CF 2013 - I Parte

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PRIMEIRA PARTE: FRATERNIDADE E
JUVENTUDE
UM OLHAR SOBRE
NOSSA REALIDADE
JUVENIL
1. A MUDANÇA DE ÉPOCA
E A JUVENTUDE
MUDANÇA DE ÉPOCA
• Nossa era é marcada por intensas
e profundas mudanças: não se
trata somente de uma época de
mudanças, mas de uma
mudança de época.
A MUDANÇA DE ÉPOCA
• As tradicionais maneiras de compreender
o mundo e a maneira de bem viver, já não
são aceitas pelas novas gerações. Dessa
forma onde existiam valores bem
definidos, hoje não existem. Há uma
diversidade de propostas. .
MUDANÇA DE ÉPOCA E JUVENTUDE
• As mudanças atingem todos os campos da
atividade humana, até a religião. Essa
realidade gera uma grande crise de sentido.
• As pessoas, ficam atordoadas com o ritmo
acelerado da história e desnorteadas, porque
não podem confiar mais nos seus valores.
MUDANÇA DE ÉPOCA E JUVENTUDE
• O sistema econômico neoliberal leva
as pessoas a muitas cobranças e a uma
competição enorme. Assim, os projetos de
vida giram em torno a realização
profissional. O casamento e o serviço à
comunidade deixam de ser a razão da
felicidade.
MUDANÇA DE ÉPOCA E JUVENTUDE
• As relações não acontecem mais na
gratuidade, só na base da utilidade
(indiferença em relação ao outro: apatia).
• Individualismo e afetividade narcisista: o
relacionamento na base do prazer imediato, e
cada vez menos, busca-se o compromisso
permanente com os outros.
MUDANÇA DE ÉPOCA E JUVENTUDE
• Muda-se a relação entre homens e mulheres,
que se torna descompromissada e pouco estável:
o mercado incentiva o hedonismo.
• Papel dos pais e pela escola X meios de
comunicação de massa. A mídia impõe uma
cultura homogênea, do passageiro e descartável.
O que se valoriza é somente a boa aparência
no espetáculo da vida.
MUDANÇA DE ÉPOCA E JUVENTUDE
• Consciência pobre do mistério do ser
humano e da sua existência: o indivíduo
sozinho age com a sua vontade e liberdade.
• “Aproveitar a felicidade no presente”: sem
normas sobre o bem e o mal, sem compromisso
com a história e a sociedade, num mundo
fantasioso.
MUDANÇA DE ÉPOCA E JUVENTUDE
• Um dos aspectos positivos dessa transformação
cultural é a valorização da pessoa.
• O rápido avanço tecnológico cria muitas
possibilidades para o conhecimento e para a
comunicação. Os jovens desenvolvem suas ideias
e trocam experiências. O mundo, a informação,
as oportunidades se tornam mais acessíveis.
MUDANÇA DE ÉPOCA E JUVENTUDE
• Ativismo privado: marca do protagonismo
jovem hoje. Há a decepção com a política, e o
envolvimento em ações concretas e imediatas, e
cada vez menos nas iniciativas públicas.
• .A partir dos novos temas do novo milênio e das
tecnologias de comunicação, envolvem-se e
atuam nos espaços esportivos, ambientalistas,
religiosos, culturais, redes sociais e outros.
2. CULTURA MIDIÁTICA E
JUVENTUDE
CULTURA MIDIÁTICA: O QUE É?
• A cultura midiática é um processo
comunicacional que se realiza pelos chamados
Meios de Comunicação de Massa: jornais,
revistas, rádio, televisão, internet...
• Com a informática, surgem novos agentes de
comunicação: os jovens, que só recebiam a
informação de modo passivo, passam a
dominar as novas tecnologias.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• A internet cria uma aldeia global que
possibilita a interação com um número muito
grande de pessoas (REDES SOCIAIS).
• O novo jeito de o jovem interagir tem suas raízes
nessa comunicação em rede. O jovem quer
ser visto, ouvido, considerado. Quer formar
grupos de afinidade, quer interagir cada vez
mais com os outros.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• Jovens querem ser autores e participantes
dos processos de relacionamento. As
pessoas, as escolas, as empresas, com isso, têm
valorizado mais o ser humano, a criatividade e o
talento dos indivíduos. Estes buscam cada vez
mais a valorização de si mesmos.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• As novas tecnologias e a vida familiar: nas
grandes cidades, família é um grupo de pessoas
que moram juntas e que se isolam diante da TV
ou do computador. Por outro lado, os pais não
impõem a educação, mas devem dialogar com
filhos bem informados.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• Os jovens exigem interatividade: exigem um
falar e um ouvir, um ouvir e um falar. São
protagonistas na música, na arte, no esporte, no
trabalho, na educação e exigem ambientes onde
haja colaboração, transparência,
competência, inovação e engajamento.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• A geração juvenil tem se organizado pelas novas
mídias e redes sociais (blog, twitter,
facebook, e-mails): defesa dos seus direitos, da
natureza, da qualidade de vida, campanhas,
organizações e associações, voluntariado,
conhecimento de outras nações e culturas:
sensibilidade em relação aos problemas
globais e um novo ativismo social.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• Os jovens dessa geração midiática e tecnológica,
não abandonam a fé. Na Igreja, porém, como em
tudo, desejam ser ouvidos e querem ser
participantes. Sua vida de oração, os desejos
de viver e amar, sua solidariedade e sua pertença
à comunidade, passa pela individualidade.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• Para a Igreja, a utilização das redes sociais
aproxima os jovens da missão de
evangelizar a todas as gentes. Ela quer fazer da
rede um lugar de encontro entre as pessoas que
buscam a mensagem de Deus e os que as ajudam
a encontrá-la.
CULTURA MIDIÁTICA E JUVENTUDE
• É necessária uma atitude educativa com os
jovens que dialogue com eles. Dentro do
universo midiático, muitos jovens fazem suas
escolhas de vida e de fé, sentem-se atraídos
pelos valores testemunhados, fazem escolhas
vocacionais e se empenham no estudo.
3. O FENÔMENO JUVENIL
FENÔMENO JUVENIL
• Nesse momento de grandes mudanças, os jovens
são modelo de beleza, de vigor, de saúde de
liberdade e muitos estão se identificando com o
mundo novo. Mas nos assusta, o modo como os
jovens tem sido apresentados como violentos,
descompromissados, desordeiros,
libertinos e voltados às drogas.
FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE
• Os seres humanos não nascem prontos, mas se
recriam de acordo com o que vivem e
experimentam em suas vidas. Eles formam a sua
subjetividade, isto é, sua vida, sua pessoa, o
seu eu, a partir da maneira como se relacionam
com as pessoas e com o mundo.
FORMAÇÃO DA SUBJETIVIDADE
• Por isso, devemos nos perguntar: o que temos
oferecido aos nossos jovens, nas famílias,
nas escolas, nas comunidades, nos grupos
sociais, para que eles possam formar-se pessoas
sadias, abertas e valorizadoras da vida?
PLURALIDADE ENTRE OS JOVENS
• Os jovens não se organizam mais em bloco, mas
se organizam em pequenos grupos. Reúnemse de acordo com seus gostos, costumes ou
ideologias. A juventude é cada vez mais plural.
• Hoje há vários lugares e tipos de pertença
católica, de acordo com o gosto e identificação
afetiva do sujeito. Existem vários grupos
afetivos, vários movimentos, pastorais, novas
comunidades e congregações religiosas.
PLURALIDADE ENTRE OS JOVENS
• Os jovens demonstram entusiasmo pela vida,
por isso muitos fazem parte de grupos juvenis
e de atividades coletivas, por projetos ou
bandeiras comuns. Alguns transitam por vários
grupos e tribos (roqueiros, hippies, punks,
góticos, manos, rappers, clubbers, emos, etc.).
JOVENS E GRUPOS RELIGIOSOS
• Os grupos religiosos são os que mais agregam
jovens. Muitos querem propostas radicais na
relação com o sobrenatural. Muitos encontram
nas Igrejas, espaço de agregação e sociabilidade
e se sentem atraídos por ações caritativas, de
lazer e de música.
JOVENS E GRUPOS RELIGIOSOS
• Os jovens permanecem nos nossos
ambientes se encontram espaços, pessoas
e situações que os ajudem nas suas buscas
religiosas.
• Alguns permanecem no nosso ambiente, mas
vêm só à missa dominical, por exemplo.
• As iniciativas solidárias e propostas de encontro,
bem preparadas e motivadas, têm atraído
muitos jovens (ex: DNJ, peregrinação da cruz e
do ícone de Nossa Senhora, JMJ, etc.).
JOVENS E GRUPOS RELIGIOSOS
• Muitos jovens, apesar da vida exigente de
trabalho e estudo, não medem esforços para
servir os irmãos, nos fins de semana.
• Outras formas de agregação: os grupos
ecológicos; os grupos de identidade
(negros, índios, portadores de deficiência e
outros); os grupos que se posicionam
contra a globalização; os grupos
folclóricos e artísticos; os grupos das
redes sociais.
AS DESIGUALDADES E A JUVENTUDE
• As condições de vida oferecidas aos jovens são
desiguais. Há desigualdade de renda familiar,
de condições raciais, de acesso às vantagens do
mundo urbano, de gênero, de escolaridade, de
direitos dos jovens de comunidades negras,
indígenas ou rurais ou, ainda, em relação à
violência e à proporção de mortes no trânsito.
EXCLUSÃO SOCIAL E VIOLÊNCIA
• A juventude se sente vulnerável em relação a
nossa estrutura social geradora de desigualdade
e exclusão e de violência. A imagem da
juventude muitas vezes é ligada à violência e
assusta o número de mortes jovens no país.
EXCLUSÃO DIGITAL E RISCOS DA
INTERNET
• Preocupa também a imensa desigualdade em
relação à conexão com as novas
tecnologias. 65% dos domicílios não têm
computador e 73% não tem acesso à internet, e a
velocidade média das que possuem é muito
lenta.
• Internet, virtual e real se confundem:
pedofilia, tráfico de pessoas, invasão de
privacidade, difusão de ideologias como
violência, vigorexia, bulimia, anorexia, bulling,
consumo de drogas, preconceito, pornografia,
aborto, etc.
POLÍTICAS PÚBLICAS E JUVENTUDE
• Conselho Nacional da Juventude
(CONJUVE), Programa Nacional da
Inclusão de Jovens (PROJOVEM).
• São necessárias políticas públicas referentes ao
trabalho, à cultura, à educação, ao
esporte, ao lazer, ao meio ambiente, à
vida segura, à saúde e várias outras
demandas, de fundamental importância.
POLÍTICAS PÚBLICAS E JUVENTUDE
• Os jovens têm como dever desenvolverem a
consciência política e exercerem o olhar
crítico. Devem ser protagonistas para a
efetivação dos seus direitos e a
transformação de toda a sociedade.
ACOMPANHAMENTO DA IGREJA
• Na Igreja é preciso abrir espaços de diálogo
sobre os direitos e a participação dos
jovens nas comunidades. Muitas vezes, as
lideranças adultas não garantem o
acompanhamento necessário aos jovens.
• Também não são raros os grupos que caminham
à parte e dos planos da diocese, quando
deveriam promover a comunhão.
Apontamentos
1. Afetividade/ Família
2.Educação/Aprendizagem
3. Sociedade/Política
4.Igreja/Espiritualidade
5. Vocação/Mundo do trabalho
Apontamentos Grupo 1
Apontamentos Grupo 2