ROMA: A EXPERIÊNCIA REPUBLICANA

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ROMA: A EXPERIÊNCIA REPUBLICANA
CONVERSANDO SOBRE O TEMA
Fundação de Roma: 753 a.C
– mito de origem > Rômulo e Remo:
Irmãos gêmeos amamentados por uma
loba. Rômulo tornou-se o primeiro rei de
Roma após matar seu irmão Remo.
Povos de Origem:
Lígures: povos autóctones, originários da
região.
Italiotas ou itálicos: chegaram á região
por volta de 2000 a.C.
Etruscos: povo de comerciantes e
artesãos mais evoluídos que chegaram á
península por volta de 899 a.C - séc. IX.


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Fundação de Roma: 753 a.C
mito de origem: Rômulo e Remo, irmãos
gêmeos amamentados por uma loba.
Rômulo tornou-se o primeiro rei de Roma
após matar seu irmão Remo.
Fundadores: etruscos, comerciavam com
gregos e povos do oriente remoto (Índia,
China, Pérsia).
Sociedade: já se evidenciava uma
desigualdade social. Nem todos podiam
adquirir os objetos trazidos do oriente
Economia: comércio de ferro por produtos
de luxo do oriente; pastoreio e agricultura.
Política: organização tribal
Comprovação arqueológica: tecidos,
objetos, jóias finas, obras de arte orientais
da época encontradas na região.


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A MONARQUIA ROMANA
(Séculos VII e V a.C.)

1.Localização: região central da Península
Itálica, nas Sete Colinas á margem direita do
rio Tibre. A cidade fundada por Rômulo ficava
na colina do Palatino, onde habitavam os
patrícios. Os plebeus concentravam-se na
colina do Aventino.


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2.Organização social:

Patrícios: descendentes dos fundadores
de Roma, detentores de terras, cujo
poder era exercido pelos patres (pater =
chefe de família)
Plebeus: mais numeroso grupo social:
trabalhadores livres, comerciantes ricos,
responsáveis pela construção e grandeza
Roma; não tinha m direitos políticos,
Exceto os ricos que podiam participar do
Exército.
Escravos: nesta época os plebeus
pobres e pequenos próprietários que não
honravam suas dívidas tornavam
“clientes” (dependentes), ou escravos de
seus credores. Roma ainda não era uma
sociedade escravista.


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3.Organização política: Monarquia e suas
instituições
Rei: eleito entre os patres; tinha poder
absoluto e vitalício; funções religiosa e jurídica
(proclamar a justiça). Rei mais importante: Sérvio
Tulio (578 a 534 a.C). Fez várias reformas a favor dos
Plebeus.
Conselho de Anciãos ou Senado: (senex = velho):
Composto por 300 patres; função de escolher o rei,
aconselhar e aprovar declaração de guerra e tratados
de Paz.
Comitia Curiata (Assembleia por Cúrias) – reunia
guerreiros de até 45 anos membros do patriciado,
divididos em 30 cúrias, que se pronunciava sobre
questões de interesse da aristocracia patrícia.
Comitia Centuriata (Assembleia Centuriata) : Esta
nova assembléia foi criada por Sérvio Túlio que em
sua reforma militar passou a admitir plebeus ricos no
exército. Tinha características militares e também
atribuições políticas: assinatura de tratados, votação
de leis, entre outras.


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4. Organização Econômica: agrária, comercial,
metalurgia
Agricultura: assentada na propriedade de
grandes extensões de terra cultivadas pelos
escravos ou“ clientes” (pequenos proprietários
ou camponeses livres), dependentes dos patres.
Comércio: praticado no mercado público da
urbs (cidade) e comércio exterior com as
colônias gregas, e de longa distância com
oriente remoto pelo Mar Medieterrâneo
Metalurgia: desde as mais remotas origens
etruscas, os romanos conheciam o ferro e
forjavam armas e utensílios deste metal, base de
suas trocas comerciais.


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O FINAL DO PERÍODO MONÁRQUICO

O Golpe dos Patrícios (509 a.C.): nobres
patrícios, através do Senado, derrubaram
o último rei de Roma, o etrusco Tarqüínio,
o Soberbo.
- O governo da urbs (cidade) era uma
aliança entre o rei e os patres (chefes de
família) que faziam parte do Senado.
Porém esta relação deixou de ser
pacífica, quando Tarquínio, o último rei
etrusco passou a exercer poder absoluto,
sem consultar o Senado.
- Com o apoio da plebe, os patrícios
expulsaram o rei etrusco e proclamaram
a República, em 509 a.C (século VI)


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A REPÚBLICA ROMANA
509 a.C – 31 a.C
(Res Publica = coisa do povo)
EXPANSÃO TERRITORIAL DE ROMA DURANTE O PERÍODO REPUBLICANO


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A REPÚBLICA CRIADA PELOS ROMANOS
As instituições da República romana e suas funções


Senado: tinha importância máxima, elegia os cônsules (alta magistratura); elaborava e votava leis; cuidava
da política externa (diplomacia); firmava tratados e alianças; comandava os exércitos; funções religiosas
(Comitia Curiata); em época de crise: permitiam Ditadura por seis meses, com poder absoluto do Ditador.
 Comitia Centuriata: incluía a participação dos plebeus (Tribunato); características militares e políticas;
elegiam os magistrados menores – ver Assembleias na p. 247
 Magistraturas (cargos públicos menores) – ver p. 246
> Questores: finanças públicas
> Pretores: aplicação da justiça (juízes)
> Censores: cuidavam do censo, classificavam a população por categorias de acordo com a renda, cuidavam
da moral, faziam listas de senadores a serem eleitos
> Edil (edis): administravam a cidade (serviços públicos, policiamento e jogos)


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LUTAS POR DIREITOS EM ROMA: OS PLEBEUS NA CENA PÚBLICA
A

OBJETIVOS DA LUTAS DOS PLEBEUS:
A cidadania era privilégio dos patrícios, embora a
Classe mais numerosa fosse a dos plebeus,
responsáveis pela grandeza de Roma. Esta
situação começou a mudar a partir do século V e
a luta dos plebeus por direitos durou até o século
III a.C, quando os plebeus conquistaram direitos
de participação política, inclusive a indicação de
um dos dois Cônsules da República.
Cidadania: os plebeus conquistaram alguns
direitos tais como:
 Participação política: através da Comitia
Tributa, composta pelos tribunos eleitos entre
a plebe (excluídos mulheres, escravos,
estrangeiros)
 Interpretação das Leis: Lei das Doze Placas
de domínio público
 Casamentos mistos: Lei Canuleia - plebeus
ricos podiam se casar com patrícios
empobrecidos formando a Nobilitas (nobreza
patrício-plebéia), o que garantiu uma certa
igualdade social entre patrícios e plebeus
ricos.

Abaixo: o Capitólio Romano, onde se reuniam as Assembleias.
Acima: o Senado Romano.


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A EXPANSÃO ROMANA
Séc. IV a II a.C – Roma domina quase a
totalidade da Península Itálica.
Legião: Exército romano (dividido em 10 coortes,
com 6 centúrias cada)
Legionário: Soldado romano
A Legião Romana

Senatus Populusque Romanus
(Senado e Povo Romano – nome oficial de Roma)


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A EXPANSÃO ROMANA


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AS GUERRAS PÚNICAS
Séc. II a I a.C: Política ofensiva contra a cidade de Cartago (atual Tunísia, norte da África) para
impedir o imperador Aníbal em sua pretensão de criar um império carteginês no Mediterrâneo, da
Espanha até Roma.


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Aníbal
“Juro que enquanto a idade me
permita […] empregarei o fogo e o
ferro para romper o destino de
Roma.”

Aníbal e a travessia dos Alpes


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CONSEQUÊNCIAS DA
EXPANSÃO
. Roma passou a dominar todo o comércio do Mediterrâneo Ocidental e a partir daí
iniciou suas conquistas territoriais com as quais dominou todo o Mediterrâneo e
grande parte da Europa.
. Com o crescimento do comércio, surgiu uma nova classe social denominada
homens novos/ cavalheiros/ comerciantes (plebeus e patrícios então falidos).
. Surgiu em Roma um grave problema social, pois as conquistas aumentaram muito o
número de escravos, o que gerou um grande desemprego na plebe.
. Concorrência dos produtos importados das novas províncias, fazendo entrar em
crise a agricultura italiana (falência dos pequenos proprietários italianos) - os
pequenos e médios proprietários foram obrigados a vender suas propriedades para
os latifundiários e para o Estado (Ager publicus).


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A TENTATIVA DE REFORMA AGRÁRIA
A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das
propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a
realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado,
que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de
grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e
distribui lotes de terras para famílias camponesas.
No Brasil atual:


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REVOLUÇÃO DOS IRMÃOS GRACO: A REFORMA AGRÁRIA EM ROMA
SÉCULO II a.C
Eleitos tribunos da plebe, os irmãos Tibério e Caio Graco defenderam
reformas sociais, políticas e econômicas contempladas numa ampla
proposta de Reforma Agrária:
Causas: empobrecimento dos médios e pequenos proprietários
que perdiam suas terras para os grandes senhores e se tornavam
“clientes”; utilização de mão-de-obra em larga escala provocou
desemprego e êxodo rural;

Objetivos: promover distribuição justa de terras entre os plebeus
pobres, limitando a quantidade de terras por família.
Consequências: a proposta foi aprovada, mas Tibério acabou
assassinado pois ganhou antipatia da aristocracia (patrícios).

A figura representa o assassinato
de Tibério Graco

No campo político: Caio Graco propôs a diminuição dos poderes
do Senado, e uma reforma política que acabasse com a
manipulação dos votos nas assembleias centurais que favoreciam
os patrícios. Também fez aprovar uma lei que obrigava o Estado a
fornecer trigo à população por preços menores do que o do
mercado. Também foi morto por isto.


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ESPÁRTACO
Espártaco foi um escravo e gladiador romano,
que liderou uma das mais importantes revoltas
de escravos da Roma Antiga. Conhecida como a
"Guerra dos Gladiadores", foi a última rebelião
de escravos contra a República Romana,
ocorrida entre 73 a.C e 71 a.C.


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A CRISE FINAL DA REPÚBLICA ROMANA
Com as guerras de conquista e os conflitos internos em Roma os generais começam a ganhar mais
popularidade e poder.
Os exemplos mais importantes foram MÁRIO e SILA;

MÁRIO: reestruturou o exército, estabelecendo o pagamento
de salários e a participação dos legionários nos espólios de
guerra e aposentadoria. Foi eleito cônsul SEIS vezes
seguidas!

SILA: começou sua carreira militar como subalterno de Mário
em combates na África. Foi eleito cônsul e depois recebeu o
título de DITADOR VITALÍCIO.


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O PRIMEIRO TRIUNVIRATO
JÚLIO CÉSAR – conquistou a Gália (atual França)
POMPEU – ficou com a Península Ibérica (atuais Portugal e Espanha);
CRASSO – ficou com a Síria (oriente médio) – morreu em 53 a.C., durante
campanha militar na Pérsia.


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GAIUS JULIUS CÆSAR
JÚLIO CÉSAR começou a receber apoio da PLEBE e o senado, com
medo, tentou nomear POMPEU como único CÔNSUL.
Indignado – sentindo-se traído – JÚLIO CÉSAR e suas tropas saíram
da Gália e marcharam Sobre Roma em 49 a.C., atravessando o rio
Rubicão (“Alea jacta est” – a sorte está lançada)
POMPEU fugiu de Roma e após ser derrotado por César, foi para o
Egito, onde foi morto.
JÚLIO CÉSAR – depôs o Faraó e colocou em seu lugar
CLEÓPATRA que se tornaria sua amante;
JÚLIO CÉSAR – foi recebido em ROMA como ditador vitalício –
como sumo sacerdote e comandante do exército.

Porém, César despertou entre os senadores a suspeita que
ambicionava tornar-se rei. Então, em 15 de março de 44
a.C. um grupo de senadores o assassinou à punhaladas,
no senado romano.
“Et tu, Brutus” – Shakespeare (peça Julius Ceasar)

Segundo Suetônio, historiador romano (69 - c.141), em
"Vidas dos Doze Césares", César, ao ser golpeado, não
pronunciou frase alguma.


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Vincenzo Camuccini. A morte de Júlio César, 1798. Galleria Nazionale
d'Arte Moderna, Roma, Itália.


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Jean-Léon Gérôme. A morte de César, 1867, The Walters Art Museum, Baltimore, Maryland, EUA.


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Karl Theodor von Piloty. Assassinato de César, 1865. Museu do Estado da Baixa Saxônia, Hanôver,
Alemanha.


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O SEGUNDO TRIUNVIRATO
Depois do assassinato de César, o poder passou a ser disputado por dois de
seus Herdeiros políticos.

MARCO ANTÔNIO (braço direito de César) e
CAIO OTÁVIO (sobrinho-neto de César)
Além deste dois junta-se ainda outro antigo partidário de César LÉPIDO.
Estava formado o Segundo Triunvirato.


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GAIUS OCTAVIUS
Não demorou muito para que os triúnviros
entrassem em conflito.

Em 32 a.C., após o afastamento de Lépido do
poder, Otávio se lançou contra Marco Antônio, que
juntara-se a Cleópatra no Egito. Ambos foram
derrotados em 30 a.C. e se suicidaram.

Senhor do Egito, Otávio apoderou-se do tesouro
dos faraós e com esta fortuna organizou um
exército com 70 legiões, apropriando-se também
dos celeiros Egípcios para alimentar a plebe
romana faminta.


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O FIM DA REPÚBLICA
Após o fim do Segundo Triunvirato, Otávio
restaurou a imagem externa da república livre,
com o poder governamental investido
no senado romano, os magistrados
executivos, e as assembleias legislativas.
Porém, na realidade, manteve seu poder
autocrático sobre a república. Por lei, reteve
um conjunto de poderes garantidos em vida
pelo senado, incluindo o comando militar
supremo, e aqueles do tribuno e censor.
Levou vários anos para desenvolver o quadro
em que um estado formalmente republicado
poderia ser liderado sob seu governo único.
Rejeitou os títulos monárquicos e em vez
disso chamou-se "Primeiro Cidadão do
Estado" (Princeps Civitatis).
O quadro constitucional resultante tornou-se
conhecido como principado, a primeira fase
do Império Romano.

Principais títulos de Otávio:

IMPERADOR – comandante
supremo do exército;

PRINCEPS – para os senadores
era o primeiro cidadão;

PONTÍFICE MÁXIMO – chefe
da religião romana;

AUGUSTO – bem aventurado ou
divino.