Transcript Raízes e otimização
Renato Assunção DCC, UFMG
Derivada numérica
Lembre da definição de derivada Como no caso da integral, a definição e’ uma operação de limite quando h 0 Uma estimativa simples e’ então tomar h ≈0 e usar a aproximação Este e’ chamado o método das diferença sucessiva (forward difference method)
Precisão da diferença sucessiva
Se f e’ diferenciavel duas vezes, podemos escrever sua expansao de Taylor de 2ª ordem: Onde ε (x, x+h) Entao Portanto, o erro de D h f e’
Exemplo
Considere a função e calcule
f
' ( 2 ) Pelo método da diferença sucessiva: Por outro lado, sabemos do calculo que f ’(x)=1/(1+x 2 ) e portanto
Um método mais preciso
Considere as seguintes DUAS expansões de Taylor: Isolando f ’ (x) encontramos: Isto produz o método da diferença simétrica
Diferença simétrica
Este método e’ uma media dos métodos de diferença sucessiva e diferença retroativa.
Qual a precisão desta media?
Como e O método da diferença simétrica tem um erro de aproximação igual a
Extrapolação de Richardson
Extrapolação de Richardson pode ser usada para melhorar qualquer método numérico que tenha a ordem de grandeza de seu erro conhecida. Podemos usa-la para melhorar: Diferença sucessiva (O(h)) Diferença simétrica (O(h 2 )) Nos podemos ser bastante específicos sobre o impacto da extrapolação de Richardson nestes dois casos.
Se nos tivéssemos tomado a expansão completa de Taylor quando derivamos o método das diferenças simétricas teríamos: ou onde k 2 , k 4 , .. são constantes independentes de h.
Agora podemos olhar a precisao da extrapolacao de Richardson para diferencas simetricas (p=2): 4/3 D h/2 – 1/3 D h Do slide anterior: Multiplicando pelos fatores apropriados temos Substituindo (2) em (1) temos Assim, diferenças simétricas com extrapolação de Richardson tem erro O(h 4 )
Estimando a derivada segunda
Vamos considerar de novo as duas expansões de Taylor: Isolando f’’(x) encontramos E assim temos a aproximação
Calculo diferencial e integral
Newton e Leibniz inventaram o calculo diferencial e integral por volta de 1670.
O objetivo era ter ferramentas matemáticas apropriadas para lidar com o movimento e mudanças no tempo.
Entender, modelar e predizer o movimento dos corpos celestes era um dos maiores objetivos da ciência naqueles tempos. Para os homens daquele tempo, compreender o movimento dos céus era ouvir a voz de Deus.
Calculo diferencial e integral
Logo depois ocorre uma explosão cientifica revolucionaria: Os irmãos Bernoulli, Euler, Lagrange, Laplace, etc. A ciência e engenharia modernas nascem, vicejam, crescem e criam o que temos hoje em dia. Derivadas e integrais aparecem em todos os modelos científicos para descrever a natureza se um processo de mudança estiver envolvido no fenômeno estudado.
A mais famosa lei da física, a 3ª lei de Newton, envolve uma segunda derivada: F = m * d 2 y(t)/dt 2
Um passo alem: Equações diferenciais
Equação não linear usual: achar os valores de t para os quais a igualdade f(t)=0 e’ válida Equação diferencial ordinária: achar as funções y(t) para as quais a igualdade g(t, y(t), y’(t)) = 0 e’ válida PARA TODO t Por exemplo: achar y(t) tal que seja válida a equação y’(t)–3y(t) = 0 OU SEJA y’(t) = 3y(t).
Isto e’, queremos achar as todas as funções y(t) tais que a sua função derivada y’(t) seja igual a 3 vezes a própria função y(t).
EDO de 1ª ordem
Achar y(t) tal que y’(t) = 3y(t) Geometricamente: Desenhe o gráfico da função y(t) Calcule a inclinação da reta tangente y’(t) em cada ponto t A inclinação deve ser igual a 3 vezes o valor da função y(t) Existe alguma função que satisfaz esta condição?
Se existem, e’ possível encontra-las?
Técnicas de solução ANALITICA de EDO: solução exata
EDO de 1ª ordem
Achar y(t) tal que y’(t) = 3y(t) Que tal y(t) = t 2 ??
Neste caso, y’(t) = 2 t t 2 = y(t) Que tal y(t) = cos(t) ?
Neste caso, y’(t) = -sen(t) cos(t) = y(t) OU ainda y(t) = log(t) ??
y‘(t) = 1/t que não e’ a própria função y(t)=log(t)
EDO de 1ª ordem
Achar y(t) tal que y’(t) = 3y(t) Que tal y(t) = e 3t ??
De fato, para esta função, temos y’(t) = 3 e 3t = 3 y(t) e’ uma solução da equação diferencial. Existe alguma outra função que também seja solução? Sim: todas as funções da forma y(t) = c e também e’ uma solução.
3t onde c R Existem outras? Não, estas são todas, não existem mais funções para as quais temos y’(t) = 3 y(t) PARA TODO t
EDO 1ª ordem com valor inicial
Achar y(t) tal que y’(t) = 3y(t) E ALEM DISSO, y(0) = 2 Agora, colocamos uma restrição adicional, uma condição sobre o valor inicial da função y(t).
No tempo t=0, a função deve valer y(0)=2 Como todas as soluções de y’(t) = 3y(t) são da forma y(t) = c e 3t temos de encontrar alguma que satisfaça a condição inicial.
2 = y(0) = c e 3*0 = c.1 y(t) = 2 e 3t
Notação: ordinária?
Equações diferenciais: ok Mas por que Equações diferenciais ORDINÁRIAS? Existem Equações diferenciais EXTRAORDINÁRIAS?
Não. O palavra “ordinária” e’ usada para diferenciar das equações diferenciais PARCIAIS.
Parciais: equações que envolvem funções de mais de uma variável e suas derivadas parciais. Exemplo: Equação de difusão do calor numa barra de densidade homogênea. Seja u(t,x) a temperatura no ponto x no tempo t Então onde c depende do material
t
c
x
2
EDO de 1ª ordem
Equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem são equações envolvendo apenas a derivada y’(t) e a funcao y(t) e possivelmente outras funções FIXAS e conhecidas (tais como sin(t) ou exp(t)). Por exemplo: y’(t) = p(t) * y(t) + g(t) Casos particulares: y’(t) = 3 * y(t) + sin(t) y’(t) = (3*t 2 + 2t -1) * y(t) + sin(t)
EDO de ordem n
EDO ordem n são equações envolvendo : As derivadas y n (t), y n-1 (t),..., y’(t) a função y(t) e possivelmente outras funções FIXAS e conhecidas (tais como sin(t) ou exp(t)). Por exemplo, uma EDO de 2ª ordem: y”(t) = sin(t) * y’(t) + y(t) + 3t Qual a (ou as) FUNCAO y(t) tal que a sua FUNCAO derivada segunda y’’(t) obedece a equação acima?
Mas isto e’ so’ um exercício de matemáticos sem ter o que fazer, certo?
Exemplos de EDOs famosas
Decaimento radioativo: proporção carbono 14/carbono-12 presente na matéria orgânica viva é constante.
No entanto, na matéria orgânica morta a quantidade de 14C diminui com o tempo, a uma taxa proporcional à quantidade existente. Se designarmos essa quantidade por Q, teremos: Q’(t) = -c Q(t) onde c > 0 e’ uma constante
Exemplos de EDOs famosas
Corpo em queda livre com atrito devido a resistência do ar: Mv’(t) = mg – k v(t) ou v’(t) + k/m v(t) – g = 0 Engenharia Química: balanço de massa ou volume ou energia num reator químico. O volume de líquido num tanque e a concentração de uma solução A mudam com o tempo. Entra e sai líquido a taxas constantes e diferentes. Os líquidos possuem concentrações de A diferentes. Descrever a concentração de A em cada instante : terminamos em uma EDOs
Exemplos de EDOs famosas
Oscilador harmônico amortecido: y’’(t) + a y’(t) + b y(t) = 0 Para descrever a física do átomo de hidrogênio: Legendre: (1-t 2 )y’’(t) – 2 t y’(t) + k(k+1) y(t) = 0 Para descrever o comprimento de onda no átomo de hidrogênio: Laguerre: t y’’(t) + (1-t) y’(t) + k y(t) = 0 Membranas vibratórias: Bessel : t 2 y’’(t) + t y’(t) + (t 2 – k 2 ) y(t) = 0 Mecânica quântica: Hermite: y’’(t) – 2 t y’(t) + 2 k y(t) = 0 Arco-íris y’’(t) + t y(t) = 0
EDO linear de 1ª ordem
Suponha que y’(t) = a(t) * y(t) + b(t) Solução: Com o fator integrante Se y’(t) = - y 2 (t) EDO NÃO-LINEAR. Esta EDO particular pode ser resolvida pelo método de separação de variáveis .
EDO de 1ª ordem
Vamos considerar problemas do seguinte tipo: Existe alguma solução? Quando ela e’ única?
TEOREMA:
Métodos numéricos: Euler
Nosso problema de EDO de 1ª ordem: Euler e’ o método mais simples.
Acha uma aproximação para a solução y(t) num intervalo [t 0 , t N ] Divide o intervalo em N subintervalos de comprimentos iguais: t com h=(t N -t 0 )/N Se h e’ pequeno, temos 0 , t 1 , ..., t N onde t k =t 0 + k * h
Método de Euler
Nosso problema de EDO de 1ª ordem: t 0 , t 1 , ..., t N onde t k =t 0 + k * h com h=(t N -t 0 )/N Se h e’ pequeno, temos Algoritmo: Temos uma aproximação y 0 , y 1 , y 2 , ..., y N para y(t)
Método de Euler – 1ª iteracao
y(t) y
' (
t
)
f
t
,
y
(
t
) ,
y
y
0 Slope
f
t
0 ,
y
0
(t 0 , y 0 ) y
1
y
0
y
0
f f
t
0 ,
t
0 ,
y
0
t
1
y
0
h
t
0
y
(
t
0
h
)
y
(
t
1 )
t 0
Passo h
t 1
Valor de y(t 0 + h) Valor aproximado y 1
t
Interpretação gráfica: primeiro passo do método de Euler 29
Método de Euler – 2ª iteração
y(t)
Valor verdadeiro y(x 2 )
y
2
y
1
f
t
1 ,
y
1
h
Note que y 2 valor em t 2 e’ o de uma reta que passa por (t 1 , y 1 ) e que tem inclinação f(t 1 ,y 1 ).
y 1 t 1 h
Tamanho do passo Segunda iteração do método de Euler
t 2 y 2
Valor aproximado
t
30
Método de Euler – 2ª iteração
NÃO ESTAMOS USANDO
y(t)
Valor verdadeiro y(t 2 ) y * 2 = y(t 1 ) + f(t 1 , y(t 1 ))h uma reta passando por y(t 1 ) e com inclinação f(t y(t 1 1 ,y(t ) 1 )) pois NOS NÃO TEMOS Na 1ª iteração obtivemos uma aproximação y 1 para y(t 1 )
y 1 t 1 h
Tamanho do passo
t 2 y 2
Valor aproximado
t y
2
y
1
f
t
1 ,
y
1
h
31
Método de Euler – iteração i
y
Valor verdadeiro y(t i+1 )
y i
1
y i
f
t i
,
y i
h h
t i
1
t i y i+1
, Valor aproximado
y i h
Tamanho do passo
t i
Passo genérico do método de Euler
t i+1 t
32
Erros em Euler
Assim, na n-ésima iteração, gostaríamos de aproximar y n+1 pelo valor em t n+1 = t n +h da reta tangente a y(t) no ponto (t n , y(t n )) Entretanto, NÃO TEMOS y(t n ) mas somente uma aproximação y n Assim, temos dois erros acumulando-se em cada iteração do método de Euler.
Existe um erro em aproximar y(t n ) por y n , a n-ésima iteração Além disso, gostaríamos de ter f(t n ,y(t n )) mas usamos f(t n ,y n )
Exemplo
Uma esfera possui temperatura de 1200K (ou 920 o C ) e comeca a resfriar ‘a temperatura ambiente de 300K (ou 27 o C). Assumindo que o calor e’ dissipado sem interferência, a equação diferencial que reflete a temperatura (t) da esfera no tempo t deve satisfazer a seguinte EDO
d
2 .
2067 10 12 4 81 10 8 ,
dt
1200
K
Encontrar a temperatura em t=480 segundos usando o método de Euler.
Assuma um passo de tamanho h=240 segundos 34
Solução
Primeira iteração: 1
d
f dt
i
1 1 2 .
2067 10 12 4 81 10 8 2 .
2067 10 12 4 81 10 8
i
0 1200
f f
t t i
0 ,
f
,
i
0
h
h
0 , 1200 1200 1200 2 .
2067 4 .
5579 240 10 240 12 1200 4 81 10 8 240 106 .
09
K
e’ a temperatura aproximada em 1
t
t
1 106 .
09
K t
0
h
0 240 240 35
Solução - continuação
Iteração 2:
Para
i
1 ,
t
1 240 , 1 106 .
09 2 1
f
106 .
09 106 .
09 106 .
09
t
1 ,
f
1
h
240 , 106 .
09 240 2 .
2067 0 .
017595 10 240 12 106 .
09 4 110 .
32
K
81 10 8 240 2 e’ a temperatura aproximada em 2 110 .
32
K t
t
2
t
1
h
240 240 480 36
Solução – continuação
A solução exata da EDO e’ dada pela raiz da equação não-linear 0 .
92593 ln (
t
) (
t
) 300 300 1 .
8519 tan 1 0 .
00333 (
t
) 0 .
22067 10 3
t
2 .
9282 A solução (480) desta equação não-linear em t=480 segundos e’ ( 480 ) 647 .
57
K
Bem diferente da aproximação: 2 110 .
32
K
37
Comparação das soluções exata e numérica
1400 1200 1000 800 600 400 200 0 0 Exact Solution h=240 100 200 300
Time, t(sec)
400 500 Euler 38
Efeito do tamanho do passo h
Temperatura aos 480 segundos como uma função do passo h
Step, h 480 240 120 60 30 (480) −987.81
110.32
546.77
614.97
632.77
E t 1635.4
537.26
100.80
32.607
14.806
|є t |% 252.54
82.964
15.566
5.0352
2.2864
( 480 ) 647 .
57
K
(valor exato) 39
Comparação com resultado exato
1500 1000 500 0 -500 0 -1000 -1500 Exact solution 100 200
Tim e, t (sec)
h=120 h=240 300 h=480 400 500 Apenas h=480, 240 e 120 40
Efeito do tamanho do passo h em Euler
Valor exato 800 400 0 0 -400 -800 -1200 100 200 300
Step size, h (s)
400 500 41
Mais um exemplo
Considere a EDO Como x 0 =0 então x n =nh Iteração: Usando h=0.1 e 0.001
E comparando com a solução exata temos a tabela ao lado
Erros no método de Euler
Vimos que o método de Euler PODE ter erros grandes. Para entender a ordem de grandeza desses erros, vamos fazer a expansão de Taylor em torno de x i
y i
1
y i
dy dx x i
,
y i
x i
1
x i
1 2 !
d
2
y dx
2
x i
,
y i
x i
1
x i
2 1 3 !
d
3
y dx
3
x i
,
y i
x i
1
x i
3 ...
Isto e’:
y i
1
y i
f
(
x i
,
y i
)
x i
1
x i
1 2 !
f
' (
x i
,
y i
)
x i
1
x i
2 1 3 !
f
' ' (
x i
,
y i
)
x i
1
x i
3 ...
Os dois primeiros termos da serie de Taylor e’ o método de Euler
y i
1
y i
f
x i
,
y i
h
O erro na aproximação e’ dado por
E t
f
x i
,
y i
h
2 2 !
f
x i
,
y i
h
3 3 !
...
E t
h
2 43
Runge - Kutta
Euler fez a seguinte aproximação Que tal usar uma aproximação melhor para a integral?
Por exemplo, podemos usar a regra do trapézio: Neste caso, teremos então a aproximação E o algoritmo
Runge-Kutta
Encontramos a equação de iteração: Existe um problema no entanto: y n+1 aparece dos dois lados da equação acima. Não conseguimos isolar y n+1 .
Uma possibilidade e’ substituir y n+1 NO LADO DIREITO por sua aproximação baseada em Euler: y n+1 = y n + f(t n ,y n )h Este e’ o metodo de Runge-Kutta de 2ª ordem
Runge Kutta de 2ª ordem
Equação de iteração: ou simplesmente onde Assim, este e’ um método de Euler com inclinação (s 1 +s 2 )/2
Runge – Kutta de 2ª ordem
E’ possível uma interpretação gráfica-geométrica deste método de Runge-Kutta. Temos com Isto corresponde ao seguinte esquema em dois passos: Tome um passo preliminar de Euler com inclinação s 1 em t n : Com isto, obtenha uma segunda inclinação s 2 em t n +h A atualização de Euler realmente dada usa a média das inclinações s 1 em t n e s 2 em t n +h
Exemplo
Uma esfera possui temperatura de 1200K (ou 920 o C ) e comeca a resfriar ‘a temperatura ambiente de 300K (ou 27 o C). Assumindo que o calor e’ dissipado sem interferência, a equação diferencial que reflete a temperatura (t) da esfera no tempo t deve satisfazer a seguinte EDO
d
2 .
2067 10 12 4 81 10 8 ,
dt
1200
K
Encontrar a temperatura em t=480 segundos usando o método EULER MELHORADO (ou metodo classico de Runge-Kutta de segunda ordem) Assuma um passo de tamanho h=240 segundos
f d
2 .
2067 10 12 4 81 10 8
dt
2 .
2067 10 12 4 81 10 8
i
1
i
1 2
s
1 1 2
s
2
h
48
Solução
Iteração 1:
i
0 ,
t
0 0 , 0 ( 0 ) 1200
K s
1
f f
t
0 ,
o
0 , 1200 2 .
2067 10 12 1200 4 4 .
5579 81 10 8
s
2
f f f
t
0 0 240 ,
h
, 0
s
1
h
240 , 1200 106 .
09 2 .
2067 10 12 106 .
09 4 .
5579 4 81 240 10 8 0 .
017595 1 0 1 2
s
1 1 2
s
2
h
1200 1200 1 4 .
5579 2 2 .
2702 240 1 2 0 .
017595 655 .
16
K
240 49
Solução - continuação
Iteração 2:
i
1 ,
t
1
t
0
h
0 240 240 ,
s
1
f f
t
1 , 1 240 , 655 .
16 2 .
2067 10 12 655 .
16 4 0 .
38869 81 10 8 1 655 .
16
K s
2
f f f
t
1
h
, 1 240 240 , 480 , 561 .
87
k
1
h
655 .
16 2 .
2067 10 12 561 .
87 4 0 .
38869 240 81 10 8 0 .
20206 2 1 1 2
s
1 1 2
s
2
h
655 .
16 655 .
16 1 0 .
38869 2 0 .
29538 240 584 .
27
K
1 2 0 .
20206 240 50
Solução - continuação
A solução exata da EDO e’ dada pela solução de uma equação não -linear: 0 .
92593 ln (
t
) (
t
) 300 300 1 .
8519 tan 1 0 .
0033333 (
t
) 0 .
22067 10 3
t
2 .
9282 A solução para esta equação não-linear em t=480 segundos e’ ( 480 ) 647 .
57
K
51
Comparação com resultado exatos
1200 Exact h=120 800 h=240 400 h=480 0 0 -400 100 200 300 400 500
Time, t(sec)
Euler melhorado (ponto médio) para diferentes valores de h 52
Efeito do tamanho do passo h
Temperatura em t=480 segundos como uma funcao do tamanho do passo h
Passo
h
480 240 120 60 30 (480) −393.87
584.27
651.35
649.91
648.21
Erro = E t 1041.4
63.304
−3.7762
−2.3406
−0.63219
|є t |% 160.82
9.7756
0.58313
0.36145
0.097625
( 480 ) 647 .
57
K
(exact) 53
Efeito do tamanho do passo h
800 600 400 200 0 -200 0 -400 100 200 300
Step size, h
400 500 54
Um segundo método de Runge-Kutta
O método de Runge-Kutta que acabamos de estudar começou aproximando uma integral pela regra do trapézio: Podemos usar alguma outra regra: Simpson ou midpoint Vamos usar midpoint: Neste caso Note que y(t+h/2) no lado direito não e’ conhecido. Vamos usar Euler de novo para este valor.
2º. Método de Runge - Kutta
Temos a aproximação
y n
1
y n
t n n t
h f
( ,
y
( ))
d
y n
hf t n
h
2 ,
y
(
t n
h
/ 2 ) Usamos a aproximação de Euler para o termo y(t n +h/2): y(t n +h/2) ≈y(t n )+h/2 * f(t n , y n ) Substituindo a iteração para y n+1 temos Este método e’ conhecido como método de Euler modificado ou método do ponto médio
2º metodo de Runge-Kutta
Também podemos ver este novo método de Runge Kutta como um processo em dois estágios.
Escrevemos como onde
Resumo dos 2 métodos de R-K
Primeiro: o método clássico de 2ª ordem de R-K (ou método de Euler melhorado) y n+1 com = y n + h (s 1 +s 2 )/2 Segundo: Método de Euler modificado (método do ponto médio) y n+1 com = y n + h s 2 O que eles tem em comum?
Comparando os dois R-K
Os dois métodos usam dois estágios intermediários s 1 obter uma iteração.
e s 2 para Os estágios correspondem a diferentes estimativas para a inclinação da solução.
No método clássico de RK (Euler melhorado) nós damos um passo completo y n+1 inclinações s 1 em t n = y n e s 2 + h (s 1 +s em t n +h 2 )/2 tomando a media das No método de Euler modificado (ponto médio), nós usamos s 1 em t n para dar um meio-passo ate t n +h/2. A seguir, calculamos s 2 , a estimativa da inclinação no ponto médio, e então tomamos o passo completo y n+1 = y n + h s 2
Exemplo
Considere a EDO Euler modificado: y n+1 =y n +hs 2 Temos s 1 =x 2 n + y 2 n e s 2 =(x n +h/2) 2 +(y n +s 1 /2) 2 Exemplo numérico na tabela ao lado y(x i ) e’ o valor exato e y i e’ a aproximação numérica
De volta ao exemplo basico
Uma esfera possui temperatura de 1200K (ou 920 o C ) e comeca a resfriar ‘a temperatura ambiente de 300K (ou 27 o C). Assumindo que o calor e’ dissipado sem interferência, a equação diferencial que reflete a temperatura (t) da esfera no tempo t deve satisfazer a seguinte EDO
d
2 .
2067 10 12 4 81 10 8 ,
dt
1200
K
Encontrar a temperatura em t=480 segundos usando o método EULER MELHORADO (ou método clássico de Runge-Kutta de segunda ordem) e EULER MODIFICADO (ou ponto médio) Assuma um passo de tamanho h=240 segundos 61
Comparação de Euler e RK de 2a ordem
Passo
h
480 240 120 60 30 Euler −987.84
110.32
546.77
614.97
632.77
(480) Euler Melhorado −393.87
584.27
651.35
649.91
648.21
Ponto Medio 1208.4
976.87
690.20
654.85
649.02
( 480 ) 647 .
57
K
(exato) Ralston (ignore) 449.78
690.01
667.71
652.25
648.61
62
Comparação de Euler e RK de 2a ordem
Passo h 480 240 120 60 30 Euler 252.54
82.964
15.566
5.0352
2.2864
Euler Melhorado 160.82
9.7756
0.58313
0.36145
0.097625
t
% Ponto Médio 86.612
50.851
6.5823
1.1239
0.22353
( 480 ) 647 .
57
K
(exato) Ralston (ignore) 30.544
6.5537
3.1092
0.72299
0.15940
63
Comparação de Euler e RK de 2a ordem
1200 1100 1000 900 800 700 Analytical 600 500 0 Euler 100 Ralston 200 300
Time, t (sec)
400 500 600 64
Para a prova
Memorizar apenas: Método de Euler e os dois métodos mais simples de Runge-Kutta: Euler melhorado (RK clássico de 2ª ordem) Euler modificado (ponto médio) Pode ignorar o resto dos slides
Runge-Kutta 2ª ordem geral
Podemos imaginar varias outras maneiras alternativas de calcular s 1 e s 2 .
O método geral de Runge-Kutta de 2ª ordem e’ da forma onde com (esta notação vem de uma teoria mais avançada ligada a métodos implícitos) Clássico RK (Euler melhorado): Euler modificado (ponto médio): γ 1 =0, γ 2 =1 e α 2 = β 21 =1/2
Tabela de Butcher
E’ costume arranjar os coeficientes α i , β ij tabela chamada tabela de Butcher e γ i em uma Onde α 2 = β 21 Para o método ser de segunda ordem e ter certas propriedades desejáveis impomos também as condições
Tabela de Butcher
RK Clássico (Euler melhorado) α 2 = β 21 RK : Euler modificado (ponto médio) RK: Método de Heun Método de Ralston
0
α 2 =3/4
0 0
β 21 =3/4 0 Γ 1 =1/3 Γ 2 =2/3
Runge-Kutta de 4ª ordem
E’ o mais famoso método de Runge-Kutta com E tabela de Butcher