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ÁGUA:
Conceitos
básicos
CARACTERÍSTICAS
DAS ÁGUAS NATURAIS
CAPACIDADE DE DISSOLVER
(Polares e iônicas)
http://ensinofisicaquimica.blogspot.com/2008/03/dissoluo-de-um-sal-em-gua.html
Fenômeno de interação soluto-solvente
através de interações entre as unidades
estruturais de ambos.
SABOR E ODOR
Sais dissolvidos produzem sabor salino;
alguns gases e matéria orgânica em decomposição
causam maus odores.
Quase sempre, associadas às impurezas químicas ou
biológicas da água.
TEMPERATURA
A presença dos gases na água ou sua solubilidade nos líquidos é inversamente
proporcional à temperatura.
Aumento da temperatura: principalmente por despejos de origem industrial e
descargas de usinas termoelétricas.
Danosos à flora e fauna aquática, nos corpos d'água são indiretos. O aumento de
temperatura causa maior movimentação dos seres aquáticos e conseqüente aumento
no consumo de oxigênio dissolvido e na diminuição do poder de retenção do gás
oxigênio.
No nível do mar, um rio de água doce poderá à temperatura de 0°C conter cerca de
14,0 mg/L de oxigênio dissolvido e à temperatura de 30°C cerca de 7,5 mg/L.
COR E TURBIDEZ
Cor: resulta de substâncias em solução. É acentuada na presença de matéria
orgânica, minerais como o ferro e o manganês, ou de despejos coloridos.
Turbidez: presença de materiais em suspensão, tais como partículas
insolúveis de solo, matéria orgânica e microrganismos.
Característica de águas correntes, sendo baixa nas dormentes.
Causada por erosão do solo e lançamento de despejos.
Afeta esteticamente e encarece processos de tratamento.
Fauna e flora sofrerão distúrbios pela redução da penetração de luz.
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
Capacidade da água de conduzir corrente elétrica. Relacionado com a presença
de íons dissolvidos. Águas continentais: Ca, Mg, K, Na, bicarbonatos,
carbonatos, sulfatos e cloretos.
Permite identificar impactos ambientais ocasionados por lançamentos de
efluentes em águas superficiais. Valores acima de 100µm/cm são indicativos de
ambiente impactado. Entretanto, água subterrâneas apresentam naturalmente
valores elevados
Pode variar com: temperatura e a concentração total de substâncias ionizadas
dissolvidas, como em valores extremos de pH,pela presença do H+ ou da OH-.
pH
• Resolução 357/04 do CONAMA:
6 a 9 – compatível com a vida aquática
pH [íons de hidrogênio] - ESCALA
Águas superficiais = pH 6 a 8,5
Influencia a solubilidade substâncias e a toxicidade
Ligeiramente alcalinas devido à presença de carbonatos e bicarbonatos, nesses
casos, o pH reflete o tipo de solo por onde a água percorre.
Em lagoas com grande população de algas, nos dias ensolarados, o pH pode subir
muito, chegando a 9 ou até mais. Algas, ao realizarem fotossíntese, retiram muito
gás carbônico, que é a principal fonte natural de acidez da água.
Padrão de potabilidade água tratada 6 a 9,5.
Minimizando corrosão (valores baixos) e as incrustações (valores altos)
Características químicas das águas naturais
DUREZA (mgCaCO3/L)
[de cátions multivalentes, em especial cálcio e magnésio] .
Em menor monta alumínio, ferro, manganês e estrôncio.
1. Dureza carbonato / não permanente: em altas t°C precipita o carbonato.
Expressa a capacidade de tamponamento das águas.
2. Dureza não carbonato / permanente.
Permanente + temporária = dureza total.
Mole ou branda: < 50mg/L de CaCO3
Dureza moderada: entre 50 e 150mg/L de CaCO3
Dura: entre 50 e 300mg/L de CaCO3
Muito dura: > 300mg/L de CaCO3
Padrão potabilidade brasileiro = limite máx. 500mg/L de CaCO3
OXIGÊNIO DISSOLVIDO (mg/L)
O oxigênio proveniente da atmosfera se dissolve nas águas
naturais, devido à diferença de pressão parcial.
A concentração de saturação de oxigênio em uma água superficial é
9,2 mg/L.
Uma adequada provisão de oxigênio dissolvido é essencial para a
manutenção de processos de autodepuração em sistemas aquáticos
naturais e estações de tratamento de esgotos.
DEMANDA
BIOQUÍMICA DE
OXIGÊNIO (mg/L)
Degradação biológica de compostos que ocorre nas águas naturais, que
também se procura reproduzir sob condições controladas nas estações
de tratamento de esgotos e, particularmente durante a análise da
DBO5,20.
Quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por
decomposição microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável.
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (mg/L)
Quantidade de oxigênio necessária para oxidação da
matéria orgânica através de um agente químico. Os valores
da DQO normalmente são maiores que os da DBO5,20,
mas análise de dá num prazo menor.
Caracterização de esgotos sanitários e de efluentes
industriais.
DQO + DBO5,20 – avaliar biodegradabilidade de despejos.
PESTICIDAS
Velocidade da degradação, determina a persistência.
Depende: estrutura química do pesticida e condições locais (temperatura, umidade,
natureza dos solos, acidez e salinidade das águas, populações microbianas, espécies
vegetais e outras).
Organoclorados maior persistência (anos) em qualquer condição.
Em condições estéreis a persistência pode ser multiplicada por 100.
Nos lençóis freáticos (anaeróbios e de fraca atividade biológica), inseticidas
organofosforados e carbamatos, que em geral são os menos persistentes (algumas
semanas), podem permanecer vários anos.
Os produtos de degradação poderem ter maior toxicidade e persistência que o
pesticida derivado.
Características biológicas
das águas naturais
BACTÉRIAS COLIFORMES
Principais indicadores de contaminação fecal. Inclui os gêneros Klebsiella,
Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria.
Associadas com fezes de animais de sangue quente e com o solo.
Parâmetro indicador da existência de microrganismos patogênicos, responsáveis
pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre
paratifóide, desinteria bacilar e cólera.
As bactérias coliformes termotolerantes reproduzem-se ativamente a 44,5ºC e
indicam poluição sanitária. Mais significativo que a bactéria coliforme "total",
porque bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de animais de sangue
quente.