikungunya:






Bilhões de partículas virais por ml de sangue (1010).
Uma “mosquita” dois dias depois já transmite.
Viremia por até 10 dias.
População toda susceptível.
Taxa de ataque muito elevada.
Frequentemente todas as pessoas da mesma casa
adoecem.
DENGUE
CHIKUNGUNYA
Number of weekly incident cases of Chikungunya, La Réunion
Island, March 28th, 2005 – April 16th, 2006 (n = 244.000)
Pop: 816.364 hab.
Vetor: Aedes albopictus
Premissas para organização de um SVE para
Chikungunya:
 Mortalidade alta.
 Trabalhadores impossibilitados de trabalhar.
 Impactos sociais, econômicos e para o sistema de saúde.
 Risco ocupacioanal.
Premissas para organização de um SVE para
Chikungunya:
 Uma vez instalada a epidemia...o controle será muito
difícil.
 Coexistência com a dengue.
 É uma realidade.
 O sistema está sendo desafiado.
 Vai exigir adequações e mais esforços.
Stop
Um bom SVE deve possibilitar:
 Observação de tendências, variações e desvios nos
padrões epidemiológicos (comparação).
 A intervenções oportunas.
Portanto...
 Informação
oportuna (ágil) representa um
instrumento essencial para seu funcionamento e
tomada de decisão.
 As fontes de dados devem se diversificadas.
Notificação
 Comunicação da ocorrência do agravo por qualquer
cidadão.
 Compulsória para dengue e chikungunya.
 Na prática, chikungunya continuará sendo também
notificada como dengue.
 Notificação negativa.
Outras fontes de dados:
 Nas US: Prontuário médico, controle de solicitação de
exames laboratoriais, controle de faturamento
 LACEN, SUREM
 Imprensa, farmácias, população, redes sociais.
Processamento, análise e interpretação dos dados
Processamento, análise e interpretação dos
dados

Funções úteis do excel: média, quartil, tabelas
dinâmicas.
Stop
Indicadores para vigilância
chikungunya e dengue







da
febre
IIP e IB – limitados.
Número total de casos e Coeficiente de Incidência
Mortalidade
Letalidade*
Proporção casos graves/total de casos
Proporção sub agudos/total de casos
Proporção casos crônicos/total de casos
*Para dengue o denominador são os casos graves
Indicadores para vigilância
chikungunya e dengue
da
febre
Nº de casos
 por município, bairro e rua, unidade de saúde;
 por ano, mês, semana e dia.
 Diagrama de controle municipal.
 Por faixa etária, ocupação
Coeficiente de incidência
 por município versus bairro de residência;
 ano.
 faixa etária e sexo (e combinações entre eles).
Indicadores para vigilância da febre chikungunya
e dengue
Proporção de casos
 entre municípios e bairros de residência;
 por mês e por semana, por bairro versus por
município.
 por faixa etária, sexo e sintomas (e combinações
entre eles).
Razão <15 anos/>15 anos por mês;
Quartis
 por idade e mês;
Número de casos notificados de dengue segundo ano de início
dos sintomas, Feira de Santana-BA, 2007 a 2014
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Dados sujeitos a alterações.
DO
R
CE
RE
FA
TR
LE
OO
IA
RB
ITA
RI
A
NA
US
EA
S
EX
AN
TE
M
A
DI
AR
RE
IA
ED
EM
PR
A
OS
TA
ÇÃ
O
PR
UR
ID
O
FE
BR
E
M
IA
LG
IA
AR
TR
AL
GI
A
Proporção por sintomas
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
sim
20%
não
10%
0%
Casos notificados de dengue segundo semana epidemiológica
de início dos sintomas, Feira de Santana-BA, 2013 e 2014
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Dados sujeitos a alterações
Diagrama de Controle da Dengue, Feira de Santana-BA, 2014.
600.00
500.00
400.00
300.00
200.00
100.00
0.00
MÉDIA
MEDIANA
LIMITE SUPERIOR
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Dados sujeitos a alterações.
Casos de 2014
Dias entre a data de início de sintomas e a data de digitação
dos casos de dengue, segundo semana epidemiológica - Feira
de Santana 2014
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Dados sujeitos a alterações.
Casos notificados de dengue por semana de início de sintomas
no bairro George Américo e em Feira de Santana-BA, 2014
18.00
16.00
14.00
12.00
%
10.00
8.00
Correlação de Pearson
R = 0,22 até a semana 37 e
R = 0,70 entre a semana 26 a 37
6.00
4.00
2.00
0.00
%GEORGE AMÉRICO
%FSA
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Dados sujeitos a alterações.
Linear (%FSA)
Evolução percentual do nº de casos suspeitos de dengue do
bairro George Américo em relação às outras localidades de
Feira de Santana - 2014
100%
80%
60%
40%
20%
Se
m
Se 01
m
Se 03
m
Se 05
m
Se 07
m
Se 09
m
Se 11
m
Se 13
m
Se 15
m
Se 17
m
Se 19
m
Se 21
m
Se 23
m
Se 25
m
Se 27
m
Se 29
m
Se 31
m
Se 33
m
Se 35
m
37
0%
G_AMERIC
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Dados sujeitos a alterações.
FSA
Distribuição de casos notificados de dengue segundo idade - Feira
de Santana-BA e bairro George Américo, jan a set 2014
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
% FSA
%GEORGE AMERICO
os
e
m
ai
s
an
os
an
80
a
79
an
os
70
a
69
an
os
60
a
59
an
os
50
a
49
an
os
40
a
39
an
os
30
20
a
29
an
os
19
a
15
a
14
an
os
os
an
10
5
a
9
an
4
a
1
M
en
or
1
an
os
o
0,00
Distribuição de casos notificados de dengue segundo idade, sexo e
mês de início de sintomas - Feira de Santana-BA, jan a set 2014
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Antes da confirmação laboratorial, os casos suspeitos de chikungunya eram notificados como dengue
Razão entre os casos notificados de dengue em
maiores de de 15 anos e menores de 15 anos - Feira de
Santana-BA, jan a set de 2014.
1.80
Razão >= 15 anos/<15 anos
1.60
1.40
1.20
1.00
0.80
0.60
0.40
0.20
0.00
Jan
>=15 anos / <15 anos 0.77
Fev
1.16
Mar
0.68
Abr
0.91
Mai
0.86
Jun
1.00
Fonte: Boletim Dinâmico/SINAN - GT-Dengue/ Divep / Suvisa / Sesab
*Antes da confirmação laboratorial, os casos suspeitos de chikungunya eram notificados como dengue
Jul
0.90
Ago
1.61
Set
1.01
Casos notificados de dengue por bairro - Feira
de Santana-BA, jan a set de 2014
BAIRRO DE FSA
GEORGE AMERICO
M
F
%M
%F
Tot
%Tot
101 138
42
58
239
16,59
MATINHA
65 105
38
62
170
11,80
CAMPO LIMPO
34
50
40
60
84
5,83
CONJ FEIRA X
36
21
63
37
57
3,96
SEM NOME DO BAIRRO
28
26
52
48
54
3,75
MANGABEIRA
23
22
51
49
45
3,12
PARQUE IPE
11
25
31
69
36
2,50
PEDRA DO DESCANSO
14
22
39
61
36
2,50
HUMILDES
10
22
31
69
32
2,22
GABRIELA
16
15
52
48
31
2,15
8
22
27
73
30
2,08
12
16
43
57
28
1,94
TOMBA
JARDIM CRUZEIRO
Casos notificados de dengue por bairro - Feira
de Santana-BA, semana 35 a 37 de 2014
BAIRRO DE FSA
Sem
35
Sem
36
Sem
37
Tot
al
%Total
37
31
11
79
46,47
CAMPO LIMPO
7
8
1
16
9,41
JAGUARA
1
6
6
13
7,65
EM BRANCO
3
5
3
11
6,47
PARQUE IPE
3
1
1
5
2,94
SITIO NOVO
3
1
1
5
2,94
SOBRADINHO
2
2
0
4
2,35
GEORGE AMERICO
Total de casos suspeitos de dengue notificados segundo
estabelecimento de saúde – Feira de Santana, 2014
NOME
Total
%
POLICLINICA DO PARQUE YPE EMILIA FREITAS
353
25,07
POLICLINICA DO GEORGE AMERICO
268
19,03
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE DE FEIRA DE SANTA BA
165
11,72
POLICLINICA DO FEIRA X
143
10,16
POLICLINICA DO TOMBA OSVALDO MONTEIRO PIRAJA
95
6,75
POLICLINICA DA RUA NOVA FRANCISCO MARTINS DA SILVA
86
6,11
BAMBINO EMERGENCIA
61
4,33
POLICLINICA DE HUMILDES YARA STEFFANE BISPO
39
2,77
HOSPITAL ESTADUAL DA CRIANCA
37
2,63
ESF DA MATINHA
32
2,27
HOSPITAL GERAL CLERISTON ANDRADE
25
1,78
ESF DO GEORGE AMERICO III
10
0,71
SOBABY
10
0,71
1324
94,03
MAPAS
Incluir apenas os casos suspeitos de dengue dos
últimos 15 dias!!!
Distribuição espacial de casos suspeitos de
chikungunya, George Américo, sem 35 e 2014
Perguntas diretivas para interpretação
 Há mudanças no padrão epidemiológica?
 Há agregação?
 Há diferenças entre grupos?
 Como priorizar áreas?
 Quais mudanças processuais devem ser
implementadas?
 As intervenções estão sendo efetivas?
 Quais são os parâmetros?
Fluxograma de classificação da situação da dengue nos
municípios da Bahia como Emergência ou Fase 3.
Nº de casos no SINAN da semana anterior é
maior que 5 e que o limite máximo
estabelecido pelo diagrama de controle?
SIM
Emergência
NÃO
Nº de casos da Planilha Paralela na penúltima
semana maior que 5 e maior que o limite
máximo do diagrama de controle?
SIM
Emergência
NÃO
Nº de amostras para diagnóstico da dengue
(isolamento ou sorologia) do município
processadas na segunda quinzena dos
últimos trinta dias é maior que o dobro da
primeira?
SIM
Emergência
NÃO
Dois ou mais óbitos foram notificados pelo
município através da Planilha Paralela nos
últimos 15 dias?
SIM
Emergência
Stop
Quanto mais oportunas as análises, mais eficiente será
o sistema de vigilância epidemiológica.
Atributos que devem ser avaliados e/ou monitorados
periodicamente nos sistemas de vigilância epidemiológica:
 Sensibilidade – capacidade para detectar casos;
 Especificidade – capacidade de excluir os não casos;
 Representatividade – reflete a realidade?;
 Valor preditivo positivo;
 Oportunidade – rapidez para detectar, notificar e
investigar o caso;
Atributos que devem ser avaliados e/ou monitorados
periodicamente nos sistemas de vigilância epidemiológica:
 Simplicidade – operacionalização e custos (consumo
de recursos);
 Flexibilidade – adaptabilidade a novas situações
epidemiológicas ou operacionais;
 Aceitabilidade - profissionais participam
efetivamente?
Atributos que devem ser avaliados e/ou monitorados
periodicamente nos sistemas de vigilância epidemiológica:
 Atualidade dos registros no sistema,
 Pertinência das normas e instrumentos utilizados,
 Funcionamento do fluxo de informação;
 Investigações realizadas e sua qualidade;
 Composição e qualificação da equipe técnica;
Atributos que devem ser avaliados e/ou monitorados
periodicamente nos sistemas de vigilância epidemiológica:
 Sensibilidade e mobilização dos profissionais;
 Interação com as equipes de controle;
 Condições administrativas de gestão do sistema;
 Controle de insumos;
 Avaliação da efetividade das ações de controle;
Retro alimentação do sistema de VE
 Evidencia a importância da VE no processo;
 Aumenta a credibilidade dos profissionais e sociedade;
 Mobiliza apoios institucionais;
 Motiva profissionais;
 Boletins periódicos;
 Intensificação do uso da Internet como ferramenta
privilegiada para dar agilidade aos SVE.
Sugestão:
 Intensificação do uso da Internet como ferramenta
privilegiada para dar agilidade aos SVE.
OBRIGADO!!!