Transcript Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as pirâmides.
Slide 1
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 2
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 3
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 4
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 5
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 6
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 7
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 8
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 9
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 10
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 11
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 12
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 13
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 14
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 15
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 16
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 17
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 18
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 19
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 20
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 2
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 3
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 4
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 5
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 6
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 7
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 8
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 9
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 10
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 11
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 12
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 13
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 14
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 15
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 16
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 17
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 18
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 19
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka
Slide 20
Robert Bauval e Adrian Gilbert tem um estudo astronômico sobre as
pirâmides. Os dois publicaram suas descobertas preliminares no livro
THE ORION MYSTERY, editado pela Heinemann. Eles também fizeram
um documentário para a TV em 1995, lançando uma nova e
intrigante luz sobre o assunto.
Os pontos de vista expressados no livro e no documentário foram inicialmente
desprezados pelos egiptólogos acadêmicos, mas, conforme as evidências foram
reforçando sua teoria, mais e mais gente foi aceitando.
Embora Virgina Trimble e Alexander Badawy
tenham sido os primeiros a notar que os
"respiradouros" da pirâmide de Quéops
apontavam para a Constelação de Órion,
aparentemente com o objetivo de mirar a alma do
rei morto em direção àquela constelação, Bauval
foi o primeiro a notar que o alinhamento das três
pirâmides era uma acurada imagem espelhada das
Três Marias, como são chamadas no Brasil as
estrelas Alnitak, Alnilam e Mintaka, que formam o
"cinturão" de Órion. A isso ele deu o nome de
Teoria da Correlação, que forma a espinha dorsal
de sua pesquisa.
As pirâmides há muito vêm fascinando Robert
Bauval. Ele é um engenheiro egípcio, filho de
pais belgas, nascido em Al-Iskandariyaa
(Alexandria), e passou a maior parte da sua
vida trabalhando no Oriente Médio. Por
muitos anos ponderou sobre o significado de
Sah, a constelação de Órion e sua ligação com
as pirâmides.
Bauval sabia que aparentemente inconsistente disposição das três
pirâmides em Gizé não era acidental. O problema há muito
ocupava sua cabeça e a de seus amigos engenheiros. Muitos
concordavam que o alinhamento, embora incomum não era um
erro, dado o conhecimento matemático que os egípcios tinham.
Enquanto trabalhava numa obra da Arábia Saudita, Bauval costumava passar as
noites com a família e os amigos num churrasco no deserto. Num desses finais
de noite ao redor da fogueira, um amigo engenheiro, que também era
astrônomo amador, apontou para a constelação de Órion, que se levantava atrás
das dunas.
Ele mencionou de passagem que as
estrelas que formam o cinturão do
caçador pareciam imperfeitamente
alinhadas, e não formavam uma diagonal
reta. Mintaka, a estrela mais à direita,
está ligeiramente fora do
prumo. Enquanto o amigo explicava,
Bauval ia vendo a luz - o alinhamento das
três estrelas correspondia perfeitamente
ao das pirâmides de Gizé
Inicialmente Bauval usou o programa de astronomia
Skyglobe para checar o alinhamento das estrelas em 2450
A.C. O software foi suficiente para clarear a mente de
Bauval quanto ao valor da sua descoberta. O programa
Skyglobe também pode colocar a Via-Láctea nos mapas
celestes que produz, e ao fazer isso Bauval encontrou as
evidências para a sua teoria. Gizé está a oeste do Nilo, da
mesma forma que Órion está a "oeste" da Via-láctea, e na
mesma proporção em que Gizé está para o Nilo.
Bauval colocou a precessão das Três Marias e descobriu
que, devido à sua proximidade no espaço e à sua grande
distância da Terra, há 5 mil anos as estrelas apareciam
exatamente do mesmo modo como são vistas
hoje. Claro, elas mudaram em declinação -antes
estavam abaixo do equador celeste, a cerca de 10 graus
de declinação.
A astronomia é fundamental na Teoria da Correlação de Bauval. Em um ciclo de
26 mil anos, o eixo do nosso planeta oscila levemente e isso leva a uma mudança
aparente na posição das estrelas. Esse fenômeno é conhecido pleno nome de
precessão. Enquanto a Terra oscila, a Estrela Polar que marca o Pólo norte
celeste vai mudando. Atualmente, a estrela Polaris marca esse ponto, mas, na
época das pirâmides, no lugar dela estava Thuban, da constelação
Draconis. Dentro de dez anos, a estrela Vega, da constelação de Lira, irá ser o
pólo norte celeste.
Outra mudança na posição das estrelas é provocada pela expansão do universo. As
estrelas não estão paradas no espaço - elas têm o que se chama de movimento
próprio. Algumas estão se movendo em direção à Terra, enquanto outras estão se
afastando. Grupos de estrelas relacionadas, como as Três Marias, em Órion, tendem a
se mover juntas pelo espaço.
A mudança da posição de uma estrela está em função, entre
outras coisas, de
sua
distância do local de
observação. Estrelas que estão muito longe parecem se
mover bem devagar. Este é o caso das Três Marias, distantes
aproximadamente 1,4 mil anos-luz Terra. Assim, através dos
séculos, elas mudaram sua declinação, e hoje nascem e se
põem em tempos diferentes. Mas elas retêm sua forma
característica por causa da distância.
É muito importante entender que o céu era diferente no tempo das
pirâmides. A forma geral das Três Marias tem permanecido igual,
embora muitas outras partes do céu tenham mudado
drasticamente. Graças aos sofisticados programas de computador, é
possível projetar o céu de volta no tempo, o que permitiu a Bauval
verificar e construir sua teoria.
As relações que tal descoberta implica são fascinantes. Os egípcios eram dualistas, tudo
em que pensavam e em que acreditavam tinha sua contraparte - causa e efeito, direita e
esquerda, leste e oeste, morte e renascimento - e nada era visto isoladamente. Eles
construíram em Gizé uma réplica exata do cinturão de Órion, o destino do Faraó, o
Duat. Longe de ser uma tumba, a pirâmide seria o ponto de partida da jornada do rei morto
de volta às estrelas de onde veio.
A egiptologia tradicional acredita que os egípcios praticavam a religião solar, centrada na
adoração de Ra. O culto a Ra, cujo centro era Heliópolis, a Cidade do Sol, era sem dúvida
importante, mas parece que era um apêndice de uma religião estelar ainda mais
antiga. Toda a evidência que tem surgido sugere que Ra era meramente um dos
instrumentos pelos quais o rei retornava ao tempo primordial, e não ao seu objetivo final.
A aplicação da Astronomia ao estudo do Antigo Egito mostra que as estrelas tinham
importância definitiva no destino final do rei, como se pode notar pelo texto 466
recolhido na pirâmide : "Ó Rei, és esta grande estrela, a companheira de Órion, que
gira pelo céu com Órion, que navega o Duat com Osíris..."
O rei era muito importante por ser o elo entre os deuses e os homens, e era tratado com
enorme respeito na vida e na morte. Desde o momento de seu nascimento era educado e
treinado para seu retorno às estrelas. Cada aspecto da sua vida estava associado com sua
jornada. Ele aprendia as rezas e encantamentos (muitos foram colocados nos Livro dos
Mortos), que lhe garantiria uma jornada segura. Seu objetivo na vida era um retorno bemsucedido, e a pirâmide, longe de ser uma tumba ou um memorial, era um ponto de partida
dessa grande jornada.
Formatação:Graza Cavalcanti
Revista Planeta- Grandes Mistérios.
Música: Habbaitak- Mazika Anoushka