barroca - Colégio Militar de Fortaleza

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LITERATURA NO BRASIL
CONTEXTO HISTÓRICO
•
IDADE MÉDIA: ALTA IDADE MÉDIA: Sec V / Sec XI-XII
BAIXA IDADE MÉDIA: Sec XI-XII / XV
- QUEDA DE ROMA (476) (Fim do Império Romano /Ocidente)
- EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
- Entre o MOSTEIRO (Papa) e a CORTE (Rei)
 “Os príncipes têm o poder na Terra, os sarcerdotes, sobre a
Alma. E assim como a alma é muito mais valiosa que o corpo,
assim mais valioso é o clero do que a monarquia […] Nenhum
rei pode reinar com acerto a menos que sirva devotamente ao
vigário de Cristo.”
- RELIGIÃO E CULTURA: Textos sagrados, tradução dos filósofos
que não contradiziam a Igreja, Latim como língua literária …
A ERA MEDIEVAL  ERA CLÁSSICA
•1a. ÉPOCA
•(Séc XII a XIV)
2a. ÉPOCA
(Séc XV e Início do XVI)
SÉCULO XVI
TROVADORISMO
HUMANISMO
CLASSICISMO
P
O
E
S
I
A
LÍRICA
- Cantigas de Amor
- Cantigas de Amigo
SATÍRICA
- Cantigas de escárnio
- Cantigas de maldizer
POESIA PALACIANA
- Cancioneiro Geral de
Garcia de Resende
LÍRICA: Luís de Camões
P
R
O
S
A
•Novelas de Cavalaria
•Hagiografias
•Cronicões
•Nobiliários
Crônicas de Fernão
Lopes
• Novelas sentimentais
•Novelas de cavalaria
•Crônicas históricas
•Crônicas de viagens
T
E
A
T
R
O
•Mistérios
•Milagres
•Moralidades
•Autos
•Sortties
O Teatro leigo de
Gil Vicente
A CASTRO, de Antônio
Ferreira – 1a. peça de
influência clássica do
Teatro português
ÉPICA: Os Lusíadas, de
Luís de Camões
TROVADORISMO
IDADE MÉDIA: Nova Organização Social
• FEUDALISMO: Rei, Senhores feudais, Nobreza,
Cavaleiros, Camponeses livres e Servos
 Suserano, Vassalos, Exército do Senhor Feudal.
• TROVADORISMO: Poesia e Cortesia
Projeto Literário: Literatura Oral (entreterimento)
Cavaleiros (novo papel), Vassalagem (amorosa),
Teocentrismo e Amor Cortês*.
 Agentes do Discurso: TROVADORES: Autores
JOGRAIS: Recitadores,
Cantores e Músicos ambulantes.
LITERATURA PORTUGUESA
PORTUGAL
• 1140 – Estado Independente
• 1o. Rei: D. Afonso Henriques
• Língua: Galego-português
• A Literatura Portuguesa nasce com o próprio
país. Os trovadores galego-portugueses são,
inicialmente,influenciados
pela literatura
provençal.
• Primeiro texto: Cantiga da Ribeirinha, 1189.
Cantiga da Ribeirinha
No mundo non sei parella,
Mentre me for’ como me vay,
Mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
Quando vus eu vi em saia!
!Mao dia me levantei,
Que vus enton non vi fea!
E, mia senhor, des aquel di’!ay!
Me foi a mi muyn mal,
E vós, filha de don Paay
Moniz, e ben vus semelha
D‘aver eu por vós guarvaya,
Pois eu, mia senhor, d’alfaia
Nunca de vos ouve nem ei
Valia d’~ua correa.
Paay Soares de Taveiroos
Não há no mundo ninguém que se compare
a mim em infelicidade, enquanto a minha
vida continuar assim, porque morro por vós
e, ai, minha senhora branca e de faces
rosadas, quereis que vos retrate quando
vos vi sem manto. Mau dia foi esse em que
me levantei, porque vos vi tão bela ,
melhor seria se vos tivesse visto feia.
E, minha senhora, desde aquele dia, ai,
tudo para mim foi muito mal, mas vós, filha
de D. Paio Moniz, parece-vos muito bem
que eu tenha de vós uma garvaia (manto
de luxo) quando nunca recebi de vós o
simples valor de uma correia.
(Tradução livre)
O TROVADORISMO*
• PRIMEIRAS MANISFESTAÇÕES LITERÁRIAS
- PROSA - TEATRO
- POESIA – memorizada e difundida oralmente
 CANTIGAS ( Trovas, rimas, canções populares
nos gêneros lírico e satírico)
• CANCIONEIROS (coletâneas de poemas):
- Cancioneiros da Ajuda (Sec XIII)
- Cancioneiro da Vaticana (Sec XV)
- Cancioneiro da Biblioteca Nacional (Sec XIV)
CANTIGAS
• CARACTERÍSTICAS: Eu lírico, Assunto, Estrutura,
LINGUAGEM (funções, figuras)  4 Tipos:
• GÊNERO LÍRICO: Cantigas de Amigo*
- tema central: Saudade
Cantigas de Amor*
- Coita de amor
• GÊNERO SATÍRICO: Cantigas de Escárnio*
- Crítica (duplo sentido)
Cantigas de Maldizer*
- Crítica direta (baixo calão)
2a. Época Medieval – HUMANISMO
RENASCIMENTO (Séc XVI)
• Transição medieval para o Mundo Moderno
• Consolidação da Prosa Historigráfica e do Teatro
• Poesia afasta-se da música e ganha formalidade
POESIA PALACIANA
• Melhor elaboração em relação às Cantigas
• Sensualidade e Intimidade # Visão idealializada
e platônica da mulher amada
• Figuras de Linguagem (metonímia)
PROSA HISTORIOGRÁFICA
• Crônicas  Acontecimentos históricos de Portugal
• FERNÃO LOPES – principal cronista
• Importância do Povo no processo histórico
TEATRO
• Ligado à Igreja / Datas religiosas
• Passagens da Bíblia / Histórias de santos
• GIL VICENTE – início do Teatro leigo português,
livre da influência da Igreja – “pai do Teatro
Português” – Teatro, crítica e humor.
GIL VICENTE
• Séc XVI – laicização da cultura portuguesa
• Diversidade de classes e grupos sociais
• GIL: Missão moralizante e reformadora
• Não atingia as Instituições, mas os
inescrupulosos.
• Objetivo: - Demonstrar como o ser humano,
independentemente de classe social, sexo ou
religião; é egoísta, falso, mentiroso, orgulhoso e
frágil diante dos apelos da carne e do dinheiro.
• Produção rica e variada.
CLASSICISMO
(Portugal)
#
QUINHENTISMO
(Brasil)
RENASCIMENTO
• Movimento artístico, cultural e científico / Séc XVI,
Inspirado na cultura greco-latina;
• DANTE ALIGHIERE: Divina comédia, Medida nova;
• PETRARCA: Cancioneiro com 350 poemas (sonetos) –
amor platônico espiritualizado por Laura;
• BOCCACCIO: Decameron – crítica realidade / época;
 TRANSFORMAÇÕES DE TODA ORDEM:
• Fé medieval => Razão; Cristianismo => Cultura greco-latina;
• Antropocentrismo; Domínio e transformação do mundo
CONTEXTO HISTÓRICO
RENASCIMENTO: Idade Média  Era Moderna:
• Grandes Navegações e Descobrimentos;
• Formação dos Estados Modernos;
• Reforma da Igreja Católica Romana (1517);
• Revolução Comercial (início Séc XV);
• Fortalecimento da Burguesia comercial;
• Teoria Heliocêntrica de Copérnico;
• Inflências estenderam-se ao Sec XVII;
 Era Clássica: Classicismo, Barroco, Arcadismo.
PROJETO LITERÁRIO DO CLASSICISMO
• RETOMAR MODELOS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
(GRECO-LATINA);
- Nega a antiguidade medieval (teocentrismo)
• ADOTAR A RAZÃO PARÂMETRO DE OBSERVAÇÃO E
INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE;
- Império da razão
• AFIRMAÇÃO DA SUPERIORIDADE HUMANA
(ANTROPOCENTRISMO);
- A beleza da perfeição humana
• VALORIZAÇÃO DO ESFORÇO INDIVIDUAL.
- Participação social # Busca da felicidade
IMPÉRIO PORTUGUÊS - Culminância
PORTUGAL
• Um dos países mais importantes do Mundo, Séc
XV e XVI, lidera a expansão marítima e comercial;
• Amadurecido como Povo, Nação, Estado, Língua, e
Cultura; falta-lhe uma Epopeia.
LUÍS DE CAMÕES (1525-1580)
• Estudioso da cultura clássica, cortesão, militar,
literato, filósofo – integra sua vivência a
conhecimentos de História, Geografia e Política –
produz, além da sua primorosa obra lírica, a maior
epopeia do Renascimento: OS LUSÍADAS.
LÍRICA AMOROSA DE CAMÕES
• POESIA PALACIANA: Poemas na medida velha
(redondilhas) e na medida nova (decassílabos),
Sonetos, Odes, Éclogas, Oitavas, Elegias;
• TEMAS: neoplatonismo amoroso, reflexão
filosófica (sobre os desconcertos do mundo) e a
natureza (confidente amoroso do amante que
sofre);
• LÍRICA AMOROSA: o Amor como abstração pura e
perfeita X realização física do Amor; (p. 86)
• LÍRICA FILOSÓFICA: queixas dos rumos de seu
tempo e insatisfação com a transição para o
mundo burguês. (p. 87)
POESIA ÉPICA
• EXALTAÇÃO AOS FEITOS HEROICOS;
• IMORTALIZAÇÃO DAS GLÓRIAS DE SEU POVO, A
EXEMPLO DA ILÍADA E DA ODISSEIA DE HOMERO.
LUÍS VAZ DE CAMÕES: OS LUSÍADAS
• REINVENÇÃO ÉPICA DA HISTÓRIA DE PORTUGAL;
• EPOPEIA DE IMITAÇÃO, CUMPRIU O PAPEL DE
RELEMBRAR A GRANDIOSIDADE DE PORTUGAL, JÁ
EM DECADÊNCIA (1572);
• CRÍTICA À COBIÇA, À TIRANIA, À CORRUPÇÃO E À
SEDE DE PODER DESMEDIDO.
OS LUSÍADAS
• ESTRUTURA: 10 CANTOS, NUM TOTAL DE 1.102
ESTROFES (OITAVAS REAIS = RIMA: ABABABCC),
PERFAZENDO 8. 816 VERSOS DECASSÍLABOS.
• TEMA: CANTAR A GLÓRIA DO “POVO NAVEGADOR
PORTUGUÊS” E A MEMÓRIA DOS REIS QUE “FORAM
DILATANDO A FÉ, O IMPÉRIO”.
• DIVISÃO DOS CANTOS:
- Proposição: apresentação do poema
- Invocação: Tágides (musas, ninfas do Rio Tejo)
- Dedicatória: D. Sebastião
- Narração: episódios da viagem de Vasco da Gama
- Epílogo: encerramento – desilusão com a decadência
do Império.
AS GRANDES NAVEGAÇÕES e DESCOBRIMENTOS
(Infante Dom HENRIQUE)
“O PORTUGUÊS QUE NOS PARIU”
Eis aqui quase cume da cabeça
De Europa toda o sonho lusitano
Onde a terra se acaba e o mar começa.
Luiz de Camões
Águas do
As
Um povo que venceu o Adamastor,
Águas do mar encheu de sangue forte,
Sabe sofrer como vencer a dor,
Sabe lutar como vencer a morte.
Fernando Pessoa
BANDEIRA NACIONAL PORTUGUESA
SENHOR, FALTA CUMPRIR-SE PORTUGAL!
5o. IMPÉRIO – Daniel
5o. IMPÉRIO – F. Pessoa
SONHO DE NABUCODONOSOR
• Dimensão material e
geopolítica:
DIFUSÃO DA LÍNGUA E CULTURA
PORTUGUESAS
• Dimensão Espiritual
• Poder da Poesia e do Sonho:
1. GRÉCIA
2. ROMA
3. CRISTANDADE
4. EUROPA (pós-renascença)
5. PORTUGAL …
 Ressurgimento de PORTUGAL:
* “MINHA PÁTRIA É A
LÍNGUA PORTUGUESA”.
1. BABILÔNIA
2. MEDO-PERSA
3. GRÉCIA
4. ROMA
5. INGLATERRA
(E U A: Nova Inglaterra)
COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA
(CPLP)
C P L P – Membros Efetivos
EFETIVOS
PAÍS COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Angola
Brasil
Cabo Verde
Guiné-Bissau
Guiné Equatorial
Maurícia
Moçambique
Portugal
República
Democrática de
São Tomé e
Príncipe
Senegal
Timor-Leste
C P L P – Membros Observadores e
Candidatos
• GUINÉ EQUATORIAL
•
•
•
•
•
•
ANDORRA
FILIPINAS
MACAU
GOA
ROMÊNIA
INDONÉSIA
MAURÍCIA
SENEGAL
MARROCOS
GALIZA
MALACA
CROÁCIA
UCRÂNIA
VENEZUELA
CPLP – Minha Pátria é a Língua Portuguesa
BANDEIRA DA C P L P
O QUINHENTISMO NO BRASIL
A PRODUÇÃO LITERÁRIA NO BRASIL-COLÔNIA
ERA COLONIAL
QUINHENTISMO
BARROCO
ARCADISMO
1500
1601
1768
Carta de Pero Vaz de
Caminha
Pero Vaz de Caminha
Pero M. Gandavo
Gabriel Soares de
Sousa
José de Anchieta
PROSOPOPEIA
- Bento de Teixeira
Gregório de Matos
Pe. Antonio Vieira
Obras de Cláudio
Manuel da Costa
Cláudio Manuel da
Costa
Tomaz Antonio
Gonzaga
Silva Alvarenga
Santa Rita Durão
Basílio da Gama
LITERATURA NO BRASIL COLONIAL
AINDA NÃO HAVIA OS PRÉ-REQUISITOS:
• PRODUÇÃO CULTURAL INDEPENDENTE (?)
• FLORESCIMENTO DA LITERATURA (condições):
- PÚBLICO LEITOR ATIVO E INFLUENTE;
- GRUPOS DE ESCRITORES ATUANTES;
- VIDA CULTURAL RICA E ABUNDANTE;
- SENTIMENTO DE NACIONALIDADE;
- LIBERDADE DE EXPRESSÃO;
- MEIOS DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA E IMPRESSÃO.

MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS
“ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
BRASIL-COLÔNIA: 1500 a 1808
REINO UNIDO BRASIL, PORTUGAL e ALGARVES:
I808 a 1821
Século XVI:
• Garantia do domínio sobre a terra descoberta;
• Organização em Capitanias Hereditárias;
• Escravos negros da África;
• Padres jesuítas para a catequização os índios.
“ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
 A PRODUÇÃO LITERÁRIA CONTRIBUIU PARA:
- AMADURECIMENTO DO ESPÍRITO NACIONALIDADE;
- VALORIZAÇÃO DO HOMEM, DO ESPAÇO E DA LÍNGUA;
- FUNDAÇÃO DE CIDADES;
- ESTABELECIMENTOS DE CENTROS COMERCIAIS;
- AFLORAMENTO DE MANIFESTAÇÕES IMPORTANTES:
• JOSÉ DE ANCHIETA
• GREGÓRIO DE MATOS
• “ÁRCADES”
• IDEALISTAS E REVOLUCIONÁRIOS
“ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
Século XVII:
• Salvador-BA  centro de decisões
político-comerciais (virtual capital);
• Aventureiros, náufragos e degredados;
• Brancos, Índios, Negros  Mestiços;
• Ciclo do pau-brasil
• Ciclo da cana-de-açucar
“ECOS DA LITERATURA NO BRASIL”
Século XVIII:
• Ciclo do Ouro  Minas Gerais: Exploração do
ouro e Revoltas políticas contra a colonização;
• Inconfidência Mineira (1789).
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS
• LITERATURA DE INFORMAÇÃO
• LITERATURA DE CATEQUESE
• BARROCO
• ARCADISMO
A LITERATURA DE INFORMAÇÃO
• CARTAS DE VIAGEM, DIÁRIOS DE NAVEGAÇÃO e
TRATADOS DESCRITIVOS (PROSA);
• NARRAR E DESCREVER OS PRIMEIROS
CONTATOS COM A TERRA E SEUS NATIVOS;
• DIRIGIDAS ÀS AUTORIDADES PORTUGUESAS;
• PEQUENO VALOR LITERÁRIO;
• GRANDE VALOR HISTÓRICO;
• REGISTRO DO CHOQUE/INTERAÇÃO CULTURAL;
• TEMAS: Índios, belezas naturais, origens
históricas, diferentes linguagens.
A LITERATURA DE INFORMAÇÃO
PRINCIPAIS PRODUÇÕES NO BRASIL-COLÔNIA:
• Carta, de Pero Vaz de Caminha;
• Diário de Navegação, de Pero Lopes de Sousa;
• Tratado da terra do Brasil e a História da
Província de Santa Cruz (Brasil), de Pero de
Magalhães Gândavo;
• Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares;
• Diário das grandesas do Brasil, de Ambrósio
Fernandes Brandão;
• Cartas dos missionários jesuítas.
PERO GANDAVO. Tratado da Terra do Brasil
Não se pode numerar nem compreender a multidão de barbaro gentio
que semeou a natureza por toda esta terra do Brasil; porque ninguém pode
pelo sertão dentro caminhar seguro, nem passar por terra onde não haja
povoações de indios armados contra todas as nações humanas, e assi como
são muitos permitiu Deos que fossem contrarios huns aos outros, e que
houvesse entrelles grandes odios e discordias, porque se assi não fosse os
portuguezes não poderião viver na terra nem seria possivel conquistar
tamanho poder de gente.
Havia muitos destes indios pela Costa junto das Capitanias, tudo enfim
estava cheio deles quando começarão os portuguezes a povoar a terra; mas
porque os mesmos indios se alevantarão contra eles contra elles e fazião
muitas treições, os governadores e capitães da terra destruião-nos pouco a
pouco e matarão muitos deles, outros figirão pera o Sertão, e assi ficou a
costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Unto dellas ficarão
alguns indios destes que são de paz , e amigo dos portuguezes.
A língua deste gentio... carece de tres letras: F,LeR... porque assi não tem
Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem sem Justiça e
desordenadamente.
FERNÃO CARDIM. Tratado da terra e gente do Brasil
“Todos andam nus assim homens como mulheres,
e não têm gênero nenhum de vestido e por nenhum
caso verecundant*, antes parecem que estão no
estado de inocência nesta parte, pela grande
honestidade e modéstia que entre si guardam, e
quando algum homem fala com mulher vira-lhes as
costas. Porém, para saírem galantes, usam de várias
invenções, tingindo seus corpos com certo sumo de
árvore com que ficam pretos, dando muitos riscos
pelo corpo, braços, etc, a modo de imperiais.”
(* - latim: “envergonham-se”)
A LITERATURA DE CATEQUESE
• INTENÇÃO CATEQUÉTICA DOS JESUÍTAS;
• CARTAS, TRATADOS, CRÔNICAS E POEMAS;
• MANUEL DA NÓBREGA, FERNÃO CARDIM, …
• JOSÉ DE ANCHIETA (qualidades literárias):
* Ilhas Canárias, 1534 + Reritiba (ES), 1597
- Poesia religiosa, Poesia épica, Crônica,
Gramática da língua mais usada na costa do Brasil
- Teatro: Autos, Peças teatrais polilíngues, Festas/
Dogmas católicos  Indígenas, Soldados,
Colonos, Marujos, Comerciantes
PADRE JOSÉ DE ANCHIETA
• ANTES DE TUDO, UM MISSIONÁRIO;
• TRABALHO DE CUNHO CATEQUÉTICO E PEDAGÓGICO;
• CARACTERÍSTICAS DA SUA OBRA:
- Concepção teocêntrica do mundo;
- Utilização de versos redondilhos;
- Temática religiosa e moral;
- Teatro alegórico.
Brasil e governo
O Brasil que sem justiça,
andava mui cego e torto,
vós o metereis no porto
se lançar de si a cobiça
que de vivo o torna morto.
Pe. José de Anchieta. Poemas.
O BARROCO COMO ESTILO
1.
2.
3.
4.
5.
1.
2.
• ACEPÇÕES
Relativo ao Estilo Barroco
Ornamentado, Sobrecarregado, Exuberante, …
Irregular, Extravagante, Estrambótico, …
Conflito entre o Espiritual e o Material
Modo de ser, fazer, comportar-se contraditoriamente
• A ARTE DA INDISCIPLINA
Predominou no século XVII: momento de crise
espiritual na civilização ocidental;
Duas formas de ver o mundo:
Paganismo # Sensualismo
X
Religiosidade (teocentrismo medieval)
A LINGUAGEM DO BARROCO
• CONTEXTO HISTÓRICO
1. Sec XVI: Renascimento  Ser Humano: Senhor da
terra, dos mares, da ciência e da arte. (?)
2. Sec XVII: Dualismo e Contradição  BARROCO:
Ressugimento de questões Religiosas, Políticas,
Sociais, Espirituais, …
X
Valores Renascentistas
BARROCO: vínculos com a cultura clássica, mas
buscando caminhos próprios, condizentes com as
necessidades do momento.
CONTEÚDO e FORMA
CLASSICISMO
BARROCO
ANTROPOCENTRISMO # CULTURA CLÁSSICA
CONFLITO: ANTROPO X TEOCENTRISMO
EQUILÍBRIO
OPOSIÇÃO: ESPIRITUAL X MATERIAL
RACIONALISMO
CONFLITO: FÉ X RAZÃO
PAGANISMO
CRISTIANISMO
INFLUÊNCIA GRECO-LATINA
MORBIDEZ
IDEALIZAÇÃO AMOROSA: NEOPLATONISMO
IDEALIZAÇÃO AMOROSA: CULPA
UNIVERSALISMO
EFEMERIDADE DO TEMPO
BUSCA DE CLAREZA
RACIOCÍNIOS COMPLEXOS: PARÁBOLAS …
`
CARPE DIEM
GOSTO PELO SONETO
GOSTO PELO SONETO
EMPREGO DA MEDIDA NOVA (POESIA)
EMPREGO DA MEDIDA NOVA (POESIA)
BUSCA PELO EQUILÍBRIO FORMAL
INVERSÕES, CONSTRUÇÕES COMPLEXAS E
RARAS: FIGURAS DE LINGUAGEM: ANTÍTESES,
PARADOXOS, METÁFORAS, METONÍMIAS, …
Desenganos da vida humana metaforicamente
É vaidade, Fábio, nesta vida,
rosa, que da manhã lisonjeada,
púrpuras mil, com ambição dourada,
airosa rompe, arrasta presumida.
É planta, que de abril favorecida,
por mares de soberba desatada,
florida galeota empavesada,
sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza,
com presunção de Fênix generosa,
galhardias apresta, alentos preza:
Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
de que importa, se aguarda sem defesa
penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?
Gregório de Matos
TEXTO II
Que és terra, Homem, e em terra hás de tornar-te,
te lembra hoje Deus por sua Igreja,
de pó te faz espelho, em que se veja
a vil matéria, de que quis formar-te.
Lembra-te Deus, que és pó para humilhar-te,
e como o teu baixel sempre fraqueja
nos mares da vaidade, onde peleja,
te põe à vista a terra, onde salvar-te.
Alerta, alerta pois, que o vento berra,
e se assopra a vaidade, e incha o pano,
na proa a terra tens, amaina e ferra.
Todo o lenho mortal, baixel humano
se busca a salvação, tome hoje terra,
que a terra de hoje é porto soberano.
Gregório de Matos
Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da
dama quem queria bem
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo derretido.
Tu, que em um peito abrasa escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo em cristais aprisionado;
Quando cristal, chamas derretido.
Se és fogo, como passas brandamente,
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
Gregório de Matos
O MUNDO EM CRISE
1. TENSÃO NO MUNDO DA FÉ (CONTEXTO)
- Dualismo (Humanide dividida) X Contraste (Conflito radicalizado)
a. REFORMA PROTESTANTE
- Cisão na hierquia da Igreja
- Martim Lutero  95 postulados contrários (indulgências)
 Lucro ($$$...) não é mais pecado
 Adesão da burguesia
b. A CONTRA-REFORMA
- Tribunal da Santa Inquisição (reativação)
- Teocentrismo medival (retorno )
- Deus (Céu) X Diabo (Inferno)
- Salvação X Condenação
2. BARROCO: - “pérola de forma irregular”
- expressão do dualismo conflituoso
- a harmonia da dissonância
PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
• “A POESIA TEM O DESEJO DE PRODUZIR ESPANTO”
• OBJETIVO: Desencadear uma reação específica num
determinado público
1. AGENTES DO DISCURSO
- O Barroco e o público
2. O FUSIONISMO
3. O CULTO DO CONTRASTE
4. O PESSIMISMO
PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
5. O FEÍSMO
6. O REBUSCAMENTO
7. DINAMISMO E TEATRALIDADE
8. REFLEXÃO SOBRE A FRAGILIDADE HUMANA
PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
9. LINGUAGEM: Agudeza e Engenho
- A RETÓRICA DA SEDUÇÃO AMOROSA
- A FÁBRICA DE METÁFORAS
- OUTROS RECURSOS DA LINGUAGEM
PROJETO LITERÁRIO DO BARROCO
10. A ESTRUTURA DOS POEMAS
11. AS CORRENTES DO BARROCO
- CULTISMO
- CONCEPTISMO
BARROCO: Competências e Habilidades
• O que você deverá saber ao final do 3o. Bimestre:
1. Por que a Reforma e a Contrarreforma
influenciaram o surgimento da arte barroca?
2. O que foi (é) o Barroco?
- Projeto literário do barroco
- Conceitos: agudeza, rebuscamento e contraste
- Cultismo e Conceptismo
- Metáforas x Estética
3. Marcas da produção barroca no Brasil
- Sermões do Padre Antonio Vieira
- Poesia de Gregório de Matos
O BARROCO NO BRASIL
LITERATURA NACIONAL – Pré-condições atendidas:
• Presença de escritores ativos (colonos  letrados)
• Meios de publicação e circulação (academias lit.)
• Público leitor ( incipiente  crescimento lento)
1601: Bento TeixeiraPROSOPOPEIA – poema épico
• Marco inicial do Barroco brasileiro
Pe. ANTÔNIO VIEIRA (1608 - 1697)
* Homem de ação * Visionário
* Orador
GREGÓRIO DE MATOS E GUERRA (1633 – 1696)
* Irreverência e Esquecimento * Lírica * Sátira
NEOCLACISSISMO ou ARCADISMO
O MUNDO EM EXPANSÃO (Sec XVII e XVIII)
Apesar do rigor imposto pela CONTRARREFORMA:
•
•
•
•
•
•
•
o comércio se expandiu;
o desenvolvimento tecnológico avançou;
a nobreza arruinou-se;
a burguesia se firmou;
os monarcas absolutos  déspotas esclarecidos;
novas propostas filosóficas e artísticas surgiram;
a razão arrefeceu o medo de Deus e pediu licença para
dar sua versão aos fatos;
• o século das luzes caracterizou-se.
ARCADISMO *
A luz da razão volta a brilhar forte sobre a Europa
do século XVIII:
• o cientista olha para o céu e se pergunta sobre
configuração das estrelas;
• o filósofo questiona o direito da nobreza a uma vida
privilegiada;
• o desequilíbrio do Barroco foi sendo temperado por
uma busca de ordem e clareza patrocinada pela razão;
• a razão e a ciência iluminam a trajetória humana,
explicando fenômenos e propondo novas formas de
organizar a sociedade;
• o Iluminismo foi o movimento mais importante do
período.
OBJETOS DO CONHECIMENTO (Objetivos)
1. Linha do tempo
2. A história social do Arcadismo
a. O Iluminismo
b. Natureza: medida de equilíbrio e harmonia
c. Projeto Literário do Arcadismo
3. Arcadismo Brasileiro
a. Ecos da liberdade: entre o local e o universal
b. Inconfidência Mineira: ilustração e revolta
c. A poesia de Cláudio Manuel da Costa
d. O gênero epistolar de Thomás A. Gonzaga
e. A epopeia do Frei Santa Rita Durão
POESIA ÁRCADE
Recreios campestres na companhia de Marília
Olha Marília, as flautas dos pastores
Que bom que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira:
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a morte me causara.
BOCAGE, Manuel M. Barbosa du
LINHA DO TEMPO
1670 Término da construção do Palácio de Versalhes
1687 Newton publica a Lei da Gravidade Universal
1698 Thomas Savery inventa a máquina a vapor
1750 A música sinfônica começa a se difundir pela Europa;
É firmado o Tratado de Madri;
Em Portugal, o Marquês de Pombal torna-se Secretário de Estado.
1751 Diderot publica o primeiro volume da Enciclopédia
1756 Fundação da Arcádia Lusitana
1759 Os Jesuítas são expulsos do Brasil;
Voltaire publica Cândido.
1762 Rousseau lança o Contrato Social
1764 Mozart escreve a sua primeira sinfonia, aos 8 anos de idade
1774 Luiz XVI chega ao poder na França
1776 Declaração de Independência dos EUA é assinada
1779 Revolução Francesa;
No Brasil, acontece a INCONFIDÊNCIA MINEIRA.
A HISTÓRIA SOCIAL DO ARCADISMO
a. O ILUMINISMO – denominação dada ao conjunto de
tendências
ideológicas,
filosóficas
e
científicas
desenvolvidas no século XVIII, como consequência da
recuperação de um espírito experimental, racional, que
buscava o saber enciclopédico (todos os conhecimentos).
 Grandes filósofos como Descartes, Voltaire, Diderot,
Rousseau e Montesquieu adotam a razão (luz interior) e
a ciência como parâmetros para analisar as crenças
tradicionais, as opiniões políticas e a organização social.
 Essa postura, que valoriza o conhecimento científico e
racional, foi definida como ILUMINISTA.
PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
 Fazer da Literatura um instrumento de mudança social.
• É importante considerar:
1. A artificialidade própria da poesia árcade;
2. Repetição insistente de um cenário acolhedor e natural
3. Implantar uma sociedade mais justa e igualitária;
4. Simplicidade dos pastores;
5. Proposta de vida sem pompa e sofisticação;
6. Cada poema é uma propaganda da proposta;
7. Objetivo: Combater a futilidade = Cortar o excesso.
8. Resultado final: Modificar a mentalidade das elites.
PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
• AGENTES DO DISCURSO
- Poetas: ARCÁDIAS (=/= academias barrocas)
- Opõem-se aos princípios barrocos (surpresa, espanto)
- Acolhem membros da nobreza e da burguesia
- Influência do contexto político (Brasil)
- Intenção de divulgar ideias; ampla circulação
- Formação de um público leitor
• BUCOLISMO
- BUCÓLICO: relativo a pastores e seus rebanhos, à
vida e aos costumes do campo.
- Representação idealizada da natureza como espaço
acolhedor, primaveril, alegre, inspirador, tranquilo.
PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
• RESGATE DOS TEMAS CLÁSSICOS
- Fugere urbem: fuga da cidade, da urbanização,
afirmação das qualidades da vida no campo;
- Aurea mediocritas: mediocridade dourada, valorização
das coisas cotidianas, simples, razão e bom senso;
- Locus amoenus: lugar ameno, tranquilo, agradável, onde
os amantes se encontram para desfrutar de prazeres;
- Inutilia truncat: cortar o inútil, eliminar exageros de
linguagem, separar o bom do defeituoso;
- Carpe diem: cantar o dia (curtir, fruir), aproveitar o
momento presente, pois a passagem do tempo traz a
velhice, a fragilidade e a morte.
PROJETO LITERÁRIO DO ARCADISMO
• PASTORALISMO
- Poetas e Musas identificados como Pastores e Pastoras;
- Pseudônimos = nomes de pastores, nobre simplicidade;
- Valorização do saber e da cultura = encontrar meios de
neutralizar diferenças sociais evidentes.
• LINGUAGEM: simplicidade acima de tudo
- Missão de combater a artificialidade verbal (barroca);
- Escrever de modo direto, simples e claro, mínimo de
inversões sintáticas – destaque para as ideias;
- Reafirmar a necessidade de tomar a natureza como
medida de tudo que é bom, belo e verdadeiro.
HISTÓRIA SOCIAL DO ARCADISMO
1. FRASES PARA LEITURA E REFLEXÃO ( J. ROUSSEAU):
- O homem não foi feito para meditar, mas para agir.
- O homem nasceu livre e por toda parte vive acorrentado.
- As leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas
aos que nada têm.
2. CONSTATAÇÕES (HISTÓRICAS):
- O homem parece estar sempre insatisfeito com o rumo
dos acontecimentos do seu tempo e, por isso, rompe com
o presente, propondo algo novo.
- Ao analisarmos o “novo”, verifica-se: É o velho que,
misturado a certas tendências, volta à tona como
novidade.
A LINGUAGEM DO ARCADISMO
• Sec XVII: Reforma X Contrarreforma  BARROCO
• Sec XVIII: Combate à Contrarreforma 
NEOCLASSICISMO ou ARCADISMO:
- resposta artística que a burguesia pode dar à
necessidade de expressão humana daquele momento,
contrapondo-se ao Barroco;
- procura resgatar o racionalismo e o equilíbrio do
Classicismo do Sec XVI, ou seja, inspirando-se no
Renascimento.
• VÍDEO
• ESTUDO DE TEXTOS
O ARCADISMO NO BRASIL
• O INTELECTUAL BRASILEIRO DO Sec XVIII
- Influências da Literatura europeia / Iluminismo
- Sentimento nativista e sonhos de Liberdade
• ORIGEM e FUNDAMENTOS
- Vila Rica  Ouro Preto – MG
- Crescimento urbano X extração do ouro
- Marquês de Pombal: iluminismo / inovações
- COIMBRA: cursos / vida político-cultural
- Independência dos EUA (1776)
ARCADISMO: Origens e Fundamentos
• COLÔNIA: LOCAL X UNIVERSAL
- Princípios estabelecidos pelas Academias
- Inspiração nos autores clássicos
- Eliminar vestígios locais e pessoais
 Aspectos diferentes dos prescritos
- mito do “homem natural” (indianismo)
- expressões espontâneas e não convencionais
- influências barrocas
- prenúncios do Romantismo (Idt. Nacional)
ARCADISMO BRASILEIRO
POESIA
AUTORES (DESTAQUES)
LÍRICA
CLÁUDIO MANOEL DA COSTA,
TOMÁS A. GONZAGA
SILVA ALVARENGA
ÉPICA
BASÍLIO DA GAMA
SANTA RITA DURÃO
CLÁUDIO MANOEL DA COSTA
SATÍRICA
TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
ECONOMIÁSTICA
SILVA ALVARENGA
ALVARENGA PEIXOTO
OS ÁRCADES E A INCONFIDÊNCIA MINEIRA
• INFLUÊNCIAS
- Ideias iluministas / enciclopedistas
- Revolução Francesa
- Movimento de independência dos EUA
• CAUSAS
- exploração do povo pelo erário régio (tributos)
- confisco da maior parte do ouro extraído
- sonhos e anseios de Liberdade política
• GRUPO DE INCONFIDENTES (participaçação direta)
- Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto,
Cláudio Manoel da Costa e Joaquim José da Silva
Xavier (Tiradentes:dentita prático, militar, masson)
CLÁUDIO M. DA COSTA: a consciência árcade
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Iniciou estudos com os Jesuítas
Curso de Direito na Universidade de Coimbra
Influências: Arcádia lusitana, Pombal e Verney
Vila Rica: advogado e administrador
OBRAS POÉTICAS: afinidade c/ a lírica de Camões,
influências barrocas (inversões e figuração),
cultivou a poesia Épica (saga dos bandeirantes) e
Lírica (neoplatonismo : desilusão amorosa)
• Introdutor do Arcadismo no Brasil
• GLAUCESTE (eu lírico) X NISE (musa inspiradora)
TOMÁS A. GONZAGA: a renovação árcade
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O mais popular (inovador) dos poetas árcades;
Nascido no Porto-PT, criado na Bahia;
Formado em Coimbra (Direito) / ideias iluministas;
Escreveu: Tratado de Direito Natural , em homenagem ao
Marquês de Pombal;
• Vila Rica: função de ouvidor / romance com Maria
Doroteia de Seixas (cantada em versos como Marília);
• Acusado de ser Inconfidente, foi preso, encarcerado e
expatriado para Moçambique, onde casou, enriqueceu e
fez política local;
• Transição para o Romantismo: subjetividade,
espontaneidade e emotividade. Poesia lírica (Marília de
Dirceu) e satírica (reunidas em Cartas chilenas)
BASÍLIO DA GAMA: nativismo indianista
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mineiro de Tiradentes (1741 – 1795)
estudou com os jesuítas
intenção de seguir carreira eclesiástica
completou so estudos em Portugal e Itália
ingressou na Arcádia Romana: Termindo Sipílio
amizade e proteção do Marquês de Pombal
Obra de referência: O URAGUAI
- (portugueses + espanhóis) X (índios + jesuítas)
- modelo clássico ( 5 cantos)
- vitória dos europeus (tratado de Madri)
- valorização dos índios (7 povos das Missões)
SANTA RITA DURÃO: apego ao modelo clássico
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nasceu em Mariana-MG (1722- 1784)
colégio dos jesuítas  vida e estudos em Portugal
vida religiosa: professor de Teologia
Obra de referência: CARAMURU
- valoriza ação catequética sobre os índios
- modelo camoniano (10 cantos, oitava rima, … )
- qualidades da terra # costumes indígenas
- tema universal: Morte por Amor  LINDÓIA
- triângulo amoroso: Paraguaçu # Diogo # Moema
ENQUANTO ISSO, EM PORTUGAL …
• O MARQUÊS DE POMBAL REEDUCA O PAÍS
- O primeiro-ministro de D. José I – chefe e líder
- Reposicionar Portugal no concerto das Nações
- Reconstrução de Lisboa (Iluminismo + ouro MG)
- Laicização ensino # Retorno dos “estrangeirados”
- VERNEY: Verdadeiro método de estudar (1746)
- Arcádia Lusitana  Arcádias : Nova Arcádia
- Retória: perspectiva da razão (-)
- Poesia: ramo da Retórica
- Poeta de maior destaque: M. M. B. du Bocage:
além dos limites do modelo árcade: transição …
Convite à Marília - poesia árcade
Já se afastou de nós o Inverno agreste
Envolto nos seus úmidos vapores;
A fértil Primavera, a mãe das flores
O prado ameno de boninas veste:
Varrendo os ares o sutil nordeste
Os torna azuis; as aves de mil cores
Adejam entre Zéfiros, e Amores,
E torna o fresco Tejo a cor celeste:
Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza
Destas copadas árvores o abrigo:
Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quanto me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da Natureza!
Esperança amorosa – transição …
Grato silêncio, trêmulo arvoredo
Sombra propícia aos crimes, e aos amores,
Hoje serei feliz! – Longe temores,
Longe, fantasmas, ilusões de medo.
Sabei, amigos Zéfiros, que cedo,
Entre os braços de Nise, entre as flores,
Furtivas glórias, tácitos favores,
Hei de enfim possuir: porém, segredo!
Nas asas frouxos ais, brandos queixumes
Não leveis, não façais isto patente,
Quem nem quero que o saiba o pai dos numes.
Cale-se o caso a Jove omnipotente;
Porque, se ele o souber, terá ciúmes,
Vibrará contra mim seu raio ardente.
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
Quando cheios de gosto, e de alegria
Estes campos diviso florescentes,
Então me vêm as lágrimas ardentes
Com mais ânsia, mais dor, mais agonia.
Aquele mesmo objeto, que desvia
Do humano peito as mágoas inclementes,
Esse mesmo em imagens diferentes
Toda a minha tristeza desafia.
Se das flores a bela contextura
Esmalta o campo da melhor fragrância,
Para dar uma ideia de ventura;
Como, ó Céus, para os ver terei constância,
Se cada flor me lembra a formosura
Da bela causadora de minha ânsia?
TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
Na sua face mimosa,
Marília, estão misturadas
Purpúreas folhas de rosa,
Brancas folhas de jasmim.
Dos rubins mais preciosos
Os seus beiços são formados;
Os seus dentes delicados
São pedaços de marfim.
Estou no inferno, estou, Marília bela;
E numa coisa só é mais humana
A minha dura estrela;
Uns não podem mover do inferno os passos;
Eu pretendo voar e voar cedo
À glória dos teus braços.
LIRA 77 – Tomás Antônio Gonzaga
Eu , Marília, não fui nenhum vaqueiro
Fui honrado pastor da minha aldeia;
Vestia finas e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal e o manso gado,
Nem tenho a que me encoste um só cajado.
Para ter que te dar, é que eu queria
De mor rebanho ainda ser dono;
Prezava o teu semblante, os teus cabelos
Ainda muito mais que um grande trono.
Agora que te oferte já não vejo,
Além de um puro amor, de um só desejo.
Se o rio levantado me causava,
Levando a sementeira, prejuízo,
Eu alegre ficava, apenas via
Na tua breve boca um ar de riso.
Tudo agora perdi; nem tenho o gosto
De ver-te ao menos compassivo o rosto.
...............................................................
Ah! Minha bela, se a fortuna volta,
Se o bem, que já perdi, alcanço e provo
Por essas brancas mãos, por essas faces
Te juro renascer um homem novo,
Romper a nuvem que a Jove e a ti na terra!
....................................................................
Se não tivermos lãs e peles finas,
Podem mui bem cobrir as carnes nossas as
peles dos cordeiros mal curtidas,
E os panos feitos com as lãs mais grossas.
Mas ao menos será o teu vestido
Por mãos de amor, por minhas mãos cosido.
....................................................................
Nas noites de serão nos sentaremos
Cos filhos, se os tivermos, à fogueira;
entre as falsas histórias, que contares,
Lhes contarás a minha, verdadeira.
Pasmados te ouvirão; eu, entretanto,
Ainda o rosto banharei de pranto.
Quando passarmos juntos pela rua,
Nos mostrarão co o dedo os mais pastores,
ROMANTISMO
Idealização e Arrebatamento
LINHA DO TEMPO (Sec XVIII  XIX)
UMA ERA REVOLUCIONÁRIA: Herança do Iluminismo
• Ideologia liberal: governos  benefício do povo
• Locke, Voltaire, Rousseau: mentalidade libertária 
Fim do absolutismo monárquico e do sistema colonial
• Colônias americanas tornam-se independentes:
- 1776 ... EUA
- 1805 ... Haiti
- 1811 ... Paraguai
- 1816 ... Argentina
- 1818 ... Chile
- Grande Colômbia: V-C-E
- 1821 ... Peru e México - 1822 ... Brasil
- 1823 ... PUAC
- 1828 ... Uruguai
ROMANTISMO
Por uma estética da emoção
FALÊNCIA DO RACIONALISMO + AUSÊNCIA DE PARÂMETROS:
• BUSCA NOS SENTIMENTOS + CULTO DO “EU” 
Caráter ególatra; Subjetividade; Natureza como cúmplice dos
sentimentos do artista; Gosto pelo sobrenatural; Panteísmo (tudo é
manifestação de Deus); Nacionalismo; Liberdade de criação.
• IDEALIZAÇÃO DO HERÓI, DO AMOR E DA MULHER 
Herói romântico: marginal, desregrado, entregue ao ópio e ao álcool
Amor romântico: regenerador de caracteres (desprezo pela carne e
valorização da espiritualidade; sexo é perdição)
Mulher romântica: não existe, paira; não respira, pulsa; não anda,
flutua; é dotada de virtudes maravilhosas; semideusa; inatingível
• FUGA DA REALIDADE OPRESSORA 
Fuga na morte; fuga no sonho e na imaginação; fuga na loucura;
fuga no espaço; fuga no tempo;
PROJETO LITERÁRIO DO ROMANTISMO
• VALORIZAÇÃO DO INDIVÍDUO
• DIVULGAÇÃO DOS VALORES BURGUESES:
*Trabalho
*Sacrifício
*Esforço
• EXALTAÇÃO DO AMOR À PÁTRIA E AOS SÍMBOLOS NACIONAIS
A LINGUAGEM DO ROMANTISMO
• ARCADISMO (Arte conservadora)
 Eliminar os exageros do Barroco
 Retomar os modelos do Classicismo
• ROMANTISMO (Arte revolucionária)
 Criar uma linguagem verdadeiramente nova
identificada com padrões mais simples de vida.
POESIA DO ROMANTISMO - Estudo
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso Céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flore,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem palmeiras,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
ROMANTISMO
LEITURA DIALOGADA – Os sofrimentos do jovem Werther (Goethe)
1. Carta do dia 10 de maio
... envolvimento amoroso com Carlota ...
2. Carta do dia 30 de agosto
1. Compare o início das duas cartas.
a. Como Werther se sente na 1ª carta? E na segunda?
b. A que se deve a mudança de espírito da personagem?
2. A natureza assume um papel de destaque nos textos românticos. Mais do que mero cenário,
ela geralmente interage com as personagens, podendo espelhar o estado de espírito delas.
Observe o modo como a personagem se refere à natureza nas duas cartas. O que muda na
descrição que a personagem faz da natureza nas duas situações?
3. Durante a Era Clássica, os textos literários faziam referências aos deuses da mitologia grecolatina. No Romantismo, que busca uma aproximação com seu público – a burguesia -, surgem
manifestações de religiosidade cristã. Identifique essas manifestações.
4. Nas obras de ficção do Romantismo, o amor é um tema muito caro. ...
a. Que tipo de obstáculo impede Werther de conquistar o amor de Carlota?
b. Que significado tem a morte para Werther nesse contexto?
5. O ESCAPISMO ou desejo de evasão é uma constante nos textos românticos. ... Identifique, na
2ª carta, manifestações de escapismo.
6. Observe o quadro das características românticas (p.191).
a. Identifique nas cartas as características românticas apresentadas no quadro.
b. Que outras características se encontram na prosa romântica de Goethe?
Do texto ao contexto do ROMANTISMO
- ROMANTISMO: entre duas revoluções
- ROMANTISMO: a estética do contra
- A Revolução Francesa e o sentimento romântico de desagregação
- O Romantismo no Brasil
1. Explique a frase do 2º texto: “a visão de mundo romântica surge mais
como uma reação ao novo que como a proposição de algo novo”.
2. Aponte o que o Romantismo propôs de novo em relação ás seguintes
marcas do Arcadismo:
- razão
- mente
- ciência
- materialismo
- filosofia ilustrada
- corpo e matéria
- precisão
equilíbrio
- permanência e estabilidade
3. Por que a arte romântica faz críticas à própria burguesia?
4. Compare as características do romantismo brasileiro com o europeu.
ROMANTISMO NO BRASIL
1ª GERAÇÃO : INDIANISTAS (1822...)
 DEFINIR UM PERFIL DA CULTURA BRASILEIRA, NO QUAL O
NACIONALISMO ERA O TRAÇO ESSENCIAL.
• CONFUNDE-SE A PRÓPRIA HISTÓRIA POLÍTICA (1ª M /Sec XIX):
• 1808: D JOÃO IV – de Colônia a Reino Unido
- Escolas Sup, Museus, Bibliotecas, Tipografias, Imprensa
- Vida cultural, Público leitor, Produção literária
- Projeto Cultura Brasileira = raízes históricas, linguísticas e culturais
- Movimento anticolonialista e antilusitano
- Construção da identidade nacional: Indianismo, Regionalismo,
Pesquisa histórica, folclórica, Crítica aos problemas nacionais.
- 1836 – SUPIROS POÉTICOS E SAUDADE – Gonçalves de Magalhães
(anúncio da revolução literária romântica)
ROMANTISMO NO BRASIL
ANTÔNIO GONÇALVES DIAS
GONÇALVES DIAS: Projeto de Cultura brasileira
-
ANTÔNIO GONÇALVES DIAS (1823-1864)
• Filho de um português e uma cafusa (negro+índia)
• Descendente da três raças que formaram o brasileiro
• Nasceu e estudou no Maranhão, formou-se em Coimbra
• Influências de Almeida Garrett e Alexandre Herculano
• Fixou-se no Rio de Janeiro: solidificou a Poesia romântica
Temas: Natureza, Pátria, Deus, Índio, Amor (ñ correspond)
• Gêneros Épico e Lírico:
Primeiros cantos (1846)
Segundos cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848)
Os timbiras (1857)
Dicionário da língua tupi
• Linguagem: imagens e ritmos
“I-JUCA-PIRAMA” – aquele que há de ser morto
• O mais perfeito poema épico-indianista da literatura nacional
• Um índio que cai prisioneiro: Morrer lutando X Cuidar do pai
• Representa todos os índios ou todos os Brasileiros
• Símbolo da transformação do sentimento nativista em sentimento
nacionalista – misto de Amor, Honra e Luta – um canto de amor à
pátria e à raça ancestral; um canto de luta pela construção de uma
poesia genuinamente brasileira
2ª GERAÇÃO # ULTRARROMÂNTICOS
• DESVINCULADOS DO NACIONALISMO
• DESINTERESSADOS DA VIDA SOCIAL; CONTRÁRIOS À BURGUESIA
• VOLTADOS PARA SI MESMOS, NUMA ATITUDE PESSIMISTA
• VIVIAM ENTEDIADOS E À ESPERA DA MORTE
• SEM NENHUM PROJETO: - ... UMA “GERAÇÃO PERDIDA” ...
• VIDA DESREGRADA, ESTUDOS, ÓCIO, CASOS AMOROSOS, ...
• DECADÊNCIA, ATRAÇÃO P/ MORTE, SATANISMO, EGOCENTRISMO
• “MAL DO SÉCULO”
INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA  REALISMO
O MEDO DE AMAR: VISÃO DUALISTA
- Atração e Medo; Desejo e Culpa; Temor da realização amorosa
- Ideal feminino: figuras incorpóreas e assexuadas...
Anjo
Criança Virgem etc
AMOR E MEDO – Casimiro de Abreu
No fogo vivo eu me abrasava inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem
Vil, machucava com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!
Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço
Anjo enlodado pauís da terra.
.....................................................
Se ti fujo é que te adoro e muito!...
És bela – eu moço; tens amor, eu medo!...
______________________________________________________
- Obs.: receio de macular a virgem; temor de corresponder aos sentidos e
ferir a pureza da amada; imagem do anjo enlodado.
- Ideal feminino: mulher incorpórea, virgem, assexuada, pura, imaculada.
PRINCIPAIS POETAS ULTRARROMÂNTICOS
• ÁLVARES DE AZEVEDO – a antítese personificada
-
Estudante de Direito em SP, morreu aos 21 anos, produziu em 4 anos obra com
800 páginas: poesia, prosa e teatro;
Projeto literário baseado na contradição : ‘medalha de duas faces’
- ARIEL: adolescente, medo de amar, prazer reprimido, sublimação pela morte
- CALIBAN: visionário, decadente, ébrio, sem vínculos e sem destino.
• CASIMIRO DE ABREU – a poesia bem comportada
- O amo associa-se sempre à vida e à sensualidade, embora ligada ao medo de
amar, disfarçada, cheia de insinuações, num jogo de mostrar e esconder;
- Temas: a infância, a pátria, a saudade, a solidão, a natureza, o amor;
- Consolidação e popularização do Romantismo.
• FAGUNDES VARELA – uma poesia em transição
-
Estudante de direito, casou-se com uma prostituta, seu primeiro filho morreu
aos três anos de idade; entregou-se à vida boêmia e ao álcool;
Buscou refúgio na religião, na natureza, pessimismo, solidão, morte;
Prenúncio de novos rumos: Problemas sociais e políticos do Brasil; introduz o
tom grandiloquente da oratória e a abundância de imagens, influenciando a
terceira geração do Romantismo.
3ª GERAÇÃO: CONDOREIRISMO
•
CONDOR: AVE DE VOO ALTO, SOLITÁRIO E CAPAZ DE ENXERGAR A GRANDE DISTÂNCIA
1860/70:PERÍODO DE TRANSIÇÃO NA POESIA ROMÂNTICA BRASILEIRA
• NOVIDADES DE FORMA E DE CONTEÚDO
• MAIS VOLTADA PARA OS PROBLEMAS SOCIAIS
• NOVA FORMA DE TRATAR O TEMA AMOROSO
Castro Alves, Pedro Luís, Pedro Calasãs e Sousândrade (Sousa Andrade)
POETAS-GÊNIOS ILUMINADOS POR DEUS PARA ORIENTAR OS HOMENS: LIBERDADE E JUSTIÇA
• AMPLIAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS DE FAGUNDES VARELA
• SUPERAÇÃO DO EGOCENTRISMO – INTERESSE PELO MUNDO EXTERIOR
• CAUSA ABOLICIONISTA E REPUBLICANA  POESIA SOCIAL
• ORATÓRIA CONATIVA: CONQUISTA DO LEITOR PARA A CAUSA DEFENDIDA
• FUNÇÃO DA LINGUAGEM: EMOTIVA (EU)  POÉTICA (ASSUNTO)
CASTRO ALVES – o “poeta dos escravos”
- fundador da poesia social engajada no Brasil
CASTRO ALVES: a linguagem da paixão
Quebram-se as cadeias, é livre a terra inteira,
A humanidade marcha com a Bíblia por bandeira;
São livres os escravos, quero empunhar a lira,
Quero que est’alma ardente um canto audaz desfira,
Quero enlaçar meu hino aos murmúrios dos ventos,
As harpas das estrelas, ao mar, aos elementos!
POESIA SOCIAL: pensamento liberal-cristão
• A IDEALIZAÇÃO AMOROSA E O NACIONALISMO UFANISTA SEDEM LUGAR A
POSTURAS MAIS CRÍTICAS E REALISTAS.
• DESEJO LATENTE DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE / - TOMADA DE POSIÇÃO.
• LINGUAGEM ROMÂNTICA / - PROJETO LIBERAL-CRISTÃO
POESIA LÍRICA: fase adulta do amor
•
• AMOR: EXPERIÊNCIA VIÁVEL, CONCRETA  FELICIDADE, PRAZER, DOR
MULHER: SER CORPORIFICADO, PARTICIPA ATIVAMENTE DO ENVOLVIMENTO AMOROSO
• PRENÚNCIO DO REALISMO ...
CASTRO ALVES: linguagem emocionalmente carregada,
beirando os limites da paixão