Período Pré-Jesuítico Paraguai As tribos Medicina Encomiendas Agricultura As Crianças Guarani Os Casamentos Educação Aldeias Religião Morte Paraguai Em 1516 os exploradores espanhóis penetraram no Paraguai, que era considerada a pátria dos Guarani, sob.

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Transcript Período Pré-Jesuítico Paraguai As tribos Medicina Encomiendas Agricultura As Crianças Guarani Os Casamentos Educação Aldeias Religião Morte Paraguai Em 1516 os exploradores espanhóis penetraram no Paraguai, que era considerada a pátria dos Guarani, sob.

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Período Pré-Jesuítico
Paraguai
As tribos
Medicina
Encomiendas
Agricultura
As Crianças Guarani

Os Casamentos
Educação
Aldeias
Religião
Morte


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Paraguai
Em 1516 os exploradores espanhóis penetraram no
Paraguai, que era considerada a pátria dos Guarani,
sob a chefia de Juan Diaz de Solis. Esta conquista
ficou marcada por ser considerada uma conquista
trabalhosa e sangrenta, que no final do século ainda
não tinha sido concluído. Os Guarani não
ocupavam somente o Paraguai, mas toda a área
compreendida entre os confins do Equador e o Rio
da Prata, quase todo o Brasil, e o Uruguai e as
províncias Corrientes e Entre-Rios, na Argentina.


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Paraguai
É de costume dizer-se que ocupava o Paraguai,
porque a palavra Paraguai designava no século XVI
toda a bacia dos três grandes rios que convergem
para o Prata, até ao Andes, do Chile ao Peru,
interior da Bolívia, do Brasil e do Uruguai, e
mesmo dos Pampas ao Sul de Buenos Aires.
Posteriormente,
a
administração
colonial
estabeleceu uma província mais restrita, sob o nome
de Paraguai.


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As tribos
Os caciques ou chefes das tribos eram escolhidos
entre os mais bravos em combates, ou que
possuíam excelente arte da palavra. Cada tribo
possuía um cacique cuja autoridade era quase
absoluta, os caciques eram independentes uns dos
outros. As relações entre as tribos eram quase
inexistente, tinham contatos apenas de vizinhança,
pacíficos ou bélicos. Os Guarani levavam uma vida
mais ou menos nômade, os alimentos vinham de
uma agricultura primitiva, onde a caça e a pesca
também faziam parte.


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As tribos
Cultivam o milho, a batata-doce, a mandioca. Em
tempo de sementeira e de colheita, a tribo fixava-se
perto das culturas e concentra-se numa espécie de
galpões. Certas tribos admitiam a poligamia. O
guarani acreditavam em um só Deus, a quem não
rendiam qualquer culto exterior, nem ofereciam
sacrifícios. Não existiam sacerdotes.


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Poligamia
Neste sistema somente os caciques possuíam várias
mulheres. Os demais homens da comunidade
tinham permissão para ter somente uma mulher
cada um.


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Medicina
A medicina, dos tupi-guarani consistia em
processos complexos, os elementos conhecidos
como mágico-religiosos se confundiam com os
conhecimentos científicos. Pois mesmo sabendo das
propriedades das plantas apelavam para o
misticismo como garantia do resultado esperado.
Entre as práticas medicinais em que o misticismo
contribuía com a sua maior dose, podemos salientar
as seguintes: a sucção, a sangria, o sopro, a
fumigação, o jejum ou abstinência, as incisões e a
pintura.


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A sucção
Era realizada sem qualquer cuidado com a higiene
ou esterilização, simplesmente passando de um ao
outro, dor era um fato secundário, a preocupação
maior era a saúde.


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O sopro
Este era um processo empregado na cura de
doenças. Acreditavam que quando o curandeiro
soprava a parte lesada expelia o mal. E, que
soprando também com a mão fechada, cujos
dedos se abriam depois, lentamente, espalhava a
infelicidade e a morte.


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Encomiendas
Após os jesuítas se estabelecer de forma dominante
na província do Paraguai, e verificar que esta terra
não possuía metais preciosos ou outras riquezas
cobiçadas pelo colonizador, interessaram-se então
por outros modelos econômicos que dependiam da
mão-de-obra indígena. A grande nação Guarani,
teve seu projeto histórico interrompido e
subordinado à conquista espanhola que enviava
seus conquistadores a Assuncion em 1537. Os
espanhóis
estabeleceram
um
sistema
de
encomiendas.


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Encomiendas
Este sistema consistia que o patrono tinha a
obrigação de doutrinar os índios e, em troca
poderia utilizar sua força de trabalho. O sistema,
segundo Levcovitz (1998) “era uma forma de
escravidão dissimulada”. Parte desses índios foi
incorporada pela imensa e complexa máquina
colonial nas inúmeras encomiendas espanholas.
Segundo
alguns
estudos,
desses
grupos
ecomiendados não sobrou mais do que 10% da
população original, dizimada tanto pela intensidade
do trabalho forçado, quanto pelas inúmeras
doenças trazidas pelos conquistadores.


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Agricultura
Os Guarani eram conhecidos como agricultores,
mas na sua alimentação também estava presente a
caça e a pesca, com o crescimento da população
indígena nas reduções jesuíticas, os missionários
não podiam sustentar a todos somente com a caça e
a pesca, mel e frutas silvestres, surgiu então a
necessidade de empenhar todas as forças no
trabalho agrícola, bem organizado, como meio de
subsistência, e também como método de educação,
pois ao índio guarani não faltava boa saúde e forma
física, mas a forma como estava habituado a


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Agricultura
produzir dificultava-lhe o interesse e a constância
no trabalho. Embora dotado de extraordinária
habilidade, era difícil habituá-lo ao trabalho e
mantê-lo ocupado, o dia inteiro, em tarefas que não
respondiam aos seus interesses. Não era fácil, mas
era necessário, a maior dificuldade era a
volubilidade dos guaranis: já atacavam o trabalho
com denodo, já largavam sob o pretexto de
cansaço. Daí a necessidade de muita organização,
para não faltarem renovados estímulos.


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As Crianças Guarani
A família guarani conhecia a liberdade desde a
infância, as crianças guarani tinham um notável o
espírito de independência, narrada por vários
escritores, durante o período reducional e após o
período reducional, como :Montoya, os Padre
Jesuítas, e no período pós reducional com Schaden
,etc... que tiveram a experiência de conviverem
com estas crianças por um longo período, das
Missões Jesuíticas e da atualidade.


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As Crianças Guarani
Como os adultos e os anciões mostravam certas
resistências a aceitarem as orientações dos jesuítas
estes passaram a se dedicarem às crianças .
Montoya, a este respeito diz o seguinte: “A
solicitude e zelo do Padre Diego da Salazar, um
missionário de longa data, conseguiu harmonizar as
diversas nações e condições deste povoado,
empregando sobretudo suas atenções à juventude,
para que ela não se criasse com os ranços
paternos”


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O Casamento dos Guarani
O casamento dos Guarani acontecia da seguinte
maneira, a iniciativa partia da mãe da noiva, e às
vezes do noivo. Atualmente na maioria dos casos
que toma a decisão é o rapaz, ele se entende com o
pai da moça, por se tratar de uma conversa de
homem para homem. O pai se importa muito pouco
com a vida matrimonial dos filhos, é a mãe se
preocupa pelo destino matrimonial da filha,
aconselhando a filha durante toda a sua vida de
casado, apelando para sua experiência de vida.


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O Casamento dos Guarani
Dr. Klaus Becker , se refere ao casamento do guarani
dizendo que:
“O Guarani do rio Grande do Sul era polígamo, mas
era costume, em algumas tribos, tomar-se outra
mulher quando a primeira envelhecia. O adultério era
castigado com a morte; porém, dizem que os caciques
ofereciam suas mulheres aos forasteiros por
hospitalidade. Antes da iniciação, era proibido, à
mulher, manter relações sexuais. Durante a gravidez,
devia abster-se de carne. Depois do nascimento do
filho, o pai se abstinha de confeccionar armas de
guerra durante quinze dias”.


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O Casamento dos Guarani
Um caso especial surgiu quando da conversão do
indígenas ao monogamismo. Qual das várias
mulheres podia, como única legítima, continuar
vivendo a seu lado? Dividiram-se as opiniões dos
moralistas: achavam uns que ele devia ficar com a
primeira; outros defendiam que ele podia escolher
qualquer uma dentre elas.


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O Casamento dos Guarani
Nesta ocasião o Papa Urbano VIII aprovou a
doutrina do Cardeal De Lugo, que sustentava que
o índio não teria compromisso com nenhuma das
companheiras, já que de acordo com o seu
entendimento ele não pretendia ter com ela um
casamento indissolúvel. Assim, os casamentos
anteriores eram todos nulos e as companheiras
não passavam de concubinas.


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Educação
Um ano após a primeira fundação, em 1611, os
missionários instituíram o ensino primário, este
fato causou muita estranheza da comunidade nãoíndia, pois este tipo de educação era privilégio de
poucos, pois mesmo na Europa poucos tinham
acesso à educação. Esta porém era a vontade do
rei que prescrevia “escolas de primeiras letras aos
Povos Indígenas”. Alem disso era considerado
normal o fato de a companhia de Jesus chegar em
alguma localidade e logo fundar uma escola, pra
educação Cristã.


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Educação
A formação da criança guarani quanto a sua
condição de membro de uma aldeia, sua cultura e
tradições herdadas de seus antepassados e dos
adultos da tribo. O aprendizado da criança
indígena ocorre por meio de sua participação em
eventos sociais, em atividades econômicas (caça e
pesca) e religiosas (rituais), de acordo com
posições predeterminadas pela sua idade e gênero.


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Educação
Também participam de eventos específicos para
seu crescimento social e físico, diferente da
sociedade não-india, a criação de filhos na cultura
indígena não depende somente de seus pais, mas
sim de parentes e de outros membros da
comunidade.


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Educação
Também participam de eventos específicos para
seu crescimento social e físico, diferente da
sociedade não-india, a criação de filhos na cultura
indígena não depende somente de seus pais, mas
sim de parentes e de outros membros da
comunidade.


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Aldeias
Por serem os Guarani horticultores de floresta,
procuravam localizar sua aldeias em meio a
floresta sub-tropical, em locais de terras férteis,
para fazer suas roças, tendo também esta floresta a
tarefa de abastecer a aldeia com caça e coleta de
frutas, raízes e material para a construção das suas
casas. Outro meio de subsistência importante para
os índios era a pesca, por isso não dispensavam a
presença de um rio nas proximidades, pois além de
o rio fornecer os alimentos abastecia de água a
aldeia.


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Aldeias
Após a colonização, no Rio Grande do Sul, os
Guarani construíram suas aldeias as margens de
grandes rios e seus afluentes como os Rios
Uruguai, Jacuí e Camaquã, também as margens da
laguna dos Patos e nas encostas da Serra Geral.
Schaden, a respeito das habitações, após a
colonização, escreve que:


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Aldeias
“A casa grande, construção típica de numerosas
tribos do grupo tupi-guarani é dos elementos mais
imponentes da cultura material dos Kayová.
Chamam-se tapýiguasú (cabana grande) ou
ógadjekutú (casa fincada). Além da base
quadrangular, duas são as suas características
essenciais: em primeiro lugar, a própria cobertura,
descendo até o chão, forma os frontões; em
segundo, a “linha” (cumeeira) não tem suporte. O
efeito geral é o de uma canoa emborcada, com os
oitões em forma de ogiva”.


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Religião
Os Guarani se destacavam de outras tribos
indígenas por sua religiosidade tão intensamente
vivida, eles possuíam um apego tão grande aos
cultos tradicionais e um segredo tão bem guardado
sobre a parte sagrada das crenças, jamais
abandonavam seus deuses e rituais sagrados.


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Religião
Os missionários Jesuítas, durante o período
reducional, jamais se descuidaram da formação
religiosa dos indígenas, mas reconhecem a
importância de preservar a cultura tradicional do
povo, para a partir de suas concepções religiosas
introduzir uma nova cultura, aproveitando todos os
campos da arte, como a música, o artesanato, a
escultura onde em toda a criação iam deixando
traços da cultura religiosa. A maioria das esculturas
criadas pelos índios reduzidos, são representações
de Santos do Catolicismo.


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Morte
A morte é considerada pelos Guarani, quando a
pessoa perde a palavra, ou seja era considerada
morta quando ela perdia a capacidade de articular a
palavra. Os mortos da aldeia eram enterrados em
cemitério próximo à aldeia. O costume mais comum
era colocar o cadáver ou os ossos descarnados num
vasilhame de barro, coberto por outro menor.
Acreditavam que a alma acompanhava o corpo, mas
separada, seus mortos eram enterrados na posição
fetal, segundo alguns historiadores, acreditavam na
reencarnação.