JESUS: UM MARCO NA HISTÓRIA Jesus de Nazaré começou por ser conhecido na sua terra pelo bem que fazia e pela forma como.

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Transcript JESUS: UM MARCO NA HISTÓRIA Jesus de Nazaré começou por ser conhecido na sua terra pelo bem que fazia e pela forma como.

JESUS:
UM MARCO NA HISTÓRIA
Jesus de Nazaré começou por ser conhecido na sua terra pelo
bem que fazia e pela forma como ensinava. Falava do Reino de
Deus, um reino que não é como os outros reinos do mundo: pode
estar em todos os países, em todas as cidades e aldeias, porque
está dentro de cada pessoa.
O Reino de Deus é o poder do amor de Deus a reinar no coração
de cada um.
Jesus de Nazaré foi uma figura pública muito importante:
a sua mensagem, as suas atitudes e o seu destino marcaram
profundamente a história da humanidade. É tão marcante que o
calendário por nós usado foi construído a partir da data que se
supunha ser a do seu nascimento.
Nascimento de Jesus
Todavia, hoje sabemos,
Crucifixão de Jesus
que Jesus terá nascido
por volta
ano 7/6
ano 30
Jesus
do ano 6 ou 7 a.C.
de
a.C.
d.C.
0
Nazaré
Se hoje observarmos um jornal, veremos que a data inscrita é o
testemunho da importância de Jesus.
De acordo com o calendário que usamos, centrado no
nascimento de Jesus, ficamos a saber que ele nasceu há pouco
mais de 2.000 anos.
Um calendário é
um
conjunto
de
unidades de tempo
(dias, meses, estações,
anos…) organizadas
com o propósito de
medir
e
registar
acontecimentos.
Existem indícios de
que, em tempos muito
antigos, alguns homens
já se preocupavam em
marcar o tempo.
Jesus
de
Nazaré
Na Europa, há 20.000 anos,
homens que viviam da caça e ainda
não se tinham tornado sedentários,
escavavam pequenos orifícios e
riscavam traços em pedaços de ossos
e madeira, possivelmente contando os
dias entre as fases da Lua.
Os povos do Crescente Fértil e do
Egipto já tinham calendários, há perto de
5.000 anos.
Também os havia:
chineses
hebreus
índios na América.
Sabe-se que existiram aproximadamente
40 calendários,
não são usados.
muitos dos quais já
Jesus
de
Nazaré
O
calendário
usado
no
Ocidente
–
Gregoriano
Gregório XIII
promulgou a 24 de Fevereiro de 1582.
deve-se
ao Papa
que
o
Reuniu um grupo de especialistas que, ao fim de cinco anos de
estudos, elaboraram um calendário.
Hoje em certas circunstâncias, usam-se outros calendários:
chinês, Islâmico, hebraico.
Mas aquele à volta do qual tudo está organizado em todo o
mundo é o calendário centrado no nascimento de Jesus.
Assim, os acontecimentos históricos anteriores ao nascimento
de Cristo denominam-se
a.C.
(antes de Cristo) e os
posteriores d.C. (depois de Cristo). Os povos não são
cristãos, dizem antes ou depois da Era Comum.
Jesus
de
Nazaré
A terra de Jesus, a Palestina, fica na Ásia,
mas muito próxima de África e da Europa.
É um ponto de passagem
entre
estes
três
continentes
e
era
percorrida, em tempos
antigos, por caravanas
que viajavam de África
para a Ásia e vice-versa.
Tem a ocidente o Mar
Mediterrâneo
e
é
atravessada, de norte a
sul, pelo rio Jordão.
Uma parte considerável
da Palestina do tempo
de Jesus corresponde,
actualmente, ao Estado
de Israel.
UL 3
5º ano
Jesus
de
Nazaré
OS ENSINAMENTOS DE
JESUS
Jesus percorreu o seu país, ajudando todos os que precisavam e
ensinando uma mensagem cheia de grande novidade.
As suas palavras surpreendiam muitas pessoas.
O que Jesus dizia acerca de Deus não era o que as pessoas
estavam habituadas a ouvir.
O que Jesus disse e fez encontra-se nos evangelhos.
Evangelho significa Boa Notícia.
Jesus veio anunciar um reino de amor e justiça, um reino interior,
que está dentro do coração de cada um.
A este reino todos podem pertencer, porque todos podem acolher
na sua vida a presença de Deus. Cabe a cada um acolhê-lo ou
recusá-lo.
Também se chama evangelho a tudo o que aconteceu depois da
morte de Jesus tudo o que foi testemunhado, vivido e ouvido.
Jesus
de
Nazaré
Depois, começaram a registar por escrito os acontecimentos
marcantes da vida de Jesus, para que todas as pessoas de todas
as épocas o conhecessem e não se perdesse a memória do que
tinha dito e realizado.
Existem quatro versões, escritas por autores diferentes, por isso
há quatro evangelhos:
Mateus,
Marcos,
Lucas,
João.
UL 3
5º ano
Estas versões fazem parte da Bíblia, no Novo Testamento (NT).
O texto que se segue está integrado no evangelho segundo S.
Lucas e é um exemplo dos ensinamentos de Jesus.
Jesus
de
Nazaré
O AMOR INFINITO DE DEUS
Jesus anunciava que Deus ama e se interessa por todas as
pessoas.
Para Deus não existem pessoas mais importantes do que outras.
Todos, pequenos, pobres, os que ninguém respeita, os de quem
ninguém gosta, têm o mesmo valor, e são amados por Deus.
No tempo de Jesus, não era esta a ideia que se tinha de Deus.
A maioria das pessoas pensava que Deus amava os bons e
desprezava ou, pelo menos, era indiferente em relação aos
maus.
Pelo contrário, para Jesus, a bondade e o
amor de Deus são tão grandes que ele,
Jesus convivia com todas as pessoas, ia
a casa de todos os que precisassem dele,
mesmo
que
fossem
consideradas
pessoas de atitudes duvidosas ou mesmo
de má reputação, nomeadamente,
fraudulentos, ladrões e prostitutas
Jesus
de
Nazaré
O PROJECTO DE
DEUS
No tempo de Jesus, acreditava-se que a vontade de Deus estava
expressa nas leis escritas que Moisés tinha recebido de Deus.
Jesus veio dizer que a vontade de Deus não se pode reduzir a
um código de leis, porque o essencial é o amor a Deus e ao
próximo.
O amor vale mais do que qualquer norma.
Para Jesus, o próximo não é só aquele de quem gosto, que é
meu amigo.
Próximo é todo o ser humano que precisa de mim.
Jesus ensina-nos que, quando não somos amigos dos outros,
quando prejudicamos ou desprezamos os outros, ou
simplesmente quando não fazemos o bem que poderíamos fazer,
estamos a agir mal, contra a vontade de Deus.
É verdade que nem sempre nos comportamos bem.
Jesus
de
Nazaré
Jesus acolhia todos, mesmo aqueles que tinham feito escolhas
erradas. Isso não quer dizer que ele concordasse com os
comportamentos incorrectos. Pelo contrário, aconselhava o
arrependimento aos que tinham errado e a conversão dos seus
corações, para serem bons, honestos e justos.
O arrependimento consiste em reconhecer que se agiu
mal e não querer voltar a fazer o mesmo.
A conversão
é uma mudança
radical da forma de
pensar e de agir,
procurando
contribuir para o
bem de todos.
Jesus
de
Nazaré
PRIORIDADE DOS
VALORES ESPIRITUAIS
Jesus quis que soubéssemos que Deus não nos abandona,
qualquer que seja a situação em que estejamos.
UL 3
Quando praticamos o mal, ele chama-nos à razão; quando nos
arrependemos, acolhe-nos, perdoa-nos e ajuda-nos a reiniciar a 5º ano
vida.
Jesus transmitiu a necessidade de se conhecer Deus e aquilo
que ele deseja para os seres humanos.
A vontade de Deus é que cada ser humano se relacione com
ele e que saiba viver numa relação de respeito e amizade com
os outros.
Mas isso significa pôr em primeiro lugar aquilo que tem mais
importância: valorizar mais as riquezas espirituais do que os
bens materiais.
Jesus
de
Nazaré
preocupada com o lucro, o dinheiro e a acumulação de bens
materiais, é um pouco difícil perceber esta mensagem de
Jesus.
Mas se olharmos atentamente, verificamos que muitas pessoas
com abundância de bens materiais vivem profundamente
infelizes.
Os bens materiais são importantes para o bem-estar das
pessoas, no entanto, não trazem a felicidade, porque esta é
conquistada com outro tipo de valores:
a relação com as pessoas,
a solidariedade,
a bondade,
a compaixão,
a justiça,
o amor.
Em Lucas 12, 33, Jesus transmite a
prioridade dos bens espirituais e morais
sobre os bens materiais.
A proposta de Jesus leva-nos a concluir
que é mais importante ser do que ter.
MA pág. 105
Jesus
de
Nazaré
O CONFLITO COM O PODER
Apesar da mensagem de amor de Jesus, nem todos gostavam
dele, muitos deles eram importantes e poderosos.
Os Saduceus eram apegados às tradições. Dava especial
importância às leis que estão na Bíblia, em especial. Era um
grupo que detinha muito poder e influência.
Os Fariseus eram um grupo religioso cujos membros
observavam, rigorosamente, a Lei dada a Moisés e as tradições.
Tratava-se de um grupo de classe média.
Os Sacerdotes
eram religiosos que
serviam no Templo.
Jesus
de
Nazaré
JESUS É PRESO,
JULGADO E CONDENADO
Jesus tinha consciência de que havia muitos que não gostavam
dele e que queriam a sua morte.
Um dia, depois de ter jantado com os seus discípulos
a Última Ceia
saíram todos de casa, já de noite.
Jesus
de
Nazaré
Num campo de
oliveiras chamado
Getsémani,
Jesus ficou a
rezar, enquanto
os
discípulos,
cansados,
adormeciam.
Na escuridão da noite, chegaram homens armados, enviados
pelos chefes que não gostavam de Jesus.
Vinham prendê-lo, guiados por um dos discípulos, Judas
Iscariotes, que tinha aceitado dinheiro para lhes indicar onde
Jesus estava.
Quando o prenderam, todos os discípulos fugiram com medo.
Jesus
de
Nazaré
Foi levado à
presença
do
chefe
dos
sacerdotes,
que
se
chamava
Caifás.
Começou então
o
seu
julgamento.
Contudo, não
conseguiam
encontrar
razões para o
condenarem.
Jesus não respondia às perguntas deles, porque
sabia que já tinham resolvido condená-lo.
No texto de que se segue do Evangelista
Marcos podemos ler a última pergunta do sumosacerdote e a resposta que Jesus lhe deu.
Jesus
de
Nazaré
Mc 14, 61-64
Mas Jesus continuava calado e nada
respondia. Então o chefe dos
sacerdotes tornou a perguntar-lhe: “És tu o
Cristo, o Filho do Deus Bendito?” E ele disse:
“Sim, sou eu. Hão-de ver o Filho do Homem à
direita de Deus todo-poderoso chegar sobre as
nuvens do céu.”
Ao ouvir isto o chefe dos sacerdotes rasgou a
roupa, em sinal de protesto, e disse: “Não
precisamos de mais provas. Ouviram como ele
ofendeu Deus! Que lhes parece?” Depois disto,
todo o tribunal decidiu que Jesus devia ser
condenado à morte.
Jesus
de
Nazaré
O texto bíblico que fala do julgamento de Jesus condiz com o
que conhecemos dos julgamentos daquela época.
Para a realização do julgamento, era necessária a presença de
testemunhas e a pessoa acusada tinha o direito de examinar, por
duas vezes, os seus depoimentos.
Ao acusado, eram ainda dadas três oportunidades de se
defender e de recusar a acusação. Caso se recusasse a fazê-lo,
era considerado culpado.
Jesus
não
quis
defender-se.
Os
julgamentos
romanos decorriam,
em geral, ao ar livre,
abertos à multidão
que
proporcionava
que se pudessem
manifestar.
Jesus
de
Nazaré
Era importante que Jesus fosse condenado pela manhã.
Como o prefeito romano, que se chamava Pôncio Pilatos não se
preocupava com as questões religiosas, afirmaram que Jesus teria
dito ser REI. Isso é verdade, mas o seu reino não era politico, mas
de amor.
Os chefes religiosos convenceram Pilatos de que Jesus era uma
verdadeira ameaça à paz.
Esse sim foi um verdadeiro motivo que levou à condenação à morte,
através da crucifixão, tendo sido primeiro flagelado.
Durante o percurso
que os condenados faziam até
ao lugar onde eram crucificados,
tinham de carregar com uma parte da
cruz. Chegados ao monte Gólgota
(ou do Calvário), fora da cidade de
Jerusalém, pregaram Jesus à cruz.
Os evangelistas não são unânimes, mas o mais provável é que Jesus
tivesse morrido completamente sozinho, sem a presença de nenhum dos
seus discípulos, que tinham fugido com medo de serem condenados com
ele.
Jesus
de
Nazaré
DEUS QUER A VIDA E NÃO A MORTE
Após a morte de Jesus parecia o fim.
Estaria tudo perdido? Afinal Jesus não era o Enviado de Deus?
Se ele vinha em nome de Deus,
como podia Deus permitir que
ele morresse daquela maneira?
Mas Deus quer a vida e não a
morte: mas para ressuscitar era
necessário morrer.
Para
um flor
nascer
é
necessário que a semente
morra.
Os seus amigos e discípulos
puderam vê-lo ressuscitado.
Os cristãos sabem que Jesus
está vivo e é isso que lhes
tem dado alento ao longo dos
séculos.
Jesus
de
Nazaré
Os cristãos acreditam que Jesus é o Filho de Deus,
viveu fazendo e ensinando o bem, morreu e
ressuscitou por ter defendido a dignidade de todas as
pessoas e o amor universal e infinito de Deus.
Por isso a festa
cristã
mais
importante é a
Páscoa
que celebra a
ressurreição de
Jesus.
Jesus
de
Nazaré
Que podemos nós fazer para termos uma vida feliz? A vida é
uma história que se vai construindo passo a passo.
Jesus ensinou que uma vida feliz é aquela que se vive a amar
os outros e a procurar ajudá-los.
Creio que Deus nos colocou neste mundo encantador
para sermos felizes e apreciarmos a vida. (...) O melhor
meio para alcançar a felicidade é contribuir para a
felicidade dos outros.
Baden Powell. Última Mensagem
Vale a pena procurar a felicidade dos outros, procurando construir
um mundo onde todos tenham lugar e possam sentir-se na sua
própria casa.
Isso exige de nós atenção aos outros, aos seus problemas e
necessidades, para não vivermos fechados sobre nós próprios,
como se fôssemos um reduto sem janelas para cada pessoa que
connosco partilha o mundo em que nos foi dado viver.
Jesus
de
Nazaré