UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 2009.2 GUIA ELETRÔNICO DE RAIVA HUMANA Gleydson Fabrício de Freitas Ruanna Lorna Vieira Fernandes Profª.

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Transcript UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 2009.2 GUIA ELETRÔNICO DE RAIVA HUMANA Gleydson Fabrício de Freitas Ruanna Lorna Vieira Fernandes Profª.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E
ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
2009.2
GUIA ELETRÔNICO DE RAIVA HUMANA
Gleydson Fabrício de Freitas
Ruanna Lorna Vieira Fernandes
Profª. Drª. Escolástica Rejane Ferreira Moura
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MENU INICIAL
Raiva humana
Dados epidemiológicos
Gleydson Fabricio de Freitas
Reexposição ao vírus da Raiva Humana
Imunobiológico utilizado no Brasil
Soro anti-rábico
Agressão causadas por animais
Condutas em casos de faltosos
Autor / Co-autoras / Orientadores
Exercícios
Home
QUAL O ANIMAL AGRESSOR?
Gleydson Fabricio de Freitas
Morcegos
Outros animais silvestres
Cão ou Gato
Roedores urbanos
Outros animais domésticos
Menu inicial
TIPO DE ACIDENTE
Gleydson Fabricio de Freitas
Acidente leve
Acidente grave
Contato indireto
voltar
ACIDENTE LEVE
Ferimento superficial;

Pouco extenso;

Geralmente único;

Acomete tronco e membros (exceto mãos,
polpas digitais e planta dos pés).
voltar
Confirma
Gleydson Fabricio de Freitas

ACIDENTE GRAVE

Ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos, polpa
Gleydson Fabricio de Freitas
digital e/ou plantas dos pés;

Ferimentos profundos;

Múltiplos;

Extensos;

Em qualquer região do corpo;

Lambedura de mucosas;

Lambedura de pele onde já existe lesões graves.
voltar
Confirma
CONTATO INDIRETO
Gleydson Fabricio de Freitas
Lambedura de pele sem lesões;
 Contato com fezes.

voltar
Confirma
QUAL A CONDIÇÃO DO ANIMAL? (LEVE)
Gleydson Fabricio de Freitas
Cão ou gato sem suspeita de raiva
Cão ou gato clinicamente suspeito
Cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto
voltar
Menu
CÃO OU GATO SEM SUSPEITA DE RAIVA
(CONDUTA)



Lavar a ferida;
Observar animal durante dez dias;
Se sadio: encerrar o caso;
Se raivoso, morrer ou desaparecer: administrar 5
doses de vacina: dias 0, 3, 7, 14 e 28.
voltar
Menu
Gleydson Fabricio de Freitas

CÃO OU GATO CLINICAMENTE SUSPEITO
Lavar a ferida;
 Iniciar tratamento com 2 doses: dias 0 e 3;
 Observar o animal durante dez dias;
 Se a suspeita de raiva for descartada, encerrar o
caso;
 Se raivoso, morrer ou desaparecer: completar 5
doses: uma dose entre o 7º e 10º dia e uma dose
nos dias 14 e 28.
Gleydson Fabricio de Freitas

voltar
Menu
CÃO OU GATO RAIVOSO, DESAPARECIDO OU
MORTO.
a ferida;
 Iniciar tratamento imediato com 5 doses de
vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28.)
voltar
Menu
Gleydson Fabricio de Freitas
 Lavar
QUAL A CONDIÇÃO DO ANIMAL? (GRAVE)
Gleydson Fabricio de Freitas
Cão ou gato sem suspeita de raiva
Cão ou gato clinicamente suspeito
Cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto
voltar
Menu
CÃO OU GATO SEM SUSPEITA DE RAIVA.
(CONDUTA)




continuidade ao tratamento, completar 5 doses: uma dose
entre o 7º e 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28.;
 administrar soro.

voltar
Menu
Gleydson Fabricio de Freitas

Lavar a ferida;
Iniciar tratamento com duas doses: dias 0 e 3;
Observar o animal durante dez dias;
Se sadio: encerrar o caso;
Se raivoso, morrer ou desaparecer:
CÃO OU GATO CLINICAMENTE SUSPEITO.



voltar
Menu
Gleydson Fabricio de Freitas

Lavar a ferida;
Iniciar tratamento com soro + 5 doses de vacina (dias
0, 3, 7, 14 e 28);
Observar o animal durante dez dias;
Se for descartada a suspeita de raiva: suspender o
tratamento e encerrar o caso.
CÃO OU GATO RAIVOSO,
DESAPARECIDO OU MORTO

Lavar a ferida;
Iniciar tratamento imediatamente com soro + 5 doses
de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).
voltar
Menu
Gleydson Fabricio de Freitas

QUAL A CONDIÇÃO DO ANIMAL? (INDIRETO)
Gleydson Fabricio de Freitas
Cão ou gato sem suspeita de raiva
Cão ou gato clinicamente suspeito
Cão ou gato raivoso, desaparecido ou morto
voltar
Menu
CONDUTA PROFILÁTICA HUMANA
Lavar com água e sabão;

Não tratar.
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas

Menu
TIPO DE ACIDENTE
Gleydson Fabricio de Freitas
Acidente leve
Acidente grave
voltar
ACIDENTE LEVE
Gleydson Fabricio de Freitas

Início imediato de vacinação
voltar
ACIDENTE GRAVE
Início imediato de vacinação e administração do soro.
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas

TIPO DE ACIDENTE
Gleydson Fabricio de Freitas
Acidente leve
Acidente grave
voltar
QUAL A CONDIÇÃO DO ANIMAL?
Gleydson Fabricio de Freitas
Animal sem suspeita de raiva
Animal clinicamente suspeito
Animal raivoso, desaparecido ou morto
voltar
Menu
ANIMAL SEM SUSPEITA DE RAIVA (LEVE)
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas
Iniciar imediatamente esquema
de vacinação ou de reexposição.
 Se sadio: encerrar o caso;
 Se
raivoso, desaparecido ou
morto: continuar tratamento.

ANIMAL CLINICAMENTE SUSPEITO
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas
Iniciar imediatamente esquema
de vacinação;
 Se sadio: encerrar o caso;
 Se raivoso, desaparecido ou morto:
continuar tratamento.

ANIMAL RAIVOSO, DESAPARECIDO OU MORTO
Iniciar imediatamente esquema de vacinação
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas

QUAL A CONDIÇÃO DO ANIMAL?
Gleydson Fabricio de Freitas
Animal sem suspeita de raiva
Animal clinicamente suspeito
Animal raivoso, desaparecido ou morto
voltar
Menu
ANIMAL SEM SUSPEITA DE RAIVA OU
CLINICAMENTE SUSPEITO (GRAVE)
Iniciar imediatamente esquema de vacinação ou
de reexposição e aplicação de soro.
 Se sadio: encerrar o caso;
 Se raivoso, desaparecido ou morto: continuar o
tratamento.

Gleydson Fabricio de Freitas
voltar
ANIMAL RAIVOSO DESAPARECIDO OU MORTO
Iniciar imediatamente esquema de vacinação ou de
reexposição e aplicação de soro.
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas

CONDUTA PROFILÁTICA HUMANA
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas
Aplicar imediatamente vacina e soro ou
esquema de reexposição.
CONDUTA PROFILÁTICA HUMANA
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas
Dispensar tratamento profilático.
TIPO DE ESQUEMA ANTERIOR
Incompleto com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou de cultivo celular
voltar
Gleydson Fabricio de Freitas
Completo com as vacinas Fuenzalida & Palacios e/ou de cultivo celular
COMPLETO COM AS VACINAS FUENZALIDA &
PALACIOS E/OU DE CULTIVO CELULAR


de cultivo celular:
Até 90 dias: não tratar;
Após 90 dias: 2 doses, uma no dia 0 e outra no
dia 3
voltar
Menu inicial
Gleydson Fabricio de Freitas
 Vacina
INCOMPLETO COM AS VACINAS FUENZALIDA &
PALACIOS E/OU DE CULTIVO CELULAR
Cultivo celular:


Até 90 dias: completar o número de doses;
Após 90 dias: ver o esquema de pós-exposição.
voltar
Menu inicial
Gleydson Fabricio de Freitas

INTRODUÇÃO
Propriedades do vírus da raiva:
 Pertence ao gênero Lyssavirus, da família
Gleydson Fabricio de Freitas
Rhabdoviridae;
 Genoma de RNA simples;
 Envelope bilipídico;
 Cerca de 100 nanômetros;
 Forma de bala;
 Pode ser inativado por CO2;
 Destruído por radiação UV, luz solar, calor
e solventes lipídicos;
 Apresenta múltiplos hospedeiros;
 SNC, saliva , urina, leite e sangue.

Menu inicial
INTRODUÇÃO

A raiva é uma antropozoonose viral que afeta tanto seres
humanos quanto animais;

Período de incubação varia 2-10 semanas (em média 45 dias),

Atinge principalmente o sistema nervoso.

Transmissão:

Gleydson Fabricio de Freitas
mas existe relato na literatura de até 06 anos;
Através da Saliva de Mamíferos, tais como, Cães, Gatos,
Morcegos, Macacos, Coiote, Gato do mato, Jaritataca,
Mangusto etc.;

Transmissão inter-humana (através de transplante de
córnea)


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Encefalite aguda,
Gleydson Fabricio de Freitas
1.
fulminante e fatal;
2.
Em geral, é mais curto
nas crianças do que nos
adultos devido a sua
fragilidade imunológica.

Paciente com raiva em agitação.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PRÓDROMO







Mal-estar;
Cefaléia;
Anorexia;
Fotofobia;
Náuseas e vômitos;
Febre;
Dor de garganta;
Sensação anormal ao redor da infecção.
Introdução detalhada

Menu inicial
Gleydson Fabricio de Freitas

IMUNOBIOLÓGICO UTILIZADO NO BRASIL

Vacina:

Cultivo celular:
Vírus inativado.
 Forma liofilizada.
 Dose: 0,5 e 1ml, a depender do fabricante.
 Via IM (nunca na região glútea).
 Não há contra-indicações específicas.
 Eventos Adversos:
o Manifestações locais;
o Manifestações sistêmicas;
o Manifestações neurológicas (1 em 500.000):
– Parestesia; déficit muscular.

Gleydson Fabricio de Freitas
Menu inicial
CONDUTA EM CASO DE
PACIENTES FALTOSOS

Responsabilidades do serviço de saúde.

Tratamento todos os dias, inclusive finais de semana e feriados.
Busca ativa de faltosos.
Vacina de cultivo celular:
Gleydson Fabricio de Freitas

As cinco doses devem ser administradas no período de 28 dias
a partir da 1ª dose.
2. Faltoso 2ª dose: agendar 3ª com intervalo mínimo de 2 dias.
3. Faltoso 3ª dose: agendar 4ª com intervalo mínimo de 4 dias.
4. Faltoso 4ª dose: agendar 5ª para o 28º dia após 1ª dose.
1.
Menu inicial
SÓ PARA EXERCITAR!

J.B., 35 anos, pedreiro, chega à unidade de saúde após ser
mordido na mão esquerda pelo cachorro domesticado após insulto
ao animal. Qual conduta deverá ser seguida? Resposta: click com
o mouse na tela.


Acidente grave

Conduta:






Lavar a ferida;
Iniciar tratamento imediato com uma dose
nos dias 0 e 3;
Observar o animal durante dez dias;
Se sadio: encerrar o caso;
Se raivoso, morrer ou desaparecer:

Continuidade ao tratamento;

Administrar soro;

Completar o esquema de cinco
doses: nos dias 10, 14 e 28.
Menu inicial
Gleydson Fabricio de Freitas

Ferimento profundo
Polpa da mão
Animal domesticado
SÓ PARA EXERCITAR!

Ferimento superficial
 Face
 Animal desconhecido

Acidente grave

Gleydson Fabricio de Freitas
L.F., 1 ano, sofreu uma arranhadura sem sangramento em face
esquerda por gato desconhecido. Qual a conduta a ser seguida, se
a unidade possuir apenas vacina de cultivo celular? Resposta:
click com o mouse na tela.
Conduta:
 Lavar a ferida;
 Iniciar tratamento imediatamente
com soro + 5 doses de vacina
(dias 0, 3, 7, 14 e 28).

Menu inicial
AUTOR/ CO-AUTORES/ ORIENTADORES
Ruanna Lorna Vieira Fernandes
Escolástica Rejane Ferreira Moura
Menu inicial
Gleydson Fabricio de Freitas
Gleydson Fabricio de Freitas
AUTOR
Nome: Gleydson Fabricio de Freitas;
 Acadêmico do 7º semestre do curso de
Enfermagem da Universidade Federal do Ceará;
 Integrante do grupo de Extensão Comportamento
Sexual Saudável, Essa Onda Pega!
 Integrante do grupo de pesquisa Saúde Sexual e
Reprodutiva no contexto da atenção básica do
SUS-CE;
 Bolsista da Monitoria da disciplina Enfermagem
no Processo de Cuidar do Adulto I;
 Email: [email protected]
 Mais informações:


Gleydson Fabricio de Freitas
Currículo lattes
CO-AUTORA
Nome: Ruanna Lorna Vieira Fernandes
 Acadêmica do 7º semestre do curso de
Enfermagem da Universidade Federal do Ceará;
 Bolsista do grupo de Extensão Comportamento
Sexual Saudável, Essa Onda Pega!
 Integrante do grupo de pesquisa Saúde Sexual e
Reprodutiva no contexto da atenção básica do
SUS-CE.
 Email: [email protected]
 Mais informações:


Gleydson Fabricio de Freitas
Currículo lattes
Exercitando...
Resposta

(BELO HORIZONTE, 2006 - Fumarc-Enfermeiro)
Gleydson Fabricio de Freitas
7. A vacina contra a raiva para uso humano
comumente usada no Brasil é a FuenzalidaPalacios. Sobre essa vacina, é correto afirmar,
EXCETO:
a) A vacina pode provocar reações locais (eritema,
edema e prurido).
b) A vacina é administrada via subcutânea.
c) A vacina pode ser dada em qualquer idade.
d) As reações desmielinizantes como acidentes
neuropáticos são incomuns no
nosso meio.
ORIENTADORA
Nome: Escolástica Rejane Ferreira Moura
 Profa. Dra. do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Ceará.
 Pesquisadora CNPq.
 Email: [email protected]
 Mais informações:


Gleydson Fabricio de Freitas
Currículo Lattes
Exercitando...
(Sorocaba, 2006 - VUNESP-Enfermeiro)
Resposta

Gleydson Fabricio de Freitas
8. A avaliação sorológica para as pessoas
submetidas ao tratamento profilático da raiva
humana pré-exposição deve ser realizada a partir
de quantos dias após a administração da vacina ?
A) 7
B) 10.
C) 14.
D) 15.
E) 21.
SORO ANTI-RÁBICO
Gleydson Fabricio de Freitas
Composição
Apresentação
Conservação
Dose e volume
Via de administração
Menu inicial
COMPOSIÇÃO
O soro anti-rábico é uma solução concentrada
soros de eqüinos imunizados com antígenos
rábicos.

Gleydson Fabricio de Freitas
e purificada de anticorpos obtidos a partir de
APRESENTAÇÃO
forma líquida, em frasco-ampola de 5,0 ml
(1000UI).

Gleydson Fabricio de Freitas
O soro anti-rábico é apresentado, sob a
CONSERVAÇÃO
+8ºC
O soro anti-rábico não pode ser congelado,
pois provoca a perda de sua potência.

Gleydson Fabricio de Freitas
O soro anti-rábico é conservado entre +2ºC e
DOSE E VOLUME
A dose do soro anti-rábico é de 40 UI para cada quilo de peso. A
dose máxima é de 3000 UI. A dose pode ser dividida e aplicada em
diferentes músculos simultaneamente.
Administrar a dose total até sete dias do início da vacinação;
Quando a dose total do soro não estiver disponível
administrar, inicialmente, a parte existente e o restante da
dose recomendada até sete dias do início da vacinação;
Quando o soro não estiver disponível iniciar, imediatamente,
a administração da vacina;
Na administração do soro e da vacina utilizar diferentes
músculos do corpo.

Gleydson Fabricio de Freitas
OBSERVAÇÕES:
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
O
soro
anti-rábico
é
administrado
por
via
intramuscular.
A injeção deve ser feita na:
Na face externa superior do braço;
No vasto lateral da coxa (principalmente para
crianças menores de dois anos) ou no glúteo;
No quadrante superior externo;
A maior parte da dose do soro deve ser infiltrada ao
redor da lesão, caso a região anatômica onde está
localizado o ferimento permita tal procedimento.

Gleydson Fabricio de Freitas
Região do deitóide;
COMO UTILIZAR O GUIA ELETRÔNICO?

OK
Gleydson Fabricio de Freitas
Para utilizar corretamente o guia o usuário deve
clicar somente nos botões criados para tal fim,
caso contrário, o guia eletrônico pode não atender
adequadamente os interesses / objetivos traçados
pelo usuário.
EXERCITANDO...
Assinale a alternativa correta:
a)
b)
c)
d)
e)
Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
Resposta

Gleydson Fabricio de Freitas
1. Quanto à raiva humana, considere as seguintes afirmativas:
I. O período de incubação no homem varia de acordo com a localização e gravidade da
mordedura do animal infectado.
II. Nos aspectos clínicos da raiva poderá ser observado hiperestesia no trajeto de nervos
periféricos próximos ao local da mordedura.
III.
Na vigilância epidemiológica, o caso suspeito deve ser compulsoriamente
notificado em nível regional.
IV.Todo animal agressor suspeito deve ser imediatamente sacrificado e enterrado.
(SANEPAR, 2004, Técnico de Enfermagem)
Exercitando...
A seqüência correta é
Gleydson Fabricio de Freitas
2. Os imunobiológicos são conservados nos diversos níveis da rede de frio em
temperaturas específicas que levam em conta os antígenos e os
adjuvantes utilizados na sua preparação. Com base no enunciado acima,
relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª.
1ª Coluna
2ª Coluna
1. Imunobiológicos que podem
( ) Vacina Tríplice (DPT)
ser congelados
( ) Vacina contra sarampo
2. Imunobiológicos que não podem ( ) Vacina contra a febre amarela
ser congelados
( ) Vacina contra a raiva
a) 1 – 2 – 1 – 1
b) 1 – 2 – 2 – 1
c) 2 – 1 – 1 – 2
d) 1 – 1 – 1 – 2
(CENTRO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA AERONÁUTICA 2002)
Resposta

Exercitando...
Gleydson Fabricio de Freitas
3. Analise as seguintes afirmações.
1. O método de imunofluorescência direta em impressão de córnea, raspado de mucosa lingual ou
tecido bulbar de folículos pilosos para o diagnóstico laboratorial dos casos de Raiva Humana
caracteriza-se pela alta sensibilidade não havendo a necessidade de execução de outros exames
complementares quando os resultados forem negativos.
2. O diagnóstico laboratorial da raiva compreende o isolamento do vírus a partir da saliva,
durante a fase clínica, porém, um resultado negativo não descarta a doença, já que o vírus é
intermitentemente eliminado pela saliva e também pode ser inativado pela ação da ptialina.
3. Nos casos post-mortem de Raiva, o encéfalo é um dos materiais preferencialmente escolhidos
para necrópsia e o diagnostico laboratorial da doença pode ser feito pela observação de
esfregaços de tecido nervoso corados pelo método de Sellers para identificar corpúsculos de
Negri, encontrados em aproximadamente 65% dos casos.
4. É possível a reprodução da Raiva em camundongos por meio de inoculação intracerebral de
material suspeito. Nos casos positivos, os camundongos adoecem e morrem após
sintomatologia típica de raiva para a espécie.
O correto está em:
A) 1, 2 e 3, apenas.
B) 2, 3 e 4, apenas.
C) 1 e 4, apenas.
D) 1, 2, 3 e 4.
(INSTITUTO EVANDRO CHAGAS 2010)
Resposta

Exercitando...
Resposta

Gleydson Fabricio de Freitas
4. Analise as seguintes afirmações.
1. A raiva é uma encefalomielite aguda causada pelo vírus da
Raiva cujas principais características são
neuroinvasividade, neurotropismo e neurovirulencia.
2. O vírus da raiva pode infectar quase todos os mamíferos,
inclusive o homem.
3. Os cães, morcegos e carnívoros silvestres são os
reservatórios naturais do vírus da Raiva.
4. O vírus da Raiva é um vírus RNA de polaridade negativa
que pertence à família Rhabdoviridae.
O correto está em:
A) 1, 2 e 3, apenas.
B) 2, 3 e 4, apenas.
C) 1 e 4, apenas.
D) 1, 2, 3 e 4.
Exercitando...
(SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DA PREVIDÊNCIA – SEAP,
2004)
Resposta

Gleydson Fabricio de Freitas
5. No período de 1990 a 2001, foram registrados no Brasil 458 casos de
raiva humana (MS/2002). Com relação ao tratamento profilático antirábico humano com a vacina de cultivo celular (células vero), é correto
afirmar:
a) Mordeduras de animais em mãos e polpas digitais são consideradas
acidentes leves.
b) Não é indicado tratamento para ferimento causado por unha de gato.
c) O esquema anti-rábico humano pré-exposição compreende 5 doses,
com os seguintes dias de aplicação: 0, 3, 7, 14 e 28 (considerando dia
“0” o dia do acidente).
d) Lambedura de mucosa é considerada acidente grave.
e) Devido ao controle urbano dessa antropozoonose, a vacinação
profilática não é necessária quando o animal agressor estiver
vacinado.
Exercitando...
(Belo Horizonte, 2006 - Fumarc-Biólogo)
Resposta

Gleydson Fabricio de Freitas
6. Nos casos de suspeita de Raiva Humana
transmitida
por
morcegos
hematófagos,
recomenda-se observar:
a) Antigos assentamentos urbanos e rurais.
b) Aparecimento de casos humanos de encefalite.
c) Presença de moradias com proteção adequada.
d) Extensão da ação de bloqueio em um raio de até
12 Km em áreas urbanas.
Exercitando...
(BELO HORIZONTE, 2006 - Fumarc-Enfermeiro)
Resposta
Menu Inicial
Gleydson Fabricio de Freitas
7. A vacina contra a raiva para uso humano
comumente usada no Brasil é a Fuenzalida-Palacios.
Sobre essa vacina, é correto afirmar, EXCETO:
a) A vacina pode provocar reações locais (eritema,
edema e prurido).
b) A vacina é administrada via subcutânea.
c) A vacina pode ser dada em qualquer idade.
d) As reações desmielinizantes como acidentes
neuropáticos são incomuns no
nosso meio.
INTRODUÇÃO MAIS DETALHADA
A raiva acomete mamíferos, em geral, e é
causada por um vírus RNA da ordem
Mononegavirales, família Rhabdoviridae, gênero
Lyssavirus e espécie Rabies virus (RABV).


O envelope é constituído de duas proteínas: a
glicoproteína (G) e a proteína matrix (M ou M2).
 A proteína mais importante e mais conhecida é a
glicoproteína (G), responsável pela indução de
anticorpos neutralizantes, pela estimulação das
células T e pela adsorção entre vírus e célula. A
resposta imune específica ao vírus da raiva
possui dois componentes: a mediada por
anticorpos e a mediada por células. Além da
glicoproteína (G), a nucleoproteína (N) tem
importante papel na resposta imune, visto que,
mediante uma interação, age na resposta imune
celular.



MORFOLOGIA
No que diz respeito à morfologia, o vírus da raiva
apresenta a forma de um projétil, com uma das
extremidades plana e a outra arredondada. Seu
comprimento médio é de 180nm e o diâmetro
médio é de 75nm. As espículas do envelope, de
glicoproteína, possuem 9nm.



PROPRIEDADES DO VÍRUS
O vírus da raiva é sensível aos solventes de
lipídeos (sabão, éter, clorofórmio e acetona), ao
etanol a 45-70%, aos preparados iodados e aos
compostos de amônio quaternário. Outras
relevantes propriedades são a resistência à
dessecação, assim como aos congelamentos e
descongelamentos sucessivos, a relativa
estabilidade a um pH entre 5-10 e a sensibilidade
às temperaturas de pasteurização e à luz
ultravioleta. É inativado a 60°C, em 35 segundos;
a 4°C, se mantém infectivo por dias; a -70°C ou
liofilizado (4°C), se mantém durante anos.



PATOGENIA

A patogenia da raiva é semelhante em todas as espécies de
mamíferos: Ocorre replicação viral no local da inoculação,
inicialmente nas células musculares ou nas células do
tecido subepitelial, até que atinja concentração suficiente
para alcançar as terminações nervosas, sendo este período
de replicação extraneural responsável pelo período de
incubação relativamente longo da raiva.
Nas junções neuromusculares, o vírus rábico, por meio da
glicoproteína, se liga especificamente ao receptor nicotínico
da acetilcolina. Após essa fase, os vírus atingem os nervos
periféricos, seguindo um trajeto centrípeto, em direção ao
sistema nervoso central (SNC). O vírus segue o fluxo
axoplasmático retrógrado e o transporte é célula a célula.
Estima-se que o genoma viral tenha um deslocamento de
25 a 50mm por dia, até chegar ao sistema nervoso central.
As regiões mais habitualmente atingidas são: o hipocampo,
o tronco cerebral e as células de Purkinje, no cerebelo.



O vírus rábico pode localizar-se também na
retina e no epitélio da córnea.
 Em cães e gatos, a saliva pode ter maior
concentração de vírus do que o próprio SNC.
 Devido ao seu extremo neurotropismo, a
produção de anticorpos anti-rábicos em
indivíduos infectados só ocorre tardiamente, com
freqüência apenas quando surgem os primeiros
sintomas. Ao penetrar nos neurônios, o vírus da
raiva torna-se protegido da ação dos anticorpos,
das células do sistema imune e da ação dos
interferons, responsáveis pela resposta imune
inespecífica.



CICLOS DE TRANSMISSÃO DA RAIVA


PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Humanos
 O período de incubação, na maioria dos casos, é
de 2 a 12 semanas, podendo variar de 10 dias até
4 a 6 anos. Durante o período de incubação, o
paciente apresenta-se absolutamente
assintomático. A maior ou menor duração do
período pode depender da dose de vírus injetada
pela mordedura, do lugar desta e da gravidade da
lesão, sendo mais longo o período quanto mais
distante do sistema nervoso central localizar-se a
lesão.
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A doença inicia-se com alterações de comportamento, sensação
de angústia, cefaléia, pequena elevação de temperatura, malestar e alterações sensoriais imprevistas, com freqüência
relacionadas ao local da mordedura. O paciente costuma sentir
dor e irritação na região lesionada. Na fase seguinte, de
excitação, surge hiperestesia de uma extrema sensibilidade à luz
e ao som, dilatação das pupilas e aumento da salivação.
Conforme a doença progride, surgem espasmos nos músculos da
deglutição e a bebida é recusada por contrações musculares. A
disfunção de deglutição observa-se na maioria dos doentes,
muitos dos quais apresentam contrações espasmódicas
laringofaríngeas à simples visão de um líquido e se abstêm de
deglutir a sua própria saliva (hidrofobia). Também podem ser
observados espasmos dos músculos respiratórios e convulsões
generalizadas. A fase de excitação pode ser predominante até a
morte ou ser substituída por uma fase de paralisia generalizada.
Em alguns casos, a fase de excitação é muito curta e, em quase
todo o curso da doença, predomina a sintomatologia paralítica.
Tal fato ocorre, principalmente, quando a espécie transmissora é
o morcego. A doença dura de dois a seis dias ou mais e quase
sempre termina com a morte, que é atribuída à falência das
funções vegetativas centrais básicas e, muitas vezes, ocorre em
função da miocardite rábica concomitante.
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REFERENCIAL UTILIZADO
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Manual de
diagnóstico laboratorial da raiva – Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2008. 108 p. : Il.
– (Série A. Normas e Manuais Técnicos).\
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