Teste Rápido Molecular (TRM-TB): uma nova tecnologia para o diagnóstico da tuberculose Programa Nacional de Controle da Tuberculose Departamento de Vigilância Epidemiológica Secretaria de Vigilância.

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Transcript Teste Rápido Molecular (TRM-TB): uma nova tecnologia para o diagnóstico da tuberculose Programa Nacional de Controle da Tuberculose Departamento de Vigilância Epidemiológica Secretaria de Vigilância.

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Teste Rápido Molecular (TRM-TB): uma
nova tecnologia para o diagnóstico da
tuberculose
Programa Nacional de Controle da Tuberculose
Departamento de Vigilância Epidemiológica
Secretaria de Vigilância em Saúde


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Diagnóstico de Tuberculose

Baciloscopia
• Exame realizado há mais de 100 anos
• Rápido e barato

• Principal limitação: sensibilidade muito baixa (6070%)


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Baciloscopia

Descrição


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Descrição


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Baciloscopia
RESULTADO
não são encontrados BAAR em 100 campos = relata-se o resultado como NEGATIVO
são encontrados de 1 a 9 BAAR em 100 campos = relata-se apenas a quantidade de BAAR encontrada
(5.000 A 10.000 BAAR/ML)
são encontrados de 10 a 99 BAAR, em 100 campos = relata-se o resultado como POSITiVO +;
(50.000 BAAR/ML)
é encontrada em média de 1 a 10 BAAR por campo, nos primeiros 50 campos observados = relata-se o
resultado como POSITIVO ++; (300.000 BAAR/ML)
é encontrada em média mais de 10 BAAR por campo, nos primeiros 20 campos observados = relata-se
o resultado como POSITIVO +++. (500.000 BAAR/ML)


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TRM – TB: que nova tecnologia é esta?


Método molecular para diagnóstico da TB (Reação em Cadeia da
Polimerase – PCR em tempo real)



Detecta: DNA do Mycobacterium tuberculosis
Resistência à Rifampicina (RIF)









Material: Amostras respiratórias (escarro, escarro induzido)
01 amostra
Tempo: 2 horas
Energia elétrica estável e ar condicionado
Geladeira
Não exige profissional especializado
Point of care

Amplificação DNA


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TRM-TB: preparação da amostra


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2 hs


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Cartucho e Equipamento


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Resultados TRM-TB
1. Mycobacterium tuberculosis: Não Detectado.
2. Mycobacterium tuberculosis: Detectado.
Rifampicina: Não Detectada
3. Mycobacterium tuberculosis: Detectado.
Rifampicina: Detectada
4. Mycobacterium tuberculosis: Indeterminado → solicitar
novo exame
5. Mycobacterium tuberculosis: Detectado.
Rifampicina: indeterminado → solicitar novo exame


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Tempo para resultados dos exames

TRM-TB

Baciloscopia

2 horas

1 dia

Cultura
Cultura
líquida*
sólida*
5 a 12 dias Mín 28 dias
(+)
(+)
42 (-)
Até 60 (-)

TS LJ: + 28 dias (+), 42 dias (-)
TS Líquido: + 5 a 13 dias


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TRM-TB x Baciloscopia
O TRM-TB NÃO vai substituir totalmente
a baciloscopia!

• Para o diagnóstico da TB
pulmonar em casos novos

• Para controle do tratamento, continuaremos a
realizar a baciloscopia


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TRM x Baciloscopia
• Para diagnóstico de MNT
continuaremos a realizar a baciloscopia

• Para diagnóstico de TB extrapulmonar
continuaremos a realizar a baciloscopia

• Para diagnóstico de TB pulmonar em crianças < 10 anos
continuaremos a realizar a baciloscopia


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Ficha de notificação do SINAN-TB

• A ficha de notificação do SINAN-TB será modificada para
incluir o resultado do TRM-TB
• Notificar no campo “baciloscopia” e manter registros no
laboratório
• GAL (Gerenciamento de Ambiente Laboratorial): para
solicitação do exame e obtenção online dos resultados,
com proposta de implantação inclusive nas unidades de
saúde


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Estudo de Implementação
Custo-efetividade
do TMR-TB do TRM-TB
Objetivo
Estimar, em condições programáticas, de rotina, o impacto da
implementação do Xpert MTB/Rif na:
– Taxa de detecção de casos de TB pulmonar
– Detecção de TB-MDR


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Estudo de Implementação do TRM-TB

• Controle: 2 baciloscopias
• Intervenção: no laboratório
• Rio de Janeiro: 100% laboratórios da AB (11
máquinas)
• Manaus: laboratórios que fazem 70% dos
diagnósticos (4 máquinas)


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Estudo de Implementação do TRM-TB
• Randomizado tipo stepped-wedge
Fev 2012

Set 2012


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Estudo de Implementação do TRM-TB
CONCLUSÕES
• TRM-TB aumenta confirmação laboratorial em 60%
comparado à baciloscopia

• Detecção da resistência à RIF é uma vantagem
• Impacto no tempo para início do tratamento e na
notificação (SINAN)
• Implantação fácil


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Estudo de Implementação do TRM-TB
CONCLUSÕES
• TRM-TB é custo-efetivo
• Bem aceito pelo laboratório apesar da mudança
nas rotinas
• Melhora detecção e antecipa diagnóstico de
resistência


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Estudo de Implementação do TRM-TB

Custo médio total (US$/2012)
Teste
Baciloscopia (1)
TRM-TB

Custo médio
(US$)
7,20
17,80

* Custo subsidiado TRM-TB US$ 9,98


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Melhorias esperadas
• Aumento da detecção casos de TB pulmonar confirmados
• Maior agilidade no diagnóstico da TB (sensível e resistente)
e no tratamento

↓ número de casos tratados erroneamente
↓ transmissão da doença
↓ morbimortalidade


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Implantação da Rede de Teste Rápido para a
Tuberculose no SUS (RTR-TB)
Treinamento para Multiplicadores Locais em
Teste Rápido Molecular para Tuberculose

Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose /DEVEP
Secretaria de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde


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Rede Laboratorial

• Mais
de
4.000
baciloscopias

laboratórios

públicos

realizam

• Cerca de 300 realizam cultura para Mycobacterium
tuberculosis
• Aproximandamente 40 realizam teste de sensibilidade
(em dois estados os Lacen não realizam – Rondônia e
Tocantins). Somente dois dos que realizam testam para
medicamentos de 2ª linha
• Teste rápido em fase de implantação


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Cronograma de
Implantação
Abri/2014 - início●
do monitoramento
e avaliação da
“RTR-TB”

●Out/2012: finaliz.

do
“Estudo Piloto” (RJ e
Manaus)
●Nov/2012: reunião/

definições Grupo de
Trabalho (PNCT)
●Mar/2013:

aprovação
final da CONITEC/MS

Abr-Mai/2014 início● da Fase 3/3

●Mai/2013: finaliz.

da
pactuação c/ estados
e município

Mar-Abr/2014 - início
da● Fase 2
Mar/2014: Início da
Implantação da rede
Jan/2014: início das
capacitações para
profissionais de
laboratório da
“RTR-TB”

●Jun/2013: início

do
processo de aquisição
●Out/2013: início

das
capacitações p/ profiss. de
saúde


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Estratégia de Implantação da RTR-TB


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Estratégia de Implantação da RTR-TB

Implantação da rede, critérios de seleção
dos municípios e algoritmos aprovados pelo
Comitê Técnico Assessor do PNCT


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Estratégia de Implantação da RTR-TB
Critérios de seleção dos municípios
• Capitais e Municípios com mais de 130 casos
novos de TB em 2012
• Municípios sede de presídios com estrutura de
laboratório e demanda significativa de
baciloscopia

• Municípios de fronteira e/ou com população
indígena (> 50 casos novos notificados em 2011)
• Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN)
que tenham demanda significativa de baciloscopia


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Estratégia de Implantação da RTR-TB

Pactuações
• Programas Estaduais e Municipais de
Tuberculose dos municípios selecionados
para compor a RTR-TB
• Laboratórios Municipais

• LACEN


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Estratégia de Implantação da RTR-TB

Pactuações
• Quantidade de baciloscopias diagnósticas de
primeira amostra realizadas no ano de 2012
• Estrutura física, recursos humanos, turnos de
trabalho e fluxo de recebimento de amostras/entrega
de resultados

• Prioridade estratégica para a Coordenação Estadual
do Programa de Controle da Tuberculose (PCT).


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Estratégia de Implantação da RTR-TB
Número de testes rápidos moleculares realizados por dia e ano segundo horas de
trabalho do laboratório e número de módulos disponíveis

Equipamento/
módulo(s)

Turno c/ 6 horas de trabalho/dia
(contínuo)

Turno c/ 8 horas de trabalho/dia
(intervalo de almoço)

Turno c/ 12 horas de trabalho/dia
(2 turnos - contínuos)

número médio número médio número médio número médio número médio número médio
de exames/dia de exames/ano** de exames/dia de exames/ano** de exames/dia de exames/ano**

1 módulo

3 a 4*

750 a 1.000*

4 a 6*

1.000 a 1.500*

6 a 7*

1.500 a 1.750*

4 módulos

12 a 16*

3.000 a 4.000*

16 a 24*

4.000 a 6.000*

24 a 28*

6.000 a 7.000*

* Nos cálculos "máximos" foram considerados o uso do equipamento (1 ciclo) iniciando-se ao final de cada turno (turnos de 6 e 12 hs) ou no horário de almoço
e ao final de cada turno (turno de 8 hs)
** Foram considerados 250 dias úteis ao ano


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Estratégia de Implantação da RTR-TB


Slide 33

Estratégia de Implantação da RTR-TB


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Estratégia de Implantação da RTR-TB

• Laboratórios: 125

• Municípios selecionados e pactuados: 92
• Esses municípios contribuem com mais de 55%
do total de casos novos e retratamentos de TB
notificados por ano


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Estratégia de Implantação da RTR-TB

Algoritmos


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Investigação de TB em possíveis casos novos (nunca antes
tratados para TB)
Sintomático
Respiratório
Realizar TRM
(1 amostra
escarro)
MTB
detectado

MTB não
detectado

Paciente
com TB

Mantém
sintomas

Resistência a
Rifampicina
Detectada
Realizar cultura
+TSA
automatizados
Iniciar EB e
encaminhar
para Referência
Terciária

Resistência a
Rifampicina
Não Detectada
Realizar
Cultura + TSA
Iniciar
Tratamento
para TB com
EB

Não

Sim

Excluído
Diagnóstico
de TB

Realizar Cultura +
TSA
Continuar
investigação


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Investigação de TB em populações mais vulneráveis
(PS, PVHA, PPL, PSR, Indígenas e contatos de TBDR)
Sintomático
Respiratório

Realizar Teste Rápido Molecular +
Cultura +TSA
MTB não detectado
por teste rápido

MTB detectado
por teste
rápido

Mantém sintomas

Paciente com TB
Resistência a
Rifampicina
Detectada
Iniciar EB e encaminhar
para Referência.
Aguardar cultura e TSA

Resistência a
Rifampicina Não
Detectada
Iniciar tratamento
para TB com EB
(aguardar cultura e
TSA)

Não

Sim

Aguardar
cultura e
TSA

Aguardar cultura e TSA e
Continuar investigação


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Investigação de TB em retratamentos (recidiva ou
retorno após abandono)
Sintomático
Respiratório
Realizar TRM +baciloscopia
+ Cultura + TSA

MTB detectado por
TRM e Baciloscopia
positiva
Paciente com TB

Resistência a
Rifampicina
Detectada

Iniciar EB e
encaminhar
para
Referência
Terciária.

MTB não detectado por
TRM e baciloscopia
positiva

MTB não detectado por
TRM e baciloscopia
negativa

TB provável – Iniciar EB e
aguardar cultura e TSA 1

Resistência a
Rifampicina Não
Detectada

Iniciar
tratamento para
TB com EB
(aguardar cultura
e TSA)

1- Afastar MNT
2- Possibilidade de detecção de bacilos inviáveis

MTB
detectado por
TRM e
baciloscopia
negativa 2

Mantém sintomas

Não

Sim

Aguardar
cultura e TSA

Continuar
investigação
Aguardar cultura e
TSA

Sem Resistência:
encaminhar para
referência
secundária
Com resistência:
encaminhar para
referência
terciária
Aguardar Cultura
e TSA


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Cultura Racional/Universal até
2015


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Cultura Racional/Universal até 2015

Em 2012 apenas 17,4% dos casos novos de tuberculose
notificados no SINAN realizaram o exame de cultura de escarro,

Nas populações vulneráveis:

 20,9% dos pacientes com HIV
 32,6% da população privada de liberdade
 26,3% dos indígenas
Fonte: MS/SINAN 2012. * Dados preliminares, sujeitos a revisão. Realizados = positivo + negativo

5


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Cultura Racional/Universal até 2015
Realização de cultura entre os casos de retratamento de TB (%).
Brasil, 2001 a 2012*

Fonte: MS/SINAN. * Dados preliminares, sujeitos a revisão. Realizados = positivo + negativo


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Cultura Racional/Universal até 2015
• Semeadura em cultura padronizada (Ogawa - meio
sólido) p/ laboratórios do nível municipal (inicialmente
nos municípios prioritários)
• Cultura automatizada (MGIT – meio líquido)
• Identificação de espécie (M. tuberculosis)

• Teste de sensibilidade

LACENs


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AMPLIAÇÃO DO ACESSO À CULTURA
“Cultura Racional/Universal até 2015”

SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS
Baciloscopia Diagnóstica
(municípios sem o Teste
Molecular Rápido - 45% dos
casos novos de TB
notificados/ano)

BAAR

Resistência a
Rifampicina

Laboratório
Municipal
Cultura Meio
Sólido

LACEN
Cultura Meio
Líquido
(automatizada)

Teste de
Sensibilidade
(automatizado)

MGIT

Ogawa
negativo

sim

não

sim

positivo

sim

não

sim


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AMPLIAÇÃO DO ACESSO À CULTURA
“Cultura Racional/Universal até 2015”

Teste Rápido
Molecular Rápido
Teste Molecular

M. tuberculosis

(disponível em municípios que
notificam 55% dos casos novos
de TB/ano)

negativo

Resistência a
Rifampicina

Cultura Meio
Sólido

Cultura Meio
Líquido
(automatizada)

MGIT

Ogawa

positivo

Teste de
Sensibilidade
(automatizado)

não/sim*

não

não/sim*

negativo

sim

não

sim

positiva

não

sim

sim

Obs.: *Quando o teste molecular rápido for negativo em populações mais vulneráveis , contatos de TBDR e
retratamento, a cultura em meio sólido deve ser realizada.


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AMPLIAÇÃO DO ACESSO À CULTURA
“Cultura Racional/Universal até 2015”
Laboratório
Municipal

SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS

Teste Molecular
Rápido Molecular
Teste
Rápido
(disponível em municípios que
notificam 55% dos casos novos
de TB/ano)

M. tuberculosis

(municípios sem o Teste
Molecular Rápido - 45% dos
casos novos de TB
notificados/ano)

Cultura Meio
Líquido
(automatizada)

negativo

BAAR

Teste de
Sensibilidade
(automatizado)

MGIT

Ogawa

positivo

Baciloscopia Diagnóstica

Resistência a
Rifampicina

Cultura Meio
Sólido

LACEN

não/sim*

não

não/sim*

negativo

sim

não

sim

positiva

não

sim

sim

Cultura Meio
Sólido

Cultura Meio
Líquido
(automatizada)

Teste de
Sensibilidade
(automatizado)

Resistência a
Rifampicina

MGIT

Ogawa
negativo

sim

não

sim

positivo

sim

não

sim

Obs.: *Quando o teste molecular rápido for negativo em populações mais vulneráveis , contatos de TBDR e retratamento, a cultura
em meio sólido deve ser realizada.


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OBRIGADO!

Visite o site do PNCT:
www.saude.gov.br/tuberculose
www.unasus.gov.br/CursoTB


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