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Pontifícia Universidade Católica
Mestrado em Ciências Contábeis
Prof. Dr. José Carlos Marion
Apresentação: 28/04/2005
Grupo: Carlos Isao Momose
Claudio Rafael Bifi
Paulo da Silva Melo
Conteúdo da Apresentação
Receitas;
Despesas;
Ganhos; e
Perdas.
Debates
RECEITAS
Apresentação:
Carlos
Isao Momose
Definição de Receitas
“Receita é o ingresso bruto de dinheiro, contas a
receber ou outros valores que surgem no curso
das atividades normais de uma empresa pela
venda de mercadorias, prestação de serviços e
pelo uso por terceiros de recursos da empresas,
geradores de juros, royalties e dividendos”
IASB – International Accounting Standards Board
Definição de Receitas
“Receitas são entradas ou outros aumentos de
ativos de uma entidade, ou liquidação de seus
passivos (ou a combinação de ambos), durante
um período, proveniente da entrega ou produção
de mercadorias, prestação de serviços, ou outras
atividades que constituem as principais
operações em andamento da entidade”.
FASB - Financial Accounting Standards Board,1980
Definição de Receitas
“Receita corresponde a acréscimos nos ativos ou
decréscimos nos passivos, reconhecidos e
medidos em conformidade com princípios de
contabilidade geralmente aceitos, resultantes
dos diversos tipos de atividades e que possam
alterar o Patrimônio Líquido”.
IBRACON 1998
Definição de Receitas
“Entende-se por receita a entrada de elementos
para o ativo, sob forma de dinheiro ou direitos a
receber, correspondentes, normalmente, à venda
de mercadorias, de produtos ou à prestação de
serviços. Uma receita também pode derivar de
juros sobre depósitos bancários ou títulos e de
outros ganhos eventuais”.
Equipe de Professores FEA/USP - 1973
Definição de Receitas
“Receita - Valor monetário, em determinado
período, da produção de bens e serviços da
entidade, em sentido lato, para o mercado, no
mesmo
período,
validada,
mediata
ou
imediatamente pelo mercado, provocando
acréscimo de Patrimônio Líquido e simultâneo
acréscimo de ativo, sem necessariamente
provocar, ao mesmo tempo, um decréscimo do
ativo ou do patrimônio líquido, caracterizado pela
despesa”.
José Carlos Marion e Sérgio de Iudícibus
Conceito de Valor
“A receita, independente de como seja definida,
deve ser medida, termos ideais, pela valor de
troca do produto ou serviço da empresa. O valor
de troca representa o valor de caixa, ou o valor
presente de direitos monetários a serem
recebidos, em conseqüência da transação que
gera a receita.”
Hendriksen
Receita Operacional
“Receita operacional somente deveria englobar a
parcela proveniente do produto principal e dos
co-produtos da empresa (ou serviços)”.
Ou seja, apenas os produtos e serviços que
constituem finalidade fundamental da empresa
deveriam ser incluídos na categoria de receita
operacional.
Deduções de Receita Operacional
“Receita operacional somente deveria englobar a
parcela proveniente do produto principal e dos
co-produtos da empresa (ou serviços)”.
Ou seja, apenas os produtos e serviços que
constituem finalidade fundamental da empresa
deveriam ser incluídos na categoria de receita
operacional.
Deduções de Receita Operacional
Deveria ser reduzida da Receita Operacional todas aquelas
diminuições do patrimônio líquido que na verdade são ajustes
da receita operacional bruta.
Impostos proporcionais a receita
Descontos comerciais (desde de contabilizado separadamente)
Devoluções e abatimentos de vendas
Despesas de transporte de vendas (do vendedor)
Comissões sobre venda (% fixo sobre o volume de faturamento)
²
Provisão para devedores duvidosos ²
2 – considerado por alguns autores
Reconhecimento da Receita
Em geral, de acordo com o IASB (IAS11, IAS
18):
Satisfeitas as três seguintes exigências:
- pode ser medida com segurança;
- é provável que os benefícios econômicos da
transação fluam para a empresa;
- os custos (incorridos e futuros) podem ser
medidos de modo confiável.
Comparações entre práticas contábeis
KPMG - 2001
Reconhecimento da Receita
Em relação aos bens, de acordo com o IASB:
-
os riscos relevantes e benefícios
transferidos para o comprador;
foram
- não há ingerência contínua pelo vendedor sobre
os bens vendidos;
- não há controle efetivo sobre os ativos vendidos.
Comparações entre práticas contábeis
KPMG - 2001
Reconhecimento da Receita
Normas e Práticas EUA, em geral:
- existir evidência persuasiva de um acordo;
- houver entrega ou prestação de serviços;
- o preço do vendedor para o comprador é fixo ou
determinável;
- o recebimento está razoalvelmente assegurado.
Comparações entre práticas contábeis
KPMG - 2001
Reconhecimento da Receita
Em relação aos bens, as Normas e Práticas
EUA:
- Não há regra especifica, o quadro técnico da SEC
estabelece que o despacho ocorre quando a
propriedade legal, os riscos e os benefícios da
posse do bem são transferidos para o
comprador.
Comparações entre práticas contábeis
KPMG - 2001
Reconhecimento da Receita
No Brasil, (Pronunciamento XIV do Ibracon)
Em geral, a receita é obtida quando os seguintes
critérios são atingidos:
- o processo de realização de receita está
virtualmente completo;
- a transação ocorreu.
Comparações entre práticas contábeis
KPMG - 2001
Reconhecimento da Receita
No Brasil, (Pronunciamento XIV do Ibracon)
Em relação aos bens, a receita é reconhecida na
data da venda que corresponde normalmente, à
data na qual a propriedade do bem foi
transferida ao comprador.
A venda de produtos e serviços normalmente é
reconhecida quando a nota fiscal é emitida.
Comparações entre práticas contábeis
KPMG - 2001
Realização da Receita
-
entrega do bem/serviço
- antes entrega do bem/serviço ( exceção )
- depois entrega do bem/serviço ( exceção )
Realização da Receita
Entrega do bem/serviço
- O ato da entrega, em geral, tem representado o
registro da receita.
- No momento da entrega, a certeza, os custos e
as despesas são quase que totalmente
conhecidos.
- Até mesmo com base em dados históricos é
possível estimar despesas extraordinárias de
cobranças e despesas com garantias.
Realização da Receita
Antes do bem/serviço ( exceção )
-
Normalmente envolvem serviços
-
O montante da receita é determinado por
contrato ou acordo.
-
Embora o montante não seja faturado, cria-se
um direito válido contra o cliente/inquilino.
Realização da Receita
Antes do bem/serviço ( exceção )
Exemplos:
- alugueis de longo prazo;
-
comissões de vendas;
-
contratos de longo prazo ( construção civil );
- crescimento ( reservas, florestais, gado, etc );
Realização da Receita
Antes do bem/serviço ( exceção )
Metodos utilizado para Construção Civil:
-
porcentagem de acabamento; ( IASB, FASB )
- contrato acabado;
- metodo do parcelamento ( recebimentos );
Realização da Receita
Depois do bem/serviço ( exceção )
Ocorre basicamente em dois casos:
a) quando é impossível medir com precisão
razoável os ativos recebidos em troca da
transação;
b) é provável que haja despesas adicionais
significativas associadas a transação, e estas
não podem ser estimadas com preço razoável.
DESPESAS
Apresentação:
Claudio
Rafael Bifi
Esquema - despesas
Demonstrativo de
Resultado do Exercício
Custos
Consumo associado
à elaboração do
produto ou serviço
Produtos ou
Serviços
Elaborados
DESPESAS
Consumo
associado
ao período
Investimentos
Gastos
Definições
GASTO: Sacrifício financeiro que a entidade arca para a
obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício
esse representado por entrega ou promessa de entrega
de ativos (normalmente dinheiro).
INVESTIMENTO: Gasto ativado em função de sua vida
útil ou de benefícios atribuíveis a futuro (s) período (s).
(E.Martins, ed. Atlas, Contab. de custos)
Definição de Despesas
“utilização ou consumo de bens e
serviços no processo de produzir
receitas”
Iudícibus
Definições
GASTO: Sacrifício financeiro que a entidade arca para a
obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício
esse representado por entrega ou promessa de entrega
de ativos (normalmente dinheiro).
INVESTIMENTO: Gasto ativado em função de sua vida
útil ou de benefícios atribuíveis a futuro (s) período (s).
(E.Martins, ed. Atlas, Contab. de custos)
Definições
Prof. Iudícibus (2003:155) conceitua:
“Despesa, em sentido restrito, representa a utilização ou
consumo de bens e serviços no processo de produzir
receitas. Note que a despesa pode referir-se a gastos
efetuados no passado, presente ou que serão realizados
no futuro. De forma geral, podemos dizer que o grande fato
gerador de despesa é o esforço continuado para produzir
receita, já que tanto despesa é conseqüência de receita,
como receita pode derivar de despesa, ou melhor dizendo,
a receita futura pode ser facilitada por gastos passados ou
correntes (ou futuros). Ressalte-se, todavia, que quando
bens ou serviços são consumidos na produção de bens
que ainda não deixaram a empresa, incorporam-se ao
custo do produto, não se caracterizando, ainda, a despesa
ou o custo de período“
Definições
HENDRIKSEN (1999:233) cita a definição do SFAC
6, onde:
“...saídas ou outros usos de ativos ou ocorrências de
passivos (ou ambos) para a entrega ou produção de
bens, a prestação de serviços, ou a execução de outras
atividades que representam as operações principais em
andamento da entidade”.
HENDRIKSEN (1999 : 232) conceitua:
“Definidas mais precisamente, as despesas constituem
o uso ou consumo de bens e serviços no processo de
obtenção de receitas”.
Definições
Profs. Iudícibus e Marion (175,176, Teoria) conceituam:
“Despesa, sendo um sacrifício de ativos realizado em troca
da obtenção de receitas (cujo montante, espera-se, supere
os das despesas)”
“Às vezes, esse sacrifício são incorridos em função de e
diretamente atribuíveis à obtenção de uma receita
específica; p.ex.: as despesas de materiais com a
execução de serviços de reparos de televisores, numa
empresa que se dedique a tal atividade”
Definições
Princípios contábeis – IBRACON (2ª edição – atlas,
1992:112)
Despesa – Corresponde a decréscimo de ativo ou
acréscimo nos passivos, reconhecidos e medidos em
conformidades com os princípios de contabilidade
geralmente aceitos, resultantes dos diversos tipos de
atividades, e que possam alterar o patrimônio líquido.
Decréscimo
nos ativos e acréscimo nos passivos,
designados como despesas, são relativos a eventos que
alteram bens, direitos e obrigações.
O CPV é uma despesa, porque o resultado líquido da
venda é uma mudança no PL. Por outro lado, a
exigibilidade incorrida na compra de um ativo não é
despesa.
Definições
Princípios contábeis – IBRACON (2ª edição – atlas,
1992:112):
Despesa não operacional – Corresponde ao evento
econômico diminutivo ao PL, não associado com a
atividade principal da empresa, independentemente da sua
freqüência. Ex.: Despesas de capital correspondentes a
transações com imobilizado ou com investimentos de
natureza permanente, desde que não relacionadas com a
atividade principal da empresa.
Referência
Definição
Ponto-Chave
Comparação entre as Definições
Bem ou serviço consumidos direta ou Bem,
Serviço,
Prof. Eliseu
indiretamente para o obtenção de receita.
Consumido,
Martins
Obter Receita.
Despesa, em sentido restrito, representa a
utilização ou consumo de bens e serviços
no processo de produzir receitas / Despesa,
Prof. Sérgio
sendo um sacrifício de ativos realizado em
de Iudícibus /
troca da obtenção de receitas (cujo
Prof Marion
montante, espera-se, supere os das
despesas)”
Bem,
Serviço,
Consumido
ou
Utilizado, Obter
Receita
/
Sacrifício
de
ativos, troca de
obtenção
de
receitas
...saídas ou outros usos de ativos ou
ocorrências de passivos (ou ambos) para a
entrega ou produção de bens, a prestação
de serviços, ou a execução de outras
atividades que representam as operações
principais em andamento da entidade.
Saídas ou Outros
Usos de Ativos
ou Ocorrências
de Passivos (ou
Ambos),
Atividades
Principais
Definidas mais precisamente, as despesas
constituem o uso ou consumo de bens e
serviços no processo de obtenção de
receitas.
Uso
ou
Consumo, Bens,
Serviços, Obter
Receita.
FASB
SFAC 6
Hendriksen
PRINCÍPIOS X DESPESAS
Princípios contábeis – IBRACON (2ª edição – atlas,
1992:114):
Despesas
são determinadas pela aplicação dos princípios
de apropriação e de associação entre custos e receitas.
Quando for reconhecida a receita, deve, também, ser
reconhecido o custo ou despesa que lhe corresponda.
O instante no qual receitas e despesas são reconhecidas
é também o instante em que há mudanças nos valores do
patrimônio líquido.
PRINCÍPIOS X DESPESAS
Princípios contábeis – IBRACON (2ª edição – Atlas,
1992:116) “Reconhecimento de despesa”
Três princípios gerais de reconhecimento de despesas
especificam a base para reconhecimento destas que
são deduzidas da receita na determinação do lucro
líquido ou prejuízo de um período a saber:
a) Associação de causa e efeito;
b) Alocação sistemática e racional e;
c) Reconhecimento imediato.
PRINCÍPIOS X DESPESAS
Princípios contábeis – IBRACON (2ª edição – atlas,
1992:117) “Reconhecimento de despesa”
Associação
de causa e efeito:
Muitos custos parecem ser relativos a uma receita em
particular e, desta maneira, as despesas acompanham o
reconhecimento da receita. Assim, alguns custos são
reconhecidos como despesas em base presumida de direta
associação com uma receita específica.
Ex.: Comissões de vendas e os CPVs.
PRINCÍPIOS X DESPESAS
Princípios contábeis – IBRACON (2ª edição – Atlas,
1992:118) “Reconhecimento de despesa”
Para aplicar os princípios de reconhecimento de despesa,
os custos são analisados quanto à associação com a
receita numa base de causa e efeito; se não, o sistema de
alocação sistemática e racional deve ser tentado. Se nem
um nem outro podem ser aplicados, os custos são
reconhecidos como despesas no período incorrido ou no
qual o prejuízo é determinado.
A prudência recomenda, outrossim, que as despesas em
potencial sejam reconhecidas imediatamente se houver
razoável possibilidade de se concretizarem.
PRINCÍPIOS X DESPESAS
Princípios contábeis – IBRACON (2ª edição – Atlas,
1992:119) “Reconhecimento de despesa”
Registro Inicial e seus efeitos, realização e reconhecimento de
despesas:
Dentro
dos princípios de registro inicial, realização e
reconhecimento de despesas, os ativos são, geralmente,
registrados nos livros e apresentados nas DC´s ao custo de
aquisição, corrigidos quando necessários e aplicável, ou pela
parte a amortizar ou a depreciar. Na venda, a diferença entre
o valor de realização e a parcela a depreciar do custo de
aquisição, corrigido (valor residual), é reconhecida como um
aumento (ou decréscimo) no PL da empresa.
PRINCÍPIOS X DESPESAS
“Reconhecimento de despesa”
Despesas Incorridas em um único Exercício Social
HENDRIKSEN cita as regras usualmente utilizadas no
reconhecimento de despesa/perda sintetizadas pelo
FASB conforme abaixo :
“Despesas e perdas são geralmente reconhecidas
quando benefícios econômicos de uma entidade são
consumidos na entrega ou produção de bens, prestação
de serviços ou outras atividades que formam suas
operações principais, ou quando se espera que ativos
previamente reconhecidos proporcionem benefícios
menores.”
PRINCÍPIOS X DESPESAS
Despesas de vários exercícios sociais - Gastos Diferido
Segundo os PRINCÍPIOS CONTÁBEIS - 2a. edição - São Paulo :
Atlas, 1992IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores
Quando a Entidade procede a um pagamento que irá
beneficiar a mais de um exercício social, o pagamento
deve ser registrado em conta patrimonial de Ativo (Ativo
Circulante - Despesas do Exercício Seguinte) e ser
reconhecido para despesa “pro rata temporis“
considerando o princípio contábil.
Exemplo: pagamento à vista de um prêmio de seguro
válido para 12 meses.
PRINCÍPIOS X DESPESAS
A Lei Societária prevê em seu art. 186, parágrafo primeiro,
o seguinte em relação aos ajustes de períodos anteriores:
“Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados
apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério
contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado
exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos
subseqüentes”.
O conceito atual da lei assemelha-se ao conceito de
“Current Operating Concept” também denominado de
filosofia “LIMPA” onde a Demonstração de Resultado do
período excluiria todas as perdas / despesas incorridas em
exercícios anteriores e ainda não reconhecidas
PRINCÍPIOS X DESPESAS
CONCEITO “ALL INCLUSIVE”
Pelo novo anteprojeto da Lei Societária, a
Demonstração de Resultado estaria mais no conceito de
globalizante (all inclusive) em que todas as perdas /
despesas reconhecidas no período corrente serão
atribuídas ao período, registradas nas contas de
resultado do período.
PRINCÍPIOS X DESPESAS
Princípio do confronto das despesas com as receitas
e com os períodos contábeis:
“Toda despesa diretamente delineável com as
receitas reconhecidas em determinado período, com
as mesmas deverá ser confrontada; os consumos ou
sacrifícios de ativos (atuais ou futuros), realizados em
determinado período e que não puderam ser
associados à receita do período nem às dos períodos
futuros, deverão ser descarregados como despesa do
período em que ocorrerem ... “
(FIPECAFI, 2003:64)
PRINCÍPIOS X DESPESAS
A Lei das S/A ratifica este princípio conforme Art.187, no
seu parágrafo primeiro, nas letras A e B:
“Parágrafo Primeiro. Na determinação do resultado do
exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período,
independentemente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou
incorridos, correspondentes a essas receitas e
rendimentos“.
CFC – Resolução 750/93
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem,
sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
§ 4 º Consideram-se incorridas as despesas:
I - quando deixar de existir o correspondente valor
ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;
II - pela diminuição ou extinção do valor econômico
do ativo;
III - pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente ativo.
O que deve ser incluído numa
despesa ?
Despesas estão relacionadas às operações principais da
empresa (FASB);
“Associação Americana de Contabilidade” em 1948
definia as despesas como envolvendo tanto custos
operacionais quanto perdas;
Deve ser encarada como custo incorrido para gerar
receita;
Distinção entre despesas e reduções de receita;
Distinção entre despesas e redução do capital ou do
patrimônio dos acionistas (por exemplo, os custos
incorridos na venda de novas ações).
Como devem as despesas ser
medidas ?
1) Custo Histórico:
Correspondem ao valor de troca dos bens e serviços no
momento em que foram adquiridos pela empresa;
2) Medidas Correntes (Ex: Custo de Reposição);
3) Custos de Oportunidade de Equivalentes a Caixa.
(Hendriksen, pag 234, teoria)
Ganhos e Perdas
Apresentação:
Paulo
da Silva Melo
Ganhos e Perdas Extraordinários
A opinião APB (Accounting Principles Board)
no. 9 estabelecia-os como:
“eventos e transações de um caráter significativamente
diferente das atividades típicas ou usuais da entidade...os
quais não deveriam correr freqüentemente e que não
deveriam ser considerados como fatores recorrentes em
qualquer avaliação do processo operacional da
empresa”
APB OPINION no. 9. New York:AICPA, 1967.p.114
Ganhos e Perdas Extraordinários
A opinião APB no. 30 estreita a definição para:
Presume-se uma transação normal, a não ser que
“a evidência claramente suporte sua classificação
como item extraordinário”
Reporting
the
Results
of
Operations
Reporting the Effects of Disposal of a Segment of a Business,
and Extraordinary, Unusual and Infrequently Occurring Events
and Transactions, June 1973.
Ganhos
Especificamente, um ganho representa
um resultado líquido favorável
resultante de transações ou eventos
não relacionados às operações
normais do empreendimento.
Iudícibus (2004:175)
Ganhos
Itens não recorrentes
Podem ou não surgir da atividade principal
Devem ser apresentados segregados das
receitas normais (manutenção do valor preditivo
da DRE)
Ganhos
“Os ganhos representam itens não
recorrentes(repetitivos) que têm o mesmo efeito
líquido no patrimônio, mas que podem ou não surgir
na atividade normal de uma empresa, ao passo que
a receita sempre surge de atividades
normais.Entretanto, como o efeito no patrimônio é o
mesmo, não se excluem os ganhos no tratamento
desse item, embora, às vezes, não estritamente
operacionais(como no caso de uma aplicação
financeira, que gera receita financeira).”
Marion (2002 : 174)
Ganhos
Reconhecimento dos Ganhos
“No que se refere ao momento de seu
reconhecimento, é semelhante ao da
receita; os contadores são mais rigorosos
na aplicação do critério da realização no
caso de ganhos do que no caso de
receitas”
Iudícibus (2004 : 175)
Ganhos
Reconhecimento dos Ganhos – “Na prática,
como tais definições são muito trabalhosas”
“…considera-se ou tudo como ganhos (o que
já confere o caráter de não-usualidade, nãorecorrência ou não operacionalidade) ou
denomina-se tudo de receita extraordinária
ou não operacional (ou eventual)”
Iudícibus (2004 : 176)
Perdas
Trata-se do efeito líquido desfavorável que
não surge das operações normais do
empreendimento.
Iudícibus (2004 : 176)
Perdas
“As perdas incluem outros itens que
também impactam ativo e Patrimônio
Líquido da mesma forma que as
despesas e que podem ou não surgir
no curso da atividade normal da
empresa. Normalmente, as perdas são
imprevisíveis” Marion (2002 : 176)
Perdas
Podem ou não surgir no curso da atividade
principal da empresa (normalmente
imprevisível).
Ao contrário das despesas não tem valor
compensante
Devem ser apresentados segregados das
despesas normais (manutenção do valor preditivo
da DRE)
Perdas
Reconhecimento das Perdas
Desta forma, deveríamos registrá-las no
período em que se torna claro que
determinado ativo proverá menor soma de
benefícios futuros para a empresa do que
sua avaliação possa indicar.
Iudícibus (2004 : 176)
Itens extraordinários
Opinião de Hendriksen
Hendriksen alega que o lucro líquido
reportado em certo período é o resultado de
atividades e eventos de vários períodos, de
forma que não existe muito mérito em tentar
segregar as correções de períodos passados
do demonstrativo do período corrente.
Iudícibus (2004:177)
Itens extraordinários
Opinião APB no. 30
…exige que os resultados de operações
continuadas sejam reportados
separadamente daqueles de operações
descontinuadas
Iudícibus (2004:177)
Itens extraordinários
Demonstrativo de Resultado
Lucro de operação continuada (AIR)
$
(-) Imposto de Renda
$
= Lucro de operações continuadas
$
Lucro (ou prejuízo) de operações
descontinuadas (menos provisão de
Imposto de Renda)
$
(-) Perda na baixa ou abandono de
operações descontinuadas
Lucro líquido
$
$
$
=
A Lei das Sociedades por ações e o
conteúdo da DRE
Art. 187 da Seção V da Lei No. 6404:
1. A receita bruta;
2. As despesas com as vendas, as despesas
financeiras, deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas e outras despesas
operacionais;
3. O lucro ou prejuízo operacional, as
receitas e despesas não operacionais etc.
A Lei das Sociedades por ações e o
conteúdo da DRE
1. A lei não especifica o que considera
receitas e despesas não operacionais;
2. Utiliza terminologia não contábil e às
vezes inadequada, tais como: rendimentos,
encargos, custos;
3. Qual a razão da subtração das receitas
financeiras das despesas financeiras ?
O Ambiente
Necessidades
O Ambiente
Entidades
Entidades
Ind. Com. Fin.
Religiosas
Necessidades
Entidades
Entidades
Políticas
Familiares
Visão Sistêmica da Empresa
A Empresa e o seu Ambiente Interno
Objetivos - Econômico
Garantir sua continuidade;
Garantir remuneração ao Capital Aplicado;
A Metodologia de Ensino
utilizada nesta apresentação
Aula expositiva.
Seminário
Bibliografia
ANTEPROJETO DA NOVA LEI DAS SOCIEDADES
ANÔNIMAS.
HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da
Contabilidade, 5ºed.- São Paulo: Atlas,1999.
IUDICIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos – Introdução à
Teoria da Contabilidade, 3ª ed.- São Paulo:Atlas, 2002.
_________, Sérgio de –Teoria da Contabilidade, 9ª ed.- São
Paulo:Atlas, 2002.
_________, Sérgio de;MARTINS, Eliseu;GELBCKE,Ernesto
Rubens –Manual de Contabilidade das Sociedades por
Ações, 6ª ed.- São Paulo:Atlas, 2003
MARION, José Carlos Marion, revista de contabilidade do
CRC, Ano III nº 8 – jun/1999.
Sites:WWW.fasb.org e WWW.iasb.org
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS - 2a. edição - São Paulo : Atlas,
1992IBRACON - Instituto Brasileiro de Contadores
Obrigado pela
atenção!
Fim.