Avaliação de Risco Clínico Núcleo de Retaguarda do Serviço de

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Transcript Avaliação de Risco Clínico Núcleo de Retaguarda do Serviço de

Avaliação de Risco Clínico
Núcleo de Retaguarda do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira
Ricardo Moreira
Sequência da Aula
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Definição e objetivos
●
Objetivar e Subjetivar
●
Cadeia de Informações e Protocolos
●
Recursos: Sinais Vitais
●
Situações Clínicas
Definindo risco...
●
Risco: probabilidade de um evento ocorrer
●
Evento: piora do quadro clínico
sequelas
morte
não possibilitar chance de melhora: NEGLIGÊNCIA
●
Organizar a oferta de cuidado
...Clínico
●
No contexto da Internação em Retaguarda de Saúde
Mental
●
Gravidade dos pacientes
●
Para o paciente e … para a equipe
●
Conhecimento
Informações para Definir o risco
●
●
Panorama do
evento
Contexto
●
●
Sinais Vitais
Antecedentes
●
●
Status Mental
Disponibilidad
e de recursos
Risco Crônico
●
Desnutrição
●
Escaras de decúbito
●
Administração errada de medicação
●
Prolongamento de internação
●
Institucionalização
PA=162x106mmHg
●
Observa e afere após 30 minutos
●
Troca o aparelho e afere novamente
●
Aguarda avaliação médica
●
Coloca em O2, punciona acesso venoso
●
Afere no outro membro
Objetivar
●
●
●
Objetivar é estreitar o foco da atenção, é definir o
que se quer olhar.
Tratar o sujeito como objeto não é um erro desde
que se entenda o ganho final para ele e este ganho
seja superior às perdas potenciais.
Implica em condução de partes permitindo escolher
o tempo e a forma da condução do todo.
Objetivar
●
●
Extremamente importante em situações de caos ou
quando o sujeito não permite abordagem ampla
inicial.
Objetivar como recurso para avaliar os sintomas e
sinais e tomar decisões adequadas ao risco de agravo
de doença e risco de morte ou sequela.
Benefícios do Processo de Objetivar
●
●
●
Possibilita avaliação rápida de riscos e, portanto,
de condutas
Possibilita escolher onde há maior necessidade de
intervenção naquele momento
É reprodutível para qualquer sujeito e permite
comparações entre eles
●
Permite mensurações e avaliações contínuas
●
Permite medir o impacto da intervenção
●
Facilita a comunicação
Riscos de Objetivar
●
●
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●
Perder a noção de todo do sujeito
Assumir que a parte observada corresponde à
realidade
Desconsiderar o contexto, o cenário e os demais
atores da ação
Esquecer os limites do processo
Regulação do Samu
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●
●
A. Dor torácica, 23 anos, PA 80x40mmHg, FC 140,
palidez, FR: 32, dispnéia, chiado torácico
B. Dor torácica, 76 anos, PA 88x60mmHg, FC 42,
palidez, FR:34, dispnéia, chiado torácico
C. Dor torácica, 45 anos, PA 94x 62mmHg, FC 120,
palidez, FR: 34, dispnéia, agitação
Subjetivar
●
Subjetivar: individualizar a abordagem e a escuta
considerando o contexto, as particularidades do
indivíduo e o que ele desperta no avaliador.
O Subjetivo
●
●
●
Implica em sujeito que conduz ou executa uma ação.
Nós a interpretamos. Ele, o sujeito, define o cuidado
a partir de suas necessidades e do quanto ele às
expõe.
Implica ampliar o olhar e em várias interpretações
de uma mesma situação, possibilitando julgamentos
falsos, tangenciais ou equivocados MAS propicia o
ajuste da percepção e remanejamento de condutas.
Possibilita uma percepção mais realista já que
agrega múltiplos parâmetros. Permite melhor acesso
ao todo considerando contexto, cenário e demais
atores.
Fatores que influenciam a subjetivação
●
Paciente
●
Observador
●
Avaliador
●
Contexto
Variáveis da Informação Subjetiva
●
Personalidade
●
Cultural
●
Doença Mental
●
Transferência
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Ganhos Secundários
●
Contra-transferência
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Simulação
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Empatia
●
Dissimulação
●
●
Status Mental (nível de
consciência)
●
Delirium
●
Retardo mental
●
Antecedentes do
Paciente
Conhecimento técnico
Riscos de Subjetivar
●
●
●
Perder o foco da atenção – o que é mais importante
num dado momento
Considerar o evento errado não possibilitando a
melhor intervenção
Desconsiderar fatores importantes no julgamento da
condução pois eles estão diluídos em um número
elevado de informações
Regulação do Clínico no NR
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A. NAC: agitado, quebrando tudo, socou o vidro e
está sangrando muito
B. Nadeq: hostil, quer alta, agrediu funcionário,
confusão mental, não deixa aferir ssvv
C. Leito Clínico: Febre 38,7, não urinou nas últimas
24 horas, esforço para respirar
D. NOT: caiu e está desacordado deitado em frente à
cantina
Regulação do Clínico no NR
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●
●
●
A. NAC: agitado, quebrando tudo, socou o vidro e está
sangrando. Delirante, persecutório, cortes são na mão –
múltiplos e pequenos.
B. Nadeq: hostil, quer alta, agrediu funcionário, confusão
mental, não deixa aferir ssvv. Contenção de espaço, sonolento,
balbucia palavras, instabilidade postural. Estava em oficina
no Centro pelo NOT, hálito alcóolico.
C. Leito Clínico: Febre 38,7, não urinou nas últimas 24 horas,
esforço para respirar. FR:38 PA: 82x46, FC:110, SatO2 72%.
D. NOT: caiu e está desacordado deitado em frente à cantina.
PA:120x60mmHg, FR:14, Pulso:80, Dextro:98.
O Ideal
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●
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Poder olhar para o sujeito como um todo.
Focalizar e extrair os dados que são importantes
para determinar COMO e QUANDO fazer o restante
da avaliação.
Comunicar o que é relevante para a interpretação e
condução do caso.
Cadeia de Informações
●
A passagem do caso
●
Priorização de Informaçõs
●
●
Registro para recuperação dos fatos (prontuário,
evolução de enfermagem, livros de plantão)
Prescrição Médica
Protocolos de Avaliação de Risco
●
Objetivos: nortear a avaliação inicial, diminuir
negligências, atuar preventivamente, otimizar
recursos agilizando a resposta da equipe
●
Protocolo de Manchester
●
Time de Resposta Rápida
●
Estruturação do NR
SINAIS VITAIS
Sintomas e Sinais
●
●
Sintomas: relatos, queixas, histórias, trazidos pelo
paciente ou observados pela equipe – viés de quem
informa ou observa
Sinais: dados objetivos por vezes mensuráveis que
contribuem para a avaliação inicial do risco
Sinais Vitais
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FC/Pulso
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Hidratação
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FR
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Nutricional/Peso/IMC
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Temperatura
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Hábito Intestinal
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PA
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Hábito Urinário
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Sat O2
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Dor
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Glicemia Capilar
●
Déficits Motores
●
Nível de Consciência
●
Pele
SSVV alterados
●
Estratificação de risco: urgência/emergência
●
Contextualização: retomar a subjetivação
●
Condução: o que fazer, quem chamar e quando
chamar
Pressão Arterial
●
Volume sistólico e Frequência Cardíaca
●
Técnica correta
●
●
Aparelho Calibrado, posição do paciente, membro
aferido, tamanho do manguito
Medicação, tabagismo, agitação, ansiedade,
abstinência
●
Sódio IV e dieta hipossódica
●
Valores normais e de risco
●
Hipotensão: elevação de MMII
Frequência Cardíaca e Pulso
●
Parâmetros diferentes
●
Quantificar em 1 minuto
●
Pausas e arritimias – confirmar no ECG
●
Bradiarritimias
●
Taquiarritimias
●
Pulsos cheios ou filiformes
●
Composição com a PA
Frequência Respiratória
●
Dado objetivo
●
Componente subjetivo
●
●
●
●
●
●
Padrão de secreção
●
Contar em 1 minuto
●
Saturação de O2
●
Cianose
●
Suporte Ventilatório
●
Colocação de O2
●
Indicação de IOT
●
Parada Respiratória
Padrão da respiração
Tiragem, BAN, uso de
musculatura acessória
Valores de Normalidade
Status Mental
Ruídos torácicos
Temperatura
●
Termômetro
●
Temperatura ambiente
●
Valores de normalidade
●
Alterações absolutas e relativas
●
Estado febril – curva
●
Medicação “se necessária e ACM”
●
Doses e conduta imediata
●
Contexto do sintoma
Glicemia Capilar Periférica
●
Dextro, outros nomes
●
Lugar para coleta de sangue
●
Avaliando o resultado: HI, hipoglicemia, relação
com a dieta
●
Cetoacidose diabética/estado hiperosmolar
●
Relação com cicatrização de feridas
●
Risco de alteração do nível de consciência
●
Risco de crise convulsiva
Nível de Consciência
●
●
Escala de Coma de Glagow
Descrever estado mental: sonolento, letárgico,
lentificado, obnubilado, comatoso, torporoso,
sedado, inconsciente...
●
Flutuação do nível de consciência
●
Comparação evolutiva: quantificar
Escala de Coma de Glasgow
●
Melhor resposta verbal
●
Melhor resposta motora
●
Abertura ocular
Pontuação vai de 3 a 15
Hidratação
●
Mucosas e turgor
●
Débito Urinário
●
Balanço Hídrico
●
Polidipsia – significado clínico
●
Estímulo à hidratação: paciente idoso, deprimido,
com retardo mental, demente
Estado Nutricional
●
Peso/IMC - evolução
●
Registro
●
O ato de alimentar-se
●
Estado trófico: músculos, pele e fâneros
●
Parceria com o SAN
●
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Dietas específicas de acordo com doença e comorbidades agudas
Alimentação por SNG
Hábito Urinário
●
Não está urinando
●
Perdas urinárias
●
Dor ou ardor para urinar
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Alterações das características da urina
●
Poliúria
●
Tempo de início e evolução dos sintomas
●
Balanço hídrico
Hábito Intestinal
●
Última evacuação
●
Dado objetivo x subjetivo
●
Características das fezes
●
Diarreia e Constipação
●
Sangramentos e presença de muco
●
Lesões orificiais à inspeção
Dor
●
Local
●
Intensidade (END)
●
Tipo de dor (como dói)
●
Tempo/duração
●
Irradiação
●
Fatores de piora e de melhora
●
Fatores associados/ SSVV
●
Conduta inicial – medicação?
Déficits Motores
●
Paresias e plegias
●
Deambular / Instabilidade Postural
●
Mímica facial / Assimetrias
●
Fala
●
Perdas de controle esfincteriano
●
Perdas funcionais: memória e cognição
Pele
●
●
Cor: Amarela, Azulada,
Avermelhada,
Enegrecida, Palidez
Descrever
lesão:Tamanho,
Formato e Tempo de
ocorrência
●
●
Lesões: Manchas,
Elevações, Nódulos,
Ulcerações, Bolhas,
Descamação,
Maceração
Fatores associados:
sinais flogísticos (calor
local, eritema, edema e
dor)
SITUAÇÕES CLÍNICAS
IVAS
●
Gripe – quadros benignos, auto-limitados
●
Gripe H1N1
●
Avaliação inicial e reavaliações
●
Parâmetros respiratórios e sistêmicos
●
Terapêutica e orientações ao doente
Broncoespasmo/IRA
●
●
●
Subjetivo: cansaço, falta de ar, fadiga, agitação,
confusão mental (nível de consciência)
Objetivo: FR, retração subcostal (tiragem), BAN,
retração de fúrcula, hipopnéia, cianose, SatO2, TE,
soprar, chiado torácico
Associado a Pneumonia, DPOC ou/e tabagismo,
aspiração de CE
Broncoaspiração
●
●
Pneumonite química e, após, pneumonia por gram
negativo
Idosos, dificuldade para deglutir, sequelado de
AVC, disfagia, discinesias orais e fasciais
(neurolépticos)
●
Tipos de dieta
●
Avaliação respiratória
●
Prevenção: decúbito e supervisão de dieta
Síndromes Dolorosas
●
Cefaléia/algias craniofaciais/odontalgias
●
Mialgias/Torcicolos
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Dor torácica/epigastralgia - IAM
●
Dor em membros
●
Dor genital
●
Dor lombar
●
Dor abdominal
Dor Crônica
●
Reagudização: avaliar sofrimento
●
Diagnóstico já definido → Terapêutica
●
Mudanças no padrão da dor: alerta
●
Sinais Vitais alterados?
●
Novos fatores associados?
●
Reavaliação Médica
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Tempo do paciente
Constipação Intestinal
●
Observação e registro: saúde mental
●
Quanto tempo
●
Comorbidades
●
Hidratação e dieta
●
Estímulo
●
Medidas iniciais, medicações e TR
●
Sintomas e sinais de risco
Abdome Agudo
●
Dor abdominal aguda ou subaguda
●
Rigidez da parede abdominal
●
Postura antálgica
●
Eliminação de gases/fezes
●
SSVV
●
Avaliação Médica
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Causas
Diarréia
●
Vômito e diarréia – definição
●
Quadro febril, sistêmico associado
●
Lavar mãos
●
Desidratação (PA, FC)
●
Reposição de volume
●
Identificação dos casos (surto): rastreamento
epidemiológico (dieta contaminada, transmissível)
Desidratação
●
Mucosas, turgor, PA e débito urinário
●
Alteração do nível de consciência
●
Intoxicação pelas medicações em uso
●
Balanço hídrico
●
Estímulo à ingesta hídrica
●
Polidipsia e potomania
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Formas de reposição: oral, SNG, IV
Hipertensão Arterial
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Níveis de risco
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Pacientes com maior risco
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Urgência e Emergência hipertensiva
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Objetivos na redução da PA
●
Tempo de ação das medicações
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Contextualização
Terapêutica nas alterações de Dextro
●
Hipoglicemia:
●
Hiperglicemia
status mental
Comeu o quê?
última dieta
Está infectado?
insulina utilizada
Insulina –
armazenamento
correto?
hipoglicemiantes
administração de açúcar
vo ou iv
Acesso venoso
Hidratação
AVC
●
Sinais e Sintomas
●
Abordagem inicial
●
Encaminhamento
●
Tempo de resposta da equipe
Crise Convulsiva
●
Características
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Descrição: o que observar
●
Pseudocrise
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Cuidados iniciais
●
Período pós-ictal
●
Estado de Mal Epiléptico
Trauma
●
Mecanismo do trauma: objetivo e subjetivo
●
ABCDE (SSVV, Glasgow)
●
Acionar equipe
●
Avaliação Médica
●
Cuidados iniciais e transferência
Oftalmológicas e OTR
●
Corpo estranho
●
Cáusticos
●
Olho vermelho agudo
●
Otalgias
●
Sangramentos nasais - epistaxes
Infecções de Pele e Partes Moles
●
Observar: sinais flogísticos: eritema e edema
●
Banho e durante higiene
●
Registrar a evolução da lesão: quantificar se
possível – fotografar se necessário
●
Diagnóstico diferencial: nem tudo é infecção
●
Grupo de risco: diabéticos
●
Pacientes com doença mental: informam menos
●
Abcessos: drenagem!!!
Pediculose e Escabiose
●
Transmissão
●
Avaliar na suspeição: risco de contágio
●
●
Diagnóstico → Tratamento
Investigação dos contactantes
Síndromes Febris
●
Configurar febre
●
Antitérmicos – quando dar
●
Curva térmica
●
Avaliação médica – infecção
●
Hipotermia
●
●
Observação dos demais sinais vitais fora do período
de febre: taquicardia e hipo/hipertensão arterial
Medidas físicas
Tuberculose
●
Tosse há mais de 2 semanas
●
Emagrecimento
●
Febre baixa sem foco determinado – vespertina
●
Moradores de rua, usuários de SPAs, debilidade
somática
●
DPOC – Tabagismo – tossidores crônicos
●
Prevenção da transmissão – cuidados
●
Investigação nos contactantes
Síndromes Importantes
●
Delirium
●
Intoxicação exógena
●
ITU
●
Reações Alérgicas
●
Pneumonia
●
Distonias
●
Sepsis
●
Abstinências