rede de atenção à saúde da pessoa idosa raspi – rras 6

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REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA RASPI – RRAS 6

Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa PMSP – SMS 24/02/2014

Introdução

A organização da atenção e da gestão do SUS ainda hoje se caracteriza por intensa fragmentação de serviços, de programas, de ações e de práticas clínicas, existindo incoerência entre a oferta de serviços e as necessidades de atenção.

Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.

Introdução

O cuidado de usuários deve se dar de forma integral. Essa atenção integral só é possível, se o cuidado for organizado em Rede.

Cada serviço deve ser repensado como um componente fundamental da integralidade do cuidado, como uma estação no circuito que cada indivíduo percorre, para obter a integralidade de que necessita.

(MALTA; MERHY, 2010)

Redes de Atenção à Saúde (RAS)

Estratégia para superar a fragmentação da atenção e da gestão nas regiões de saúde e aperfeiçoar o funcionamento político‐institucional do SUS, com vistas a assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços de que necessita com efetividade e eficiência.

PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010

Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.

RAS DCNT

A finalidade da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas é realizar a atenção de forma integral aos usuários com doenças crônicas, em todos os pontos de atenção, com realização de ações e serviços de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde.

PORTARIA Nº 252, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013

Fundamentos das RAS

A organização das RAS, para ser feita de forma efetiva, eficiente e com qualidade, tem de estruturar-se com base nos seguintes fundamentos:

• economia de escala (custos médios de longo prazo diminuem) • disponibilidade de recursos • qualidade dos serviços • acesso aos serviços • integração horizontal e vertical • processos de substituição (exemplo: Leitos de Cuidados Continuados) • territórios sanitários • níveis de atenção (base populacional/territorial) (densidade tecnológica) Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.

Fundamentos das RAS Arranjos Híbridos:

Concentração de certos serviços

Serviços de maior densidade tecnológica (hospitais, unidades de referência, exames de patologia clínica, equipamentos de imagem etc.) •

Dispersão de outros.

Serviços de menor densidade tecnológica (APS) (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000).

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Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.

Características das RAS Atributos:

• Foco nas necessidades de saúde da população • Coordenação e integração do cuidado (através de um contínuo de atenção) • Acesso regulado • Sistemas de informação (ligam as pessoas usuárias, os prestadores de serviços e os gestores nesse contínuo de cuidados) • Informações sobre custos, qualidade e satisfação dos usuários • • Uso de incentivos financeiros e estruturas organizacionais (alinhar governança, gestores e profissionais de saúde em busca dos objetivos) Contínua melhoria dos serviços prestados Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

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Elementos Constitutivos

População

Estrutura operacional

Modelo de atenção à saúde

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População - RASPI

Pessoas de 60 anos ou mais

Estrutura Operacional Cinco componentes:

• O centro de comunicação: a APS • Os pontos de atenção à saúde secundários e terciários • Os sistemas de apoio (apoio diagnóstico e terapêutico, assistência farmacêutica, sistema de informação em saúde e Vigilância em Saúde*) • Os sistemas logísticos (cartão de identificação das pessoas usuárias, prontuário clínico, sistemas de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde) • O sistema de governança * Inserido pela ATSPI Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

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RT – Rede Temática Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

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Modelo de Atenção à Saúde RASPI – RRAS 6

Condições Crônicas

Envelhecimento Ativo

Capacidade Funcional

Modelo de Atenção à Saúde Condições Crônicas

O MODELO DOS CUIDADOS INOVADORES PARA AS CONDIÇÕES CRÔNICAS (CICC)

“Os resultados esperados para os problemas crônicos diferem daqueles considerados necessários para os problemas agudos.

As necessidades dos pacientes com condições crônicas também são distintas.

Os pacientes com problemas crônicos precisam de maior apoio, não apenas de intervenções biomédicas.

Necessitam de cuidado planejado e de atenção capaz de prever suas necessidades.

Esses indivíduos precisam de atenção integrada que envolva tempo, cenários de saúde e prestadores, além de treinamento, para se autogerenciarem em casa. Os pacientes e suas famílias precisam de apoio em suas comunidades e de políticas abrangentes para a prevenção ou gerenciamento eficaz das condições crônicas.

O tratamento otimizado para as condições crônicas

requer um novo modelo de sistema de saúde”.

(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2003 )

Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

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Modelo de Atenção à Saúde Envelhecimento Ativo

Modelo de Atenção à Saúde Capacidade Funcional

Trabalhar com o paradigma da "Capacidade Funcional", categorizando a população idosa em dois grandes grupos: 1. Idosos saudáveis e independentes 2. Idosos frágeis e dependentes

Capacidade Funcional - Conceito

Capacidade de realizar, por si mesmo, uma atividade ou processo Segundo Webster ( J.M. Ribera, Farreras/Rozman “Medicina Interna”. Ed Doyma 1995 )

Atividades Básicas da Vida Diária Atividades Instrumentais da Vida Diária

Função Física

Funcionamento Mental e Emocional

Função Mental

Relações com o meio, com as pessoas e outras atividades (p. ex. participação social)

Função Social Salgado A, González-Montalvo JI. Importancia de la valoración geriátrica. En : Valoración del paciente anciano. eds: Salgado A, Alarcón MªT. Masson, S.A. Barcelona, pp 1-18.

Modelo Funcional

Avaliação da Capacidade Funcional na APS

Diagnóstico precoce e acompanhamento

 Classificar o risco funcional de todos os idosos do território, construindo um cadastro informatizado das pessoas idosas, que se transforme em instrumento de gestão.

 Estabelecer o fluxo de atenção da pessoa idosa, após a avaliação funcional concluída, (quem fica na Atenção Básica e quem vai para a Atenção Especializada, ou para outro ponto da linha de cuidados) diferenciando a linha de cuidados para cada categoria: a) idosos independentes/saudáveis b) idosos dependentes/frágeis.

Avaliação Funcional

Capacitar os profissionais na aplicação dos seguintes instrumentos de avaliação:

1. Escala de Katz (ABVD) 2. Escala de Lawton (AIVD) 3. Velocidade de Marcha 4. Timed up and go Test (TUGT) 5. Mini Exame do Estado Mental (MEEM) 6. Escala de Depressão Geriátrica (EDG) 7. Teste de Snellen (visão) 8. Teste do Sussurro (audição) 9. VES-13

Escala de Avaliação da Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola

A Escala de Avaliação da Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola estabelece seis graus de capacidade funcional, assim definidos:

Escala de Avaliação da Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola Grau 0 (zero) Grau 1 (um)

Vale-se totalmente por si mesmo. Caminha normalmente.

complicadas.

Realiza suficientemente as Atividades da Vida Diária (AVDs). Apresenta algumas dificuldades para locomoções

Incapacidade Leve Grau 2 (dois)

Apresenta algumas dificuldades nas AVDs, necessitando de apoio ocasional. Caminha com ajuda de bengala ou similar.

Grau 3 (três) Grau 5 (cinco)

Apresenta graves dificuldades nas AVDs, necessitando de apoio em quase todas. Caminha com muita dificuldade, ajudado por pelo menos uma pessoa.

Grau 4 (quatro)

Impossível realizar, sem ajuda, qualquer das AVDs. Capaz de caminhar com extraordinária dificuldade, ajudado por pelo menos duas pessoas.

Imobilizado na cama ou sofá, necessitando de cuidados contínuos.

Incapacidade Moderada Incapacidade Severa

Elementos básicos da Avaliação Geriátrica Global

FUNÇÃO BIOMÉDICA:

. Diagnósticos atuais e antigos . Hábitos e estilos de vida . Estado nutricional . Medicamentos

FUNÇÃO FÍSICA:

. ABVD . AIVD . Marcha e Equilíbrio . Quedas

AVALIAÇÃO GERIÁTRICA GLOBAL

FUNÇÃO MENTAL:

. Cognitiva . Emocional (depressão) . Percepção (visão e audição)

FUNÇÃO SOCIAL:

. Convivência (família, amizades, ...) . Isolamento, mora só . Cuidador principal . Utilização de recursos sociais

Marcos Legais

LEI nº 8.842 /1994 – POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO

LEI Nº 10.741/2003 – ESTATUTO DO IDOSO (em especial no que concerne ao Capitulo IV – Do Direito à Saúde)

PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa

PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 – RAS

PORTARIA Nº 252, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013 – RAS DCNT

Componentes da RASPI

• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

UBS / ESF NASF PAI URSI / CRI CER CEO CAPS CECCO MELHOR EM CASA ACADEMIA DE SAÚDE HORA CERTA AE DST / AIDS AMA / AMAE UPA / SAMU PRONTO SOCORROS HOSPITAIS LEITOS DE CUIDADOS PROLONGADOS INTERSETORIALIDADE

Intersetorialidade Casa Lar Repúblicas Refeição sobre Rodas ILPI Centro Dia Núcleos de Convivência

BPC- LOAS

Esporte Cultura Turismo Habitação Transporte Educação EJA UNATI SM Direitos Humanos Conselho Municipal

Pontos de Atenção

Unidade Básica de Saúde / ESF Hora Certa / DST-AIDS URSI/CRI (MC) CER Ambulatório de especialidade com equipes de referência para paciente crônico : NASF CAPS / CECCOS Leitos de Cuidados Prolongados

Nível de Atenção

RAS ONCO – Atenção à Saúde

Ações em Saúde Ações e Procedimentos Específicos

Promoção Prevenção Rastreamento

Atenção Básica

Diagnóstico Precoce Suporte Cuidados Paliativos

Atenção Especializada de Média Complexidade

Diagnóstico Histológico do câncer Tratamento do Câncer

Atenção Especializada de Alta Complexidade

Cuidados Paliativos Tratamento Cuidados Paliativos - Estímulo para Alimentação Adequada - Estímulo para Atividade Física - Tratamento do Tabagismo - Tratamento da Obesidade - Rastreamento do Câncer de Mama - Rastreamento do Câncer de Colo Uterino Diagnóstico Precoce Presuntivo dos Cânceres de Pele, Cólon e Reto, Cavidade oral, Próstata e Estômago, por meio de história clínica e exame físico, complementados por exames/procedimentos.

Manutenção do cuidado integral multiprofissional de outros agravos pré-existentes de saúde, durante o tratamento oncológico no CACON.

- Consultas individuais e com os cuidadores. Visitas domiciliares.

- Procedimentos de baixa complexidade.

- Dispensação de medicamentos não-excepcionais para controle da dor.

Diagnóstico histológico, por meio de broncoscopia, endoscopia digestiva alta, mediastinoscopia, pleuroscopia, retossigmoidoscopia, colonoscopia, endoscopia urológica, laringoscopia, colposcopia, laparoscopia, histeroscopia, entre outros.

- Retirada cirúrgica da lesão precursora do câncer do colo do útero (Exérese da Zona de Transformação ou Cirurgia de Alta Frequência).

Controle de intercorrências Cirurgia em Oncologia / Quimioterapia / Radioterapia - Radioterapia anti-hemorrágica e antiálgica - Dispensação de medicamentos para controle da dor, classificados como excepcionais.

Modelo Linha de Cuidado INCA

Mendes, Eugênio Vilaça As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.

Mendes EV. A Modelagem das Redes de Atenção à Saúde.

SES-MG - 2007

Nível de Atenção

APS APS APS APS APS APS APS APS

MATRIZ D0S PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA - RASPI Ponto de Atenção Competência

1. Propiciar acesso resolutivo em tempo

Ações e Procedimentos Específicos

Trabalhar com o paradigma da "Capacidade Funcional", categorizando a população idosa em UBS oportuno e com qualidade, articulando as UBS Integrais na rede de atenção, para que possam executar o papel de coordenação do cuidado, dois grandes grupos: a) Idosos mais saudáveis e independentes; b) idosos frágeis e dependentes visando à integralidade da atenção.

Território

Área de abrangência da UBS UBS 2. Ampliar o acesso da população idosa e aperfeiçoar a qualidade das ações e serviços de Capacitar os profissionais das unidades de saúde, para que consigam realizar a avaliação da saúde, visando reduzir as desigualdades regionais capacidade funcional das pessoas idosas, de e fortalecer a atenção integral maneira padronizada, em toda a cidade UBS UBS UBS UBS UBS Introduzir, no seu processo de trabalho, a avaliação da Capacidade Funcional dos idosos que forem atendidos.

Avaliar a "Capacidade Funcional" dos idosos que forem atendidos nas UBS/ESF, nas unidades de saúde que já estiverem com a Avaliação da Capacidade Funcional implantada Indicar um profissional de nível universitário como referencia para a Saúde da Pessoa Idosa. Treinar os representantes em Saúde da Pessoa Idosa de cada unidade, para realizarem a avaliação da capacidade funcional física, psíquica, cognitiva, sensorial.

Capacitar os representantes na aplicação dos seguintes instrumentos de avaliação: Escala de Katz (ABVD), Escala de Lawton (AIVD), Velocidade de Marcha, Timed up and go Test (TUGT), Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Escala de Depressão Geriátrica (EDG), Teste de Snellen (visão) e Teste do Sussurro (audição) Área de abrangência da UBS

Mendes EV. A Modelagem das Redes de Atenção à Saúde.

SES-MG - 2007

Mendes EV. A Modelagem das Redes de Atenção à Saúde.

SES-MG - 2007

RASPI – RRAS 6 Próximos passos

Realizar os Fóruns Regionais por STS

Elaborar a Matriz de Atenção à Saúde por CRS (ações / atividades)

Estabelecer os fluxos de atenção para cada ponto da Rede (com os critérios de encaminhamento)

Construir a Intersetorialidade

Finalizar a proposta da Rede