Técnicas Estatísticas para Validação de Métodos qualitativos Dorival Leão Necessidade Causa Desenvolvimento tecnológico Teste mais rápidos e efetivos Aumento da produtividade Efeito Substituir as metodologias atuais por metodologias de ensaio.
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Técnicas Estatísticas para Validação de Métodos qualitativos Dorival Leão Necessidade Causa Desenvolvimento tecnológico Teste mais rápidos e efetivos Aumento da produtividade Efeito Substituir as metodologias atuais por metodologias de ensaio mais “eficientes” Princípios físicos e/ou químicos distintos Validação de Métodos • “A validação deve garantir, através de estudos experimentais, que o método atenda às exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados” (ANVISA). • “Validação é o processo de definir uma exigência analítica e confirmar que o método sob investigação tem capacidade de desempenho consistente com o que a aplicação requer” (ISO/IEC 17025). • “A validação de métodos assegura a credibilidade destes durante o uso rotineiro, sendo algumas vezes mencionado como o “processo que fornece uma evidência documentada de que o método realiza aquilo para o qual é indicado para fazer” (USP). Validação de Métodos qualitativos Métodos qualitativos Os resultados são expressos em termos de presença ou ausência, assim como os procedimentos de confirmação e identificação Ensaios para validação Especificidade Exatidão e Precisão Limite de detecção Robustez Ensaios Microbiológicos Ensaios Presença e ausência de Micro-organismos Contagem de Micro-organismos (Quantitativo Discreto); Tecnologias baseadas Crescimento Viabilidade Componentes celulares Ácido nucleico Modelo Logístico Suponha uma amostra de n observações independentes da terna 𝑥𝑖 , 𝑚𝑖 , 𝑦𝑖 , 𝑖 = 1,2, … , 𝑛 • • • • Com isso, assumimos que a variável resposta tem distribuição de probabilidade binomial tal que Para adequarmos a resposta média ao modelo linear usamos a função de ligação que pode ser escrita como 𝑥𝑖 é o valor da variável explicativa; 𝑚𝑖 é a quantidade de replicatas (número de ensaios); 𝑦𝑖 número de replicatas detectada com micro-organismos em 𝑚𝑖 replicatas; n é o total de combinações. 𝑃 𝑌𝑖 = 𝑦𝑖 = 𝜋𝑖 = 𝜋 𝑥𝑖 log( 𝜋𝑖 1−𝜋𝑖 𝑚𝑖 𝑦𝑖 𝜋𝑖 (1 − 𝜋𝑖 )𝑚𝑖 −𝑦𝑖 𝑦𝑖 𝑒 𝛽0 +𝛽1 𝑥𝑖 = , i=1,...n 1 + 𝑒 𝛽0 +𝛽1 𝑥𝑖 ) = 𝛽0 + 𝛽1 𝑥𝑖 Modelo Logístico Modelo Logístico com 𝛽 negativo Modelo Logístico com 𝛽 positivo Ensaios Limite de detecção Menor quantidade de micro-organismos presentes na amostra, que consegue ser detectada sob condições experimentais estabelecidas refere-se ao número de micro-organismos presentes na amostra original antes da diluição ou inoculação Experimento 1 Realizar o teste com uma baixa concentração de micro-organismos e aumentar a concentração até que pelo menos 50% das amostras sejam detectadas no método tradicional Alternativo Alternativo Alternativo Alternativo Alternativo Alternativo Alternativo Alternativo Alternativo Alternativo Tradicional Tradicional Tradicional Tradicional Tradicional Tradicional Tradicional Tradicional Tradicional Tradicional 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 0 3 7 11 14 18 22 25 28 30 0 0 0 2 5 8 11 13 15 17 Ensaio Realizado em paralelo. Modelo Logístico 𝐿𝑜𝑔𝑖𝑡 𝑌 = log( em que 𝜋𝑖 1−𝜋𝑖 ) = 𝛽0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑠𝑡𝑒 + 𝛽2 𝑢𝑓𝑐 𝜋𝑖 = 𝑃[𝑌𝑖 = 𝑦𝑖 ] : probabilidade detecção O método de teste alternativo apresenta um limite de detecção maior que o método de teste tradicional (P-valor abaixo de 0,01%). Intercepto Teste-Tradicional UFC -5,02 -2,04 1,22 0,453 0,249 0,103 -11,08 -8,22 11,86 0 0 0 -5,904 -2,531 1,020 -4,129 -1,557 1,424 Ensaio 2 Executar o teste em paralelo em três (ou duas) concentrações distintas. Alternativo 15 20 16 Alternativo 45 20 20 Tradicional 15 20 12 Tradicional 45 20 19 Modelo Logístico 𝐿𝑜𝑔𝑖𝑡 𝑌 = log( em que 𝜋𝑖 1−𝜋𝑖 ) = 𝛽0 + 𝛽1 𝑇𝑒𝑠𝑡𝑒 + 𝛽2 𝑢𝑓𝑐 𝜋𝑖 = 𝑃[𝑌𝑖 = 𝑦𝑖 ] : probabilidade detecção O método de teste alternativo apresenta um limite de detecção similar ao método tradicional(Pvalor de 11%). Intercepto MetodoT Conc 0,020 -1,11 0,096 0,83 0,70 0,036 0,02 -1,60 2,68 0,98 0,11 0,0074 -1,61 -2,48 0,026 1,65 0,25 0,17 Teste Qui-Quadrado de homogeneidade Gráfico da Tabela Cruzada 1.0 0.6 0.8 Alternativo Tradicional 5 17 22 25 13 38 30 30 60 0.0 Alternativo Tradicional Total 0.2 0.4 Proporção • Determinar uma concentração específica de microorganismos; • Executar um ensaio paralelo entre os dois métodos. 1.2 Ensaio 3: N_Detectou Estatistica X² 8,68 Graus de Liberdade 1 P-Valor 0,0032 Estimativa Odds 0,16 P-Valor 0,0028 Deteccao Conclusão: • Tanto o teste exato de Fisher quanto o teste quiquadrado detectaram diferenças entre os dois métodos; • O teste alternativo apresenta maior “chance” de detecção; Cálculo do Tamanho da Amostra Nível de significância: 0,05 Poder: 0,95 Alternativo 0,8 Tradicional 0,4 Alternativo 0,8 Tradicional 0,6 Alternativo 0,75 Tradicional 0,87 Alternativo 0,8 Tradicional 0,9 13 26 38 93 Especificidade Crescimento Outros Capacidade de detectar variedades de microorganismos diferentes, que podem estar presentes na amostra. Capacidade de detectar micro-organismos diferenciando-os de partículas externas, não deixando com que elas interfiram no resultado do teste. Exatidão e Precisão • A exatidão e a precisão de um método alternativo pode ser expressa como a razão relativa de resultados falso positivos e falso negativos entre o método alternativo e o método tradicional, utilizando-se inóculos padronizados com uma baixa concentração de micro-organismos. A relação entre Teste Alternativo e Teste Tradicional Verdadeiro Positivo Falso Positivo Falso Negativo Verdadeiro Negativo Sensibilidade e Especificidade a Verdadeiro Positivo b Falso Positivo a+b c Falso Negativo d Verdadeiro Negativo c+d a+c b+d a+b+c+d 𝑎 𝑑 𝑆𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = (𝑎+𝑐) e 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = (𝑏+𝑑) Sensibilidade Especificidade Probabilidade do teste alternativo detectar dado que o teste tradicional (ou referência) detecta Probabilidade do teste alternativo não detectar dado que o teste tradicional (ou referência) não detecta 𝑆= 𝑎 (𝑎+𝑐) 𝐸= 𝑑 (𝑏+𝑑) Coeficiente Kappa de Cohen • É uma medida estatística da concordância de dois avaliadores quando ambos classificam a mesma amostra; (Pr 𝑜 − Pr(𝑒)) 𝐾𝑎𝑝𝑝𝑎 = (1 − Pr 𝑒 )) Grau de Concordância 0 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜𝑁𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 20 = 0 20 8 28 0 12 12 20 20 40 8 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜𝑃𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 = 20 = 0,4 20 𝑆𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 20 = 1 0,5 0,2 0,7 0 0,3 0,3 0,5 0,5 1 12 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 20 = 0,6 𝐾𝑎𝑝𝑝𝑎 = 0,35 0,35 0,15 0,15 0,5+0,3 −(0,35+0,15) (0,35+0,15) = 0,6 Grau de Concordância 1 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜𝑁𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 20 = 0,05 19 2 28 1 18 12 20 20 40 2 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜𝑃𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 = 20 = 0,1 19 𝑆𝑒𝑛𝑠𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 20 = 0,95 0,475 0,05 0,525 0,025 0,45 0,3 0,5 0,5 1 18 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 20 = 0,9 𝐾𝑎𝑝𝑝𝑎 = 0,2625 0,2625 0,15 0,15 0,475+0,45 −(0,2625+0,15) (0,2625+0,15) = 0,87 Robustez • Consiste em medir a capacidade do método apresentar resultados “similares” quando submetido a pequenas alterações intencionais; • Fornece indicação da confiabilidade durante o uso rotineiro. Ensaio Executar o método com diferentes analistas e temperaturas distintas. Neste caso, realizamos um experimento cruzado totalmente aleatoriazado. A A 30 25 A B 30 23 B A 30 27 B B 30 22 Modelo Logístico Conclusão: Como o P-valor para analistas e temperatura são “grandes”, concluímos que a interferência dos analistas e da temperatura (na faixa de estudo) são desprezíveis. Intercepto AnalistaB TemperaturaB A A B B 1,82 0,11 -0,77 A B A B 0,44 0,47 0,48 0,86 0,74 0,87 0,76 4,12 0,23 -1,60 0,76 0,60 0,77 0,62 0 0,81 0,11 0,96 0,88 0,97 0,90 0,95 -0,81 -1,72 0,05 0,07 0,05 0,07 2,68 1,03 0,17 Referências Bibliográficas • PDA, J. of Pharmaceutical Science and Technology, technical report 3, Evaluation, Validation, and Implementation of New Microbiological Testing Methods. • Leão JÚNIOR, D. ; AOKI, Reiko ; SILVA, G. F. . Statistical analysis of proficiency testing results under elliptical distributions. Computational Statistics & Data Analysis, v. 53, p. 1427-1439, 2009.