Transcript Método
Controle de Qualidade de Insumos Patrícia Dias Novembro 2014 PROFa. PATRÍCIA DE CASTRO MOREIRA DIAS, M. Sc. Farmacêutica Industrial formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente do Curso de Farmácia na Universidade Estácio de Sá há 8 anos. Docente do Curso de Pós-Graduação em Farmácia Industrial da Universidade Estácio de Sá. Gerente da Unidade da Qualidade da empresa Nortec Química S.A. há 1 ano. PROFa. PATRÍCIA DE CASTRO MOREIRA DIAS, M. Sc. Experiência de 13 anos na Indústria Farmacêutica, nas áreas de desenvolvimento galênico, desenvolvimento de metodologia analítica, controle de qualidade físicoquimico de medicamentos e insumos farmacêuticos, garantia da qualidade e assunstos regulatórios. Objetivos da aula Conceitos gerais, objetivos e funções; Fluxograma da qualidade em matéria prima; Boas práticas de controle de qualidade; Normas e Legislações Vigentes; Amostragem; Amostras referência; de Caracterização físico-química de matériasprimas; Objetivos da aula Qualificação de fornecedores; Validação de métodos analíticos; Equipamentos e Procedimentos para análises físicas, físico-químicas e microbiológicas de insumos. Utilização, demonstração e prática de ensaios: : ponto de fusão, solubilidade, titulometria, medição de pH, densidade, índice de refração, rotação óptica, métodos instrumentais; CONTROLE DE QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE Conjunto de medidas destinadas a verificar a qualidade de cada lote de medicamentos e matérias-primas, para que satisfaçam às normas de atividade, pureza, eficácia e inocuidade. Recursos Humano Documentação Controle de Qualidade Materiais de Consumo Equipamentos Matéria-prima - representa os ingredientes ativos, os excipientes e os materiais de embalagem. Medicamento – produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Indústria Farmacêutica Indústria Farmoquímica Matéria-Prima Produto Final Insumo FLUXOGRAMA CONTROLE DE QUALIDADE CQ CQ CQ FÍSICO-QUÍMICO FÍSICO MICROBIOLÓGICO ANÁLISES DE PRODUTO ANÁLISES DE MATÉRIA-PRIMA ANÁLISE DE MATERIAIS DE EMBALAGEM ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS Produção Engenharia e Utilidades Almoxarifado Garantia de Qualidade Controle de Qualidade Expedição Suprimentos Pesquisa e Desenvolvimento Registro de Produto GARANTIA DA QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE BPF LEGISLAÇÕES LEGISLAÇÕES RDC 249/05 – BPF de Intermediários e Insumos Farmacêuticos Ativos. RDC 01/05 – Guia para a realização de Estudos de Estabilidade de Medicamentos. RDC 204/2006 – Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos. RDC 57/2009 – Dispõe sobre o registro de insumos farmacêuticos ativos (IFA) e dá outras providências. LEGISLAÇÕES RDC 48/2009 – Dispõe sobre a realização de alteração, inclusão, suspensão, reativação, e cancelamento pós-registro de medicamentos e dá outras providências. RDC 17/2010 Medicamentos. – Dispõe sobre as BPF de RDC 29/2010 - Dispõe sobre certificação de Boas Práticas de Fabricação para fabricantes internacionais de insumos farmacêuticos ativos. LEGISLAÇÕES RDC 45/2012 - Dispõe sobre a realização de estudos de estabilidade de insumos farmacêuticos ativos. RDC 11/2012 – Dispõe sobre o funcionamento de laboratórios analíticos que realizam análises em produtos sujeitos à Vigilância Sanitária e dá outras providências. LEGISLAÇÕES RDC 58/2013 - Estabelece parâmetros para a notificação, identificação e qualificação de produtos de degradação em medicamentos com substâncias ativas sintéticas e semissintéticas, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências. AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM Plano de Amostragem Tipo de amostra Método de amostragem Quantidade de amostra (mínima) Número de amostras Material da embalagem Condições de estocagem AMOSTRAGEM Homogeneidade do lote Amostragem Probabilística Amostra representativa (fração do lote): quantidade de amostra estatisticamente calculada representando o universo amostrado √n+1 AMOSTRAGEM Matérias-primas para formulações parenterais, fracionadas, fornecidas através de intermediários, fabricante desconhecido, fabricante não auditado pela indústria Identificação : 100% dos volumes Exceção: fornecedor qualificado, monofabricante, sem intermediários. AMOSTRAGEM Procedimentos Limpeza dos volumes Quantidade Condições assépticas EPIs Condições especiais (nitrogênio, dessecantes) Riscos de contaminação AMOSTRAGEM Local e Materiais Cabine de amostragem Área classificada Diferença de pressão Materiais preparados AMOSTRAGEM Identificação (rótulos amostrados): Nome da matéria-prima Lote Número do recipiente (volume) Número da amostra Assinatura do amostrador Data da amostragem volumes AMOSTRAS DE RETENÇÃO Amostra de um lote de matéria-prima armazenada em recipiente e ambiente adequados, que reproduzam as especificações do fabricante e que seja suficiente para a realização de, no mínimo, análises 2 completas. AMOSTRAS DE RETENÇÃO GERENCIAMENTO Localização Prazo de estocagem Controle/Monitoramento Procedimento Controlados AMOSTRAS DE RETENÇÃO GERENCIAMENTO IFAS 1 ano após a validade do produto acabado Excipientes 2 anos após a validade AMOSTRAS DE RETENÇÃO VALIDADE RETESTE REANÁLISE FLUXOGRAMA Recebimento Suprimentos Produção Almoxarifado Destruição Amostragem (CQ) Análises (CQ) Contraprova (CQ) EQUIPAMENTOS E ENSAIOS EQUIPAMENTOS E ENSAIOS ENSAIOS Os ensaios analíticos constituem as técnicas de análise utilizadas pelo Controle de Qualidade com o objetivo de determinar a conformidade das matérias-primas frente às especificações estabelecidas. EQUIPAMENTOS E ENSAIOS Físico-químicos Características Identificação Químicos Impurezas Doseamento Físicos Propriedades Microbiológicos Contaminação Microbiana EQUIPAMENTOS E ENSAIOS Métodos Clássicos Métodos Instrumentais Identificação Espectrofotometria Métodos físicos Métodos químicos Cromatografia Voltametria Medidas diretas EQUIPAMENTOS E ENSAIOS IDENTIFICAÇÃO MÉTODOS FÍSICOS MÉTODOS QUÍMICOS • SOLUBILIDADE • FORMAÇÃO DE PRECIPITADOS • PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS • REAÇÕES COLORIMÉTRICAS EQUIPAMENTOS E ENSAIOS SOLUBILIDADE TERMO Parte de solvente por 1 parte de soluto Muito solúvel Menos de 1 Livremente solúvel 1 a 10 Solúvel 10 a 30 Moderadamente solúvel 30 a 100 Levemente solúvel 100 a 1000 Muito pouco solúvel 1000 a 10000 Preaticamente insolúvel/Insolúvel Igual ou acima de 10000 EQUIPAMENTOS E ENSAIOS Métodos Instrumentais Espectrometria IR, RAMAN, UV-VIS, Raio X etc.. Cromatografia CCD, CLAE, CG, Medidas diretas Voltametria Refratometria, ponto de fusão, potenciometria, Polarimetria EQUIPAMENTOS E ENSAIOS ENSAIOS DE PUREZA Solventes residuais Metais/ Metais Pesados Impurezas / Produtos de degradação Perfil cromatográfico EQUIPAMENTOS E ENSAIOS IMPUREZAS Decorrente do processamento do material Substância voláteis e não voláteis Umidade Cinzas Ensaios limites Decorrente degradação material Produtos degradação Métodos Indicativos estabilidade da do de de Contaminação externa Falhas do ambiente DSC pH Condutividade EQUIPAMENTOS E ENSAIOS DOSEAMENTO Métodos Clássicos Volumetria Neutralização Complexação Oxirredução Precipitação Gravimetria EQUIPAMENTOS E ENSAIOS DOSEAMENTO Métodos Instrumentais Espectroscópicos UV – VIS Infravermelho Espectrometria de chama Absorção atômica Eliminatórios Potenciometria Condutimetria Voltametria Cromatografia Análises Físico-Químicas Determinação de pH Condutividade Ponto de fusão Determinação de massa Rotação ótica Densidade Índice de refração Viscosidade PERDA POR DESSECAÇÃO Determinar a quantidade de material volátil de qualquer tipo, contida na amostra sob determinadas condições de temperatura/ pressão/tempo 1–2g TEOR DE ÁGUA Determinar a quantidade de água contida na amostra na forma adsorvida. Métodos: Titulométrico / Azeotrópico / Gravimétrico 2 – 250 mg de água RESÍDUO DE IGNIÇÃO Determinar o teor de impurezas inorgânicas em uma substância orgânica. Mede a quantidade de substância residual não volatilizada em uma amostra quando a mesma é levada à ignição na presença de ácido sulfúrico. 1–2g ACIDEZ OU ALCALINIDADE Determinar se a amostra está suficientemente alcalina ou ácida, de forma qualitativa pela adição de solução ácida ou básica. NaOH VISCOSIDADE • Viscosidade é a expressão da resistência de líquidos ao escoamento, ou seja, ao deslocamento de parte de suas moléculas sobre moléculas vizinhas. • A viscosidade dos líquidos vem do atrito interno, isto é, das forças de coesão entre moléculas relativamente juntas. ROTAÇÃO ESPECÍFICA • Rotação Específica: atividade óptica (desviam a luz plano-polarizada de modo que a luz transmitida é desviada em um determinado ângulo em relação à incidente. • Um dos enantiômeros desvia a luz planopolarizada para a direita (+) e é chamado de dextrógiro (d); o antípoda desvia para a esquerda (-) e é conhecido como levógiro (l). IMPUREZAS • • • • • • Precursores de síntese Subprodutos de síntese Solventes residuais Catalisadores Produtos de decomposição (estabilidade) Outras impurezas (interação) METAIS PESADOS Método químico por via úmida Método subjetivo Utilizado há mais de 90 anos Arsênio, Chumbo, Cádmio e Mercúrio EMEA Guideline on the Specification Limits for Residues of Metal Catalysts – Platina, Paládio, Rutênio, Ródio e Rubídio (se presentes) Alteração do nome : Impurezas Elementares Alteração do método: ICP (Espectrometria Atômica) SOLVENTES RESIDUAIS Foram definidos novos limites e classes de solventes Todos os produtos presentes na farmacopéia devem ser avaliados Métodos harmonizados (USP/Ph. Eur.) Skip test EQUIPAMENTOS TOC ou COT É a determinação do carbono orgânico total sendo um método sensível e inespecífico de quantificar os átomos de carbono ligados por covalência em moléculas orgânicas presentes em uma amostra. A análise é utilizada para identificar a contaminação da água por impurezas orgânicas e auxiliar no controle dos processos de purificação e distribuição. EQUIPAMENTOS Espectrofotômetro UV – VIS A Absorbância é linear e diretamente proporcional ao caminho percorrido pela energia radiante, ou seja, à expessura da cubeta utilizada no experimento (1 cm). EQUIPAMENTOS CLAE Emprego na rotina do CQ: Identificação de compostos Quantificação de matérias primas e produtos finais Estabilidade de medicamentos Validação de Limpeza EQUIPAMENTOS CLAE A CLAE tem grande vantagem sobre outras análises instrumentais devido a capacidade de separação promovida pela relação de polaridade entre a fase estacionária e fase móvel e o emprego de detectores, como UV-vis e DAD que aumentam a especificidade do método. EQUIPAMENTOS CLAE A cromatografia a líquido de alta eficiência (CLAE) é uma técnica de separação fundamentada na distribuição dos componentes de uma mistura entre duas fases imiscíveis, a fase móvel, líquida, e a fase estacionária sólida, contida em uma coluna cilíndrica. EQUIPAMENTOS CG • Cromatografia a gás (CG) é uma técnica de separação cromatográfica baseada na diferença de distribuição de espécies de uma mistura entre duas fases não miscíveis, na qual a fase móvel é um gás de arraste que se move através da fase estacionária contida em uma coluna. EQUIPAMENTOS CG CG está baseada no mecanismo de adsorção, distribuição de massa ou exclusão por tamanho. É aplicada a substâncias e seus derivados que se volatilizam sob as temperaturas empregadas, e é utilizada para identificação, teste de pureza e determinação quantitativa. EQUIPAMENTOS Espectroscopia de Infravermelho Picos ou bandas transferidos por frequência vibracional da molécula uma ESPECTRO RAMAN x ESPECTRO INFRAVERMELHO ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE Estes ensaios consistem em incluir testes funcionais para excipientes, devido à complexidade destes materiais e sua importância nos processos produtivos do segmento farmacêutico. Matérias-primas com funcionalidade específica ou que interferem na funcionalidade de outras. ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE Aumento do custo de análise Prevenção de problemas na produção Garantia da adequabilidade ao uso ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE Distribuição de tamanho de partícula Área de superfície específica Densidade do pó Volume de inchamento (Swelling) ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE Distribuição do tamanho de partícula Perfil Granulométrico (Vibração, Jato de ar, Laser) ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE Área de Superfície Específica Diluentes ( área de superfície poder diluição) Método: Adsorção de um gás na superfície do sólido, normalmente a baixas temperaturas. ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE Densidade do pó Capacidade de compressão (ligante / diluente) Densidade aparente compressibilidade / compactada: Relação ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE Volume de Inchamento Método: Avaliar o volume do pó antes e depois da adição de água Capacidade Desintegrante CRISTALINIDADE E POLIMORFISMO CRISTALINIDADE Os cristais são caracterizados pela repetição de átomos ou moléculas em uma estrutura tridimensional regular (rede cristalina). Célula unitária do NaCl CRISTALINIDADE Sistemas Cristalinos e Hábitos Cristalinos: Estruturas Internas Diferentes: • • • • • • Cúbico Tetragonal Ortorrômbico Monoclínico Triclínico Hexagonal Arranjos Espaciais Diferentes: • • • • • Tabular Escamoso Prismático Acicular Laminar CRISTALINIDADE Cúbico Tabular Placa Agulha Lamelar Prismático CRISTALINIDADE CRISTALINIDADE O hábito cristalino pode ser modificado pelas condições durante a cristalização: Supersaturação excessiva – tende a transformar um prisma ou cristal isodiamétrico (granular) em formas de agulha. Velocidade de Resfriamento e Agitação – altera o grau de supersaturação. Escamas Finas NAPROXENO Prismas O solvente de recristalização em função da absorção preferencial em certas faces. Agulhas RESORCINOL Prismas A adição de co-solventes ou outros solutos e íons que interferem alterando o hábito cristalino. Cúbico NaCl Octaédrico ESTADO AMORFO Quando uma substância encontra-se no estado sólido, mas as moléculas não apresentam um arranjo com um padrão de repetição ordenado e e extenso. Não apresentam PF, uma vez que não existe um retículo cristalino Molécula de água Molécula da substância POLIMORFISMO O polimorfismo pode ser definido como a capacidade de cristalização de uma substância, originada sob determinadas condições, em mais de uma forma cristalina. Um polimorfo, é portanto, um material sólido com ao menos dois arranjos moleculares que resultam em espécies cristalinas diferentes. Microscopia eletrônica de varredura das formas I e II dos cristais de indometacina. POLIMORFISMO A forma estável verdadeira é aquela que apresenta o ponto de fusão mais alto. As demais formas são metaestáveis. Polimorfos Enantiotrópico – uma forma se transforam em outra. Ex: Enxofre Monotrópico – uma única forma instável. Ex: Estearato de Glicerila 79 POLIMORFISMO Ponto de Fusão Elevado Retículo Cristalino Forte Difícil Remoção da Molécula Baixa Velocidade de Dissolução POLIMORFISMO Polimorfismo da Molécula Forma A Forma B POLIMORFISMO PONTO DE FUSÃO 1. Fusão em capilar 2. Microscopia de chapa aquecida 3. Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC) ou Análise Térmica Diferencial (DTA) Polimorfos comportam-se como entidades químicas diferentes: 1. Solubilidade 2. Ponto de Fusão 3. Densidade 4. Forma Cristalina 5. Propriedades ópticas e elétricas 6. Pressão de Vapor POLIMORFISMO De acordo com os grupos estruturais: • 63% dos barbituratos • 67% dos esteróides • 40% das sulfonamidas Numera-se os polimorfos em ordem de estabilidade a TA. A forma I tem o PF mais elevado e a solubilidade mais baixa. • Quantos polimorfos existem? • Quão estáveis são as formas metaestáveis? • Existe uma forma do tipo amorfo? • As formas metaestáveis podem ser estabilizadas? • Qual a solubilidade de cada forma? • Uma forma mais solúvel poderá resistir ao processamento e ao armazenamento? POLIMORFISMO PSEUDOPOLIMORFISMO (SOLVATOS) – Adições moleculares ao cristal, mudando o hábito cristalino. Hidratos e Solvatos. POLIMORFISMO VERDADEIRO - Diferença do PF entre os polimorfos. Solubilidade Cristalina X Ponto de Fusão Calor Latente de Fusão Análise Térmica Pureza Cristalina Solubilidade Cristalina Ponto de Fusão Espectroscopia UV Cromatografia em camada delgada CLAE POLIMORFISMO MICROSCOPIA: cristalografia básica – morfologia dos cristais (estrutura e hábito), polimorfismo e solvatos. análise do tamanho de partículas Boa homogeneidade de mistura Dissolução Rápida POLIMORFISMO DSC POLIMORFISMO Difração de raio-x QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Fornecedor ou Fabricante Qualificado Uma empresa que atendeu todos os parâmetros exigidos pelo programa de qualificação de fornecedores. Procedimento de Qualificação de Fornecedores Representa o primeiro passo a ser atingido por uma empresa que deseja implementar um programa de qualificação de fornecedores. O procedimento deve descrever claramente os requisitos e etapas necessários à qualificação de um dado fornecedor/fabricante. QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Certificação Aprovação Fornecedor Avaliação PROCESSO CONTÍNUO QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Avaliação da especificação Avaliação prévia fornecedor Amostra prévia Certificação* Aprovação Auditoria Avaliação continuada Plano de auditoria Periodicidade Indicadores Critérios para manutenção QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Deve-se avaliar os seguintes pontos: • • • • • Grau do material: alimentício, reagente, farmacêutico. Requerimento compendiais: USP, EP, BP, F. Bras. Distribuição do tamanho de partícula. DMF (Drug Master File). Requerimentos regulatórios: certificados, autorização de funcionamento, Licenciamento, registro.Requerimentos de embalagem e entrega Classificação dos documentos: NECESSÁRIO, DESEJÁVEL. IMPRESCINDÍVEL, QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Classificação do material: a) BPF relevantes b) BPF não relevantes Materiais BPF relevantes são classificados: a) Críticos: materiais que entram em contato direto com o produto: Ativos, excipientes, materiais de embalagem primária. b) Não Críticos: materiais que não entram em contato direto com o produto. QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Busca por potenciais fornecedores Nesta etapa é realizada a comparação das especificações. Qualificação de mais de um fornecedor QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES Conhecimento dos sistemas de qualidade e produção implantados: Atribuição de questionários ao candidato a fornecedor: • História da companhia. • Atendimento aos requisitos regulatórios (autorização, licenciamento, registro). • Histórico de inspeções recebidas. • Especificações. • Detalhes de fabricação, embalagem, rotulagem. • MSDS (Ficha de segurança do material) • Informações de logística (cadeia de distribuição). QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES • BSE/TSE (encefalopatias espongiformes transmissíveis) • Revisão periódica do produto. • Gerenciamento da qualidade (recolhimentos, reclamações, etc). • Área de produção e equipamentos • Qualificações de instalações e equipamentos. • Validações • Estabilidade • Fabricação de substâncias altamente ativas e sensibilizantes (hormônios, penicilinas, etc). DOCUMENTAÇÃO DO CQ Matérias-primas Lista de testes Dados brutos Monografias Métodos gerais Certificado de análise DOCUMENTAÇÃO DO CQ Matérias-primas Dados brutos, rastreáveis Duplo check – Whitness (revisão) Aprovação/Reprovação análise) (pessoa Notificação de lotes reprovados não envolvida na AVALIAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO Ferramentas Histórico Análise de tendência (comportamento do lote) Controle de mudanças Fornecedor, Material) (alterações – Fabricante, METODOLOGIAS ANALÍTICAS Monografias Especificações Monografias CQ/GQ Métodos Algumas empresas optam por documentos separados Selma Ramos, Controle de Qualidade de Insumos VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA VALIDAÇÃO Ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA Validação de Métodos Analíticos Validação de Métodos Farmacopeicos Validação de Métodos Não-Farmacopeicos VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA NÃO-FARMACOPEICA RE 899/03 • • • • • • • Especificidade Linearidade Precisão Exatidão Robustez Limite de Detecção Limite Quantificação VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA NÃO-FARMACOPEICA EXATIDÃO Expressa o grau de concordância entre o valor que é tido como referência e o valor encontrado pelo método. De acordo com a RE 899 da ANVISA a exatidão deve ser demonstrada nas faixas entre 80% e 120%. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA NÃO-FARMACOPEICA PRECISÃO Avaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra. • Repetibilidade: grau de concordância entre resultados de análise individuais quando o procedimento é aplicado repetidamente a múltiplas análises de amostra, em idênticas condições de teste. • Precisão intermediária: expressa a variação dentro de um laboratório, como, dias diferentes, analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes, sobre amostras do medicamento; • Reprodutibilidade: comparação interlaboratorial. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA NÃO-FARMACOPEICA ESPECIFICIDADE Capacidade do método medir exatamente um composto em presença de outros componentes como impurezas, produtos de degradação e componentes da matriz. Ex: produtos de degradação – condições de estresse (luz, calor, umidade, hidrólise ácida/básica, oxidação...); impurezas. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA NÃO-FARMACOPEICA LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO É o menor número de microrganismo presente numa amostra que pode ser exatamente contado sob as condições experimentais, com exatidão e precisão. LIMITE DE DETECÇÃO É a menor concentração presente numa amostra que pode ser detectado sob as condições experimentais. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA NÃO-FARMACOPEICA ROBUSTEZ Capacidade de um método não ser afetado por uma pequena e deliberada modificação em seus parâmetros • • • • • • marca de solvente; temperatura; variação do pH; variação na composição da fase móvel; fluxo da fase móvel; diferentes lotes de fabricantes de coluna. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA NÃO-FARMACOPEICA LINEARIDADE As respostas analíticas são diretamente proporcionais às concentrações das substâncias em estudo. • Padrão de referência; • Cinco concentrações diferentes; • Intervalo de 80 a 120% da concentração teórica do teste; • Equação da reta e tratamento estatístico dos resultados; • Coeficiente de correlação (r) ≥ 0,98. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA FARMACOPEICA ADEQUABILIDADE DE USO Verificação de métodos farmacopeicos: Especificidade Linearidade Precisão • Intermediária • Repetibilidade Importante: Deve ser sempre incorporada aos protocolos, seja de validação ou verificação de métodos a adequabilidade do sistema. VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA FARMACOPEICA FITOTERÁPICOS FITOTERÁPICOS LEGISLAÇÃO RDC 14/2010 – Dispõe sobre o Registro de medicamentos fitoterápicos CONTROLE DE QUALIDADE Mesmos requisitos de matérias-primas sintéticas FITOTERÁPICOS Matéria-prima vegetal ou derivado (extrato): Identidade botânica (falsificação) Organolépticos Matéria estranha macroscópicos) Umidade (microscópicos e FITOTERÁPICOS Matéria-prima vegetal ou derivado (extrato): Coleta (local, métodos de descontaminação) Análise de marcadores (quando aplicável) FITOTERÁPICOS Matéria-prima derivada de vegetal (extrato): Método de extração Resíduo de solventes Demais testes físico-químicos Relação aproximada (droga:derivado) CONTROLE MICROBIOLÓGICO CONTROLE MICROBIOLÓGICO Fonte primária de contaminação Origem e processo de fabricação devem ser levados em consideração Avaliação de realização) risco (monitoramento ou não CONTROLE MICROBIOLÓGICO Contagem (Bactérias, Fungos e Leveduras) Microrganismos específicos, quando aplicável Irradiação (fitoterápicos) CONTROLE MICROBIOLÓGICO Matérias-primas • Fonte primária de contaminação • Origem e processo de fabricação devem ser levados em consideração • Avaliação de risco (monitoramento ou não realização) CONTROLE MICROBIOLÓGICO Matérias-primas • Contagem (Bactérias, Fungos e Leveduras) • Microrganismos específicos, quando aplicável • Irradiação (fitoterápicos) Desafios Gerais Qualificação profissional; Qualificação Fabricantes de Novos Fornecedores Requisitos globais, tendências mundiais Custo (novas tecnologias, treinamentos) e Desafios Atuais Polimorfismo Degradação Forçada Sustentabilidade Para saber mais • • • • • • • • • • • • • USP 37 FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 5ª Edição, 2010. RESOLUÇÃO - RE Nº 899/2003 RESOLUÇÃO – RE Nº 01/2005 RESOLUÇÃO-RDC Nº 29/2010 RESOLUÇÃO-RDC Nº 17/2010 RESOLUÇÃO-RDC Nº 57/2009 RESOLUÇÃO-RDC Nº 48/2009 RESOLUÇÃO-RDC Nº 45/2012 RESOLUÇÃO-RDC Nº 11/2012 RESOLUÇÃO-RDC Nº 249/2005 RESOLUÇÃO-RDC Nº 204/2006 RESOLUÇÃO-RDC Nº 58/2013 Para saber mais • Guidance for Industry - Q7A Good Manufacturing Practice Guidance for Active Pharmaceutical Ingredients, Agosto de 2001 • Guidance for Industry - Pharmaceutical Components at Risk for Melamine Contamination, Agosto de 2009 • Guidance for Industry - Residual Solvents in Drug Products Marketed in the United States , Novembro de 2009 • Guia Boas Práticas da OMS para Laboratórios de Controle de Qualidade de Produtos Farmacêuticos e Documento de Auto-Avaliação de Boas Práticas de Laboratório (BPL), junho 2011 • GIL, E.S. Controle Físico-Químico de Qualidade de Medicamentos. 3 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010 • http://www.fda.gov • http://www.oms.ch • http://www.iso.ch http://www.iso.ch • http://www.portal.anvisa.gov.br UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - CAMPUS JOÃO UCHÔA Rua do Bispo, 83 AG – 405 CEP: 20.261-063 [email protected] (21) 2503-7173 (21) 99633-0222